GENEALOGISTA ATENDE O MAIOR PEDIDO DE LEITOR ATÉ AGORA SOLICITADO!
O genealogista Afrânio Mello, de Itapetininga, atendeu solicitação do leitor Ricardo e enviou informações sobre 14 sobrenomes. Veja por enquanto os resultados de tres das 14 familias pesquisadas.
ATENDIMENTOS NÚMEROS 382, 383 E 384
Prezado Ricardo,
Seguem as primeiras informações solicitados.
Fernandes – 20 páginas e 8 brasões ;
Fonseca – 18 páginas e 1 brasão e
Lago – 1/2 página e sem brasão.
Anexado estão todos os arquivos completos e abaixo uma
pequena mostra do seu conteúdo..
Saudações
Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Região On Line
Fonseca, sobrenome de origem portuguesa. sobrenome de raízes toponímicas, o provável fundador dos que adotaram esta designação por apelido era Vasco Esteves de Figueiredo, que viveu em finais do séc. XIII e que foi senhor da torre e julgado de Figueiredo.
A João de Figueiredo, em recompensa dos feitos no decurso do cerco de Arzila, concedeu D. João III carta de armas com acrescentamento.
Nome de típicas raízes toponímicas, visto derivar da designação da honra da Fonseca, na freguesia de São Martinho de Mouros, foi ele adotado por uma das linhas de descendência dos de Riba-Douro, fato que é comprovado em termos heráldicos.
Os de Fonseca mantiveram uma posição de preponderância nobiliárquica até pelo menos ao séc. XV, altura em que o ramo primogênito entrou em conflito com a Coroa de Portugal e os respectivos chefes se exilaram em Castela.
Sobrenome de origem geográfica, tomado do lugar de Fon(t)eseca. De Fonte Seca, com apócope da sílaba final de Fonte, por efeito de próclise (Antenor Nascentes, II, 116). Procede esta família de Gracia Rodrigues, que fez assento em Honra de Fonteseca, de onde seus descendentes tomaram o sobrenome de Fon (t) seca.
Fernandes, Fernandez, sobrenome de origem luso-espanhola. Sendo um sobrenome patronímico e, além do mais, muito freqüente, o mais natural é que existam numerosas famílias que o adotaram como apelido sem que possuam entre si quaisquer laços do consangüinidade. Fernandes, significa filho de Fernando, pois a terminação es, no português arcaico indicava filho de, como son no idioma inglês.
A Diogo Fernandes Correia, feitor do rei Dom João I, foram concedidas em 1488 armas novas.
Estas armas devidamente registadas em Portugal, viriam a ser pelos Reis d`Armas concedidas ou reconhecidas a alguns Fernandes que nada tinham a ver com o citado Diogo Fernandes Correia.
Assim como os demais patronímicos antigos, Álvares, Eanes, Rodrigues, etc – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos do povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. Há diversas famílias com este sobrenome, espalhadas no Brasil, de origem portuguesa, espanhola e latino americana.
Sobrenome formação patronímica: o filho de Fernando. Antigo Fernandici, Fernandiz, Fernandez – documentado nos anos de 915 e 1078 (Antenor Nascentes, II, 111). Patronímicos são apelidos que consistem numa derivação do prenome paterno. No latim ibérico, constituiu-se esse tipo de apelido com o sufixo “-ícus” no genitivo, isto é, “-íci”. É quase certo que se trata de um sufixo ibérico “-ko”, indicativo de descendência, com as desinências latinas da 2ª declinação. Assim, por evolução fonética temos no português medieval -ez (escrito -es, porque é átono) -iz, -az (escrito -as, quando átono). Por exemplo: Lopes (que vem de Lopo), Fernandes (filho de Fernando) e Perez ou Peres ou Pires (filho de Pero, variante arcaica de Pedro). Galiza: o genealogista, frei José S. Crespo Pozo, O. de M., em sua obra Linajes y Blasones de Galicia, dedica-se ao estudo desta família –Fernández [Pozo – Linajes de Galicia]. Brasil: Assim como os demais patronímicos antigos – Alvares, Eanes, Henriques, etc. – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. Há diversas famílias com este sobrenome, espalhadas no Brasil, de origem portuguesa, espanhola, argentina, uruguaia, paraguaia, etc. No Rio de Janeiro, entre as quase 260 famílias com este apelido, nos séculos XVI e XVII, registram-se as de Antônio Fernandes, carpinteiro [c.1570 – 1643,RJ]; Baltazar Fernandes, tabelião (1567) das Cidade [? -1569,RJ]; Batista Fernandes, porteiro (1566) da Cidade; Diogo Fernandes [1558 – ?]; Francisco Fernandes, alcaide e carcereiro (1566) da Cidade; Gaspar Fernandes [c.1559 – a.1620]; Lourenço Fernandes, porteiro (1569) da Câmara; Marcos Fernandes [c.1555- ?];
LAGO
Nome de raízes toponímicas, derivado da honra desta designação situada na freguesia do Lago, na comarca de Entre Homem e Cávado.
Terá sido o fundador da antiga linhagem com este nome D. Gonçalo Gonçalves, filho de D. Gonçalo Rodrigues, senhor do Couto da Palmeira, de quem também derivam os Pereiras. D. Gonçalo Gonçalves do Lago teve descendência que deu continuidade a este apelido.
Armas
De vermelho, uma torre lavrada de negro, rematada por uma donzela sainte, vestida de azul e com os cabelos soltos, estando a torre assente num pé-de-água, ondado de prata, e tendo em chefe três flores-de-lis de ouro alinhadas em faixa. Timbre: a donzela do escudo sainte, segurando na mão direita uma das flores-de-lis do escudo, ou uma aspa de vermelho, carregada de três flores-de-lis do escudo.
Outros Lagos usam: de vermelho, cinco flores-de-lis de ouro, em aspa. Timbre: o segundo dos que atrás se descreveram
Títulos, Morgados e Senhorios
Barões de Santa Bárbara
Viscondes das Arcas
3 anexos
Visualizar o anexo fernandes.doc
fernandes.doc
Visualizar o anexo fonseca.doc
fonseca.doc
lago.doc
Afrânio Tintaspig | 11:05 (Há 5 horas) | ||
|
Afrânio Tintaspig | 11:20 (Há 5 horas) | ||
|
|
11:33 (Há 5 horas) | |||
|
ATENDIMENTOS NÚMEROS 393, 394 E 395
Prezado Ricardo,
Segue a última remessa nesta data e foram enviados 14 arquivos de sobrenomes
e trata-se da maior remessa feita para um só solicitando e no mesmo dia.
Vai ficar faltando o sobrenome REMORINI que estão aguardando
uma resposta da Itália para minha consulta.
Nesta remessa vai :
Corrêa – 29 páginas e 7 brasões ;
Moraes – 18 páginas e 17 brasões e
Macedo – 1 páginas e nenhum brasão.
Fiquei satisfeito em poder atendê-lo.
Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Região On line
Correia ou Corrêa, grande e ilustre linhagem portuguesa, a sua genealogia pode traçar-se documentalmente desde épocas bastante remotas.
A ela pertenceu Dom Frei Paio Peres Correia, que foi mestre da Calatrava. É de admitir que o seu nome nascesse das armas que se sabe que usavam desde pelo menos a segunda metade do século XIII. O ramo dos Correias que conservou o senhorio do couto de Farelães – e que, pôr isso mesmo, eram designados pôr Correias de Farelães – aliou-se à linhagem dos Aguiares e comemorou tal ligação heraldicamente, tendo passado a usar outras armas.
Outro ramo (Belas) veio ligar-se com os Atouguias pelo casamento e, desse modo, a herdar o senhorio de Belas, pelo que passou a usar as armas daquela linhagem, com o timbre da sua. Antônio Correia, a quem fazem derivar dos Correias de Farelães, distinguiu-se muito na Índia, durante o governo de Diogo Lopes de Sequeira e foi capitão-mor de uma frota contra o Rei de Bahrem ou Bérem, a quem venceu. Pôr tal razão lhe deu o Rei Dom João III pôr carta de 14 de Janeiro de 1540 um «acrescentamento» honroso de armas.
Este Antônio Correia deixou progênie, tanto em Portugal como na Índia, tendo o primeiro ramo adotado a designação de Correia de Barém. O segundo, talvez proveniente de uma filha natural, permaneceu no reino de Ormuz, ai dando origem a uma ilustre família que readaptou a religião maometana e se mestiçou com uma família principesca dos Emirados Árabes Unidos, que não esqueceu as origens portuguesas, usando à européia as armas daquele seu antecessor.
Subsistem na atualidade algumas famílias que mantêm o uso da grafia antiga, Corrêa. Na impossibilidade de sabermos em rigor quem assim assina ou está registado, pôr uma questão de uniformização adotamos aqui a grafia moderna, isto é , Correia.
Morais, Moraes, ignora-se se os deste nome o tiraram do lugar de Morais, em Trás-os-Montes, ou se provêm dos Morales da Espanha. Os genealogistas atribuem-lhes remotas mas incomprovadas origens, se bem que seja indiscutível que a família já existia em Portugal usando este sobrenome durante a primeira Dinastia.
Moraes, sobrenome de origem geográfica. Topônimo de Portugal. Plural de um substantivo moral que devia ter significado «amoreiral». O espanhol tem moral, amoreira, e o sobrenome Morales. O substantivo desapareceu, ficando só o topônimo e o sobrenome. Guérios derivou de Murales, muros (Antenor Nascentes, II, 207). Do espanholMorales, lugar onde há amoreiras (Anuário Genealógico Latino, IV, 25). O solar desta família é no lugar de Morais, têrmo de Bragança, província de Trás-os-Montes, Portugal. Gonçalo Rodrigues de Morais, senhor de muitos lugares, era descendente dos senhores da cidade de Bragança; em 1217 deu sua ermida de Santa Catarina aos franciscanos, quando foi a Bragança fundar o convento (Anuário Genealógico Latino, I, 67). Ilha da Madeira: o genealogista Henrique Henriques de Noronha, em sua importante obra NobiliárioGenealógico das Famílias da Ilha da Madeira, composta em 1700, dedicou-se ao estudo desta família [Henriques de Noronha – Nobiliário da Ilha da Madeira, Tomo II, 365]. Brasil: No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, a de Diogo de Morais, n. no Rio, e fal. antes de 1721. Cas. no Rio, em 1695, com Felícia de Abreu Pereira, n. em Lisboa, e fal. no Rio, em 1721 (Rheingantz, II, 619). Antiga e importante família estabelecida em São Paulo, procedente, na metrópole portuguesa, de Rui Martins de Morais, alcaide-mor de Bragança [1321], Senhor de Morais, 3.º Padroeiro do Convento de S. Francisco, que deixou numerosa descendência do seu cas. com Alda Gonçalves Moreira. Foram pais de Ignez Rodrigues de Morais, que do seu cas. com D. Mendo Esteves de Antas, da Casa de Vimioso, descendem os Moraes de Antas, de São Paulo. Deste último casal – Mendo e Ignêz, foi descendente, seu quarto neto, Baltazar de Morais de Antas [Mogadouro – a.1600], que passou para o Brasil, tornando-se tronco de uma das principais famílias de São Paulo. Trouxe carta de Nobreza, passada perante o Juiz de Mogadouro [Carta 11.09.1579], que foi reconhecida perante o Ouvidor Geral da Bahia Cisme Rangel de Macedo. Em 1556 já residia em São Paulo.
MACEDO
Nome de raízes toponímicas, deriva da designação da vila de Macedo-de-Cavaleiros.
O mais remoto indivíduo que se conhece a usar este apelido é João Gonçalves de Macedo, que foi parcial de D. Afonso, futuro D. Afonso IV, nas lutas que este teve contra seu pai, o Rei D. Dinis.
Pela composição das armas dos Macedos pensam alguns autores poderem eles ser um ramo dos Monizes ou, na nossa opinião, mais provavelmente descendentes ou de qualquer modo ligados à linhagem dos «de Riba-Douro» ou a uma das famílias que dela procedem.
Armas
De azul, cinco estrelas de seis raios de ouro, postas em aspa. Timbre: um braço vestido de azul, com uma maça de armas de ouro, armada de prata.
Títulos, Morgados e Senhorios
Barões da Ilha Grande de Joanes
Barões da Lobata
Barões de Mullingar
Barões de Santa Comba Dão
Barões de São Cosme
Condes da Ilha da Madeira
Condes da Lobata
Condes de Estarreja
Condes de Lindoso
Condes de Macedo
Condes de Margaride
Condes de Mesquitela
Condes de Monsaraz
Condes de Vila Franca do Campo
Duques de Albuquerque
Marqueses de Lindoso
Senhores da Casa do Val de Couto
Senhores da Casa dos Macedos
Senhores de Macedo de Cavaleiros
Senhores de Melgaço
Senhores de Teixeira
Viscondes da Lobata
Viscondes de Lindoso
Viscondes de Macedo Pinto
Viscondes de Margaride
Viscondes de Mesquitela
Viscondes de Monsaraz
Viscondes de Trancoso
Cargos e Profissões
Abades de São Clemente de Basto
Alcaides de Basto
Capitães de Chaul
Deputados
Familiares do Santo Ofício
3 anexos
morais.doc
Visualizar o anexo correia.doc
correia.doc
macedo.doc