Jose Coutinho de Oliveira: 'Nobilistica'

Jose Coutinho de Oliveira – Os eleatas

foto-jose-coutinhoEleatas, de Eleia, cidade grega perto onde hoje é Salerno, Itália, chamada pelos romanos de Vélia. Nessa cidade encontramos Xenófanes de Cólofon (570-475 a.C.) que teria sido mestre de Parmênides, mestre do imobilismo. Para este filósofo a mudança é impossível. Era portanto o filósofo do ser que é e do não ser que não é.Os eleatas perceberam também a diferença do conhecimento sensível (dóxa, opinião) (mundo da aparência) e o conhecimento racional (episteme, ciência em grego )ou (mundo do real). Essa distinção reaparecerá em Platão quando ele fala da parábola da caverna, ou seja, de que pode não ser realidade o que à primeira vista parece ser. A doxa, a hipótese é para Platão como uma prisão numa caverna onde vemos só projeções mas não a realidade.

Pois bem, refletindo sobre o ser e o não ser de Parmênides, Aristóteles descobriu um meio termo que é o vir-a-ser, o devir, a mudança. A partir de então Aristóteles elucida a diferença entre potência (aptidão) e ato (realidade), além é claro de descobrir que o Bem, agathon, é só ato, de que n’Ele não há nenhuma aptidão.
Parmênides talvez sem querer descobre Deus que é atemporal. A teologia perceberá todavia lá na frente que o mistério escapa dos limites da filosofia. Outro filósofo famoso eleata é Zenon, homônimo de Zenon de Cítio, parte meridional de Chipre, fundador do estoicismo.
José Coutinho de Oliveira