Nobilistica: 'Roman Jakobson II'
Nosso objetivo nesse artigo é dar continuidade e concluir o artigo sobre esse linguista publicado neste jornal (Apiaí tem) do dia 17 de outubro do ano passado. Diz-nos sua biografia que além de linguista, Roman Jakobson era pensador e crítico. Foi um dos fundadores do Círculo Linguístico de Praga em 1926. Nasceu a 11/11/1896 e faleceu em 18/7/1982 em Boston, Massachusetts. Pois bem, dissemos que Jakobson chegou às famosas funções da linguagem através dos seis elementos da teoria da comunicação. Faltou se dizer todavia que a cada elemento daquela teoria correspondia uma função. A ênfase no emissor se dá o nome de função emotiva ou expressiva; a ênfase no referente ou contexto se dá o nome de função denotativa, preferencial ou cognitiva; a ênfase na mensagem se dá o nome de função poética ou estética; a ênfase no contato ou canal se dá o nome de função fáctica ou fática; a ênfase no código se dá o nome de função metalinguística; a ênfase no receptor se dá o nome de função conativa ou apelativa. Pudemos ver enfim que numa mesma comunicação podem coexistir diversas funções, mas uma delas prevalecerá. E para encerrar gostaríamos de voltar a falar sobre a dicotomia (dualidade) sincronia x diacronia de Saussure (socir). Vejamos então da lei que envolve o assunto encontrado no vol. 8, pg. 327 da Barsa/73: ” Todos os fatos sincrônicos para a Gramática de hoje são diacrônicos para a Linguística de amanhã.” Por essas razões estamos desconfiados que os dicionários lexicais são na verdade contemporâneos, pois parece-nos que a sincronia está na fala e não na escrita. É na fala que surgem os neologismo.
José Coutinho de Oliveira
Classificado cavaleiro comendador da Soc.Bras. de Heráldica e Humanística