Averso
Ismaél Wandalika: Poema ‘Averso’
Imploro
Coração ao relento
Sinto o vento no peito
Vivo
Nos olhares que me descrevem os instantes
Mergulho em mundos entre pesos constantes
Talvez seria forte, talvez fariam-me fortes
Nesse episódio fui
Um ontem cheio de incerteza entre as dúvidas de um amanhã que se foi…
Uma história nascida no pomar da vida
Um coração que corta e corrói
A cinza na trilha clamando por esperança
Família no traço
Construo pedaço
Vivo além dos meus suspiros
A jornada ensina-nos a trepar que nem gatos.
Sou o divino animal
Que conta seu medo em cada final
Feliz no seu interior
Oculta sua intensa dor
Chora seu silêncio elimina vive com determinação e fervor.
Averso
Vivo minhas ânsias
Como no prato o tédio das lembranças
Me levanto para viver minhas trilhas
Minha música favoritou o que detestava
Escrevo meu momento
Transcrevo meu nome no murro
Lamento suplicando aos ANCESTRAIS
O Sol nasce na crença de um amanhã melhor.
Tudo inverte
Lágrima escorre
Coração aperta forte
Cada dia antecipa um fim, parece.
E aqui vou
Aqui fico só
Mas no final sou o mais forte no meio desta gente infortúnios
Me ergo de forma emblemática
Sou o poeta da minha vida
Sou minha música favorita.
Soldado Wandalika