Coluna Sergio Diniz da Costa no jornal da APEVO
Coluna Sergio Diniz da Costa no jornal da APEVO Janeiro de 2017
Cultura
LITERATURA, ARTES & CURIOSIDADES
Poesia
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930 – Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2016[1]), foi um escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo. Em 5 de dezembro de 2014, tomou posse da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras. Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os. Em 1956, participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo. Em 1950, ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema O Galo. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966, com Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, que é considerada uma obra-prima do teatro moderno brasileiro. Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Foi agraciado com o Prêmio Camões em 2010. Desse notável poeta, o poema ‘Traduzir-se’:
Uma parte de mim
é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
Artes (pintura, música, dança…)
Ilusionismo (ou Prestidigitação) é a arte performativa que tem como objetivo entreter o público dando a ilusão de que algo impossível ou sobrenatural ocorreu. O ilusionismo é uma das mais antigas formas de entretenimento. A primeira descrição por escrito de um número de magia enquanto arte cénica surge no Antigo Egito e data de 1700 a.C. O documento em questão designa-se por Papiro de Westcar e atualmente encontra-se no Museu Egípcio de Berlim. O primeiro livro na qual surgem descritas as explicações de números de ilusionismo chama-se The Discovery of Witchcraft, e foi escrito por Reginald Scot em 1584, com o objetivo de demonstrar que os poderes sobrenaturais não existem. Em Portugal, a primeira descrição por escrito de um número de ilusionismo surge no livro Thesouro de Prudentes, em 1612, por Gaspar Cardoso de Sequeira. A profissão de ilusionista, no sentido atual do termo, apenas veio a ganhar notável prestígio a partir do século XVIII. Um dos grandes impulsionadores do ilusionismo moderno chamava-se Jean Eugène Robert-Houdin (1805-1871) e era de nacionalidade francesa. O seu passado de relojoeiro permitiu-lhe criar ilusões originais, de grande engenho e espetacularidade, que apresentava no seu pequeno teatro para a elite parisiense. Robert-Houdin frequentemente é referido como o “pai do ilusionismo moderno” uma vez que terá sido dos primeiros ilusionistas a trazer a magia para os palcos elegantes dos teatros e de festas privadas, afastando-se do mágico saltimbanco que atuava nas ruas e feiras. No início do século XX tornou-se célebre o ilusionista de origem húngara Ehrich Weiss (1874-1926) que adoptou o nome artístico de Harry Houdini, inspirado por Robert-Houdin. Os seus números frequentemente envolviam fugas de algemas, correntes e camisas-de-força.
O Prestidigitador, pintura representando um ilusionista medieval (Hieronymus Bosch)
Os pinguins podem morrer de frio. Apenas 4 das 18 espécies existentes de pinguins vivem num ambiente extremamente gelado. Uma espécie de pinguim que não vive cercado de gelo, é o pinguim-de-magalhães, que vive confortavelmente em temperaturas de 0ºC a 28ºC, já em temperaturas negativas ele não se sente bem e pode sim vir a falecer. Para fugir do inverno, diversas espécies migram para o Brasil, chegando até a Bahia. Algumas pessoas, ao se depararem com esse animal na praia, acabam se assustando, e, na tentativa de ajudá-los, o colocam no gelo, porém isso pode acabar matando o pinguim, que pode estar cansado e com a imunologia baixa.
Um mega abraço e até a próxima edição!
Sergio Diniz da Costa