José Coutinho de Oliveira: 'Devagar com o andor'
José Coutinho de Oliveira: ‘Devagar com o andor’
Quando falamos de qualquer filósofo temos que logo tomar o cuidado de não tão logo execrá-lo (demonizá-lo) ou idolatrá-lo. Hoje gostaríamos de falar de Platão e Rousseau. Os dois tiveram os seus ideais. Os dois tiveram ideias que continuam atuais até os dias de hoje. Tiveram infelizmente ideias que foram atualizadas por seus sucessores, seus discípulos, o coletivismo de Platão por exemplo, foi reformulado por Aristóteles. O seu idealismo todavia e felizmente perdura até hoje, ou seja, de que o perfeito continua lá no céu. Rousseau também foi coletivista mas continua atual e insuperável em sua psicologia infantil do qual é o pai. Este último de uma forma magistral disse que sem motivação não adianta nenhum método e que com motivação qualquer método serve. Hoje sabemos que a motivação surge quando podemos optar. Disse que o idealismo de Platão felizmente continua intocável, intocável na medida que o eterno realmente não sai do mundo espiritual. Podemos lutar todavia por um mundo razoável, quase perfeito. Chamo a esse governo de monarquia confederada teocrática mundial presidencialista mista facultativa absolutamente absoluta para determos o que Hobbes chamou da política de todos contra todos, a filosofia do vantagismo, do triunfalismo. Parece que era de Hobbes então aquele provérbio latino que diz: homo homini lupus, ou seja, o homem é seu próprio lobo, o seu próprio predador. Se cada um abdicar de um pouco de sua autonomia teremos um governo que realmente proteja os mais fracos.
José Coutinho de Oliveira