Morte antes da vida
Loide Afonso: Poema ‘Morte antes da vida’


Com quantos paus se constrói uma canoa, afinal?
Os tais faróis
Da cidade
Quase não brilham
Piscam
Cima
Baixo afinal
Eles não são obrigados
A nos eluminar
Os fios corridos
De cores variadas
São a prova
De que a vida
Também tem sua
Vida
Eu não fico calada
Por querer falar pouco
Aprendi a gostar
Da voz do silêncio
Quem falou que a vida termina quando alguém morre?