Jorge Paunovic: 'Denúncias, paralisação e medidas paliativas'
Jorge Paunovic: ‘Denúncias, paralisação e medidas paliativas’
Nova fase da operação lava jato e mais prisões são anunciadas.
Parece que o fio da meada foi descoberto e agora é só ir investigando que a coisa vai.
Parafraseando um certo político nunca antes na história desse país tantos foram presos numa demonstração que ninguém está acima da lei, embora alguns se achem injustiçados e façam pose como a “alma mais honesta do país”.
As nossas instituições estão funcionando e a democracia no Brasil nunca esteve tão prestigiada como agora.
Alguma apreensão com a morte do Ministro do STF, entretanto, logo os processos sob sua responsabilidade serão redistribuídos e as ações irão continuar.
A preocupação é com a estagnação econômica e o alto índice de desemprego.
Alguns economistas acreditam que com a queda das taxas de juros o país poderia voltar a crescer com o incentivo ao crédito.
Ocorre que sem emprego e o desemprego rondando outras famílias a ordem é economizar.
As empresas de alimentação já vem acumulando algumas quedas nas vendas e diversas marcas estão sendo substituídas pelas mais baratas. Há a necessidade de nosso parque industrial se atualizar com novas tecnologias assim a produtividade seria maior.
A agricultura há muito tempo vem investindo em tecnologia e sua produtividade vem aumentando consideravelmente enquanto que o parque industrial vive estagnado.
No campo, agregar valor ao produto também seria uma forma de criar empregos e uma fonte de receita.
O país ultimamente vem exportando commodities e importa produtos manufaturados quando deveria aproveitar essas commodities e agregar valor exportando produtos semimanufaturados assim haveria a criação de novos parques industriais e consequentemente empregos que gerariam renda, impostos e receita para a previdência.
Quem sabe nossos economistas deixem de se preocupar com a reforma previdenciária, a reforma fiscal, e tantas outras reformas que não resolverão o problema de caixa do governo e tampouco a renda das famílias e o desemprego e busquem soluções para a crise e a volta do crescimento econômico sejam uma realidade.
Enquanto isso em Brasília aguarda-se a homologação do acordo de delação premiada o que causa certa apreensão nos meios políticos e o país não avança.
Jorge Paunovic é presidente da AIL – Academia Itapetiningana de Letras