Livro do colunista Carlos Cavalheiro é premiado!
Livro sobre a História da capoeira em Sorocaba é contemplado pelo PROAC
A Editora Crearte, de Sorocaba, obteve a aprovação do projeto de publicação do livro “Notas para a História da capoeira em Sorocaba”, de autoria do historiador e professor Carlos Carvalho Cavalheiro pelo PROAC, Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
O projeto da Editora Crearte foi inscrito no edital 30/2016 e o livro será publicado em 2017. Em 2016, foram inscritas 486 propostas para os editais de incentivo à criação literária nas categorias prosa (193), poesia (97), texto infantojuvenil (160) e publicação de livros (36). Das 26 propostas aprovadas, 50% delas são de proponentes que vivem no interior, litoral e Grande São Paulo, de acordo com a cota estabelecida nos editais.
O edital específico em que a Editora se inscreveu foi o de publicação de livros. Dos 36 inscritos, apenas 4 propostas foram aceitas: duas da capital e duas do interior. O livro do professor Carlos Carvalho Cavalheiro é resultado de muitos anos de pesquisa sobre as raízes históricas da capoeira no interior paulista.
Por esse motivo, o estudo do professor Cavalheiro é tido como pioneiro. O prefaciador da obra, o pesquisador e jornalista Pedro Cunha diz que o “trabalho pioneiro iniciado por Carlos Carvalho Cavalheiro há muitos anos e que, desde a publicação dos seus primeiros artigos, vem inspirando diversos outros pesquisadores como eu a romperem o silêncio da historiografia sobre a capoeira”.
Pedro Cunha publicou há pouco o livro “Capoeiras e valentões em São Paulo”, resultado de sua dissertação de Mestrado pela USP e que foi inspirado pelos estudos de Cavalheiro. “Ao me deparar com sucessivos artigos de Cavalheiro disponíveis na internet, analisando a fundo as legislações coibindo a prática da capoeira em Sorocaba, publicadas ao longo do século XIX e ligando esses e outros dados a relatos orais coletados por ele entre moradores mais antigos da cidade, porém, percebi que havia ainda muita informação a ser garimpada em arquivos ou mesmo nas fímbrias da memória paulista.
No meu caso, a inspiração trazida por Cavalheiro e outros raros desbravadores da história da capoeira em São Paulo resultou em uma dissertação com mais de 300 páginas e centenas de referências documentais que, como deve ocorrer no processo de construção da história, retroalimentaram a pesquisa sobre Sorocaba até então existente”, relata Cunha.
Outro pesquisador, André Luiz Lacé Lopes, ao fazer a Apresentação do livro diz que “a garimpagem que Carlos Cavalheiro fez pode e deve ser entendida como mais uma trilha aberta para outros pesquisadores”.
“Notas para a História da Capoeira em Sorocaba” traz informações sobre a prática e o desenvolvimento dessa luta / jogo na cidade desde o ano de 1850, data da emissão de uma lei proibindo a capoeira, até a década de 1930, quando os modelos regionais são paulatinamente absorvidos pelo modelo baiano praticado em academias.
A pesquisa escorou-se em leituras bibliográficas, em buscas em documentos e jornais de época, bem como em análise de imagens, coleta de relatos orais, entrevistas e correspondências.
A publicação do livro deverá ocorrer até meados deste ano. Carlos Carvalho Cavalheiro é escritor, poeta, historiador e pesquisador da cultura popular. Colunista dos jornais “Tribuna das Monções” e “Jornal ROL”, é professor de História na rede pública municipal de Porto Feliz. Nessa cidade, o professor é membro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental.
Autor de mais de duas dezenas de livros, dos quais destacam-se os títulos “Folclore em Sorocaba”, “Salvadora!”, “Scenas da Escravidão”, “Memória Operária”, “O negro em Porto Feliz”. Este último foi contemplado com o Prêmio Sorocaba de Literatura de 2016.
Carlos Carvalho Cavalheiro é ainda ‘Colaborador Emérito do Núcleo MMDC’ de Itapetininga Setor SUL, e do Comitê do Arquivo Histórico de Sorocaba e Mestrando em Educação pela UFSCar – Campus Sorocaba.
Em 2016 teve poesias suas selecionadas para o projeto “Pé de Poesia”, no qual os poemas foram impressos em placas que foram afixadas em árvores de praças de Salvador, Bahia.
Recentemente, e num concurso, também de caráter nacional, e que fez parte da coletânea “Poesia Livre – 2016 – Concurso Nacional de Novos Poetas”, realizado pela Editora Vivara.
Também recebeu Menção Honrosa no 6º Concurso de Microcontos de Humor de Piracicaba, no I Concurso ALAP “Paranavaí Literária” (promovido pela Academia de Letras e Artes de Paranavaí / PR) e foi selecionado para participar do projeto “Pão e Poesia”, na cidade de Blumenau (SC).
Ainda em 2016 obteve a Menção Honrosa no 7º Concurso Cidade de Gravatal de Literatura pelo seu conto ‘João da Cruz’ e o 8º lugar no 16ª Edição do Concurso de Poesias da CNEC Capivari/SP.