José Coutinho de Oliveira: 'Princípios dourados'

José Coutinho de Oliveira: ‘Princípios dourados’

Ensina-nos São Gregório I, o Magno, papa e doutor da igreja que :” não se vai da virtude à fé mas que da fé se vai à virtude.” Com efeito, é só através dos méritos de Cristo é que poderemos recuperar o paraíso. Meditando pois sobre o referido pensamento chegamos também a uma fórmula bem plausível que talvez fale da mesma coisa: “ninguém agrada mais ao Pai do que o Filho, portanto resta-nos a alternativa de aborrecer o Pai cada dia menos”, ou seja, parece então que temos a tendência de aborrecer a Deus até os instantes finais de nossa existência, o cristão deve lutar todavia para que o pedido de perdão prevaleça. Já nos adverte Hebreus 11,6: sem fé é impossível agradar a Deus, ou seja, o único sacrifício aceito pelo Pai é o sacrifício do Filho. Há pessoas que vão direto para o céu quando morrem, outras porém precisam se purificar no purgatório, ou seja, precisa de certo modo recompensar o prejuízo causado. E a bíblia dá-nos boas dicas de como fazê-lo, ou seja, de se livrar aqui na terra os débitos acumulados: ” Portanto, diz-nos Daniel 4,24, segue, ó rei, (o Nabucodonosor), o conselho que te dou, e resgata os teus pecados com esmolas, e as tuas iniquidades com obras de misericórdia para com os pobres: talvez que o Senhor te perdoe os teus delitos. ” As mesmas dicas são encontradas em Joel 2,12 s e Tobias 4,11s.

José Coutinho de Oliveira