José Coutinho de Oliveira: 'Inovação catequética'
Nossa gnose traz mais uma outra grande novidade: método audio-oral ou ágrafo que pode ser aplicado no ensino de qualquer língua e principalmente na 1a. comunhão e no catecumenato, ambos para iletrados. Nesse método nem se lê nem se escreve, só audição e repetição. DVDs ágrafos podem ser utilizados para enriquecer as aulas. É de grande alcance transcendental, holístico e teleológico pois crê poder causar um grande impacto naquela população iletrada que quer se batizar sem mais demora. Aqueles que como se diz, aceitaram o Kerigma, de kerix, mensageiro, querem se batizar mas ainda estão sem tempo ou sem meios para se alfabetizarem. Nasceu esse método da crítica que Aristóteles fez ao mais famoso paradoxo socrático, ou seja, aquele que isenta por extensão o iletrado de culpabilidade. Segundo Aristóteles então a intuição do mal é inata ou infusa nos homens; Aristóteles defende assim o livre arbítrio, ou seja, de que é sempre nós mesmos que decidimos antecipadamente tudo o que fazemos, no caso, o bem ou o mal, objeto daquele famoso paradoxo. Quem nos fala de mais essa inovação aristotélica é Jacques Maritain, filósofo neotomista no seu livro “Elementos de Filosofia” Livraria Agira, 1956, pg. 53. No ensino de qualquer língua pode ser adotado àqueles que estão interessados no aprendizado só da modalidade falada da referida língua. O catecumenato, para finalizar, é bom que se diga, é a catequese preparatória ao batismo dos cristãos que já atingiram a idade da razão, a partir, portanto, dos 7 anos.
José Coutinho de Oliveira