Livro do filósofo Frank Dawe responsabiliza Deus pelo estado atual do mundo
O FILÓSOFO FRANK DAWE CHAMA DEUS NA CHINCHA
Diante do Pandemonium que assola o planeta, Frank Dawe,
mestre em filosofia, conclui que só pode haver um culpado: “Deus”.
A ideia equivocada que fazemos desse “Senhor do Mundo” é o que nos arrasta para o precipício. Assim, antes do fim da civilização e dos avanços que com tanto custo logramos atingir, é desse feitiço que devemos nos livrar.
Convicto da existência de Deus, o filósofo Frank Dawe decide questioná-lo quanto a seus atributos de uno, onisciente, todo-poderoso e magnânimo. A seu ver, se assim o fosse, não haveria tanta dor, violência e injustiça no mundo. Tido como um ente do Amor e do Bem, esse ser divino mais atua como um ‘gênio maligno’ que nos arrasta para o engano e o Mal, tal como idealizado pelo filósofo francês René Descartes. Fruto de uma fraude milenar – o Mito Abraâmico -, Jeová, Deus Pai, Alá ou o nome que a ele se dê, este ser existe como parte de uma antiga e complexa rede de deuses, entidades sutis, mas poderosas, que muito influem na existência. “A ideia equivocada que fazemos desse ‘Senhor do Mundo’, e a desinteligência daí resultante, é o que nos arrasta para o precipício. Assim, antes do fim da civilização e dos avanços que com tanto custo logramos atingir, é desse feitiço que devemos nos livrar”, afirma o filósofo.
Foi a indignação diante do descaminho e da desinteligência globais, portanto, que suscitou em Frank Dawe a ideia da série literária Clube Sophia, que, como sugere o título, busca por sophia – a sabedoria. Focada no público young adult, esta fantasia urbana vem ao encontro das questões mais prementes da atualidade – temas como política, religião, questões de gênero, ciência e filosofia, objetos de estudo desse autor que, tardiamente, se graduou em Filosofia e obteve seu título de mestre em Filosofia Política pela Unicamp. Arrojado desde criança, Frank Dawe gosta de dizer que cursou a ‘escola da vida’. Sob o adágio ‘viver é uma arte’, bem cedo descobriu sua veia artística: aos quatorze, já era artista plástico, aos dezessete abriu sua própria agência de propaganda e aos 21anos tornou-se cineasta. Cursou cinema em Londres, roteirização em Los Angeles e trabalhou com produtores hollywoodianos em Roma. Ainda jovem escreveu, dirigiu e produziu um longa-metragem de sucesso, e tornou-se roteirista de outros longas e centenas de comerciais e filmes institucionais.
Surpreendente e de vanguarda, Clube Sophia – O livro das Amazonas, o primeiro volume da série, é uma ficção talhada sob medida para tratar deste dramático momento da história. Numa narrativa imersa na concretude do mundo real, o leitor vivenciará as mazelas das personagens contra as “forças do mal” a partir dos mais prosaicos fatos do nosso cotidiano. Em meio aos riscos e à violência, seus heróis – na verdade, suas heroínas – enfrentam problemas como os atuais conflitos ideológicos, a Nova Ordem Mundial, o Fim do Mundo, o Olimpo, ETs, Deus, o Anticristo e Satanás, tudo regado a fartas doses de humor, erotismo e suspense e a inéditas reflexões filosóficas. A importância atribuída à figura feminina na trama refere-se à concepção do autor de que, contra esse ser que há milênios galvaniza a tradição patriarcalista que as tem oprimido, cabe às mulheres ocupar o papel de protagonistas. Seriam elas o elemento fundamental na busca pela sabedoria.
Frank Dawe então desafia: que Deus demonstre de forma cabal que não age de má fé e é capaz de livrar o planeta do Pandemonium, sob pena de ser francamente desmoralizado. Sim, pois Clube Sophia – o Livro das Amazonas vem demonstrar que a verdadeira libertação está na sabedoria, e que não só as mulheres têm um papel fundamental nesse processo, como toda a sociedade deverá ter efetivo controle dos destinos do mundo. Afinal, essa é a história de todos nós!