José Coutinho de Oliveira: 'Momento monárquico X (ampliado)'

José Coutinho de Oliveira: ‘Momento monárquico X (ampliado)’

       É nosso objetivo hoje fazer uma paralelo entre Aristóteles e o nobiliarquismo. Para esse filósofo a aristocracia é um tipo de governo virtuoso, pois como se sabe, é aquele grupo de pessoas que governa em prol da maioria. Aristocracia vem do grego, aristo, os melhores e cracia, kratêo, governo, domínio. O que chamamos hoje de democracia ele chamava de politeía, governo de muitos, que para ele poderia se corromper em democracia, palavra por ele usada como sinônimo de demagogia.Politeía, diga-se de passagem era o título original da República de Platão. Para o nobiliarquismo, liberado pelo Dr. Plínio Correa de Oliveira, fundador da TFP a vida nobre é como outro sacerdócio, outro sacerdócio semelhante ao sacerdócio eclesial, como disse o Papa Bento XV. O Dr. Plínio faz a defesa do nobiliarquismo através de um de seus livros: Nobreza e elites tradicionais análogas. Nesse mesmo livro podemos ler a  doutrina que dá sustentação ao ideal nobilicista. Diz aquele belo livro, na pg. 242 que ” a aristocracia é perfeição. E aspirar à perfeição é um dever do cristão” e será de S.Tomás que virá a definição para perfeição: 1) ” a perfeição da vida cristã consiste principalmente na caridade (ou seja, o amor de Deus). 3) ” a caridade é que nos une a Deus, o qual é o último fim da mente humana, porque ‘ quem permanece na caridade permanece em Deus, e Deus nele’ ( 1 Jo 4,16). Acredito que é uma boa opção lutar pela libertação através da caridade, da mansidão, da obediência. Nos priorados leigos como os atuais, como parece ocorria também nas ordens militares monacais da idade média há alguns graus funcionais: cavaleiro, dama, oficial, comendador, grande oficial, grã-cruz, grão colar e grão mestre. Temos graus intermediários como por exemplo o comendador grã-cruz. Temos também cumulativamente as funções de chanceler e arauto. O arauto exerce as funções de relações públicas, o chanceler, de secretário. Os hierarcas usam às vezes o manto talar, aquele que vai até o calcanhar ou mantelete, que cobre a coxa. Mais curto que o mantelete temos a murça que o etimologista Francisco da Silveira Bueno diz que: “costumam os dicionários trazer que murça, myrza é o título de príncipe, já na Pérsia, já na Rússia e outros países eslavos.

José Coutinho de Oliveira