Jorge Paunovic: 'Civilidade… o que é mesmo?'
Jorge Paunovic: ‘Civilidade… o que é mesmo?’
Temos presenciado muito nos últimos tempos uma total falta de civilidade (não confundir com cidadania) por parte de alguns grupos organizados que infelizmente não aprenderam em casa como devem tratar seus semelhantes.
Alguns por terem seus preceitos ideológicos contrariados tentam (no grito e na algazarra) fazer calar aqueles que têm opiniões diferentes e que por essa razão são tratados como verdadeiros inimigos e são logo apontados como agentes nefastos quando deveriam através do diálogo ouvir o que os contrários têm a dizer e raciocinar e através da inteligência que todos os seres humanos são dotados apresentar argumentos que demonstrem quem tem razão, entretanto quando não se tem argumentos o grito, a baderna, a invasão, o tumulto e a falta de respeito tomam conta.
A civilidade funda-se na harmonia das relações humanas entre as pessoas através de códigos de ética e de regras de conduta e de respeito mutuo.
A humanidade ao descobrir a inteligência e consequentemente a descoberta do “Eu” sentiu a necessidade de criar regras para que houvesse o respeito mútuo. Surgiram então as regras de conduta para que o convívio social fosse disciplinado e a partir de então as relações humanas ficassem livres dos conflitos assegurando a sua sobrevivência e coesão.
Sergio Buarque de Hollanda consagrou a expressão homem cordial discorrendo sobre a cordialidade e civilidade, atraso e modernidade, tradição e renovação, privado e público. Segundo Sergio, a definição de civilidade é proporcional à ética, à modernidade, à renovação, à educação, pois o indivíduo que tem como prerrogativas a civilidade é, e deve ser cordial, ético e principalmente educado, tanto nas ações quanto no comportamento.
Os códigos morais regem a conduta dos membros de uma comunidade, de acordo com princípios de conveniência geral, para garantir a integridade do grupo, a convivência pacífica e o bem estar dos indivíduos que o constituem. (fonte internet)
Considerando que vivemos sob uma democracia e que a liberdade de expressão é um direito assegurado a cada pessoa, o respeito à opinião alheia não quer dizer que haja concordância, entretanto para que haja harmonia nas relações entre os grupos a civilidade desempenha um importante papel.
A civilidade pode ser entendida também como um conjunto de conhecimentos práticos para a vida em sociedade, os quais não se aprendem na escola.
No dia 08 de março passado comemorou-se o dia Internacional das Mulheres dia em que não se deve apenas comemorar, mas discutir o papel da mulher e sua contribuição para a sociedade, o que tem sido feito para igualar as condições de trabalho e salários. Considerado um marco na História a instituição do voto feminino em 24 de fevereiro de 1932 assegurando-lhes o direito de votar e ser votada para cargos no executivo e legislativo. Hoje as mulheres estão ocupando seus espaços na sociedade e algumas delas ocupam cargos no executivo, legislativo e judiciário. Outras na iniciativa privada em posições de destaque demonstrando competência e contribuindo para que o país possa desenvolver-se economicamente produzindo riquezas e maior distribuição de renda. Parabéns pela data e nossas sinceras homenagens.