Leitora Ana Moraes de Oliveira Rosa envia poesias para publicação
Ana Moraes de Oliveira Rosa: ‘POESIAS PARA O DIVINO’
15/01/2017
A Porta da Vida
Abre-se a porta
com a chave do amor.
A maravilha me corta,
cega-me o esplendor.
As feridas se tornam
felicidade e libertação.
E minhas crenças retornam
com tremenda reverberação.
E alcanço o Divino,
transforma-me.
Me faz Seu sino
que propaga o som.
Quando toca-me,
Desperta meu dom!
A pedra e o desfiladeiro
A rigidez do ser
petrifica o coração
e faz esquecer
a caridade e a compaixão.
Parado sou ameaçado
a desfalecer no desfiladeiro.
Sua luz me deixa deslumbrado
e me tira do momento derradeiro.
Já barro molhado,
deixo de ser pedra,
sinto-me amado.
Molda-me um corpo,
à Lázaro, renova o meu ser
e vivo, abandonando o ser morto.
O deserto e a esperança
As areias e os ventos,
O Sol escaldante,
com fé enfrento
as provas como ambulante
O frio e secura me atingem
me fazem quase desacreditar,
mas não me afligem
diante da fé no altar
E na vasta imensidão,
de pura realidade,
dá-me consolação.
A minha sede mata
e com sua sensibilidade
os nós desata.
As Gotas
Soltam-se as gotas
das nuvens no céu.
Caem soltas,
criando um véu.
Do todo se fazem uma
por um breve momento.
No final, estão conjuntas
no rio lamacento.
E mesmo na lama
o Senhor persevera.
Finda a trama
A água purifica
da sujeira severa
e a vida fortifica.
Em busca Dele
Atravesso o pequeno,
percorro o grande.
Como agulha no feno
pareço desencontrar o Operante
Do mínimo imperceptível
ao imenso retumbante,
criara o incrível
em um mísero instante.
Será que existe?
Onde está?
Sua obra persiste,
envolve o meu viver,
me faz chorar,
Reavivando o meu ser.
A.M.O.R.
(Ana Moraes de Oliveira Rosa)