Jose Coutinho de Oliveira: 'Fílon de Alexandria'
Jose Coutinho de Oliveira: ‘Fílon de Alexandria’
Um dos primeiro filósofos judeus que por primeiro tentou conciliar o judaísmo com a filosofia. Nasceu a 10 ou 20 a.C. e faleceu em 50 d.C. Para ele, o Demiurgo de Platão era o criador dos hebreus. O próximo filósofo que vislumbramos e que também tentou a mesma coisa foi São Justino, martirizado mais ou menos em 165 d.C. É dele a tese do verbo seminal, ou seja, a crença de que na filosofia grega havia verdades embrionárias. No âmbito dos apóstolos temos São Paulo que em Romanos 1,20 defende que Deus é inexcusável pelo que Ele fez, estando aí incluído, logicamente a filosofia. O próximo que pelo que vemos logo chegou a uma conclusão, Clemente de Alexandria que viveu entre 150 e 215 d.C. É dele pois o princípio da prevalência da verdade revelada sobre a filosofia, resumida na fórmula ” ancilla fidei”, ou seja, de que a filosofia era a ” serva da Teologia “. O próximo é Santo Anselmo, pai da escolástica que resumiu sua apologia no seguinte princípio: credo ut intelegam e intelego ut credam, creio para compreender, compreendo para crer, princípio baseado em Santo Agostinho que dizia: crede, ut intelligas, ” creia para que possa entender”. Outra duas famosas máximas do santo e doutor Anselmo são as seguintes: não se vai do conhecimento à fé mas da fé se vai ao conhecimento; de que a Teologia é a ” fides quaerens intellectum ” ( a fé que busca compreender). Hoje, depois de seguir essas pegadas sabemos que Deus é sobrenatural mas não é antinatural, por isso temos que nos aprofundar no estudo da teologia, filosofia, sociologia, psicologia e antropologia, ou, melhor ainda, no holismo, recorrer a todas as ciências em prol do reino de Deus que reluta em se instalar. Outro filósofo que se empenhou em conciliar Aristóteles com a fé foi Sto. Tomás de Aquino, nome do qual se formou a palavra tomismo que defendeu também a primazia do intelecto sobre a vontade, diferenciando-se de Sto. Agostinho.
José Coutinho de Oliveira