José Coutinho de Oliveira: 'Momento monárquico VI (b)'

 José Coutinho de Oliveira: ‘Momento monárquico VI (b)’

Como toda instituição a monarquia brasileira também tinha pontos frágeis. A principal fragilidade é que o modelo monárquico era parlamentarista misto, dualista, ou seja, o imperador também participava da administração. Um modelo diferente  do modelo britânico, chamado de monista, ou seja, a rainha reina mas não governa; é, digamos, um modelo mais realista, onde o rei, não entra no mérito da questão. Gostaríamos porém agora falar dos pontos positivos. A monarquia brasileira reconheceu o valor da literatura em pelo menos parece em três ocasiões quando agraciou com títulos nobiliárquicos três escritores. O primeiro foi Manuel de Araújo Porto Alegre, agraciado com o título de Santo Ângelo por decreto em 9/5/1874; depois veio o Dr. Domingos José Gonçalves de Magalhães (médico), agraciado com o título de Visconde de Araguaia (1811 – 1882) por decreto de 12/8/1874; considerado um dos iniciadores da literatura romântica no Brasil, com seu livro Suspiros Poéticos e Saudades (1836); foi pai de Antonio José Gonçalves de Magalhães de Araguaia, agraciado com o título de Conde pela Santa Sé. O terceiro e último foi Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay (1843-1899); Taunay ( se pronuncia Toné), autor do romance “Inocência”. Taunay chegou a major no exército. Sobre a Princesa Isabel é oportuno lembrar que no dia ” 29 de julho de 1860, prestou, perante o Senado, juramento de herdeira presuntiva da Coroa do Brasil.

José Coutinho de Oliveira