Sergio Diniz da Costa: 'O jornal: da Roma antiga à era eletronica'

Sergio Diniz da Costa

O JORNAL: DA ROMA ANTIGA À ERA ELETRÔNICA

Segundo alguns pesquisadores, o primeiro jornal que se tem notícia surgiu em Roma, em 59 a.C. Era o Acta Diurna, nascido do desejo de Júlio César de informar ao público sobre os acontecimentos sociais e políticos e divulgar eventos programados para cidades próximas. O jornal era escrito em grandes placas brancas e expostas em locais públicos onde transitavam muitas pessoas. As Acta informavam aos cidadãos sobre escândalos no governo, campanhas militares, julgamentos e execuções.

Em 1447, ocorreu o evento mais importante do período moderno: a Revolução da Imprensa, desencadeada pelo alemão Johannes Gutemberg, que teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa.

A prensa, inventada por Gutemberg, inaugurou a era do jornal moderno e permitiu o livre intercâmbio de ideias e cultura, disseminando o conhecimento. Durante essa época, a classe média em ascensão, que correspondiam aos comerciantes, era abastecida de informações sobre o mercado por boletins informativos, que muitas vezes tinham um teor sensacionalista.

Foi só na primeira metade do século XVII que os jornais começaram a surgir como publicações periódicas. Os primeiros jornais modernos nasceram em países da Europa Ocidental como Alemanha, França, Bélgica e Inglaterra. A maior de parte de suas publicações traziam notícias da Europa e raramente incluíam informações da América ou Ásia. Os jornais ingleses costumavam relatar derrotas sofridas pela França e os franceses relatarem os escândalos da família real inglesa.

Os assuntos locais começaram a ser priorizados na segunda metade do século XVII, mas ainda eram controladas para que os jornais não abordassem nada que incitasse o povo a uma atitude de oposição ao governo dominante. Ainda assim, alguns jornais conseguiram alguns feitos como as manchetes de jornais que noticiaram a decapitação de Charles I ao fim da Guerra Civil Inglesa, apesar de Oliver Cromwell ter tentado apreender os jornais na véspera da execução. A primeira lei para proteger a liberdade de imprensa surgiu em 1766 na Suécia.

No início do século XIX, os jornais se tornaram, definitivamente, o principal veículo de divulgação e recebimento de informações. O período entre 1890 a 1920 ficou conhecido como “anos dourados” da mídia com a construção de verdadeiros impérios editoriais. Além de informarem, os jornais também ajudaram na divulgação de propaganda revolucionária como o texto “O Iskra” ( A Centelha ) publicado por Lênin em 1900.

No anos 20, a invenção do rádio causou alvoroço nos jornais. Os editores, como resposta, renovaram os formatos e conteúdos de seus jornais para torná-los mais atraentes, com maior volume de textos e cobertura mais amplas e profundas.

Depois, foi a televisão, que parecia acabar com a soberania do jornal. Entre 1940 e 1990, a circulação de jornais diminuiu. Apesar da queda, a televisão não tornou o jornal obsoleto. A atual revolução tecnológica também gera novos desafios para mídia impressa, pela rápida difusão e instantaneidade da informação onde uma pessoa conectada pode produzir e consumir informações das mais diversas fontes.

Entretanto, na história do jornal, no final da década de 1960 um evento mudou completamente a forma como os seres humanos teriam acesso a qualquer tipo de informação: o surgimento da internet, criada pela ARPANET, com o intuito de interligar dados a outros computadores.

Mas a Internet conhecida nos dias de hoje, só teve início no começo de 1990, através do World Wide Web (Rede de Alcance Mundial) – as iniciais WWW que digitamos para acessar os sites – criado pela Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN).

Um instrumento de natureza digital que, em seu início, era apenas de uso exclusivo da indústria bélica, utilizada nas buscas de tecnologia de espionagem, a internet, que era de acesso somente de quem tivesse profundo entendimento de computadores, passou a ser alcançado por outras pessoas que não tinham tanto conhecimento. Assim, a Internet, que antes era associada a fanáticos por computadores e pesquisadores, ficou popularizada entre diversos tipos de pessoas, fazendo parte dos lares e sendo utilizada por toda a família.

A Internet, que antes era mais restrita aos norte-americanos, explodiu em outros países, penetrando na sociedade, da mesma forma que a energia elétrica no passado. Através do computador, foi possível um novo aumento no uso da escrita, que estava apagada com o avanço das mídias audiovisuais, principalmente a televisão.

Essa popularização deu início à revolução digital, que modificou completamente a sociedade. O número de pessoas que navegam na Internet cresce a cada dia que passa. Um novo mundo cheio de vantagens e facilidades foi descoberto. Informação, interatividade, relações pessoais, negociações, notícias, compras e outras necessidades do dia a dia ganharam um grande espaço na web. O mundo está diminuindo e não há distância geográfica que a Internet não possa proporcionar uma aproximação das pessoas que dela utilizam para manter contatos entre si.

E é por esse instrumento amplo e irrestrito de informação que o Jornal ROL, há 23 anos, divulga o melhor da cultura de Itapetininga e Região.

http://www.jornalista.com.br/historia-do-jornal.html>. Acesso em: 03/04/2017.
Guilherme Santos. http://guilhermergs.blogspot.com.br/2010/04/o-imperador-de-roma-personalidade.html>. Acesso em: 04/04/2017.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_digital.>. Acesso em: 05/04/2017.