Professor Carlos Cavalheiro, colunista do ROL, conquista o título de 'Mestre em Educação'
Professor Carlos Cavalheiro conquista o título de Mestre em Educação
O professor, escritor e poeta Carlos Carvalho Cavalheiro foi aprovado na defesa de dissertação de Mestrado em Educação, no último dia 23 de fevereiro. Carlos Cavalheiro é professor de História da rede pública municipal de Porto Feliz e colunista dos jornais “Tribuna das Monções” e “Jornal ROL (Região On Line)”.
Autor de 21 livros publicados, Carlos Carvalho Cavalheiro iniciou o seu Mestrado em 2015, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba. O curso faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação, daquela Universidade.
Com o título “´Tá vendo aquele edifício, moço? Lugares de Memória, Produção de Invisibilidade e processos educativos na cidade de Sorocaba”, a dissertação procura entender como são produzidos os lugares de memória, nos espaços públicos, e como a história e a memória “oficiais” ofuscam as outras memórias, de grupos historicamente subalternizados.
A dissertação foi estruturada em cinco capítulos e a despeito do título traz também informações sobre o uso da memória enquanto recurso pedagógico na cidade de Porto Feliz.
O professor Carlos Carvalho Cavalheiro foi orientado pela professora Dra. Dulcinéia de Fátima Ferreira e co-orientado pela professora Dra. Rosalina Burgos. Na banca de defesa participaram o professor Dr. Rogério Lopes Pinheiro de Carvalho (UNISO) e a professora Dra. Maria Carla Corrochano (UFSCar).
O resultado final foi aprovação com conceito “A” e o seguinte parecer da Comissão Julgadora: “A Banca destaca que o trabalho traz contribuições para a região de Sorocaba de caráter relevante. Destaca seu caráter interdisciplinar e indica sua publicação, e em artigos”.
Sônyah Moreira : ''Passando a limpo?'
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com – ‘Passando a limpo?’
Uma parcela significativa de brasileiros deve estar acompanhando o desenrolar das prisões de políticos e empresários da operação “Lava Jato”.
Recentemente, noticiou-se que um distinto senhor empresário, viajante do mundo, e que há poucos anos foi considerado um dos homens mais ricos do país, declarou que, daqui pra frente, o Brasil será diferente, e será passado a limpo!
Até dá pra imaginar nossa cara de palhaço ao ouvir tal declaração. E nosso nariz, já naturalmente vermelho pela vergonha diante do mundo, por causa de tantas tramoias e corrupção promovidas por senhores como esse, pertencentes a uma parcela ínfima de nosso povo e que nos tratam como seres acéfalos.
O que pensam de nós esses milionários de fortunas derivadas de corrupção? Certamente, que somos de fato palhaços, marionetes de seus espetáculos circenses.
Há de se indignar cada dia mais, num país em que a maioria de seus palhaços, ops!, quero dizer, de seus habitantes, não tem o mínimo para viver dignamente, nem mesmo com décadas de trabalho, ter que ouvir e ler notícias que em outro país seu povo já teria desencadeado uma guerra civil.
E aqui,às vésperas de um evento que nos deixa mais alienados ainda, o Carnaval, vamos aguardando o desenrolar e a desfaçatez desses caras de paus.
Quando pensamos que já vimos de tudo, temos mais coisas para nos indignarmos: noticiam os valores das diárias em hotéis de luxo, pagas por seus rebentos em lua de mel, e ainda a preocupação da amada com seus cabelos em tratamento… Que meigo! Os cabelos vão crescer, assim como seu nariz de Pinóquio!
Nessa altura dos acontecimentos, nosso nariz vermelho se torna roxo de raiva, pois passou muito longe do mínimo de respeito com uma população acéfala, que poderia tentar mudar esse quadro ridículo, pintado por mãos sujas pelo sangue e lágrimas de um povo inerte aos desmandos de governos corruptos.
Até quando? Que país é esse?
Um país pelo qual muitos perderam a vida para transformá-lo em nação livre.
Um país onde, com suor e sangue, foi abençoado por dimensões continentais.
Um país que, em sua miscigenação, tornou-se o lar de muitos outros povos.
Um país chamado Brasil, amado e querido pelo seu povo humilde e subjugado desde seu descobrimento.
Brasil, um gigante que aos poucos acorda de seu sono ético, que clama por justiça de verdade, por punições legitimas, a exemplo do confisco de bens dos grandes espoliadores do Bem Público.
Brasil, um jovem e gigante país, que ainda tem um longo caminho pela frente, para conquistar a plenitude da democracia e da ética social e política.
Passando o Brasil a limpo… Será mesmo?
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com
Livro do filósofo Frank Dawe responsabiliza Deus pelo estado atual do mundo
O FILÓSOFO FRANK DAWE CHAMA DEUS NA CHINCHA
Diante do Pandemonium que assola o planeta, Frank Dawe, mestre em filosofia, conclui que só pode haver um culpado: “Deus”.
A ideia equivocada que fazemos desse “Senhor do Mundo” é o que nos arrasta para o precipício. Assim, antes do fim da civilização e dos avanços que com tanto custo logramos atingir, é desse feitiço que devemos nos livrar.
Convicto da existência de Deus, o filósofo Frank Dawe decide questioná-lo quanto a seus atributos de uno, onisciente, todo-poderoso e magnânimo. A seu ver, se assim o fosse, não haveria tanta dor, violência e injustiça no mundo. Tido como um ente do Amor e do Bem, esse ser divino mais atua como um ‘gênio maligno’ que nos arrasta para o engano e o Mal, tal como idealizado pelo filósofo francês René Descartes. Fruto de uma fraude milenar – o Mito Abraâmico -, Jeová, Deus Pai, Alá ou o nome que a ele se dê, este ser existe como parte de uma antiga e complexa rede de deuses, entidades sutis, mas poderosas, que muito influem na existência. “A ideia equivocada que fazemos desse ‘Senhor do Mundo’, e a desinteligência daí resultante, é o que nos arrasta para o precipício. Assim, antes do fim da civilização e dos avanços que com tanto custo logramos atingir, é desse feitiço que devemos nos livrar”, afirma o filósofo.
Foi a indignação diante do descaminho e da desinteligência globais, portanto, que suscitou em Frank Dawe a ideia da série literária Clube Sophia, que, como sugere o título, busca por sophia – a sabedoria. Focada no público young adult, esta fantasia urbana vem ao encontro das questões mais prementes da atualidade – temas como política, religião, questões de gênero, ciência e filosofia, objetos de estudo desse autor que, tardiamente, se graduou em Filosofia e obteve seu título de mestre em Filosofia Política pela Unicamp. Arrojado desde criança, Frank Dawe gosta de dizer que cursou a ‘escola da vida’. Sob o adágio ‘viver é uma arte’, bem cedo descobriu sua veia artística: aos quatorze, já era artista plástico, aos dezessete abriu sua própria agência de propaganda e aos 21anos tornou-se cineasta. Cursou cinema em Londres, roteirização em Los Angeles e trabalhou com produtores hollywoodianos em Roma. Ainda jovem escreveu, dirigiu e produziu um longa-metragem de sucesso, e tornou-se roteirista de outros longas e centenas de comerciais e filmes institucionais.
Surpreendente e de vanguarda, Clube Sophia – O livro das Amazonas, o primeiro volume da série, é uma ficção talhada sob medida para tratar deste dramático momento da história. Numa narrativa imersa na concretude do mundo real, o leitor vivenciará as mazelas das personagens contra as “forças do mal” a partir dos mais prosaicos fatos do nosso cotidiano. Em meio aos riscos e à violência, seus heróis – na verdade, suas heroínas – enfrentam problemas como os atuais conflitos ideológicos, a Nova Ordem Mundial, o Fim do Mundo, o Olimpo, ETs, Deus, o Anticristo e Satanás, tudo regado a fartas doses de humor, erotismo e suspense e a inéditas reflexões filosóficas. A importância atribuída à figura feminina na trama refere-se à concepção do autor de que, contra esse ser que há milênios galvaniza a tradição patriarcalista que as tem oprimido, cabe às mulheres ocupar o papel de protagonistas. Seriam elas o elemento fundamental na busca pela sabedoria.
Frank Dawe então desafia: que Deus demonstre de forma cabal que não age de má fé e é capaz de livrar o planeta do Pandemonium, sob pena de ser francamente desmoralizado. Sim, pois Clube Sophia – o Livro das Amazonas vem demonstrar que a verdadeira libertação está na sabedoria, e que não só as mulheres têm um papel fundamental nesse processo, como toda a sociedade deverá ter efetivo controle dos destinos do mundo. Afinal, essa é a história de todos nós!
José Coutinho de Oliveira: 'Teocracia facultativa'
José Coutinho de Oliveira: ‘Teocracia facultativa’
Enquanto os iluministas privilegiavam a razão eu preconizo uma maior fé através dela. Ora, se algo irracional é descoberto temos logo que eliminá-lo. Acreditamos que a disputa pelos cargos majoritários de presidente, governador e prefeito é irracional, ou seja, sabemos que toda vez que disputamos há brigas. Devemos parar então de querer aprender os modos de se vencer os adversários; eliminemos ao invés disso a disputa, origem das desavenças. Proponho portanto como substituto a monarquia teocrática clerical universal romana neopresidencialista facultativa absolutamente absoluta. Monarquia pois o cargo de Chefe de Estado seria vitalício e receberia o título de soberano, rei ou monarca; teocrática onde Igreja e Estado estariam unidos; clerical quando a Chefia de Estado coincidisse com a autoridade máxima eclesial; universal pois pretende ser planetária, internacional; romana pois teria sua sede no Vaticano, sendo todavia e simultaneamente itinerante; neopresidencialista pois entre o Chefe de Estado e o Chefe da Administração só o 1º que pode propor leis; neopresidencialista ainda pois o 1º ministro é o Chefe da Administração, aquele que vai formar o ministério, no âmbito federal e o secretariado nos âmbitos estaduais e municipais; o 1º Ministro pode baixar normas, instruções e regulamentos; facultativa pois num primeiro momento a teocracia poderia ser uma das opções na hora de votar; absolutamente absoluta pois o Chefe de Estado pode escolher quem ele quiser para 1º Ministro. Ele pode escolher para Chefe da Administração municipal um vereador, vereadora, frei, freira, outro padre ou mesmo pastor ou pastora. Acreditamos que esse seria o modelo final diante do generalizado desinteresse pelo cargo de Chefe da Administração. O Chefe da Administração municipal se encarregará de formar o secretariado; a nível estadual o Chefe da Administração receberá a designação de 1º Ministro Estadual e também será ele o encarregado de formar o secretariado estadual; a nível federal o Chefe da Administração receberá a designação de 1º Ministro Federal e também ficará com a incumbência de formar o ministério. O Chefe de Estado a nível de município receberá a designação de Prefeito e coincidirá com o pároco da paróquia mais antiga nas cidades com mais de uma paróquia; o vice-prefeito deverá ser o vigário; na falta deste, o diácono permanente ou o ministro mor extraordinário da comunhão. Nas dioceses o prefeito deve ser os bispos assessorados pelo vice que deve ser o bispo auxiliar ou o vigário geral. O prefeito das capitais deve ser um bispo especialmente designado para o cargo. Nas arquidioceses o prefeito deve ser o arcebispo cujo vice será o bispo auxiliar. O governador será o Arcebispo metropolitano, o vice, o bispo auxiliar. O Chefe de Estado Federal será o Papa que seria representado no país ou pelo Núncio Apostólico ou por algum cardeal designado vice-rei que exerceria as funções de um governador geral. Já os 1os. Ministros exerceriam um papel de Administradores ou Gerentes. A esse modelo de Estado chamo de Confederação, ou seja, os países se fundiriam num Estado mais forte; seria a Confederação Mundial dos Países Cristãos. Os cargos de cardeal vice-rei , governador, prefeito metropolitano e os demais prefeitos seriam exercidos por tempo indeterminado tendo em vista as prioridades pastorais. Os cargos de 1º Ministro federal, 1º ministro estadual e o municipal exerceriam o cargo por tempo pré-determinado ou enquanto usufruírem da confiança do legislativo e ou do Chefe imediato, no caso do 1ª Ministro federal enquanto contar com a confiança do Papa; o 1º ministro estadual enquanto contar com a confiança do Cardeal Metropolitano e assim por diante. Nos três níveis de governo o Chefes de Estados precisarão do apoio do Legislativo para instituírem leis. Este modelo de Estado está baseado no princípio do Pe. Clemente de Alexandria falecido em 225 d.C. que considerava a filosofia como “ancilla fidei”, ou seja, serva da Teologia.
Na coluna ‘Entre Nós e o público’ o colunista Sergio Diniz entrevista o colunista Élcio Mário Pinto!
Elcio Mário
EXCLUSIVO!!!! SERGIO DINIZ ENTREVISTA ÉLCIO MÁRIO PINTO PARA A COLUNA ‘ENTRE NÓS E O PÚBLICO’
Sergio Diniz da Costa: Quem é, pessoal e profissionalmente, o colunista do jornal ROL Élcio Mário Pinto?
Élcio Mário Pinto. Pessoalmente, gosto de ambientes calmos. Fujo de tumultos. Prefiro chuva. Sou mais aquático, que terráqueo. Sinto-me à vontade em cemitérios. Não sou depressivo ou triste. A verdade é sempre o melhor. Relaciono-me bem com crianças. Aprendi a “língua” dos insetos. Opto por escada, não elevador. Para morar, o 2º andar me ajuda a respirar melhor. Profissionalmente, fui professor, coordenador pedagógico, diretor de escola e agora, supervisor de ensino. Defendo a legalidade dos atos do funcionário público. Nada de “barganhas”! O registro confere seriedade e o informal cai no esquecimento, que pode ser proposital. Acredito que os serviços da Administração Pública podem, sempre, melhorar. Sou intolerante com a burocracia que não organiza, só dificulta o acesso das pessoas ao que elas mais precisam, em todos os campos da vida. Se não tenho como ajudar, tenha certeza, não atrapalharei.
SDC. Você foi um seminarista. O que lhe levou a escolher esse caminho religioso e qual foi o motivo pelo qual desistiu da vocação?
EMP. Exatamente no dia 20 de fevereiro de 1985 eu deixava minha amada terra, Angatuba, para ingressar no Seminário Diocesano São Carlos Borromeu de Sorocaba. Antes disso, eu me via com tendência para a vida religiosa. Sentia que nela eu me encontraria. Gostava muito do que fazia, mesmo antes do Seminário. Nele, eu me desenvolvi. Conheci toda a Paróquia Divino Espírito Santo, de Angatuba, entre 1985-1987. Eram mais de 40 comunidades rurais. Conheci a Paróquia São José, Setor Cerrado, de Sorocaba, entre 1988-1989 e a Paróquia São Roque, de Itapetininga, entre 1989-1991. Nestas paróquias, convivi com parte de suas comunidades. Como gostava de estudar e já conhecia bem a Bíblia Católica, além dos trabalhos comunitários que realizava, eu me senti pronto para assumir a nova vida: a de preparação para ser padre. E assim, me tornei seminarista. Eu não desisti da vocação. Aconteceu que, concluído o curso de Filosofia (3 anos em Sorocaba) e o curso de Teologia (4 anos em São Paulo), no último ano, como de costume, fiz o pedido para ser ordenado diácono e depois, padre. Mas, tive duas vezes o “NÃO” como resposta e nunca soube qual foi o verdadeiro motivo da negação. Então, em 2014 comecei a escrever minha história como seminarista e contar, em detalhes, tudo o que vivi na então, Diocese de Sorocaba – hoje Arquidiocese -, sobre minha vida durante o período de seminário: 1985-1991. O livro está em fase final e será lançado no início de 2018, quando completarei 33 anos de meu ingresso no Seminário São Carlos Borromeu. Então, para quem desejar conhecer detalhes e bastidores, entrevistas e todo o cotidiano daquela época, é só aguardar pela publicação que acontecerá em três volumes.
SDC. Como escritor, você iniciou a carreira literária relativamente há pouco tempo. Por que e como se deu essa mudança em tua vida?
EMP. Minha primeira publicação aconteceu em 23/11/2013 com o livro “Cronicranças 1 – Crônicas para Crianças – Perguntanças e Resposteiras”. Eu sempre escrevi bastante, porque, já na infância, gostava de estudar. Meus diários e agendas, todos os rascunhos, histórias, contos e crônicas, tudo estava registrado muito tempo antes da primeira publicação. E aconteceu que, mais ou menos, em maio de 2013, a Adriana, minha esposa, me disse: por que você não publica, como livro, seus materiais escritos? E foi assim que todas as nossas atenções se voltaram para a publicação que aconteceu em novembro daquele ano. Depois disso, a mudança na minha vida foi completa. Comecei a organizar meus escritos enxergando livros, livros e mais livros. Desde então, continuo escrevendo, mas não com o objetivo de guardar para mim. O que faço, agora, é divulgar e espalhar os conteúdos em forma de publicação oficial.
SDC. Além de escritor, você é educador, filósofo e teólogo. As suas obras refletem de alguma forma os conhecimentos e experiências dessas três áreas?
EMP. Sim, refletem. Traduzem minhas longas caminhadas pelas estradas de terra entre as comunidades religiosas de Angatuba, todas iluminadas pela Bíblia e pela Teologia da Libertação, assim como meus trabalhos como funcionário da Eletro Tupi. Também minha convivência como aluno nas Escolas Estaduais “Dr. Fortunato de Camargo” e “Ivens Vieira”. Refletem ainda, minha passagem como seminarista por Sorocaba e Itapetininga. A Filosofia, não tenho dúvidas, é a grande responsável pela valorização da reflexão, do pensamento e busca por seriedade e pela verdade nas pessoas, nas coisas e nas convivências. Nisto, também devo muito às crianças das escolas pelas quais passei. Nelas, a Pedagogia muito me ajudou. Enfim, esta formação acadêmica, além de outros cursos, juntos, me fez mudar e ser o que sou. Longe de qualquer arrogância, devo muito à formação que recebi e à convivência que foi me oferecida.
SDC. Você tem uma série de projetos literários de altíssima importância cultural. Em breves palavras, discorra sobre eles.
EMP. São eles:
1º O escritor em todos os cantos: empresas, escolas, igrejas e instituições podem me convidar. Vou para tratar de Literatura, apresentar as publicações já realizadas e conversar sobre a escrita e a leitura.
2º O escritor na casa do leitor: o leitor me convida e em sua casa tratarei da Literatura e até farei leitura de alguns trechos dos livros publicados. Aqui, trata-se de um ambiente mais intimista, porque é familiar, para poucas pessoas, normalmente.
3º Aves-Símbolos:
a) “Minha casa tem asas” – a família escolhe uma ave como seu símbolo. Em casa, nós escolhemos a “CAMBACIÇA”, que se parece com um bem-te-vi pequenino;
b) “Vota asas, escola!” – os alunos, em votação, fazem a escolha da ave e escrevem um conto envolvendo a ave e a escola;
c) da cidade – tenho algumas publicações a respeito, nos mesmos moldes das escolhas e escrita dos projetos anteriores. Só não me é possível escrever para todas as cidades do Brasil;
d) “Aves Fabulosas do Brasil”: envolvendo os estados e o Distrito Federal. Este material já está pronto. São 27 contos a serem lançados num só livro. Ainda não definimos a data da publicação.
Outras homenagens estão prontas, como por exemplo, envolvendo as cidades de Mato Grosso, que produzem o girassol. Outras ainda, serão homenageadas em conteúdos já prontos: Itu/SP, Mutum/MG, Santa Branca/SP, Jandira/SP…
SDC. Algum desses projetos foi apresentado fora do Estado de São Paulo? Se sim, qual foi a recepção dele perante os leitores? E você tem tido o apoio dos órgãos públicos nessa empreitada?
EMP. Apresentamos o projeto de aves-símbolos em cidades de Santa Catarina e Paraná em 2015: Morretes/PR e Blumenau, Dona Emma, Indaial, Pomerode e Timbó/SC. Em São Joaquim/SC, a homenagem aconteceu a partir do copo-de-leite. Também fizemos o mesmo, em relação à cidade de Sorocaba em 2016, com o bem-te-vi. Já, os conteúdos homenageando Angatuba, Itapetininga e Votorantim estão prontos, mas sem data definida para publicação. Os leitores têm ótima recepção, mas a falta de apoio dos órgãos públicos dificulta o trabalho de divulgar a Literatura e a própria cidade.
SDC. Em 2015, você foi um dos vencedores do Prêmio Sorocaba de Literatura e, em 2016, teve um livro aprovado pela LINC – Lei de Incentivo à Cultura. Fale um pouco sobre essas obras.
SDC. Em relação ao Prêmio Sorocaba de Literatura 2015, a publicação é de 2014: “A Fonte: o forasteiro, o romeiro, a penitente, o turista e o viajante”. Ambientado no ano de 1949, na cidade de Iguape/SP, os protagonistas se encontram e conversam a respeito da grandiosa festa dos romeiros naquele Santuário. No mês de agosto, Albert Camus, filósofo e escritor franco-argelino, veio da França para conhecer as tradições de fé que aconteciam em Iguape. Lá também estava, para a ficção do autor, o jogador de futebol, Antonio Bonafonte, o “Boi”, importante atleta de diversos times da capital e do interior. Tudo acontece graças a um portal na Gruta do Senhor, um belíssimo espaço arborizado na cidade que ainda hoje, acolhe romeiros de todos os lugares em sua festa de agosto. Já, sobre a LINC 2016, com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura de Sorocaba, o projeto literário aprovado é este: “Pererezadas: jeito sacizeiro de ser”. Trata-se de uma ressignificação do brasileiríssimo SACI-PERERÊ, aqui representando o Alto Paranapanema em suas 36 cidades. O lançamento aconteceu em Sorocaba no dia 19/02/2017, na Pista de Caminhada do Bairro Júlio de Mesquita Filho. Outros eventos estão agendados. É uma ótima possibilidade para que o autor, com o projeto aprovado, divulgue seu trabalho.
SDC. Angatuba, sua terra Natal, é uma típica cidade pequena do Interior do Estado de São Paulo. Essa vivência numa cidade interiorana tem refletido de alguma forma em sua produção literária?
EMP. Completamente. Se pela querida Angatuba derramo lágrimas, também por ela, penso, sinto e escrevo. A ela, dedico meus trabalhos, porque em seus cantos, esquinas, praças, casas e angatubenses, vivi a magia da infância e o crescimento da juventude. Gosto de dizer: eu saí de Angatuba, mas ela nunca saiu de mim.
SDC. Sob a sua ótica, a Educação no Brasil tem contribuído ou afastado as pessoas como leitores e até mesmo futuros escritores? De que forma?
EMP. Penso ser fundamental que não se deve tirar conclusões do todo e do conjunto por alguma parte que se destaca, seja para o bem ou não seja. Assim, se temos 10 escritores num evento e outro tanto de bons leitores, isso não é amostra e não quer dizer que no Brasil, como um todo, aconteça o mesmo. Assim também, falar da Educação de um país sem conhecer suas condições com profundidade, não é possível. De modo geral, creio que nossa educação contribui, mas ainda não é o suficiente. Os estudantes precisam ler e escrever mais do que memorizar fórmulas e regras. Acontece que estamos numa época de valorização exagerada do vestibular. É o que nos faz esquecer que o “V” da Vida é mais importante que o “v” do vestibular. Com ou sem ele, a vida continua.
SDC. Que projetos os seus leitores podem esperar para o futuro?
EMP. Para 2017, além da publicação em volumes de bolso de crônicas para crianças pequenas, aquelas que ainda não sabem ler, por isso, “Cronicrinhas”, estamos planejando conteúdos que tratam dos sentimentos frágeis na convivência, dos conflitos ambientais, preservação da Natureza, mediação escolar e uma história de Natal. Neste, o ambiente será uma sapataria. O grande destaque para este ano será o lançamento, em homenagem a Ariano Suassuna, autor de o Auto da Compadecida, em sua terra natal, Taperoá, na Paraíba, que deve acontecer em meu aniversário, no dia 1º de setembro. Outros projetos já estão prontos, todos para publicação literária, mais ou menos, 50 novas obras. Então, os leitores podem esperar por inúmeras novidades. Já, em 2018, começaremos com a publicação: “Porque não fui padre!”.
Este livro é recomendado pelo ROL: ‘A Tumba do Apóstolo’, de Celio Pezza
Este livro integra a lista dos livros recomendados pelo ROL
Este livro Célio Pezza, escritor de vários livros e também colunista do ROL, publicou em 2014, com o título ‘A Tumba do Apóstolo’.
Na orelha do exemplar uma dica de quão fascinante é o livro: um andarilho contando que ‘garantiu’ ter visto a cidade eterna em chamas e que pouco sobrou do Vaticano. Disse que a Basílica de São Pedro estava coberta de cadáveres das vítimas da peste ou da fúria popular e que o Avatar estava imóvel na praça e que todos o evitavam “como quem evita o próprio demônio”.
Sobre o Papa, o andarilho disse que “deve ter morrido de peste junto com um cardeal seu amigo”.
Mostrando-se profundo conhecedor dos meandros que envolvem a vida no Vaticano, Celio Pezza nos leva a uma nova visão do mundo.
Vale a pena ler!
(Helio Rubens, editor)
Livro '50 ideias de matemática que você precisa conhecer' explica o universo dos números de maneira prática e concisa
O livro ’50 ideias de matemática que você precisa conhecer’ chega para clarear o entendimento de qualquer pessoa sobre o que de mais importante se deve saber sobre números, equações e teoremas
Encantadora para alguns, difícil para outros, a matemática faz parte da vida de todos e ajuda – e muito – a compreender diversos aspectos do mundo.
Em 50 ensaios claros e concisos, o professor Tony Crilly esclarece alguns conceitos matemáticos antigos e modernos, teóricos e práticos, cotidianos e esotéricos. O livro ilumina as grandes ideias da relatividade e da teoria do caos, revela o raciocínio não dito por trás do Sudoku, além de tratar de temas que fazem parte do cotidiano das pessoas, como a administração financeira. 50 ideias de matemática que você precisa conhecer é o levantamento perfeito para esse assunto que, apesar de ser intimidador, é essencial.
Sobre o autor:
TONY CRILLY foi professor da Universidade de Michigan, na City University de Hong King, na Open University e Middlesex University em Londres. O principal interesse de suas pesquisas é a história da matemática. É o autor da aclamada biografia do matemático inglês Arthur Cayley e do popular livro de matemática How big is infinity?