Artigo de Reinaldo Canto: 'Queda nas sacolas plásticas em SP não reduziu conforto do paulistano'

Um ano após a lei, consumo da sacola plástica caiu 70% em São Paulo

REINALDO CANTO*
23/03/2016 – 15h32 – Atualizado 24/03/2016 15h57
Consumidor carrega compras em sacolas plásticas em Pequim, China (Foto:  China Photos/Getty Images)

Foram anos de uma batalha acirrada que colocava em lados opostos aqueles que defendiam a sacola plástica gratuita nos supermercados contra aqueles que pediam pela cobrança e mesmo a substituição por sacolas biodegradáveis.

Este articulista foi, por diversas ocasiões, acusado de manter algum conluio com a Associação de Supermercados, pois sempre defendeu a cobrança considerando fundamental para o processo de conscientização quanto ao seu uso racional.

>> Existe um plástico sustentável de verdade?

Em janeiro passado, a lei paulistana que coibiu o uso da sacola plástica comemorou seu primeiro aniversário. Nesse período de um ano, segundo a APAS – Associação Paulista de Supermercados (com a qual não tenho qualquer relação profissional, diga-se de passagem) divulgou uma redução de 70% no consumo das embalagens.

Essa brutal redução, graças às novas medidas de cobrança, até onde eu sei, não foram responsáveis por tragédias pessoais ou destruição de lares, muito menos ocasionou a queda da qualidade de vida da população. Foi tão somente algo menos insano do que acontecia anteriormente nas quais as sacolinhas eram usadas e descartadas de maneira totalmente indiscriminada.

Se antes da lei as pessoas pegavam quantas sacolas quisessem, a cobrança fez com que muita gente analisasse se iria mesmo precisar delas num determinado dia ou se utilizaria a até mais confortável e resistente sacola retornável.

As novas sacolas adotadas depois da lei também são ambientalmente menos agressivas já que são compostas por 51% de matérias-primas renováveis em sua composição, tais como amido de milho e cana-de-açúcar.

Um mar de plástico triste, inútil e maligno

Aos que ainda resistem à ideia de se coibir o uso das sacolas, vale analisar um alerta recentemente divulgado pela organização WWF – World Wide Foundation – dando conta de que já existem 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos. Segundo a ONG, até 2050 haverá mais resíduos de plásticos do que peixes boiando nos maresdo planeta.

Outro dado interessante, que além de tudo remete a utilidade efêmera em contraposição à persistente contaminação causada por esses materiais, foi apresentado no ano passado por Marco Simeoni, chefe da expedição suíça Race for Water Odyssey: das 250 milhões de toneladas de plástico produzidas por ano no planeta, cerca de 35% desse montante são usados por apenas 20 minutos, uma única vez.

O plástico é, sem dúvida, um material fantástico com múltiplas possibilidades de utilização, mas é também composto à base de petróleo e gás natural, portanto matérias-primas não renováveis, além de poluidoras e fortes contribuintes do aquecimento global.

Saber usar o plástico da melhor maneira possível, seja como sacolas plásticas ou embalagens diversas, e depois reciclar esse material para novas e nobres utilidades, traria benefícios para todos e menos malefícios às pessoas e ao meio ambiente.

Precisamos torcer para que antes que o mar se “plastifique” de uma vez, sejamos capazes de consumir com a parcimônia e o bom senso de que as novas gerações tanto vão necessitar para viver bem num futuro próximo.

*Reinaldo Canto é jornalista ambiental e assessor de comunicação da Iniciativa Verde




Sergio Diniz da Costa: 'A disciplina que eu amaria lecionar'

Sergio Diniz

“A ‘sala de aula’ seria num templo. O Templo da Natureza. (…) E, ouvindo músicas sublimes, todos passaríamos minutos eternos apreciando flores e árvores, nuvens e estrelas.”

Durante um breve período de tempo tive a oportunidade de lecionar no Ensino Superior. Ministrei aulas de Direito do Trabalho, Linguagem Jurídica e Humanidades.

Apesar de as duas últimas disciplinas, em particular, proporcionarem um campo de interação muito profícuo com os alunos, em termos de reflexões éticas e filosóficas, porém ainda se enquadram no sistema educacional tradicional, onde se deve “medir” os conhecimentos auferidos pelo educandos. E, decorrente disso, se o aluno não alcança a nota mínima determinada, pura e simplesmente não passa de ano.

Na minha experiência em sala de aula procurei ao máximo mostrar aos alunos que a maior recompensa pelo estudo não é alcançar a nota máxima, mas sim o maior prazer pelo aprendizado em si. Pra mim, o aprendizado deve ser lúdico. E, acima de tudo, mágico!

E sob esta visão, a disciplina que eu amaria ministrar é uma disciplina que, infelizmente, ainda não existe em nenhuma grade escolar. E, por ainda não existir, eu a batizei de “Disciplina do Sentir”. E seria uma matéria preparatória para todas as outras. E de todas as áreas do conhecimento humano.

Nessa matéria não haveria qualquer forma de avaliação. E ninguém seria reprovado.

A “sala de aula” seria num templo. O Templo da Natureza. E as aulas seriam, em alguns dias, pela manhã, e em outros, à noite. E, ouvindo músicas sublimes, todos passaríamos minutos eternos apreciando flores e árvores, nuvens e estrelas. Sentaríamos ou deitaríamos sobre a relva macia, fecharíamos os olhos e permitiríamos que nossas almas enxergassem e sentissem tudo com seus próprios sentidos. Sentissem o frescor e o aroma do vento ou mesmo da chuva; escutassem o farfalhar das árvores em seus misteriosos colóquios. E o canto dos pássaros, saudando a vida.

Dançaríamos, também. Dançaríamos a Dança da Alma Liberta, com seus graciosos voluteios.

E ao passar dos dias e dos meses, chegando ao final do curso, acabaríamos por perceber que não haveria mais distinção entre mestre e alunos, mas tão somente um sentimento de união, quando então entenderíamos que o aprendizado é, acima de tudo, um maravilhoso processo de descobertas; de descobertas de si mesmo, dos outros, da vida.

E nesse momento mágico e transcendente, os futuros médicos ou juízes não se sentiriam deuses, acima dos homens, mas sentiriam Deus guiando suas mãos e decisões. Os futuros engenheiros não projetariam apenas pontes de concreto, mas, sobretudo, pontes de união. Os futuros políticos compreenderiam que governam ou legislam, como se agricultores fossem, semeando sementes de bem-estar comunitário. Os futuros advogados entenderiam que a maior soma de honorários a receber é a soma da paz social. E os futuros professores relembrariam que todas as demais profissões dependem de um professor.

A Disciplina do Sentir parece um sonho, um devaneio, uma utopia. E talvez o seja. O maior e o mais belo sonho que um sonhador pode sonhar. Permitam-me, porém, sonhá-lo! Mas, se puderem, sonhem comigo!

 

Sergio Diniz da Costa  – sergiodiniz.costa2014@gmail.com




A leitora Sônyah Moreira escreve: 'Crise'

Sônyah Moreira – ‘Crise’

 

Desde que me conheço por gente, ouço falar em crise, e olha que faz tempo isso viu! A verdade nua e crua é a seguinte! A vida nunca foi fácil pra quem trabalha e ganha o sustento com o suor do rosto, quando um trabalhador teve seus ganhos suficientes para pagar suas contas? Sustentar sua família com folga sem contar moedas? Comer do bom e do melhor e ainda sobrar para o lazer, ou seja, viajar esbanjar dinheiro? Nunca! Nunca mesmo! Se bem me lembro houve a época da inflação de 80% lembra disso? A máquina de etiquetas trabalhava o dia inteiro aumentando os preços! Um verdadeiro filme de terror dava pra ter pesadelos com ela, um monstro enorme, cheio de dentes comendo nosso rico dinheirinho, e para comer um simples bife acebolado, era preciso dormir em filas de açougue, pegar senha para não pagar ágio, que loucura, isso foi apenas uma das crises do país, claro que não estou querendo dizer que a crise que nos assola atualmente seja só uma marola, a certeza é o seguinte, o povo vai superar com triunfo mais essa prova, sim, não tenham dúvida, vamos passar, óbvio que com sacrifícios, porém, o país não vai parar, e nós também não!  Sabe por quê? Simples! Se aquele chefe de família que precisa todo dia levantar-se cedo, for para labuta diária e ficar choramingando e reclamando do governo a vida pra ele vai ficar ainda pior, e detalhe, esse governo passa, e virá outro e mais outro, e nós meros expectadores, só podemos assistir ao espetáculo de horror, temos é que cada dia arregaçar as mangas e ir à luta para ganhar o sustento de nossa família e na próxima eleição votar com mais consciência e conhecimento da história, e detalhe, não esperar por salvadores da pátria, pois milagres ninguém faz, é seguir em frente, e com a certeza que na vida precisamos ser tripulação e não meros passageiros, a vida sempre será difícil e com caminho justo para quem trabalha honestamente, portanto, vamos à luta, o mês está correndo nossas contas chegando, nosso dinheiro minguando, porém os porcos engravatados continuam engordando e com nossa ração, é só venha nós, ao vosso reino nada, por séculos e séculos, amém!

Sônyah Moreira




Genealogia: Afrânio Mello fornece informações sobre a familia TOLEDO

Afrânio Franco de Oliveira Mello – ATENDIMENTO NÚMERO 683

 

 

Caro João, boa tarde.

 

Atendendo sua solicitação envio o arquivo do sobrenome TOLEDO.

 

TOLEDO……………………… Sete páginas e dois brasões no arquivo principal e mais um a parte.

 

Abaixo um pequeno resumo do arquivo principal.

 

Espero que encontre a integração com os Toledo de Minas Gerais.

 

Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Jornal On Line

 

 

clip_image002    clip_image003    Toledo Toledo

sobrenome de origem espanhola. Trata-se de nome com raízes toponímicas, tendo sido tirado do da cidade com tal designação por uma das mais antigas e nobres linhagens da Espanha, proveniente de uma família da nobreza moçárabe de tal cidade. Desta linhagem passaram vários membros ao nosso país durante a Idade Média, aqui deixando descendência da qual provêm os Toledos portugueses.

Esta é uma família muito antiga, com origem na Espanha, tendo por tronco o Conde Per Illán, que viveu na primeira metade do século XIII e pertencia à Casa dos Imperadores da Grécia. O apelido foi usado primeiramente por seu neto, Esteban Illán, que tomou a cidade de Toledo aos mouros. Muitos Toledo passaram a Portugal, em várias épocas, desde os primeiros reinados. A família foi destacada por quintilha do bispo de Málaga, Dom João Ribeiro Gaio. O brasão de armas do ramo português é o mesmo usado pelos Toledo da Espanha.

Sobrenome de origem geográfica. Cidade da Espanha. Em latim Toleium. Capital dos carpetanos, povo celtíbero (Antenor Nascentes, II, 299). Procede esta família dos Comnènes (v.s.), imperadores de Constantinopla. Um integrante dessa família passou à Espanha e em 1085 se achou na conquista de Toledo, donde tomou o sobrenome. Dessa família é o atual duque de Alba, com outros 32 títulos que herdou de diversas linhas (Anuário Genealógica Latino, I, 91). O ramo troncal da muito antiga e nobilíssima casa de Toledo procede, em opinião do ilustre genealogista D. Luis de Salazar y Castro, de D. Pedro, conde de Carrión, que participou da conquista da cidade de Toledo, onde fundou herdade e ficou estabelecido [Centro Español de Investigación Heráldica – http://www.ceih.com/ heraldicahispana/ presenta.html]. Brasil: Para São Paulo, ver a Família Toledo Piza (v.s.). Para o Rio de Janeiro, ver a Família Aguiar Toledo. Família de origem espanhola, à qual pertence Andres Alvares de Toledo, capitão de milícias urbanas, que passou para Santa Catarinaem 1813 (Registro de Estrangeiros, 1808, 296). Sobrenome de uma família de origem espanhola, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 06.08.1882, a bordo do vapor Pampa, Sinforiana Toledo, natural da Espanha, procedente das Ilhas Canárias, católico, 17 anos de idade, com destino a Estação de Rio Claro, SP, para trabalhar na Fazenda de João Antônio Gonçalvez [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 034 – 06.08.1882]. Sobrenome de uma família de origem espanhola, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 03.10.1882, a bordo do vapor África, procedente das Ilhas Canárias, Izidro Toledo, natural das Ilhas Canárias, católico, 19 anos de idade, com destino à capital do Estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 042 – 03.10.1882].

 

 




Artigo de Celso Lungaretti: 'NOVA ELEIÇÃO, ÚNICA SAÍDA'

O REMÉDIO PARA TIRAR O BRASIL DA UTI: ELEIÇÕES LIVRES, GERAIS E LIMPAS!

Concordo plenamente com o artigo desta 5ª feira (24/03) do veteraníssimo colunista Clóvis Rossi, Nova eleição, única saída… até porque ele repete a mesmíssima posição que eu defendi três meses atrás, em 22/12/2015: A única proposta capaz de unir o povo brasileiro: uma nova eleição! (vide aqui). 

Não que eu esteja cobrando direitos autorais, ou coisa do gênero. Mas, como qualquer ser humano, ficou um pouco frustrado por estar sempre apontando caminhos que outros só vêm a trilhar certo tempo depois, sem nunca me darem o crédito devido. Perceber antes os cenários que prevalecerão no futuro não serve de muita coisa quando as pessoas ainda não estão preparadas para enxergá-los e aceitá-los… infelizmente. 

Isto para não falar no boicote a meus textos por parte de uma esquerda que regrediu a posturas e práticas anteriores às de 1968, quando uma geração iluminada reconheceu o exercício do pensamento crítico como um requisito essencial para mudarmos o mundo. 

Depois daquela magnífica primavera libertária, contudo, muitos males do stalinismo retornaram, como o simplismo, o utilitarismo, o maniqueísmo e a intolerância selvagem para com as idéias e as próprias pessoas dos adversários também pertencentes ao campo da esquerda.

Daí decorreu o espantoso esgotamento intelectual do petismo: em 2014, a campanha para reeleição de Dilma Rousseff foi um cemitério de propostas, nada tinha de novo a dizer sobre praticamente assunto nenhum. Então, à falta de coisa melhor, optou pela mera negatividade, pela satanização do outro: não só do candidato que representava os inimigos de classe (Aécio Neves), como também, repulsivamente, de uma filha pródiga do próprio PT (Marina Silva). Como consequência dessa vitória espúria, Dilma ganhou mas não levou, pois há 15 meses não consegue governar…

Enfim, voltando à vaca fria, eis o que Clóvis Rossi propõe, sensatamente, como a saída do labirinto em que nos encontramos. Será bom que todos reflitam sobre ela, antes que, face à omissão generalizada das forças políticas que têm o dever de ofereceram uma resposta civilizada à crise de governabilidade, novos e indesejáveis atores, os minotauros fardados, ocupem o espaço vazio. A natureza abomina o vácuo… e a política também! (Celso Lungaretti

NOVA ELEIÇÃO, ÚNICA SAÍDA

 
Um artigo de Clóvis Rossi

Meu amigo de Facebook Lucas Verzola, funcionário do Tribunal de Justiça de São Paulo, comenta com fina ironia a lista dos mais de 200 políticos apanhados na planilha da Odebrecht:

Se cair todo mundo que está na lista da Odebrecht, o segundo turno da eleição presidencial vai ser disputado entre Eymael [José Maria, O democrata-cristão] e Levy Fidelix [o do aerotrem].

É um exagero, mas a situação está tão feia que encontra eco em uma análise acadêmica, ainda por cima saída de um grife como o Council on Foreign Relations:

Há pouquíssimos políticos que não tenham suas reputações arruinadas por alegações e simultaneamente sejam capazes de montar uma coalizão necessária para aprovar qualquer reforma significativa para dar partida a uma economia moribunda, escreve Matthew Taylor.

É por isso que a única saída para a tremenda crise em que o país mergulhou é a realização de nova eleição presidencial, o que exige, antes, a cassação da chapa completa, Dilma Rousseff/Michel Temer.

Por partes:

1 – A decisão sobre o impeachment será rechaçada ou pelos que querem a saída de Dilma (aos quais se somou nesta quarta-feira, 23, a revista The Economist), se ela escapar do processo na Câmara ou no Senado, ou pelos que o consideram golpe, se o Parlamento aprovar o afastamento da presidente.

Pode-se até considerar que o bando contrário ao impeachment é minoritário (68% a favor, 27% contra, segundo o mais recente Datafolha). Mas, ao contrário do outro bando, trata-se de uma tribo organizada e militante, capaz, portanto, de criar problemas para qualquer governo que surja do impeachment.

2 – Mas se Dilma ficar, a dificuldade não será menor, não só pela oposição majoritária na sociedade à sua permanência como pela manifestação explícita de rejeição por parte do empresariado.

Em qualquer hipótese, portanto, a governabilidade seria capenga mesmo em circunstâncias normais. Em uma situação de recessão inédita desde os tristes anos 1930, ficaria ainda mais difícil.

3 – Vale ainda notar que o sucessor natural de Dilma, o vice Michel Temer, pode ser colhido, amanhã ou depois, pela Lava Jato. Aí o que se faz? Novo processo de impeachment, alongando a agonia de uma economia moribunda?

Por falar em Lava Jato, ainda mais agora com a delação premiada da Odebrecht, qualquer análise política é temerária porque pode ser atropelada a cada momento por uma nova revelação, como, por exemplo, a lista dos 200 e tantos políticos que vazou nesta quarta.

Feita essa ressalva indispensável, fechemos o teorema:

4 – Uma nova eleição, obrigatória se a chapa completa for cassada, pode até ser disputada só por nanicos, se os graúdos forem todos alvejados no que chamo de delação do fim de mundo (e a lista de quarta-feira sugere que tenho razão, embora ela ainda não prove nada).

Não importa. Eleições livres, gerais e limpas são a única maneira de dar legitimidade a um governo, pré-condição para começar a tirar da UTI um país que resvala para o IML.

 

 

VALE A PENA LER DE NOVO
A ÚNICA PROPOSTA CAPAZ DE UNIR O POVO BRASILEIRO: UMA NOVA ELEIÇÃO!!!

(artigo de 22/12/2015, hoje mais atual do que nunca)

Cálculos mesquinhos e falta de grandeza de parte a parte deverão causar sofrimentos terríveis ao povo brasileiro em 2016 e sabe-se lá até mais quando.

De um lado temos um governo totalmente sem propostas, semeando ilusões como a de que ainda se possa fazer ajuste fiscal sem grandes sacrifícios, quando até as pedras da rua sabem que eles serão imensos e resta decidirmos quem pagará a parte maior da conta, se os explorados e excluídos ou os exploradores e parasitas. Joaquim Levy ia na primeira direção e nada do que foi dito nos últimos dias indica intenção de adotar-se  postura oposta, qual fosse a de ir atrás dos favorecidos de sempre.

A presidente está exaurida e desmoralizada, praticamente já não governa mas obstina-se em não ser derrubada, mesmo que para tanto recorra às práticas mais constrangedoras da politicalha fisiológica e arraste para a avacalhação total os outros poderes da República.

Do outro lado encontramos uma oposição que, discurseira à parte, está mais para outra face da mesma moeda (os antigos rivais hoje são ingredientes da mesmíssima geleia geral ou partes do mesmo saco de farinha, descaracterizados e cínicos). E só não dá o xeque-mate no governo agonizante porque está preocupada demais com os ganhos que obterá no day after.

Se esquecesse o impeachment e centrasse fogo na cassação da chapa presidencial pela Justiça Eleitoral, uniria o Brasil, criando uma onda irresistível em favor da alternância no poder.

Boa parte dos que votaram em Dilma está ciente de haver sido lograda. Também, pudera! Foi o pior estelionato eleitoral da democracia brasileira em todos os tempos…

Detesta Dilma, adoraria vê-la pelas costas, mas desconfia muito de Temer; com inteira razão, nos dois casos. Daí a disparidade chocante entre o percentual de brasileiros que a rejeitam e o número dos que vão à rua protestar contra ela.

Isto e a tradicional passividade do nosso povo. Já propus certa vez que, na bandeira, o lema Ordem e progresso fosse substituído por Manda quem pode e obedece quem tem juízo

Noves fora, a melhor solução para virarmos esta página deplorável da nossa História e termos uma chance de começar a sair da recessão em 2017 (o ano que vem está além de qualquer possibilidade de salvação, lamento!) seria uma nova eleição, caso Dilma e Temer perdessem o mandato.

Na qual o PT, tendo Lula como provável candidato, ficaria sabendo se ainda está na vanguarda do processo de transformação da sociedade brasileira ou dissociou-se do Brasil pujante. A última eleição fez suspeitar que esteja em franca decadência, encabrestando os grotões do atraso como fazia a ditadura militar em seus estertores.

Na qual o PSDB teria a sonhada chance de voltar ao poder e herdar… a inglória tarefa de ajustar as contas públicas, conforme exige o poder econômico. Tudo leva a crer que, assim procedendo, chegaria tão desgastado a 2018 como Dilma está agora. Com tendência a não voltar a ganhar eleições presidenciais por um bom tempo, como deverá acontecer doravante com o PT.

Na qual a Marina poderia fazer campanha sem ser falsamente acusada de cúmplice dos banqueiros, pois a promiscuidade de Dilma com Luís Carlos Trabuco, o presidente do Bradesco, foi simplesmente pornográfica para qualquer esquerdista. Se tiverem o mínimo de simancol, os propagandistas do PT doravante não voltarão a bater nessa tecla, nem com Marina, nem com ninguém…

Na qual, e isto é o mais importante, as políticas de direita tenderiam a ser defendidas pela direita, enquanto a esquerda teria de reassumir-se como esquerda, até por uma questão de sobrevivência.

Nós, os revolucionários, temos de reaprender a dar o justo peso à política oficial: a Presidência da República, sob a democracia burguesa, para nós tem eventualmente serventia tática, mas não é, nem de longe, nosso objetivo estratégico.

Se ajudar a alavancar a revolução, vale, sim, a pena obtê-la e tentar conservá-la… enquanto nos estiver sendo útil.

Se, pelo contrário, nos atrapalha em nossos objetivos maiores e coloca o povo contra nós, como está acontecendo neste instante, devemos abrir mão dela sem nenhum remorso, recuando para nos reagrupar. O velho um passo atrás para poder dar dois adiante do Lênin.

Precisamos, isto sim, ter sempre povo ao nosso lado, pois nada seremos se estivermos representando apenas interesses mesquinhos, como fazem os políticos profissionais. Quanto aos palácios do governo, podemos sobreviver tranquilamente fora deles!
Isto, claro, no caso dos que ainda colocamos a revolução acima de tudo. Dos que estão aburguesados e hoje se agarram com furor desmedido aos privilégios e boquinhas, nada mais podemos esperar. Passaram para o outro lado, tenham ou não autocrítica suficiente para admitirem isto. (por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia)

 

 

 

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Documentário “João da Filmadora” agrada ao público da Campininha em sua pré-estreia

Amigos e autoridades de Campina do Monte Alegre participaram do pré-lançamento do documentário “João da Filmadora”, no último sábado (19), no Centro do Saber, região central da cidade

 

Dirigido pela professora e pesquisadora Drª Míriam Cris Carlos, o documentário de 36 minutos traz a saga de João Gomes Neto, mais conhecido como João da Filmadora, comunicador informal, morador de Campina do Monte Alegre, que não mede esforços para emplacar pautas nos telejornais mais expressivos do Brasil e do mundo.

Mesmo sem muita escolaridade, graças à sua astúcia e persistência, João da Filmadora tornou-se a referência local para assuntos jornalísticos, garimpando pautas sérias e outras nem tanto, mas sempre obtendo sucesso nas suas empreitadas jornalísticas, tendo emplacado dezenas de reportagens em famosos programas de tevê.

O comunicador nato chamou a atenção da professora Míriam Cris, que desenvolveu uma pesquisa de pós-doutorado baseada nesse personagem real. E por já ter experiência na produção de documentários, Míriam resolveu levar para a grande tela um pouco da pesquisa.

No filme é possível observar várias cenas da pacata cidade do interior de São Paulo que possui 6 mil habitantes, bem como trechos de várias reportagens realizadas em Campina do Monte Alegre. Prefeito e ex-prefeito, familiares, amigos e o próprio João da Filmadora narram a história deste inquieto morador, que não é unanimidade, mas é muito conhecido na região e nas redações de tevê.
Neste primeiro momento, o documentário foi apresentado aos personagens que aparecem no vídeo, autoridades, familiares e amigos. Após a exibição, os aplausos mostraram que a obra foi bem recebida. O vídeo será inscrito em festivais de cinema do Brasil e exterior e deve ter seu lançamento para a população nos próximos meses.

Dentre as autoridades, estiveram presentes o atual prefeito Carlos Eduardo Ribeiro, o ex-prefeito José Benedito Ferreira e a vereadora Elenice Silvestre Ghiraldini, a Gibinha.

Carlos Eduardo Ribeiro comentou sua impressão acerca do vídeo. “O João não é só importante para a cidade, mas para o Brasil e quem sabe para o mundo, porque tem muitas reportagens internacionais pautadas por ele. Sendo uma pessoa simples, de um lugar simples, transforma-se em um pauteiro que leva o nome de nossa cidade para o Brasil inteiro, de uma maneira lúdica, sem maldades, enfim de uma maneira caipira. O documentário é excepcional porque conta a história do nosso povo, das nossas raízes, do tropeirismo, dos nazistas, dessas coisas da nossa terra. E como um cidadão simples, do mato, caipira, torna-se tão importante assim, levando notícias ao mundo? Como uma cidade igual a nossa torna-se tão importante? É só pelo João e pela sua criatividade. Quero agradecer muito, em nome do povo de Campina do Monte Alegre, aos produtores. O filme é lindo”, relatou o prefeito.

Com as lágrimas ainda escorrendo pelo rosto, João da Filmadora comentou como observou-se sendo pela primeira vez o personagem principal da pauta. “Ao mesmo tempo que fiquei emocionado, fiquei honrado, nem eu sabia dessa grandeza que eu tinha pelas mídias regionais, nacionais e internacionais. Eu não sabia que tinha essa potência toda. Isso foi um reconhecimento para mim e para a pesquisadora Míriam Cris. O documentário foi sensacional, não faltou nada no filme, e eu agradeço muito aos realizadores”, comentou João.

A escolha do tema, segundo a professora Míriam Cris, foi uma indicação de pessoas próximas que o conheciam e perceberam nele um bom personagem para ser pesquisado, sobretudo pela sua simplicidade e grande capacidade de apropriação dos meios de comunicação. “Ao fazer a pesquisa, notei que a própria história dele poderia interessar para outras pessoas fora do meio acadêmico, pois além de levar personagens interessantes para as mídias, ele mesmo era um personagem interessante. Queremos levar o filme para vários locais, não só para mostrar a história João e sua narrativa, mas também para discutir um pouco como é o jornalismo produzido hoje, quais são as transformações que o jornalismo vem sofrendo, e o João é bem característico dessas transformações, de um jornalismo horizontalizado, colaborativo, com tecnologias empregadas por pessoas comuns, então vale também pra essa discussão”, disse a documentarista.

Míriam Cris é professora pesquisadora do Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba, UNISO. Roteirista, produtora cultural, é também graduada em Letras, especialista em Teoria Literária, Mestre e Doutora em Comunicação e Semiótica e pós doutora em Comunicação Social. Nesta produção ela dividiu a direção com o premiado documentarista Werinton Kermes. Os cinegrafistas foram Jorge Silva e Israel Filho, o editor foi Marcos Vaz e o áudio ficou por conta de Caio Kermes, numa produção da Provocare Comunicações, de Votorantim. Imagens de making off das gravações podem ser conferidas no blog:  http://www.docjoaodafilmadora.blogspot.com.br/

 




Artigo de Guaçu Piteri: Sem ódio e sem medo

Guaçu Piteri
Guaçu Piteri

Guaçu Piter – ‘Sem ódio e sem medo’

 

Depois de dar ao leitor o merecido descanso de cerca de dois meses, período em que me dediquei à conclusão do novo livro a ser publicado, em breve, pela Edifieo, retorno ao blog http://www.guacu.wordpress.com, imbuído da paixão, da franqueza e da coragem de sempre.

O compromisso que, ao longo do tempo, conferiu credibilidade a este espaço, segue inalterado.

Como destacou o ex-governador Alberto Goldman no prefácio do meu novo livro: “Guaçu não concilia, não tergiversa, não alivia as barbaridades cometidas pelos atuais governantes da Nação. Nem mesmo pelos atuais dirigentes de seu município, Osasco.”. Leia mais no blog

Aos que me acompanham na leitura deste blog porque concordam com o que escrevo e aos que seguem comigo,  embora discordem, comunico que continuo inspirado na frase “”Sem Ódio e sem Medo”, do “Pacto de Moncloa” – o grande acordo que, depois de 35 anos da sangrenta ditadura de Franco – devolveu  à  Espanha a sonhada Democracia.

Tenho consciência de que não é fácil vencer a tutela desses dois sentimentos que  escravizam a vontade humana. Mas, para cumprir a missão de lealdade aos princípios deste blog, seguirei no firme propósito de buscá-los, custe o que custar.