Artigo de Celso Lungaretti: 'DILMA, LULA E MORO: NÃO HÁ INOCENTE NESTE IMBROGLIO!'

Celso Lungaretti – TRÊS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA


O
 que ocorreu na última 4ª feira (16/03) foi o abuso de poder de um juiz reagindo ao abuso de poder de uma presidente da República para livrar a cara de um ex-presidente da República.

Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.

Mesmo que a gravação haja sido legal (isto ainda se discute), é óbvio que a pressa do juiz Sérgio Moro em inclui-la no inquérito e a decisão de espalhar aos quatro ventos algo que estava sob segredo de Justiça foi altamente irregular.

Tratou-se uma atitude política, um último e devastador disparo quando o caso estava prestes a sair de suas mãos. Dá para perceber que ele temeu que sobreviessem panos quentes e acobertamento, então tratou de jogar logo toda a massa fecal no ventilador. E como ela fede!!!

Na outra ponta, Dilma foi flagrada obstruindo a Operação Lava-Jato, ao garantir para Lula a incolumidade imediata e uma mudança de fôro que o colocaria a salvo de Moro.

E, como Lula concordou com a manobra e assentiu em receber por baixo do pano o termo de posse que lhe serviria de habeas corpus preventivo, é tão responsável quanto ela.

Brigas de torcidas à parte, nenhum dos personagens é inocente neste imbroglio. Se nossa democracia for para valer, os três hão de receber punições à altura da gravidade dos crimes ou excessos nos quais flagrantemente incorreram.

 

 

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Dias 24 e 25 de março acontece a encenação da Paixão de Cristo

Screenshot_2016-01-13-10-19-31~2Peça conta com grande elenco e terá música ao vivo, dança e canto

A Secretaria de Cultura e Turismo prepara mais uma apresentação da tradicional encenação da Paixão de Cristo. O espetáculo reúne centenas de expectadores todos os anos em Itapetininga desde a década de 70 e é a porta de entrada de muitos jovens atores ao mundo das artes cênicas.

E assim foi com Paulinho Carriel, que este ano dirige a Paixão de Cristo pela primeira vez. “Minha primeira experiência teatral foi como figurante. Tinha catorze anos e fui dirigido pelo Antonio Balint, um dos grandes nomes das artes cênicas de Itapetininga. Ele me ensinou a gostar de teatro e hoje tenho a oportunidade de dirigir o espetáculo.”

A montagem desse ano contará com um elenco de aproximadamente 55 pessoas, com corpo de baile, banda, música e canto ao vivo em quatro palcos. “O objetivo é mostrar que Itapetininga tem grandes atores e condições de apresentar grandes peças”, explica Paulinho, que dizer ser muito minucioso e cuidar pessoalmente de cada detalhedo espetáculo.

Um destaque da Paixão de Cristo é que em todos os anos, o elenco é composto por atores experientes e novatos. Um dos novatos, Lucas Melo, já terá sua estreia como protagonista. “Entrei por curiosidade. Por eu ter barba e cabelo mais longo, já me diziam que eu deveria fazer Jesus e entrei na brincadeira. Já trabalho com teatro de sombras e, apesar da diferença enorme, consegui me adaptar”, explica.

Ele conta que ser um personagem tão emblemático como Jesus é um desafio. “Ele tem um lado mítico muito forte. Tem a vertente espiritual, histórica e é preciso ter muito respeito com aquilo que as pessoas acreditam”.

Carolina Oliveira, que irá contracenar com Lucas, já tem experiência teatral de dez anos, mas também sente um gostinho de novidade. “Eu sempre fui o Anjo e adorava meu papel. Até que o Paulinho me disse que eu seria Maria. Eu fiquei com receio, mas estudei bastante e estou gostando muito”.

Ao contrário do que se pode imaginar, colocar atores com diferentes níveis de experiência funciona muito bem. “Quem já tem experiência, aprende com a naturalidade dos novatos e nós podemos passar o que sabemos para eles”, conta Carolina. Marcos de Oliveira, que faz um dos apóstolos desde 2009 afirma que este ano a nova direção trouxe uma cara nova e que é muito bom ajudar as pessoas que estão começando.

As apresentações são abertas e gratuitas e acontecerão na Praça Duque de Caxias (Praça da Matriz), às 22 horas, nos dias 24 e 25 de março. Informações pelo telefone 3272-3401.




Artigo de Hamilton Octavio de Souza: 'Governo Dilma vive situação crítica entre agonia e tragédia'

Hamilton Octavio de Souza: GOVERNO DILMA VIVE SITUAÇÃO CRÍTICA ENTRE AGONIA E TRAGÉDIAFoto Hamilton (2) (1) (Copy)

 Crises com o mesmo nível de gravidade, no passado, culminaram no suicídio de Getúlio Vargas, deposição de João Goulart e impeachment de Fernando Collor de Mello.

Depois da divulgação da delação do senador petista Delcídio do Amaral, ex-líder do governo no Senado, que trata do desvio ilegal de recursos da Usina de Belo Monte para a campanha de 2014 do PT-PMDB; da convenção nacional do PMDB que aprovou a independência do partido em relação ao governo; e das manifestações realizadas no dia 13 de março, o maior protesto de oposição a um governo já registrado na história do país, a presidente Dilma Rousseff está mesmo numa situação extremamente crítica, com pouca chance de escapar do impeachment ou da cassação do mandato, a não ser que decida abreviar a agonia do governo e a paralisia do país com a própria renúncia.

Mesmo a presença do ex-presidente Lula na equipe de governo dificilmente evitará o andamento do processo de impeachment no Congresso Nacional, estimulado por novas delações sobre o envolvimento de aliados do governo nos contratos fraudulentos da Petrobras, tanto na 1ª instância da Operação Lava Jato quanto no foro especial dos parlamentares e ministros no Supremo Tribunal Federal. Na turbulência das denúncias de corrupção e diante da desagregação da base partidária-parlamentar de sustentação do governo, fica inviável superar os graves danos causados pela crise econômica, com PIB negativo dois anos seguidos, inflação alta, esfacelamento da indústria e aumento do desemprego.

Cresce em todo o país a percepção de que o governo Dilma não dá mais, que é preciso encontrar uma saída constitucional para outro governo, mesmo que seja de transição, negociado, mas que tenha maior respaldo no Congresso Nacional e credibilidade nas ruas, que respeite as instituições e os poderes da República, que leve adiante questões fundamentais para o povo brasileiro, entre as quais o enfrentamento da crise econômica com desenvolvimento, sem impor maiores sacrifícios aos trabalhadores; a defesa dos direitos e conquistas sociais; ampla reforma política com reorganização partidária e novas regras para o sistema de representação; e combate sistemático à corrupção, de maneira a punir todos os envolvidos e conter a histórica sangria dos recursos públicos.

Apostar na continuidade desse governo e no prolongamento da crise política, econômica e social, significa apostar na maior fragmentação da sociedade brasileira, no esgarçamento do tecido social, na radicalização das posições e no confronto, o que aumentará ainda mais os danos aos trabalhadores e aos que mais precisam da proteção do Estado. Apostar na continuidade desse governo, que perdeu o apoio da população por incapacidade e desmoralização, é apostar na trilha da tragédia – que acaba nas saídas mais traumáticas com rupturas trágicas, como aconteceu no suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, na deposição de João Goulart, em 1964, e no impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992.

Se a saída de transição não é com o vice Michel Temer, que se encontre um novo presidente no Congresso Nacional para substituir o deputado Eduardo Cunha. Imaginar que a Dilma vai conseguir reverter a situação como aconteceu com o governo Lula em 2005, é um tremendo engano. Lula só escapou do mensalão porque o ex-ministro José Dirceu assumiu toda a responsabilidade pela operação palaciana; porque o empresariado nacional, inclusive com o apoio da grande imprensa burguesa, chegou à conclusão de que melhor seria manter o Lula, com a CUT e os movimentos sociais domesticados, do que correr o risco com outro presidente; e também porque a economia mundial, na época, estava amplamente favorável ao Brasil, bem diferente da situação atual.

Hoje, ao contrário, por mais que Dilma, Lula, ministros e dirigentes do PT tentem se proteger mutuamente contra as denúncias de crimes, por mais que tentem reverter o quadro de falta de credibilidade no governo, não contam mais com o amplo leque de apoio que tinham em 2005, inclusive na base da pirâmide social, muito menos nas classes médias, no empresariado e nas instituições da República. Em 2005 a imprensa burguesa ajudou a segurar o processo de impeachment contra Lula, mas agora, com a Operação Lava Jato em ação, a imprensa burguesa, por interesse de classe e por interesse profissional, não tem agido para barrar processo de impeachment, ainda mais que a sociedade acompanha muito de perto tudo o que tem sido denunciado. Tanto é que as pesquisas de opinião apontam que mais de 70% dos brasileiros querem a saída de Dilma Rousseff, por impeachment ou outro mecanismo constitucional e legal.

Insistir na manutenção de um governo desacreditado é prolongar o sofrimento do povo e agravar mais ainda as várias faces da crise. A quem interessa aumentar o número de homens e mulheres desempregados e causar a instabilidade para milhões de famílias? A quem compete a responsabilidade por provocar a destruição de milhões de negócios e a desorganização de setores produtivos? Por que estão acirrando as armas da guerra mortal entre facções que disputam o poder? Por acaso está em jogo modelos e programas tão contrastantes e opostos ao ponto de se levar a disputa às últimas consequências? Por que o povo brasileiro terá de assistir a esse terrível e destrutivo espetáculo, durante meses, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal?

Em 1964, após ser golpeado por forças militares e pelo Congresso Nacional, o presidente João Goulart preferiu deixar o país sem oferecer resistência. Na época, muitos de seus apoiadores queriam que ele lutasse contra o golpe, mas Jango, segundo historiadores, seguiu para o exílio ciente de que, assim, evitaria um “banho de sangue” entre brasileiros. Em 1992, Collor de Mello resistiu no cargo presidencial, contra a vontade da nação, até a véspera do impeachment, e acabou por deixar o Palácio do Planalto completamente isolado e humilhado, numa demonstração de que estava tão somente preocupado com sua pessoa e não com a situação do país.

Por mais que a presidente Dilma e seu séquito digam que ela é mulher de fibra, resistente, que não se deixa abater por nada, está no momento dela avaliar se vale mesmo a pena levar o país ao sacrifício unicamente para preservar o cargo de presidente. Quem garante que ela vai passar por tudo o que tem ainda por vir sem chegar ao gesto extremo de Getúlio Vargas? Compete ao grupo mais íntimo da presidente Dilma Rousseff ponderar sobre o que é melhor para ela e para o Brasil. Evitar que ocorra uma tragédia é o mínimo que as lideranças políticas podem fazer nesse momento. Antes que seja tarde demais.

Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor.




Publicitária narra em livro superação de doença autoimune

claudia
Claudia Eberle, após três transplantes de rim, vira exemplo de positividade e inspira milhares de pessoas

A publicitária Claudia Eberle esbanja sorrisos e simpatia por onde passa. Quem a vê assim não imagina as adversidades e as batalhas que jáenfrentou. Portadora de uma doença autoimune chamada Berger, que compromete a funcionalidade dos rins e cujo diagnóstico é irreversível, Claudia passou por tratamentos intensos e submeteu-se a três transplantes. Mesmo com uma enfermidade que pudesse ser a sua sentença de morte, nunca desistiu de lutar pelos seus sonhos e, hoje, é conhecida por incentivar a doação de órgãos e motivar inúmeras pessoas a enxergarema vida sempre por uma perspectiva positiva.

“Você corre risco de vidafoi a frase que marcou para sempre o destino da adolescente de apenas 14 anos, que tinha um futuro promissor a seguir, ao receber a notícia de ser portadora de Berger. “Criei certa resistência à situação. Não queria ser vítima nem refém da doença”, relembra Claudia em seu livro Três Vidas: uma história de superação e pílulas de positividade, lançamento da Scortecci Editora. Depois de ser submetida ao tratamento de hemodiálise com urgência, precisou recorrer ao transplante de rim. O primeiro “anjo” e doador foi seu próprio pai.

Claudia encarou o transplante como uma forma de renascimento, o que a motivou a alcançar cada vez mais suas metas e objetivos. Dez anos depois, ela conseguiu se formar em Propaganda e Marketing e, aos 25 anos, já possuía uma carreira respeitada como executiva em grandes agências e empresas multinacionais. No entanto, logo sua vida ganharia novos rumos graças ao comprometimento do rim transplantado. Fiquei desolada naquele momento, comenta Claudia. Ali, começava sua segunda batalha pela vida.

Depois de tantas idas e vindas ao hospital na adolescência, a executiva estava blindadapara enfrentar qualquer desafio. Encontrar outro doador estava se tornando uma tarefa impossível, quando, por surpresa, a compatibilidade ocorreu com sua tia. As coisas começavam a conspirar a nosso favor. Tia Rosa e eu nos entreolhamos, respiramos mais aliviadas e percebemos que havia uma força a qual todos nós precisamos aprender a criar, aceitar e praticar. Aquele foi o ponto chave em que minha vida mudou e decidi me entregar ao destino, escolhendo acreditar que tudo no final da certo, e que cabe a cada um de nós ser o protagonista da nossa própria história, começando a enxergar nas dificuldades a beleza do aprendizado, mesmo com tudo que já tínha vivido e enfrentado”, ressalta Claudia.

Com o segundo transplante, Claudia retomou as rédeas da sua vida. Em 2002, começou a namorar um alemão e, no ano seguinte, se casaram. Ao lado do marido, a publicitária ousou sonhar com o que, para os médicos era muito difícil: ser mãe. Sua primeira gestação durou apenas cinco meses, sendo interrompida por um aborto. Após o luto, arriscou uma nova tentativa. Aos 31 anos, quando engravidou de Diego, sabia que a gestação exigiria muitos cuidados. Ficou internada, teve uma gravidez incomum e seu filho nasceu prematuro de sete meses, ficando quase um mês na incubadora do hospital.

Pouco tempo depois, Claudia descobriu que precisaria de um terceiro transplante, pois, por conta da doença, seu organismo rejeitara o órgão novamente. Desolada, sentiu seu mundo desabar mais uma vez e, agora como mãe, tinha que reunir ainda mais forças para encontrar o terceiro doador. Todos os familiares que faziam os testes de compatibilidade eram descartados pelos especialistas. Inesperadamente, uma amiga da famíliase sensibilizou com sua história e, em um ato de muito amor e generosidade, decidiu salvá-la. Assim que terminaram os exames de compatibilidade, Claudia descobriu que receberia sua terceira chance de viver.

Três Vidas: uma história de superação e pílulas de positividade traz a emocionante história real de Claudia Eberle na luta pela sobrevivência, suas descobertas e experiências inusitadas, conquistas, viagens e romance. Também revela como o leitor pode, mesmo com as adversidades, enxergar o lado bom da vida. Hoje, a autora também faz palestras motivacionais pelo Brasil e pela Europa e mantém o projeto “Pílulas de Positividade, uma plataforma de comunicação em que ela propaga informações sobre a importância da doação de órgãos pelo mundo e conscientiza milhares de pessoas a enxergarem o lado positivo da vida.

Ficha Técnica
Título: Três Vidas: uma história de superação e pílulas de positividade
Editora: Scortecci Editora
mero de páginas: 147
Preço: R$ 25,00




Artigo de Alexandre Mendes (Capão Bonito/SP)

Alexandre Mendes foto close“Poesia para a Vida toda”

 

Perdido ou repousando em algum lugar, podemos encontrar um livro de poesias, seja na escola, no armário ou em uma papelaria.

Ás vezes a poesia se manifesta riscada numa parede de rodoviária, pichada num muro,  viva numa canção sertaneja, escrita nas camisetas, nos belos cartões de natal, num convite de casamento, no inicio de um TCC, em uma declaração de amor ou amizade, e com frequência sempre postamos em nosso nas redes sociais  para expressar um estado de espírito ou uma opinião.

A poesia é uma obra de arte imaterial, extremamente subjetiva, pode ter métrica ou ser livre, nascendo da imaginação, criatividade, sensações e vivências, aliadas a sensibilidade da criação de cada ser humano, o qual é único e consequentemente sua poesia se torna única também. O poeta escreve sobre suas inquietações, histórias, percepções do mundo e sobre a intensa,  intrigante e misteriosa vida. Em um bom poema, extenso ou curto, moderno ou clássico, pode se viajar nos pensamentos, refletir, sentir e se emocionar. O Brasil é feito de grandes poetas e diferentes estilos como: Mário Quintana, um senhor simpático e extremamente sensível, ou o mineiro modernista Carlos Drummond de Andrade forte como o estado em que nasceu e ainda o coloquial e imortal Manuel Bandeira, e por fim a doce senhora goiana Cora Coralina, entre tantos poetas e poetisas incríveis. A poesia está entre as mais antigas formas de arte literária, havendo registro de poesias em hieróglifos no Egito 25 séculos antes de Cristo.

Você não precisa ter faculdades, doutorado ou ser um PHD na Universidade de Harvard nos Estados Unidos, para ser poeta ou poetisa, é necessário apenas ser um ser humano, que sonha, que senti, que se emociona, que ama, que percebe imensidões e dimensões variadas, que pensa, que refleti, que tem medos e alegrias, pois a poesia é tudo isso e mais um pouco.

E ai, coloque para fora o que você sente, brincando com as palavras e pensamentos, dê vida a sua poesia, escreva num pedaço de papel, numa mensagem de celular, num e-mail e compartilhe. Pois segundo a poetisa goiana Cora Coralina: “Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”.                                                               

Dia Mundial da Poesia, 14 de março.

 

Por Alexandre Mendes

Pedagogo pela Universidade de Santo Amaro/SP, licenciado em Artes Visuais pela Faculdade Mozarteum/SP, ator pelo Conservatório Musical e Dramático “Dr. Carlos de Campos” Tatuí/SP, graduando em Psicopedagogia Clínica pela Faculdade da Aldeia de Carapicuíba/SP e Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Capão Bonito-COMCULT.




Cegos enfrentam dificuldades para pagamento em máquinas de cartão

Falta de acessibilidade em equipamentos sensíveis ao toque impede ou dificulta pessoas com deficiência visual de realizar transações financeiras

Você passaria sua senha do banco para um desconhecido para ele pagar suas compras? É isto que os cegos têm enfrentado na hora de realizar transações financeiras em máquinas de cartão de débito ou crédito touchscreen. Com a falta de recursos táteis ou sonoros desses terminais, cerca de 6,5 milhões pessoas com deficiência visual (censo IBGE/2010) estão com dificuldade ou são impedidas de realizar pagamentos por meio do sistema eletrônico.

O problema se agravou por conta da substituição das máquinas antigas, que tinham botões físicos com orientações táteis, por modelos mais modernos e sensíveis ao toque, inviabilizando o pagamento. Segundo Alberto Pereira, consultor de acessibilidade da Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, “é preciso melhorar diversos aspectos de usabilidade dos terminais de pagamentos eletrônicos para os cegos. A falta de acessibilidade nas máquinas pode deixar essas pessoas vulneráveis a golpes, além de impedir que elas exerçam seu direto de cidadania e participação social”.

O que diz a legislação?

Em janeiro de 2016, entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão que assegura igualdade de diretos e oportunidades entre as pessoas com deficiência e cria um desenho universal de acessibilidade, em que nada pode prejudicar ou impedir a participação social desse grupo de brasileiros, inclusive no acesso às novas tecnologias. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a Lei 4.754 publicada no Diário Oficial da União determina que, até maio deste ano, empresas operadoras de cartões de crédito e débito terão que oferecer teclas em Braille, adaptar informações em áudio e aumentar as proteções laterais nos equipamentos. O descumprimento sujeitará às penalidades previstas na Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Código de Defesa do Consumidor.

Para evitar penalidades, as empresas responsáveis pelos equipamentos estão consultando as pessoas com deficiência visual e se reunindo com instituições de apoio às pessoas com deficiência visual, como a Laramara, que é reconhecida internacionalmente por seus projetos sociais e assistenciais, para desenvolver um protótipo de uma máquina totalmente acessível, com marcação tátil e voz que verbalize as informações exibidas na tela.

“Colocar no mercado uma máquina acessível para todos é essencial, porém o mais importante é trabalhar em prol do empoderamento e da participação de pessoas com deficiência visual, permitindo-as exercerem seu papel como consumidor e cidadão”, finaliza Pereira.

Sobre a Laramara:

A LARAMARA é uma das mais atuantes instituições especializadas em deficiência visual e um centro de referência na América Latina no desenvolvimento e na pesquisa na área da deficiência visual. Fundada em 1991, realiza atendimento especializado nas áreas socioassistencial e socioeducativa com ações complementares e atividades específicas essenciais à aprendizagem e ao desenvolvimento das pessoas com deficiência visual e com deficiências associadas. As atividades são realizadas em grupos e os usuários dispõem ainda de atendimentos específicos de Braille, Soroban, Desenvolvimento da Eficiência Visual (Baixa Visão) e Orientação e Mobilidade. Disponibiliza recursos humanos para apoio à inclusão social, colabora para o aperfeiçoamento e a capacitação de profissionais e divulga suas experiências e aquisições para todo o Brasil, por meio de recursos instrucionais produzidos por sua equipe, como livros, manuais e DVDs. LARAMARA trouxe para o Brasil a fabricação da máquina Braille e da bengala longa, indispensáveis para a educação e a autonomia da pessoa cega. Buscando a inclusão profissional de jovens e adultos com deficiência visual, ampliou seu projeto socioeducativo em 1996 realizando atendimento a essa população.




Artigo de Sergio Diniz da Costa: 'A um passo do paraíso… ou do abismo?'

foto closeSergio Diniz da Costa: A UM PASSO DO PARAÍSO… OU DO ABISMO?

 

O Brasil está passando por um momento político extremamente delicado. Uma catarse* coletiva se aproxima.

O país se convulsiona, por meio da paixão de seus cidadãos.

Todos clamam por justiça e ética na política. E, nesse clamor, as ruas se lotam de vozes libertárias.

E, seguindo as ruas, os serviços de redes sociais, como o Facebook, se transformam em outra arenas.

No meio delas, um partido, ora no Poder; nas plateias, multidões; uns apedrejando-o, outros querendo incluir nas arenas

outros partidos.

Trata-se de uma grande guerra onde, historicamente, não há somente heróis ou bandidos; apenas a natureza humana ainda nos primórdios da evolução espiritual, cega, insensível, e que, em busca de um bem-estar geral ─ muitas vezes pessoal, egoísta, diga-se de passagem ─, ao atingir uma posição de Poder, por ele deixa-se levar, ao sabor, mais do que das ondas do Poder, pelas correntezas de sua sede, necessidade de ter; de ter muito, de ter além do necessário, de ter mais e de forma menos penosa. E, com isso, roubando de toda uma nação a esperança de ver uma pátria-mãe, de ver uma pátria gentil, que a todos ampara, que a todos agasalha, que a todos aponta para um futuro de paz e prosperidade.

Estamos à beira de uma guerra civil, fratricida, e não uma guerra cívica.

E o campo de batalha não é mais apenas nas ruas, mas, sobretudo, no Facebook e outros canais de comunicação.

E a guerra não está limitada a argumentos ponderados, porém, a toda sorte de manifestação de rancor, de ódio, de desrespeito, de intolerância.

É preciso e urgente, sim, exigir e impor a ética na política.

E este talvez seja o momento mais propício para isto. Entretanto, que não manchemos nossas mãos, nossos corações e nossas almas de sangue, pois, de mãos fortes e hábeis, e de corações e almas limpas, transparentes é que devolveremos, finalmente, as cores vivas e reluzentes da nossa Bandeira, que tremulará, altaneira, nas colinas do planeta Terra!

* Catarse. Termo este da esfera da religião, medicina e filosofia da Antiguidade grega, que significa libertação, expulsão ou purgação do que é estranho à essência ou à natureza de um ser e que, por isso, o corrompe.

 

Sergio Diniz da Costa