Novo e importante colaborador do ROL: Sergio Diniz da Costa

Conheça quem é o nosso novo colunista: Sergio Diniz da Costa

 

foto closeSergio Diniz da Costa, 59, nascido em Sorocaba/SP, é advogado aposentado, formado pela Faculdade de Direito de Sorocaba e pós-graduado pela Universidade de Sorocaba (Uniso).

Foi colaborador da IX Turma do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/São Paulo, como advogado dativo; Mestre de Cerimônia e Orador da OAB/Sorocaba, gestão 2010/2012, já tendo sido Orador da mesma Subseção em 2003.

Na década de 70, participou do grupo teatral TEMA (Teatro Moderno de Amadores) de Sorocaba e colaborou, de 1985 a 1988, nos jornais Cruzeiro do Sul e Diário de Sorocaba, com poesias e artigos.

Participou de vários concursos de contos e poesias, com classificação nos concursos promovidos pela OSE (Organização Sorocabana de Ensino), em 1977, e pela Casa da Cultura de Piedade, em 1993, sendo classificado, respectivamente, em 1.º e 2.º lugar nesses concursos.

Em 1988 realizou exposição individual na Casa da Cultura e na Biblioteca Municipal de Sorocaba.

Em 1990, teve poesia selecionada na antologia promovida pela Universidade São Francisco, de Bragança Paulista.

Atualmente é escritor, poeta, prefaciador e revisor de livros.

É autor do livro Elegantia juris: o argumento eloquente, obra lançada em 2002, pela Aguiar Editores, e que o levou a lecionar no ensino universitário, nas disciplinas de Linguagem Jurídica, Direito do Trabalho e Humanidades (Uniso, Unicastelo e Fatec/Sorocaba).

Em 2007 foi jurado do Mapa Cultural do Estado de São Paulo e, em 2009, jurado do 68.º Concurso Paulo Setúbal de Poesias, Contos e Crônicas, promovido pela Prefeitura de Tatuí.

Em 2012, publicou o livro de poesias ‘Etéreas: meus devaneios poéticos’, pela Crearte Editora.

Em 2013, lançou o primeiro volume de ‘Pensamentos soltos na brisa das tardes’, e, em 2014, o segundo volume, ambos pela mesma Editora.

Em 2015, foi membro da Comissão de Seleção do Projeto Rede de Pontos de Cultura no Município de Votorantim (SP), do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura.

É colunista do jornal da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Votorantim e Região – Apevo e da Revista Bemporto (www.bemporto.com.br), apresentador do programa Super Literário, da Rádio Super (www.radiosuper.net), membro da Academia Votorantinense de Letras, Artes e História e do Clube dos Escritores de Porto Feliz.

Em 2015, lançou o segundo livro de poesias: ‘Etéreas: um novo horizonte’, pela mesma editora e recebeu o título de Cidadão Porto-Felicence.

Em 2016, teve poesia selecionada no projeto Pé de Poesia (Salvador/BA).

Diniz da Costa

É esse intelectual e idealista, lutador pela cultura, que o ROL – REGIÃO ON LINE recebe de braços abertos, agradecendo a recomendação da professora Mara Branco, também nossa colunista.

Helio Rubens
Editor

 




Artigo de Helio Rubens de Arruda e Miranda: 'Piorou, mas melhorou'

Durante a passeata do dia 13 de março 16 foto Zezinho TrindadePIOROU, MAS MELHOROU (*)

 

O que NÃO PODE é um juiz de Direito esconder declarações importantes que possam comprometer a segurança da pátria.

No caso dos telefonemas (gravados legalmente!) do Lulla, o que tem que ser discutido É O TEOR das conversas e não ficar na periferia do assunto discutindo se o juiz Moro fez algo bom ou ruim, legal ou ilegal, moral ou imoral. E o teor das conversas – o que realmente interessa! – mostra um aspecto aterrorizante do ex-presidente.

Nessas falas, Lula ofende o Senado e seu presidente. A Câmara e seu presidente. O Supremo Tribunal Federal e seus componentes. E o Ministério Público, com todos os seus juristas

Dentr as coisas agressivas e importantes ditas pelo presidente, tirando as expressões de baixo calão tipicas de um desposta semi-alfabetizado e sem edução nenhuma, o fato realmente relevante e QUE É DE INTERESSE GERAL DA NAÇÃO é que um homem foragido da Justiça foi nomeado para ministro de Estado, apenas com a intenção de protege-lo da Justiça, dando-lhe fôro previlegiado de julgamento.

A atitude tomada pela presidente da República Dilma Roussef caracteriza um acinte pois que tomada logo após uma manifestação de SEIS MILHÕES de brasileiros contrários ao governo, e uma afronta à Democracia e à Justiça brasileira. Só por esse ato ela já deveria estar sendo julgada, condenada e deposta por tentar obstruir a Justiça, assim como ocorreu com o senador Delcidio do Amaral.

O que estamos vendo ser praticado no governo petista é uma vergonha nacional, que coloca o Brasil novamente como alvo da galhofa internacional: um senador da República reassumindo seu cargo apesar de condenado e que tem que usar tornozeleiras para impedir que fuja; e um ex-presidente da República que está sendo investigado sob suspeita de corrupção nomeado ministro de Estado.

Que vergonha!

Nós já passamos por situações semelhantes anteriormente:
– ao final do período varguista, onde imperava o empreguismo de afilhados politicos e o Estado estava ‘aparelhado’ por simpatizantes politicos do mandatário e a máquina pública totalmente sucateada ;
– ao final do período janguista, com quadro semelhante ao anterior, e
– neste final de período lulo-petista, onde, além dos mesmos males anteriores, está completamente consumido pela corrupção em todas as áreas, há ainda o desprezo pelas leis, a inflação, o desemprego, a queda brutal na produção (PIB) e a liderança de um politico que se julga deus, acima de tudo e de todos.

Mas agora, felizmente, a situação apresenta algo bem diferente e muito melhor: do lado oposto ao Governo instituído está a sociedade civil brasileira e não os militares. Hoje, não se corre o risco de um desajuste institucional. Ao contrário, as instituições estão seguras, sob o império da lei. E o que se objetiva é uma transformação radical dos hábitos e costumes dos politicos, sem quebra da hierarquia e da legalidade.

Nesse aspecto o Brasil evoluiu!

E VIVA O BRASIL!

(*) Helio Rubens de Arruda e Miranda, jornalista, Itapetininga/SP)




Artigo de J.C.S. Hungria: 'O estilo é o homem'

Guaçu Piteri
Guaçu Piteri

O estilo é o homem

by Guaçu Piteri

 

J. C. S. HUNGRIA*

“RUY CASTRO

– 16/03/2016  02h00

RIO DE JANEIRO Os presidentes não precisam ser eruditos. Mas, na República Velha, o Brasil teve um: Washington Luiz, historiador, autor de livros e ensaios. Rodrigues Alves e Afonso Pena também eram homens cultos. Já o marechal Hermes da Fonseca era famoso pela burrice, e só. Com a Monarquia ainda na memória, todos os presidentes daquela época buscavam uma postura que lembrasse a do imperador recém-derrubado, ereta e digna.

Getúlio e Dutra eram austeros; Juscelino, exuberante; e Jango, tímido. Mas não se conhece uma frase deles que não pudesse ser lida por senhoras no café da manhã. E Janio, sempre três uísques à frente da humanidade, nunca errou uma mesóclise.

Castello Branco achava-se um intelectual, fazia citações em francês. Costa e Silva era grosso, mas sóbrio. Médici tinha a profundidade de um manequim de vitrine. Geisel amarrava a cara para não ter de falar. Figueiredo, sim, deixou frases para a história (“Prefiro o cheiro de cavalo ao cheiro de povo”), mas que só chocavam pelo conteúdo. E Sarney, Collor e FHC eram bons de verbo e divergiam apenas na maneira de mentir – com sinceridade ou cinismo.

Lula, por sua vez, transferiu a Presidência para o mictório do botequim. Em 2004, ao ouvir de um assessor que a Constituição o proibia de expulsar um jornalista estrangeiro, ejaculou, “Foda-se a Constituição!”. O único a registrar a frase foi o repórter Ricardo Noblat, em seu blog. Não era algo a sair em letra de forma. Mas, hoje, como um ex-presidente em tempos mais liberais, Lula pode exercer seu estilo.

Está “de saco cheio” quanto a perguntas sobre “a porra” do seu tríplex que não é dele. A história do pedalinho é uma “sacanagem homérica”. “Ninguém nasce com ‘Eu sou um filho-da-puta’ carimbado na testa”. E eles que “enfiem no cu tudo o processo”. O estilo é o homem. Perdão, leitores.”

Enviado para publicação por J. C. S. HUNGRIA*




Artigo de Celio Pezza: 'Delação do senador Delcidio'

Colunista do ROL
Celio Pezza

Célio Pezza – Crônica # 304 – Delação do senador Delcídio

O país está perplexo com o tamanho da corrupção que está sendo desvendada pela Operação Lava Jato.

No centro desse processo criminoso, estão empreiteiras, empresas, empresários e principalmente políticos.

Esses últimos, que articularam tudo, instalaram nas empresas ligadas ao governo seus homens com a função de cobrar propinas e transferir dinheiro para partidos e pessoas físicas. Com isso, quebraram as empresas e estão mergulhando o país num abismo cada vez mais fundo.

Como costuma dizer o ex-presidente Lula, “nunca antes na história desse país” se viu tanto roubo e corrupção.

O governo Dilma acabou. Ela já não governa mais nada e a cada nova delação, mais sujeira de seu ministério aparece.

Convocar o Lula para ser ministro tem dois motivos: primeiro para que ele governe o país e tente salvar o governo do impeachment e, segundo, para blindá-lo com foro privilegiado e evitar que seja intimado a depor como réu na Operação Lava Jato. Só não vê isso quem não quer ver.

Aliás, por falar em não querer ver, eu pergunto aos simpatizantes de Lula e Dilma: Vocês não perceberam que foram enganados? Roubaram os votos de quem acreditou na boa fé do PT e nos discursos do Lula, quando falou que lugar de corrupto é na cadeia. Muita gente boa e de bons costumes votou nesse governo; muitos já perceberam que não foi nisso que aí está que votaram e estão desiludidos. Outros ainda não perceberam a traição de que foram vítimas.

A delação oficial homologada do senador Delcídio vazou no dia 15 de março, com seus 29 anexos, cada um tratando de uma operação criminosa a ser investigada a fundo.

Por uma questão de espaço, mostramos somente alguns exemplos:

Anexo 2 – Lula foi o mandante dos pagamentos à família de Cerveró

Anexo 4 – Participação de Lula e Palocci na compra do silencio de Marcos Valério no Mensalão

Anexo 14 – Os “arquitetos” das operações de propina

Anexo 17 – Dilma Roussel e a refinaria de Pasadena

Anexo 21 – O comando de Lula em todos os projetos do governo, incluindo a nomeação dos diretores da Petrobrás

Anexo 25 – Atuação de senadores

Anexo 27 – Empreiteiras

Sugiro que todos leiam na íntegra o documento oficial da delação premiada de Delcídio no endereço abaixo, para ter uma noção do tamanho da sujeira. Vale a pena conhecer esse documento oficial do Supremo Tribunal Federal

http://infogbucket.s3.amazonaws.com/arquivos/2016/03/15/delacao.pdf

 

Célio Pezza   /   Março, 2016




Celso Lungaretti: 'DILMA, ACABOU. '

NÃO TEM MAIS JEITO.

 

Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.

Dilma, acabou. Não tem mais jeito.

Você fez hoje o que decerto não fazia no tempo em que ambos éramos militantes da VAR-Palmares: numa conversa que poderia ser interceptada, deu nome aos bois ao invés de passar o recado de forma cifrada. Três palavrinhas —termo de posse— provavelmente porão fim ao seu governo.

E não adianta vir com justificativas que não colam e até ofendem a inteligência do cidadão comum. O “usa em caso de necessidade” é inequívoco, definitivo.

Você não tem dor na consciência ao pensar nos milhões de desempregados que sua política econômica causou? Ou nem pensa neles?

E agora, sem chance nenhuma de salvar o mandato, vai acrescentar ao seu passivo o derramamento de sangue? Deixar que brasileiros morram sem motivo nenhum, quando todos já sabemos qual será o desfecho?!

 

Dilma, acabou. Não tem mais jeito.

Poupe-se de travar até o mais amargo fim uma luta que está totalmente perdida, sofrendo e nos fazendo sofrer.

Renuncie e saia com dignidade, pela porta da frente.

É bem melhor do que sair escorraçada pela porta do fundo, por força do impeachment.

EXCLUSIVO
​O BLOGUE REVELA O QUE A DILMA REALMENTE DISSE PRO LULA!

Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.

 

Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.

Lula: Fala querida. Ahn.

Dilma: Seguinte, eu tô mandando o Messias junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?

Sabe, aquele que você deve mostrar se tentarem te prender, assim eles vão ter de desistir, porque não podem prender ministro.

E toma muito cuidado pra ninguém da imprensa ou da Polícia Federal ficar sabendo. O Sérgio Moro adoraria ter algo assim pra usar contra nós, mas somos espertos demais para ele…

Lula: Tá bom. Eu tô aqui. Fico aguardando.

Obs. como um leitor do blogue estranhou a existência de dois parágrafos que não apareciam no noticiário, esclareço que eu mesmo os inventei, para fazer uma pilhéria com a ingenuidade de Dilma ao dizer explicitamente o que deveria ter comunicado de forma cifrada.

 

 

OUTROS POSTS RECENTES DO BLOGUE NÁUFRAGO DA UTOPIA (clique p/ abrir):

LULA SUPERMINISTRO. VAI DAR CERTO?

‘PLANO LULA’ TROMBA COM DELAÇÃO DO DELCÍDIO

PARA LULA, APÊ DE 215 NÃO PASSA DE “UM TRIPLEX MINHA CASA, MINHA VIDA”…

EM 1968 OS KATAGUIRIS ERAM NOSSOS
DO LULA-LÁ AO PIXULECO

DILMA: NÃO DEIXE A MONTANHA PARIR UM TEMER, OU SEU FRACASSO SERÁ TOTAL!
COMEÇAR DE NOVO. COM A CABEÇA ABERTA PARA O NOVO!
AOS COMPANHEIROS, AMIGOS E CIDADÃOS COM ESPÍRITO DE JUSTIÇA
EU, CELSO LUNGARETTI, 65 ANOS, ANISTIADO POLÍTICO, INJUSTIÇADO EM PLENA DEMOCRACIA!




PRÊMIO LITERÁRIO DE LOGOSOFIA INCENTIVA REFLEXÃO SOBRE FORMATO DO ENSINO NACIONAL

Idealizado pela Fundação Logosófica, o concurso é voltado para docentes de todo país

O que é ser educador? Estimulando o desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes, a Fundação Logosófica promove o Prêmio Literário de Logosofia. Destinado aos professores de todo o Brasil, o concurso visa apresentar conceitos mais amplos sobre a vida, a forma de ensinar e aprender, revolucionando o formato do ensino nacional. Com inscrições abertas até 31 de julho de 2016, os interessados devem elaborar uma redação baseada no livro “O Mecanismo da Vida Consciente”, de autoria de Carlos Bernardo Gonzáles Pecotche. O texto produzido deve conter apenas uma lauda, abordando o que extraiu da leitura.

 

Incentivando a reflexão sobre o processo de aprendizado, apostando na ciência da Logosofia, o concurso avaliará a redação de acordo com os critérios: criatividade, coerência, objetividade, clareza e adequação ao tema. Serão premiados os 10 primeiros colocados. O vencedor da competição será agraciado com um carro zero Km. O 2º e 3º lugar ganharão, respectivamente, um MacBook Pro e um MacBook Air. Já os demais receberão um Iphone 6. A divulgação dos resultados acontecerá na Cerimônia de premiação, no dia 15 de outubro, no Rio de Janeiro.

 

Segundo o coordenador do concurso e docente de Logosofia, Marco Cohen, este método é capaz de modificar essencialmente o ser humano e oferecer a possibilidade de vislumbrar novos horizontes. “Essa leitura propicia o despertar para uma realidade sutil que transcende às questões puramente materiais ou utilitárias da vida, mas que é tão ou mais palpável quanto qualquer assunto relacionado aos conhecimentos a que se teve acesso até hoje”, ressalta o profissional.

 

Oriunda da união entre os vocábulos gregos “Logos” e “Sophia”, a Logosofia significa a Ciência da Sabedoria. Partindo da premissa que os indivíduos são o resultado do que pensam e fazem, este ensinamento confere a cada pessoa toda a responsabilidade do que acontece em sua vida. Transcendendo os aspectos materiais e superficiais, o método Logosófico tem como preceito básico o lema: “aquele que almeja alcançar a ser o que não é deverá principiar por deixar de ser o que é”. A Pedagogia Logosófica visa à formação integral do ser humano, isto é, a atendê-lo e educá-lo em sua configuração biopsicoespiritual. Mais informações pelo site: http://www.premioliterario.logosofia.org.br/




Reinaldo Canto: 'A crise hídrica acabou, Alckmin?'

Sustentabilidade Opinião: ‘A crise hídrica acabou, Alckmin?’

Ao alardear uma suposta segurança no abastecimento, governador atrapalha conscientização e contribui para agravar a crise no médio prazo
por Reinaldo Cantopublicado 15/03/2016 11h02
 
Daniel Guimarães / A2
Geraldo Alckmin

Alckmin em inauguração de obra do Sistema Guarapiranga, em julho de 2015: sua declaração foi irresponsável

A temporada de chuvas trouxe um momentâneo alívio sobre a dramática situação do abastecimento de água em São Paulo. Estão aí as tragédias recentes das enchentes e municípios como Francisco Morato para comprovar que sem chuva temos um problema e, com elas, outro.

Fato é que logo as chuvas de março vão fechar o verão e a sua ausência irá provocar, como de praxe, uma estiagem. Ela poderá ser mais fraca do que nos últimos anos ou seguir uma trajetória de poucas precipitações. Em todos os cenários, a cautela e o bom senso deveriam prevalecer, pois o sufoco pelo qual a Região Metropolitana de São Paulo passou deixou muita gente sem água e trouxe, inclusive, sérios prejuízos econômicos.

Temos razões mais do que suficientes para nos mantermos alertas quanto a essa questão, mas eis que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anuncia de maneira esfuziante, o fim da crise do abastecimento de água em São Paulo.

Entre as suas várias afirmações, Alckmin foi categórico. “Essa questão não tem mais risco, mesmo que haja seca”, e foi mais longe: “Teremos a partir do ano que vem uma superestrutura em São Paulo. A região metropolitana estará bem preparada para as mudanças climáticas”.

A declaração é totalmente irresponsável, fora de propósito e mentirosa.

Entre muitas das razões para condenar esse tipo de declaração está a necessidade de engajamento da população para adotar ações de economia de água. Essa é uma das questões levantadas em nota publicada pela Aliança pela Água, movimento de organizações da sociedade civil que acompanha de perto a crise hídrica paulista.

“A declaração feita em 7 de março é prematura, mostra visão equivocada sobre segurança hídrica e pode induzir aumento do consumo”. Outro ponto importante destacado pela nota é de que mesmo reconhecendo a recuperação dos mananciais graças às chuvas de verão, “ainda estamos distantes de atingir um nível seguro”.

Para a Aliança pela Água, a situação de hoje é sim melhor do que a encontrada nesta mesma época em 2014 e 2015, mas ainda muito pior do que era entre 2010 e 2013, período anterior à crise.

Os números levantados pelo movimento não deixam dúvidas. Em 2013, o Sistema Cantareira possuía 57% de sua capacidade, enquanto atualmente está em apenas 28,7% de seu volume operacional. Se comparado a 2010, os números ficam ainda mais preocupantes, pois o Cantareira estava com 97% de sua capacidade no início de março daquele ano. O Sistema Alto Tietê também apresenta dados semelhantes: está hoje com 39,5%, mas estava com 59,7% em 2013 e 93% em 2010.

As obras de infraestrutura apontadas como redentoras pelo governador também devem ser questionadas, pois se referem a uma série de transposições em bacias cujas consequências, como a retirada significativa de grandes volumes de água, são desconhecidas e que, portanto, poderão acarretar em importantes impactos socioambientais, principalmente nas áreas e regiões originárias afetadas por essas obras.

A resposta sempre esteve na mudança de hábitos e no melhor uso dos recursos naturais, a questão da falta d´água só deixou isso mais claro para os milhões de moradores de São Paulo e região.

Um trabalho gradual sobre o compartilhamento das responsabilidades e o exercício pleno da cidadania, pressupostos básicos da sustentabilidade, seguia seu caminho de maneira mais lenta que o ideal, mas surtiu até aqui seus efeitos conscientizando as pessoas, as empresas e o setor público.

Essa declaração do governador paulista tem um forte potencial desmobilizador. Ela retira da sociedade seu protagonismo ao transmitir a falsa onipotência de sua administração para resolver isoladamente uma questão tão séria e preocupante como essa.

A visão paternalista e autocrática de tomar decisões deveria ter sido sepultada em definitivo no século passado, mas infelizmente somos ainda obrigados a conviver com dirigentes públicos que acreditam ser capazes de, unilateralmente, agir em nome de todos e para todos. A gestão da água é apenas um exemplo dessa visão limítrofe e antiquada.