Saiu na TVTem: Terminal Rodoviário de Avaré recebe biblioteca itinerante
Projeto ‘Livro na Rodoviária’ disponibilizará livros de graça
Biblioteca itinerante vai estar no Terminal Rodoviário até quarta-feira (17).
Do G1 Itapetininga e Região
Projeto oferece livros aos usuários no Terminal Rodoviário de Avaré (Foto: Divulgação/Prefeitura de Avaré)
O Terminal Rodoviário de Avaré (SP) vai receber, a partir desta segunda-feira (15), o projeto “Livro na Rodoviária”, que traz uma biblioteca itinerante para que os usuários possam ler livros, de graça, enquanto esperam o embarque. O projeto vai ficar até esta quarta-feira (17).
A ação tem como objetivo incentivar a leitura. As obras, que são frutos de doações e fazem parte do acervo da Biblioteca Municipal Professor Francisco Rodrigues dos Santos, podem ser lidas na rodoviária de forma gratuita. Além disso, elas também podem ser retiradas com devolução agendada ou retiradas sem devolução, pois todos os meses um livro pode ser levado sem nenhum custo.
Serviço
O Terminal Rodoviário de Avaré fica na Praça Antônio Batelli. O projeto ficará até esta quarta-feira (17) das 10h até 16h.
Cine Clube de Itapetininga retorna com exibição de filme nacional
A exibição será na sexta-feira, dia 26 e é gratuita
O projeto Cine Clube ‘Antonio Luiz Pedroso Balint’, do Instituto Julio Prestes, em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo, retoma com as exibições de cinema.
O título escolhido para a primeira sessão do ano é o premiado Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar, em parceria com Luiz Fernando Carvalho.
Após o filme, haverá debate.
Será na sexta-feira, dia 26, às 19h, no espaço do Cine Janelas, que fica no Auditório Abílio Victor, à Praça 9 de Julho, 518, Centro.
A classificação indicativa é de 16 anos.
Sobre o filme
Lavoura Arcaica conta a história de uma tradicional família, que se sustenta dividindo as atividades entre cuidados da lavoura e afazeres domésticos. O tema principal é a diferença de visão e conflitos entre as gerações, especialmente quando sentimentos fora dos padrões despertam no lar. Entre os atores estão Raul Cortez, Selton Mello e Simone Spolaor.
Genealogia: Afrânio Mello fornece informações sobre as familias BARBOSA e COSTA
Afrânio Franco de Oliveira Mello: ATENDIMENTOS NÚMEROS 665 e 666
Prezada Marluce, bom dia.
Estou enviando os arquivos que tenho sobre os sobrenomes Costa e Barbora.
Barbosa……………………… 32 páginas e 1 brasão e
Costa………………………… 18 páginas e 3 brasões.
Abaixo um pequeno resumo do arquivo principal de cada sobrenome.
Faça quadros dos brasões e pendure nas paredes de sua sala.
Serão objetos de bela visão e de muitas perguntas. Onde arrumou,
onde fêz e assim poderá falar de suas origens.
Grande abraço.
Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Região On Line
Barbosa ouBarboza
ilustre e antiquíssima linhagem portuguesa, tem o seu nome raízes toponímicas, visto derivar da quinta e honra de Barbosa, na freguesia se São Miguel das Rãs, perto do Mosteiro de Cete. O nome Barbosa, indica um lugar onde há muitas barbas de bode ou barbas de velho (uma espécie de planta ) Os Barbosa procedem de Dom Sancho Nunes de Barbosa, que era descendente do Conde Dom Nuno de Celanova e sobrinho de São Rosendo. Embora aparentada com todas as grandes linhagens de origens anteriores à fundação da Nacionalidade, a família dos Barbosas sofreu uma grande decadência durante os séculos XIII e XIV, vindo a fixar-se a meio da escala nobiliárquica. As duas formas de escrita tanto com S ou Z, procedem da mesma linhagem, isto é devido a erro de grafia no momento do registro em cartórios ou em outras repartições públicas.
Do feminino de um possível adjetivo barboso, derivado de barba e sufixo -oso, aplicado a terra que tivesse em abundância plantas em cujo nome entra a palavra barba (Antenor Nascentes, II, 38). Família que tirou o seu sobrenome da quinta chamada de Barbosa, de que são senhores (Sanches Baena, II, XXIII). Portugal: o genealogista, magistrado e escritor Cristóvão Alão de Moraes [1632-], em sua valiosa obra Pedatura Lusitana-Hispanica, composta, em 1667, dedica-se ao estudo desta família [Alão de Moraes, Pedatura, I, 1º, p. 145, 210; VI, 2º, p. 195, 313]. Felgueiras Gayo, em seu Nobiliário de Famílias, principia esta família em D. Sancho Nunes Barbosa, Senhor da Quinta de Barbosa, junto do Paço de Souza, que obteve por casamento [séc. XI], com Tereza Mendes, filha de D. Mem Moniz de Riba Douro e D. Urraca Mendes. D. Sancho, era filho do conde D. Nuno de Cellanova e de D. Gomes Echigues, sendo esta, filha do conde D. Gomes Echigues, que dizem ser o primeiro que usou o sobrenome Souza (v.s.), em Portugal (Gayo, Barbozas, Tomo V, § 1, 12). Entre os descendentes de D. Sancho Nunes Barbosa, de interesse para o Brasil, registram-se: I- o décimo neto Fernando Barbosa, que passou para o Brasil, onde casou; II- o décimo primeiro neto Mateus (Barbosa) da Costa Aboim, que passou para o Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro, onde faleceu a 08.02.1629. Presbítero do Hábito de São Pedro, 4º Prelado do Rio de Janeiro, com posse a 02.08.1607; III- o décimo segundo neto Pedro Barbosa, que passou para o Brasil; IV- o décimo segundo neto Luiz (Barbosa) de Almeida, que passou para o Brasil, onde foi Ouvidor Geral de Manomotapa (?), no ano de 1559, onde morreu. Doutorado em Coimbra.
sobrenome de origem latina. Este sobrenome identificou uma família da nobreza medieval portuguesa que poderia derivar de um protonotário apostólico que viveu em Portugal em princípios do século XIII, de origem grega e denominado Nicolau Kosta.
Outros autores o dizem de mais remotas origens e o dão por usado no tempo de Dom Afonso Henriques ( primeiro Rei de Portugal ), afirmando alguns que deriva da designação da Quinta da Costa, na comarca de Guimarães.
A mais antiga linha de Costas que se encontra devidamente documentada é a da varonia de Martim Gil Pestana, escudeiro nobre que viveu em Évora na segunda metade do séc. XIII e que se estende até finais do século XIV
Assim sendo, a chefia destes Costas, se não a de todos eles, veio a cair na Casa dos Silveiras, Condes da Sortelha.
O ramo dos Costas ditos senhores de Pancas, derivado colateralmente do célebre cardeal Dom Jorge da Costa, dos Costas de Alpedrinha, partiu aquelas armas com o «corpo» da empresa daquele purpurado.
De mencionar que, na opinião fundamentada de certos heraldistas, as costas destas armas não são a representação de ossos mas sim de um tipo de facas de sapateiro de lâmina curva e sem ponta, precisamente designadas de «costas». Acima os brasões Costa de Portugal, Espanha (2) e Itália.
Foi tomado da quinta da Costa, comarca de Guimarães, Portugal, com torre e casa forte, de que foi senhor Gonçalo da Costa, no tempo de D. Afonso I, o 1.º rei de Portugal, em 1129. Esta propriedade ficou em mãos dos seus descendentes até o ano de 1400, quando a perderam por crimes. É uma família muito extensa, que se divide em muitos ramos com casas muito ilustres (Sanches Baena, II,54). Há, também, inúmeras famílias com este sobrenome, de origem uruguaia, espanhola e italiana. Algumas, originárias de Gênova. Ilha de S. Miguel: o genealogista português Gaspar Fructuoso, em sua História Genealógica de Sam Miguel [Saudadas da Terra], escrita por volta de 1580, dedicou-se ao estudo desta família, em seu Capítulo V – Dos Costas, Arrudas, Favellas, Mottas e Portos, leados com os Botelhos, e no seu Capítulo XXVI – Dos Costas d´esta Ilha de Sam Miguel, que povoaram na Maia, e banda do Norte [Gaspar Fructuoso – Saudades da Terra, 52, 112, 214].
Você saberia me informar, de qual parte da Itália vem o sobrenome Ricci ?
Grata,
Aguardo Retorno
Janaina Ricci
71 8294 4250
ricci.janaina@gmail.com
P.S – Lembre-se sempre:
Fique ao lado de pessoas melhores do que você, porque só vai tirar coisas boas delas.!
Artigo de Sônyah Moreira: 'Hora de sair de cena!'
Sônyah Moreira: Hora de sair de cena!
Esses dias, assistindo a um filme que relatava a substituição de um grupo de homens experientes por outros mais jovens, fiquei pensando que uma hora teremos que sair de cena, passar o bastão, pendurar a chuteira e outros tantos adjetivos que podemos encontrar.
Mas veja, mas não é tarefa fácil.
Afinal, temos que encontrar discípulos, coisa rara nos dias de hoje. Ora por não quererem aprender, pois acham que sabem tudo, ora pelo egoísmo exacerbado da maioria das pessoas em não dividir, o que aprendeu pela vida.
Na antiguidade era extremamente comum as pessoas se preocuparem com a continuidade do conhecimento; passavam de geração em geração, estatisticamente falando.
Dentro de uma organização, o funcionário, ao ensinar outra pessoa, passa apenas 30% do seu conhecimento, isso se ele dominar plenamente suas funções. Imagine então um que sabe menos ainda, o que poderá ensinar? Não passará nada, pois o que menos sabe é ainda mais egoísta; é o cara que sofre só em pensar que outro pode ocupar seu espaço.
Mal sabe ele que quanto mais distribuímos o que aprendemos, mais aprenderemos.
Pessoas solidarias com as outras tendem a ter ajuda para subir e serem promovidas com maior rapidez.
O tão afamado trabalho em equipe não se restringe somente em dividir tarefas e sim conhecimento também.
A verdade é que temos sim que sair de cena, não poderemos ficar eternamente em nossos papéis de protagonistas. Obviamente não estou dizendo para que ninguém se isole: existem diversas maneiras de continuarmos atuando, porém, podemos aplicar nossos conhecimentos nos bastidores, deixar as luzes da ribalta para aqueles cuja sua jornada está ainda nos primeiros passos e com certeza chegará como nós ao ápice. E tomara que encontre com mais facilidade sucessores, pois somente chegará a mestre quem souber encontrar discípulos para que seu legado seja levado por gerações. Ao sair de cena deixemos as cortinas prontas para um novo ato.
Lembre-se que o espetáculo tem que continuar mesmo sem você e torça para que seja com menos erros e mais acertos.
Aplausos a todos que sabem sair de cena com o glamour de uma estrela de Hollywood.
Prêmio Mercosul de Artes Visuais
Estão abertas, até 20 de março, as inscrições ao Prêmio Mercosul de Artes Visuais
Organizado pelo Mercosul Cultural, a edição está sendo lançada simultaneamente na Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Equador.
O Prêmio Mercosul de Artes Visuais consistirá numa residência artística de três (3) a quatro (4) semanas de duração, a realizar-se no Espacio de Arte Ccontemporâneo (EAC), na cidade de Montevidéu, no Uruguai, para um (1) artista de cada país participante.
A assistência aos ganhadores inclui passagem aérea, uma soma equivalente a USD 2.000 (dois mil dólares) para gastos de produção da obra e manutenção do artista, a cargo de cada país.
As residências serão realizadas no mês de junho de 2016.
As inscrições devem ser enviadas ao endereço eletrônico: pmercosulav@funarte.gov.br, até 20 de março de 2016.
Dúvidas e esclarecimentos deverão ser solicitados somente por este email.
Confira o Regulamento e maiores informações nos links abaixo:
SÉRIE ENTREVISTAS ESPECIAIS: Nesta edição Rogério Sardella localiza e entrevista Moacir Oliveira
Por Onde Anda Moacyr Oliveira?
Ícone do rádio e até hoje lembrado por gerações, Moacyr Oliveira surpreende numa entrevista em que falou sobre muitas coisas, inclusive sobre sua passagem pelo seminário, vida política e a perda do filho Fábio Adriano
Por Rogério Sardela (*)
O jornal eletrônico ROL – REGIÃO ON LINE e a revista Top da Cidade apresentam, a partir desta edição, a série Por Onde Anda?, entrevistando personalidades que fizeram história em Itapetininga, como profissionais de imprensa, políticos e empresários.
Em tempos de redes sociais, não é difícil encontrar nomes para entrevistas, mas nem sempre é possível, já que existem aqueles que não possuem perfis na Internet, muitas
vezes por opção. Assim encontramos o entrevistado para a primeira edição do ano.
Após breve conversa pelo Facebook, ligamos para o número residencial e uma voz inconfundível atendeu o telefone: era o próprio Moacyr Oliveira, que escolheu como local da entrevista o Santuário Nossa Senhora Aparecida do Sul.
O tempo passou e apesar dos cabelos grisalhos, no alto de seus 67 anos, a voz que conquistou gerações continua a mesma.
Moacyr Antonio de Oliveira nasceu no município de Buri no dia 19 de setembro de 1947, vindo a residir com seus pais em Itapetininga quando tinha apenas dez meses de idade.
“Não sou de direito, mas sou de fato e também por congratulação da Câmara local com o Título de Cidadão Itapetiningano”, enfatiza o entrevistado.
Casado há 42 anos com Ana Maria Galdino de Oliveira, tiveram cinco filhos: Érica Cristina, Fábio Adriano (in memoriam), Renata Aparecida, José Mario e o caçula João Manoel, além de duas netas, Maria Eduarda e Ana Beatriz. “O Fábio Adriano está com Deus, mas continua vivo, então não digo que não está mais entre nós, pois continua sendo meu filho”.
Moacyr Oliveira lembra que a vida escolar começou na EE Adherbal de Paula Ferreira, onde cursou os primeiros quatro anos do antigo primário. “Minha mãe queria que eu fizesse curso profissionalizante e como havia a Escola Artesanal de Itapetininga, fiz a primeira e segunda séries juntamente com ajustagem mecânica.
O que muitos nem imaginam é que Moacyr Oliveira descobriu a vocação para o rádio através da vida religiosa, no Seminário Diocesano São Carlos Borromeu, de Sorocaba. “Eu achava que poderia me tornar padre”, lembra Moacyr, contando que havia um grupo de três ou quatro seminaristas que se preparava para a faculdade de Teologia, em Aparecida do Norte e durante os intervalos para refeições, esse grupo descontraia os demais improvisando programas jornalísticos, despertando seu interesse pela profissão. “Parecia que estava ouvindo uma estação de rádio. Meu sonho era fazer parte da equipe, só que eu não podia, pois eu era do ginasial. Era uma espécie de treinamento para ser orador”, recorda-se Moacyr, que ficou dois anos naquele seminário.
Com a saída do seminário, Moacyr continuou os estudos na EE Modesto Tavares de Lima e no Instituto Peixoto Gomide, onde neste último fez o curso normal. Após uma pausa de dois anos, concluiu o Ensino Superior em Letras na faculdade da família Ozi, que naquele tempo seria chamada de Universidade da Região Sudeste, como recorda o entrevistado.
Sim, Moacyr Oliveira chegou a lecionar em substituição por três meses e meio, numa classe que ele considerava “terrível”. A chegada em casa por volta de meia-noite e o pouco tempo para a família fizeram com que Moacyr deixasse as aulas e ficasse somente com a carreira de radialista.
Até conseguir seu espaço no rádio, Moacyr Oliveira fez muitos testes e embora tivesse talento reconhecido, a oportunidade demorou a acontecer.
Foi após assistir ao evento comemorativo do Jubileu de Prata da PRD-9 (Difusora), no então Cine Olana, com a presença da cantora Meire Pavão e de todos os locutores da emissora, que Moacyr resolveu procurar no dia seguinte os estúdios da mesma, quando então conversou com o diretor artístico, Pedrinho Marcondes, que lhe colocou em alguns testes e durante dois meses ficou exercitando, lendo textos comerciais, até que lhe falaram que não havia vaga, que quando surgisse o chamariam.
“É difícil de acreditar, na rádio me soltava, mas era extremamente tímido. Sou uma pessoa tímida”, revela Moacyr.
Persistente, ele não desistiu e seis meses depois, ouvindo a rádio, soube que estavam precisando de locutores. Mais uma vez não mediu esforços e desta vez fez um novo teste. Entre 30 candidatos, somente dois foram aprovados: ele e mais uma pessoa. Novos treinamentos ocorreram. O outro candidato acabou sendo contratado e Moacyr novamente aguardando. “Fiquei bravo”, disse o entrevistado, recordando-se que naquela época, por ser católico, ia muito à Aparecida do Norte. “Gostava de ver o pessoal da Rádio Aparecida fazendo o programa e resolvi fazer teste naquela emissora, que já era uma grande potência”, conta, comentando que o diretor artístico gostou de sua voz e o aconselhou a voltar para Itapetininga e que pedisse ao dono da rádio para ficar pelo menos um ano treinando, adquirindo experiência e que então o contratariam, para que Moacyr ficasse no “padrão” da Rádio Aparecida. O fator timidez mais uma vez foi lembrado. “O diretor me orientou para perder a timidez, soltar a voz, que se fosse para se basear antes de fazer o teste, não o teria realizado”, lembra.
De volta, procurou o diretor Alcides Rossi, para o qual contou sobre a conversa que tivera na rádio Aparecida e que se ele não acreditasse, que poderia telefonar para a pessoa e confirmar.
A situação começava a mudar e Rossi acabou oferecendo para Moacyr a oportunidade de entrar para a rádio como sonoplasta, trabalhando na função para programas de radialistas como Filisbino, Bruno Capuano, Fernando Leonel e também para os jornais da emissora, até que surgiu a oportunidade de comandar um programa nas noites de sábado, num horário que segundo ele, ninguém queria por acreditar que não dava audiência.
“Não me importava, porque queria fazer rádio. Então peguei o espaço, que era das 19h00 às 21h30, chamado Álbum da Juventude, com canções da Jovem Guarda, além de músicas italianas. “Graças a Deus o programa fez bastante sucesso e recebia muitas cartas, mesmo naquele horário.
A oportunidade de ter um programa diário surgiu quando uma locutora havia sido chamada para trabalhar em outra empresa, sendo Moacyr convidado a substituí-la.
“Houve uma troca. Ela ficou com o meu horário de sábado e eu com o dela, diariamente, das 16h00 às 18h00”, relembra o radialista, citando uma frase que ouvira de Alcides Rossi na ocasião: “apesar de eu não querer, você provou que tem jeito para o rádio”.
O programa continuou com o título de Álbum da Juventude e quando Moacyr achou que o formato estava esgotado, criou o Sequencia das Quatro (a cada quatro músicas mudava o estilo do programa). O resultado mais uma vez fora positivo. Mais tarde, um locutor que substituía o apresentador que lançou o programa Difusora Ás Suas Ordens (projeto de Moacyr), entrou em férias e nosso entrevistado ganhou a oportunidade que o consagraria de vez como uma das maiores vozes do rádio do Interior paulista e até mesmo do Brasil.
“Era uma grande responsabilidade o horário da manhã, ainda mais ter que manter a audiência do Filisbino”, enfatizou, acrescentando que “com o sucesso do programa matutino, o sr. Alcides Rossi passou a me ver com olhos diferentes, passando de recusador a admirador, falando que eu tinha futuro e que se continuasse desse jeito iria longe”.
Ao mesmo tempo que apresentava o programa, Moacyr não deixou a função de sonoplasta.
Por motivos que diz desconhecer, contou que o titular do programa acabou sendo dispensado. Após quatro ou cinco, em conversa com Rossi, pediu sua opinião para mudar o nome da atração para Programa Moacyr Oliveira, a exemplo de outros radialistas que levavam o próprio nome no título.
Assim, com direito a vinhetas especiais produzidas por uma gravadora da cidade de Ribeirão Preto, através do conhecido produtor musical Jairo Pires, entrava no ar no dia 01 de janeiro de 1969, o Programa Moacyr Oliveira, tornando-se um grande fenômeno do rádio em audiência e campeão de cartas.
“O Eli Correa dizia que recebia cinco mil cartas do Brasil e eu atingia esse número em Itapetininga, recebendo até 150 cartas por dia”, revelou Moacyr.
Questionado sobre um momento que o tenha marcado em sua passagem pelo rádio, Moacyr citou que havia um quadro em que revelava o significado dos sonhos. “Uma ouvinte de pseudônimo Mãe Preocupada escreveu para o programa dizendo que sonhara que ao entrar no quarto para dar um beijo de boa noite em sua filha, sem citar a idade, a mesma estava abraçada em uma boneca. Disse que possivelmente a filha estaria grávida e que não ficasse assustada”.
Moacyr lembra que dez dias depois uma senhora apareceu na rádio querendo conversar com ele, a qual literalmente apontou o dedo em seu nariz, brava pelo significado do sonho, dizendo-lhe que seria um absurdo sua filha estar grávida, que ela tinha apenas treze anos e meio (a menina estava ao lado da mãe). Moacyr orientou que a mãe levasse a filha a um médico, até mesmo para sanar sua preocupação e que depois de um ano aquela mãe retornara para falar com ele, acompanhada da menina, que carregada um bebê nos braços. “Fiquei de queixo caído… A senhora disse que eu estava certo…”, menciona Moacyr, que diz não acreditar em adivinhações. “A maioria era no chute”, entrega, inclusive sobre os horóscopos. “Vai da cabeça da pessoa. Infelizmente se você falar uma mentira no rádio e ficar repetindo, isso vai se tornar verdade”, salienta.
Aliado ao sucesso como radialista, a remuneração por seu trabalho era satisfatória. Moacyr Oliveira revela que chegou a ganhar em torno de 10 salários mínimos, além de outros dois salários de comissão especial, mas que com a crise do final da década de 1980, com inflação em alta, os vencimentos foram caindo cada vez mais, tendo o Alcides Rossi vendido a emissora e que a nova direção já não poderia manter os mesmos valores, caindo a remuneração do radialista para pouco mais de um salário mínimo.
Paralelamente, Moacyr Oliveira foi eleito vereador de Itapetininga em 1982, exercendo mandato até o final de 1988. “Não queria lançar mão de meu subsídio de vereador para o meu sustento e o de minha família. Não era para isso que eu entrei para a política. Eu precisava de um emprego que me garantisse a sobrevivência. O mandato estava acabando e eu não queria ser obrigado a tentar a reeleição”, comentou Moacyr, para o qual a política foi uma experiência altamente negativa. “Não gostei. Reeleição por interesse monetário não era o meu objetivo. Parti para outra. Vereador infelizmente não faz nada. É um salário maldito, queima no bolso, um subsídio que sabe que não merece, pois você luta, luta e há aqueles entraves lá dentro, que barravam boas ideias que tinha”
A esta altura a vontade de Moacyr era entrar numa estatal, “nem que para isso fosse preciso começar abrindo valeta”, relembra, enfatizando queria o melhor para a sua família.
Assim, em 28 de fevereiro de 1988 Moacyr Oliveira apresentou seu último programa e no dia 13 de abril do mesmo ano começou a trabalhar na Sabesp, onde poucos meses depois conseguia recuperar o que havia perdido e até mais. A aposentadoria aconteceu em 2002. “Aposentei como contribuinte do INSS e não como funcionário público”, deixa claro o entrevistado.
Sobre a política do País, Moacyr fala acreditar na explicação dos sacerdotes da Igreja Católica, que fazem um estudo geral da situação. “Há um esquema armado, dizem, no Brasil, via Rede Globo, para desestabilizar completamente o governo, que há um interesse internacional nisso. Em nível estadual acredito que o Alckmin está fazendo um governo razoável. Em Itapetininga o Hiram Ayres Monteiro Júnior vai ter que mostrar neste ano a boa vontade dentro dos limites orçamentários da Prefeitura que ele pode ser um bom administrador”.
E a RevistaTop da Cidade perguntou: Por onde Anda Moacyr Oliveira?
O eterno radialista hoje é ministro extraordinário da Comunhão Eucarística da Paróquia Santuário Nossa Senhora Aparecida do Sul, e todas as sextas participa do programa Fé Católica, na Rádio Difusora, das 22h00 às 22h00.
Para finalizar, Moacyr deixa uma mensagem aos jovens: “acredito na juventude. Problemas de drogas e prostituição sempre existiram. Seguir o caminho que é certo depende muito dos pais. Religião em si não salva ninguém, mas ela indica o caminho. A pessoa vai até a Igreja por Jesus e não pelo padre ou pastor. A semente pode estar dormindo, mas um dia vai dar frutos”, finalizou.