Livro traz informações sobre a História e a Cultura dos negros de Porto Feliz

De autoria do professor Carlos Carvalho Cavalheiro, o livro “O negro em Porto Feliz” conta com prefácio do historiador Jonas Soares de Souza e apoio cultural do SIPROEM

capa Negro em Porto FelizO SIPROEM – Sindicato dos Professores das Escolas Municipais de Sorocaba, Porto Feliz, Tietê, São Roque, Ibiúna, Salto, Itu, Araçariguama, Alumínio, Mairinque, Votorantim, Boituva, Iperó, Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Cesário Lange, Cerquilho e Tatuí apoia a publicação do livro “O Negro em Porto Feliz”, de autoria do professor Carlos Carvalho Cavalheiro. Paulistano de nascimento, adotou Sorocaba e Porto Feliz para viver, trabalhar, pesquisar e desvelar temas quase que escondidos das trajetórias das duas cidades. Professor, historiador, poeta e documentarista, tem divulgado sua produção sobre Literatura e História Local por meio de suportes variados, inclusive impresso. Carlos tem se destacado como defensor e praticante de formas alternativas de circulação da cultura, explorando criativamente a mídia eletrônica. O professor Carlos é formado em História, com pós-graduação em Metodologia do Ensino de História e Gestão Ambiental, licenciado em Pedagogia e bacharel em Teologia, mestrando em Educação pela UFSCAR de Sorocaba.

O livro é uma compilação de artigos sobre a história e cultura dos negros na cidade de Porto Feliz (onde o professor Carlos leciona História na rede pública municipal); originalmente publicados no jornal Tribuna das Monções, até hoje suscitam interesse público, motivo pela qual houve a necessidade de publicá-lo em outro suporte como este livro, facilitando o acesso de interessados. Publicado pela Editora Crearte (Sorocaba), a edição inicial será de 100 (cem) exemplares. “Uma tiragem modesta, mas dentro das nossas possibilidades e que creio, ainda assim, preencherá uma lacuna que é a falta de livros sobre a História dos negros em Porto Feliz”, comenta o autor.

Segundo o professor historiador Jonas Soares de Souza: “As pessoas estão continuamente colocando para si mesmas questões relacionadas ao local onde moram e sobre como viveram seus antepassados”.

É o que faz Carlos Carvalho Cavalheiro em artigos publicados no jornal Tribuna das Monções e reunidos neste belo livro, onde busca no recorte do micro os sinais e relações da totalidade social, os homens e mulheres de “carne e osso”, para usar uma imagem cara ao historiador francês Lucien Febvre.

Com previsão de lançamento para janeiro de 2016, o livro deverá estar disponível em livrarias e com o autor. Pedidos:carlosccavalheiro@gmail.com




Artigo de Celio Pezza: 'Crise'

Celio Pezza: Crônica # 285 – Crise

Colunista do ROL
Celio Pezza

Crise é a palavra do momento no Brasil.

Temos crise politica, econômica, moral, elétrica, hídrica, desemprego crescente, ausência do governo, enfim, o cenário está confuso.

Para alguns, a punição de ladrões do caso Mensalão, Petrolão e muitos outros virou atentado à democracia, e os partidos que buscam instituir um governo socialista, pregam a violência e a conturbação social.

Os que querem a saída de Dilma e uma investigação séria sobre Lula, só pedem que a lei seja cumprida, diferente dos outros, que pregam até a luta armada para não sair do poder.

Faz sentido, pois eles não sabem o que é construir o progresso na paz.

Aprenderam a promover o confronto e dizem que quem não está alinhado com suas ideias precisa ser destruído.

Assim foi o discurso de Lula que, durante um ato em defesa da Petrobras, convocou o “exército de Stédile (MST) para ir para as ruas com armas nas mãos”.

Podemos entender que isso é uma confissão de que existem armas ilegais nas mãos desses grupos.

Mais recentemente, Mauro Iasi, professor da UFRJ, militante do PCB, fez um discurso durante o 2º. Encontro Nacional da Central Sindical e Popular, onde defendeu o fuzilamento dos opositores do socialismo, citando Bertold Brecht.

Para ele, esses conservadores precisam de “um bom paredão, uma boa espingarda, uma boa bala, uma boa pá e uma boa cova”.

Quem quiser ver o discurso todo, é só procurar na internet.

Para qualquer um que saiba interpretar um texto, isto significa promover uma intimidação e pregar uma revolução comunista no país.

No Caderno das Resoluções desse mesmo evento, um parágrafo mostra o pensamento desses grupos, bem ao estilo do Estado Islâmico, quando afirmam com vigor uma posição pelo fim do Estado de Israel, segundo eles, uma “criação artificial das Nações Unidas e do imperialismo norte-americano”.

Intolerância contra todos que discordam de suas ideias é o perfil desses grupos antidemocráticos, sempre em nome dos “trabalhadores”.

Esses são os verdadeiros golpistas que pregam o ódio, a luta de classes e vão contra a verdadeira democracia e o Estado de Direito.

Como disse o jornal britânico Financial Times, em um recente editorial, a incompetência, arrogância e corrupção abalaram a magia do Brasil.

Os brasileiros livres e de bons costumes, têm o dever de lutar contra a ignorância, a mentira, o fanatismo, a corrupção e restaurar essa magia do bem estar para o nosso país.

 

Célio Pezza

Outubro, 2015




Artigo de Celso Lungaretti: 'Declaração de Dilma sobre 'Democracia Adolescente' foi patética, despropositada e altamente inoportuna'.

LEMBRE-SE, DILMA, DO QUE ACONTECE COM QUEM GRITA “LOBO!” À TOA…

Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia

Foi patética, despropositada e altamente inoportuna esta declaração da presidente Dilma Rousseff à CNN, em Nova York:

O grande problema com aqueles que querem o meu impeachment é a falta de motivação. Nós temos que ter muito cuidado sobre isso pelo seguinte motivo: a nossa democracia ainda está na adolescência.

Como falava em inglês, talvez a “falta de motivação” tenha sido uma colaboração de tradutor pernóstico para piorar o que já era péssimo. Pois motivados os defensores do impeachment estão até demais. O que Dilma lhes reprova é não terem alegado, no seu entender, motivos válidos para seu defenestramento. Só que sobre isto, evidentemente, não cabe a ela opinar, pois é parte interessada. Deveria ficar quietinha e deixar que o Congresso Nacional cumprisse seu papel sem pressões.

Ela também esqueceu o velho chavão de que roupa suja se lava em casa. O que os estadunidenses pensarão de uma presidente que vai alfinetar opositores na casa dos outros, como se fosse casa da sogra?! Será que ninguém do Itamaraty tem coragem de instrui-la sobre como um mandatário deve se comportar no exterior? Gafe.

Se continuar hostilizando os adversários em fez de buscar alguma forma de convivência com eles, os ânimos se acirrarão cada vez mais. Jogar álcool na fogueira é o que lhe convém, em meio à pior crise econômica desde 1990? Se pensa que ganhará algo apostando no enfrentamento, está viajando na maionese. Quando a popularidade de qualquer presidente despenca para um dígito, ele(a) tem mais é de tentar ser simpático, não deselegante. Tiro no pé.

Depois de haver feito a bobagem de, com sua costumeira incontinência verbal, colocar o impeachment nas manchetes quando a mídia ainda o tratava como assunto secundário, Dilma repete a dose com o golpe militar que a referência a “democracia adolescente” subentende. Então como agora, trata-se da última pessoa no Brasil inteiro que deveria bater nesta tecla. Quem grita lobo! à toa, acaba devorado(a). Tiro no pé.

E o pior é que o fez por puro desespero de causa. Já não consegue citar um único motivo positivo para os brasileiros a continuarem querendo no Palácio do Planalto, é incapaz de inspirar esperança. Então precisa recorrer ao alarmismo, “se me chutarem, poderá vir outra ditadura”. Oportunismo.

Se fosse algo além de palavras ao vento para atemorizar ingênuos, teríamos de concluir que Dilma nada entendeu da História da qual participou. Pois o golpe militar de 1964 ocorreu em meio à exacerbação da guerra fria, depois que o assassinato de John Kennedy colocou na Casa Branca um caipira texano que a CIA fazia de gato e sapato, com respaldo no empresariado, da Igreja e da classe média.

O único ponto comum é a rejeição do governo por parte da classe média, estridente mas insuficiente para trazer os tanques às ruas. 

Obama e a Europa nem de longe estão apoiando quarteladas na América do Sul (caso contrário a Venezuela já teria puxado a fila), o grande empresariado continua bem distante da porta dos quartéis (por saber que o custo de um golpe –tornar o Brasil um pária aos olhos do mundo, afugentando investidores e atrapalhando exportações– excede largamente eventuais benefícios), o papa Francisco não é conservador como Paulo VI.

Quanto aos militares, são sempre os últimos a aderirem aos projetos golpistas, entrando para fazer o serviço sujo. E nunca tiveram autonomia de voo, são requisitados como jagunços pelo grande capital. Consequentemente, enquanto durar a lua de mel com o Luís Carlos Trabuco e a Dilminha for só paz & amor com os outros donos do Brasil, poderemos dormir tranquilos, pois nada vai haver no ar além dos aviões de carreira.

Existe, contudo, um porém: se hoje o golpe militar não passa de um espantalho erguido por Dilma no meio do seu milharal, adiante poderá, sim, entrar na ordem do dia, caso o descontrole da economia nos arraste a uma depressão econômica, gerando desespero e turbulência. Aí, se o governo for tão incapaz de manter a ordem como se mostra incapaz de deter a deterioração econômica, as baionetas poderão entrar em ação, ocupando o espaço deixado vago pela incúria dos civis.

Mas tal possibilidade, por enquanto remota, não é favorável à Dilma, muito pelo contrário. Pois começamos 2015 com a certeza de que seria um ano perdido e, nestes dez meses, ela fracassou miseravelmente em salvar 2016. As perspectivas só fizeram piorar, mês após mês.

Entraremos em 2016 com a certeza de que vai ser um ano ainda mais nefasto do que 2015, e nada indica que Dilma esteja apta a nos tirar do atoleiro.

Então, se fosse sincero seu temor de um golpe militar e houvesse desapego pelo poder no seu caráter, ela reconheceria que não é nem nunca será a estadista de que tanto carecemos; e que os nós a imobilizarem o País só começarão a ser desatados após sua saída.

Ou seja, o único serviço que pode prestar ao Brasil e a nosso povo explorado e sofredor, neste instante, é a renúncia. Tudo o mais já fez… em vão. E, se insistir em continuar governando à base de tentativa e erro, acabará mesmo fazendo o País explodir.

 

 

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Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia

Aos poucos vão aparecendo na internet peças como este vídeo, que permitem montar o quebra-cabeças de uma das raras greves de fome bem sucedidas no Brasil –e, exatamente por isto, muito menos lembrada do que as, por um motivo ou outro, terminadas em desistência, como as de Lula e outros sindicalistas do ABC, de D. Flávio Cappio, de Anthony Garotinho e de Cesare Battisti.

Tive a oportunidade de contribuir para tal vitória, quando militantes nordestinos iniciaram o protesto de supetão  e fiz esforços desesperados para conseguir repercussão na imprensa, vital para que atingissem seu objetivo.

Por ser inconveniente para a direita derrotada e a esquerda omissa, a greve de fome dos quatro de Salvador (dentre cinco presos em flagrante: Antonio Prestes de Paula, Cícero Araújo, Jari José Evangelista, José Wellington Diógenes e Marcos Wilson Lemos. Não me lembro nem consegui agora determinar qual deles ficou de fora do protesto) foi convenientemente relegada ao esquecimento. É mais fácil encontrarmos registros cuja ótica é policialesca, limitada ao assalto e prisão, como este aqui.

Daquela vez muitos se furtaram ao dever da solidariedade: houve quem se distanciasse completamente e quem não fizesse tudo que podia/deveria.

 
O erro: tentarem reeditar a luta armada… em 1986!

Mesmo assim, os esforços bem-intencionados frutificaram — ainda que de forma dramática, a duríssimas penas.

Para reconstituir o episódio, aproveitarei, primeiramente, trechos da tese de pós-graduação em História de Lucas Porto Marchesini Torres, na Universidade  Federal da Bahia, A questão financeira é uma questão política, cuja íntegra vocês podem acessar aqui:

Em abril de 1986, cinco homens foram presos após tentativa frustrada de assalto à agência Canela do Banco do Brasil na capital da Bahia, Salvador. Depois de um rápido cerco policial, tiros disparados por ambas as partes e alguma negociação, aos cinco assaltantes restaram poucas opções. O automóvel Voyage que os aguardava de frente ao banco, roubado e com placa fria, tornara-se inatingível para a fuga. Cercados, renderam-se. Entregaram suas armas (dois revólveres calibre 32, dois 38 e uma pistola automática Lugger), mais outras que haviam tomados aos seguranças, uma sacola de dinheiro contendo aproximadamente 230 mil cruzados e alguns objetos pessoais dos clientes (relógios, pulseiras, etc.).

Do primeiro contato direto que tiveram com os policiais surgiu a necessidade de revelarem aquilo que deveria ter sido mantido em segredo e era escamoteado pelos contornos que os cinco detidos pretendiam, até então, dar àquele assalto. Algemados e submetidos, por medo de serem confundidos (e tratados como) bandidos comuns ou membros da Falange Vermelha, apressaram-se em assumir: ‘somos todos petistas!’.

 
Apolônio de Carvalho, dirigente do PCBR voltando do exílio.

Ao buscarem diferenciar-se dos criminosos ditos comuns, esclareceram que com o assalto desejavam levantar fundos em ajuda à Nicarágua sandinista, para onde o dinheiro seria enviado ou financiaria a viagem deles para lá como trabalhadores voluntários. Tais alegações alçaram essa ocorrência incomum ao noticiário nacional, com grande destaque, e as páginas em que apareceu não eram as policiais.

Na década de 1990 um pequeno documentário foi realizado com os presos. Introduzido por “Soy louco por ti America”, de Caetano Veloso e Capinam, (…) Marcos foi recolado à frente da agência onde foi preso para recontar sua versão, agora não mais para agentes policiais. (…) Primeiro registrou demonstrações de coragem e capacidade do grupo, conscientes de como deviam se comportar naquele momento de tensão, sem perder o controle da situação. À porta do banco, segundo Marcos, a imprensa era amiga, salvaguardando a vida dos assaltantes; em seguida, se tornou inimiga, deturpando declarações dos presos.

Marcos, à sua maneira, apostou na caracterização do grupo como ingênuo e idealista. “Eu contava com apenas 22 anos”, disse demonstrando sua juventude presumidamente imatura. Reputou suas duas grandes influências na vida, àqueles que o estimularam a perseguir seu ideal revolucionário: “Rubens Lemos, meu pai, que foi preso político na década de 1970, e Ernesto Che Guevara”.

A sentença não foi igual para todos. José Wellington, Jari, Marcos e Cícero foram apenados com treze anos e dez meses de reclusão, mais o pagamento de uma multa no valor de 21 mil cruzeiros. Prestes de Paula e Telson, com sete anos e dez meses, mais 12 mil cruzeiros de multa.

 
O prestígio do sandinismo estava no auge entre nós

Após a definição da sentença, havia pouco a fazer. Os militantes perderam o espaço que tinham na imprensa e suas aparições ali tornaram-se rarefeitas.

Individualmente, tentaram benefícios que certamente os ajudaram a resistir à vida na prisão. A partir de 1987, três deles conseguiram liberação da Justiça para estudar fora do presídio. Marcos ingressou no curso de Filosofia, José Wellington em Direito (para mais adiante especializar-se na área criminal) e Telson frequentou curso técnico de soldador oferecido pelo Senai. Os demais se dedicaram ao artesanato dentro da prisão.

OS LULUS INOFENSIVOS E O CACHORRO LOUCO

Para complementar, eis narrativa que fiz em Náufrago da Utopia (Geração Editorial, 2005), único livro que parece ter abordado a greve de fome. 

[Vale, ainda, acrescentar que os cinco acabaram sendo expulsos do PT, que não lhes deu chance de apresentar  defesa e só se preocupou com os danos à sua imagem pública, não movendo uma palha para evitar que sofressem arbitrariedades na prisão.]

Como escrevi boa parte do Náufrago na 3ª pessoa, refiro-me a mim mesmo pelo pseudônimo que então utilizava para driblar a censura do regime militar: André Mauro.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa:

 
Rubens Lemos tivera seus dentes arrancados pela ditadura

André chega atrasado para a reunião da Cacimba, numa tarde de sábado. O grupo literário se distribui por cadeiras e pelo chão do quarto. A palavra está com um visitante ilustre: Rubens Lemos, jornalista, poeta e velho militante comunista. André cumprimenta a todos, pede desculpa pelo atraso e se acomoda. Rubens continua expondo o problema que o trouxe a São Paulo.

Seu filho e outros companheiros foram presos ao assaltarem um banco na capital baiana, alguns meses atrás. Dinheiro para a revolução, uma prática que já parecia extinta. Por serem todos petistas, a imprensa fez estardalhaço. E o partido, temendo que esse fato fosse explorado na campanha eleitoral, voltou as costas aos chamados quatro de Salvador.

O PT está obsessivamente empenhado em livrar-se da imagem de reduto dos antigos terroristas.

Na primeira eleição de que participou, em 1982, a lei eleitoral só permitia a exibição, no horário gratuito da TV, do currículo e foto de cada candidato. Os aspirantes petistas a deputados eram quase todos originários da resistência à ditadura — e orgulhavam-se disso, fazendo questão de destacar a condição de ex-presos políticos.

A direita, por sua vez, aproveitou ao máximo para insuflar preconceitos. Colocava em circulação piadas tipo “os candidatos do PT não estão mostrando currículos, mas sim folhas corridas e boletins de ocorrência”…

Então, na eleição de 1986, o que o partido mais queria era dar a volta por cima, projetando uma imagem de respeitabilidade. Quando a prisão dos quatro de Salvador ameaçou relacionar o PT com as expropriações outrora praticadas pela vanguarda armada, foi um deus-nos-acuda!

 
Lemos: “Foi um golpe brutal”.

Além de negar qualquer apoio a esses militantes, a tendência majoritária começou a reprimir e expurgar as correntes radicais abrigadas em suas fileiras. Pertencer simultaneamente à Articulação e ao PT continuou in, mas ser da Convergência Socialista e do PT virou out. Porta da rua é serventia da casa.

Os párias ficaram numa situação extremamente vulnerável — e os policiais, contrários à redemocratização do País, não desperdiçaram a chance. Agentes da Polícia Federal começaram a levá-los a outros Estados, sem mandado judicial nem comunicação a seus advogados, para serem mostrados a testemunhas de todos os assaltos a bancos ocorridos em passado recente.

Nem mesmo a Ordem dos Advogados do Brasil obtinha permissão para dar assistência aos prisioneiros nessas praças e acompanhar os reconhecimentos. Havia uma intenção óbvia de inculpá-los de tantos delitos quanto fosse possível.

A gota d’água foi o telefonema recebido por Rubens Lemos na rádio de Natal em que comandava um programa esportivo, alertando-o de que os explosivos recentemente roubados de uma pedreira se destinariam à simulação de uma revolta no presídio de Salvador; no meio da confusão, os quatro seriam assassinados.

Lemos fez essa denúncia no ar, abortando — se havia — tal plano. Quatro decidiram entrar em greve de fome a partir de segunda-feira. Dois dias antes, não há nenhum esquema de imprensa estruturado para fazer com que seu protesto repercuta nas principais capitais do País.

O comitê de solidariedade paulista é imediatamente formado. E André aceita ficar com a missão mais difícil: colocar a greve de fome no noticiário…

Começa enviando um comunicado à imprensa para cientificá-la da greve. Ninguém publica.

Convence Lemos a escrever uma carta emocionada à população brasileira, afirmando que, em face de seus (reais) problemas cardíacos, delega ao povo a missão de assegurar a sobrevivência do filho Cícero, caso não possa fazê-lo pessoalmente. Ninguém publica.

Visita deputados, redações, agências noticiosas. Na do Governo Federal, a Empresa Brasileira de Notícias, quem o atende é um agente do Serviço Nacional de Informações travestido de jornalista. Fazendo-lhe uma ameaça velada:

 
José Wellington Diógenes hoje é advogado

— O tempo não está bom para os presos políticos e muito menos para quem já esteve preso. Se for pra jaula de novo, é bem provável que nunca mais saia. Ou ir direto pra baixo da terra…

Tem melhor sorte nos contatos com os correspondentes estrangeiros, que enviam algumas linhas a seus veículos. Mas é pouco para incomodar o governo brasileiro.

A cada dia, aumenta a apreensão no comitê de solidariedade. André atua em tempo integral, atirando em todas as direções.

Procura o procurador Hélio Bicudo, que já entrevistara para uma revista, e pede ajuda. Bicudo lhe dá uma apresentação para a Cúria Metropolitana de São Paulo. Acaba conseguindo uma carta anódina na Igreja, na linha de que por piores que hajam sido seus crimes, esses presos devem ter seus direitos respeitados. Ninguém publica.

Faz idêntica gestão na OAB, obtém uma carta igualmente cautelosa e também a distribui inutilmente aos jornalistas.

Manda um fax pessoal a todos os diretores-proprietários de veículos da grande imprensa, alertando-os de que, caso persista o boicote às notícias sobre a greve de fome, frustrando quaisquer chances de atendimento das reivindicações, caberá a eles a responsabilidade por qualquer tragédia que venha a ocorrer.

Quando já não sabe mais o que fazer ou a quem recorrer, o colunista que escreve sobre o Rio de Janeiro na página de Opinião da Folha de S.Paulo, Newton Rodrigues, dedica todo seu espaço daquele dia ao assunto. Diz que recebeu do jornalista Lungaretti uma denúncia consistente sobre violação dos direitos humanos dos quatro de Salvador, tendo repassado-a ao ministro da Justiça, Fernando Lyra.

 
Bobby Sands, mártir irlandês.

André, que enviara o dossiê a Newton Rodrigues apenas por causa das posições libertárias que este assumia na coluna diária e do seu passado de resistência ao golpe de 1964, fica então sabendo que o veterano jornalista faz parte do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (…). Um golpe de sorte, no momento exato! Os quatro, segundo os médicos, começam a correr riscos mais graves!

No dia seguinte, Rodrigues relata a seqüência do caso: o ministro determinou ao governador da Bahia, Waldir Pires, que tome as providências cabíveis para que a greve de fome tenha um desfecho humanitário.

André e o comitê de solidariedade são informados de que o governador baiano oferece aos presos a garantia de não serem mais sequestrados pela Polícia Federal para reconhecimentos arbitrários, além de estar disposto a permitir que estudem ou trabalhem durante o dia, somente pernoitando na prisão.

Mas os quatro, empolgados com a mobilização de estudantes de Salvador em seu favor, pretendem prolongar a greve de fome por mais dois dias. Querem arriscar ainda mais a vida para desfrutar seu momento de glória, depois de terem sido vilipendiados pela própria esquerda!

André compreende seus sentimentos, mas considera o êxito político mais importante do que o desagravo pessoal. Então, na reunião do comitê, ele é incisivo:

— Estávamos sem perspectiva nenhuma e a vitória praticamente caiu do céu. Não podemos permitir, de jeito nenhum, que ela se transforme em derrota.

Decide-se mandar um ultimato a Salvador: ou os quatro saem imediatamente da greve, ou o comitê de apoio paulista vai mandar um comunicado a todos os jornais expressando sua discordância dessa postura.

É um blefe pois, a julgar pelos precedentes, ninguém publicaria. Mas, surte efeito. Depois de mais de uma semana sem alimentarem-se, os quatro são socorridos e se restabelecem plenamente.

Como recompensa por ter agido enquanto o PT se omitia, André recebe um insulto insólito do dirigente petista Rui Falcão:

— O Lungaretti e os quatro de Salvador são todos cachorros loucos!

LULISTAS DISPARAM CHUMBO GROSSO CONTRA
A POLÍTICA ECONÔMICA DE DILMA. EU OS APOIO.

Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia

Como não me alinho automaticamente com personagem nenhum da política oficial, já fiz sérias restrições ao Lula. Fui, p. ex., um dos poucos a protestar na imprensa contra a expulsão de Paulo de Tarso Venceslau por haver denunciado o primeiro esquema profissional de desvio de recursos públicos para os cofres do partido.

Mas, é inescapável a constatação de que o ex-sindicalista e seu grupo hoje estão certíssimos em abrirem fogo contra a política econômica de Dilma e o ministro neoliberal que já não merece sequer ser chamado apenas de estranho no ninho; está mais para excrescência no ninho.

O governo Dilma tem os dias contados, será levado de roldão pelo tsunami econômico, mas o PT não precisa morrer abraçado com ele. Já passou da hora de dar uma guinada de 180º à esquerda, preservando-se para lutas futuras, enquanto o Titanic dilmista continuará, pela direita, a navegar inexoravelmente em direção ao iceberg.

 

 

É a atitude que se impõe após Dilma, no recente bate-boca com Rui Falcão, ter repetido pela enésima vez que não recuará de sua conversão ao neoliberalismo; hoje, o padrinho que faz sua cabeça é o Luís Carlos Trabuco, do Bradesco, e não mais aquele cujo beijo a transformou de rã em rainha. Então, como disse o Cristo, “deixai os mortos sepultarem seus mortos”.

De resto, que ninguém ouse criticar o meu posicionamento atual! Também neste caso saí na frente e foram os companheiros que convergiram para onde eu já estava.

Há mais de um ano comecei a alertar que, dos três candidatos com chances de vitória na eleição presidencial, nenhum deles ousaria confrontar o poder econômico, ainda mais quando o grande capital dava murros na mesa exigindo um arrocho fiscal. Adverti a esquerda que o PT se destruiria se aceitasse cumprir papel tão repulsivo e incompatível com seus valores e sua história.

Infelizmente, hoje  são raros, em nossas fileiras, os que ousam pensar com a própria cabeça. Seguiram os líderes então, quando a ordem era ignorar alertas como o meu, e continuam seguindo agora, quando quem não se tornou chapa branca até a medula pede, finalmente, a exoneração de Joaquim Levy.

Antes tarde do que nunca. Então, como nunca fui adepto do quanto pior, melhor, estarei sempre dando a maior força aos lulistas que, como André SingerRicardo KotschoGuilherme BoulosMarcio Pochmann e o próprio Rui Falcão, tentam salvar algo do desastre que se avizinha.

Pois precisaremos muito desses salvados do incêndio para reconstruir a esquerda a partir do day after.

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Atendendo solicitação de um leitor, o genealogista Afrâno mello fornece informaçõs sobre famila: QUEVEDO

Afrânio Franco de Oliveira Mello: ATENDIMENTO NÚMERO 556

Vou passar o que  tenho do sobrenome Quevedo.

Nome de difícil pesquisa em virtude de na Espanha já ser quase extinto.

Não encontrei referências para esse nome . Manoel Rodrigues de Quevedo .

Abraços a todos,

Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Jornal On Line

 

Quevedo, sobrenome de origem espanhola

Que se tenga memoria, pues realmente el origen de este preclaro linaje se pierde en la oscuridad de los tiempos, el más antiguo solar, o casa solariega, del apellido Quevedo, radicó en la villa de Pie de Concha, lugar de donde partieron las distintas ramas que se conocen y que fueron extendiéndose por diversos lugares de España. Uno de sus eminentes varones, por no decir el que más, fue don Francisco de Quevedo y Villegas, que vistió el hábito de Santiago y fue señor de la Torre de Juan Abad, nacido en Madrid en 1.580 y fallecido en Villanueva de los Infantes en 1.645. Celebrado escritor no estuvo ajeno a los avatares de la política y así a la caída de su protector, el duque de Osuna, estuvo desterrado en su señorío de la Torre de Juan Abad, (Ciudad Real), y años más tarde se atrajo la enemistad del todopoderoso conde-duque de Olivares quien ordenó su encarcelamiento en el convento de San Marcos. De su ingenio y facilidad de escritura e imaginación, no es menester dar pruebas, pues sus obras son muestra palpable de todo ello. No podemos olvidar algunas de las más conocidas como “El diablo cojuelo” en donde levantando los tejados se podía contemplar las intimidades de los habitantes de la villa y corte de aquella lejana época. Posiblemente sus versos satíricos y sus coplillas fueron la causa real de todos sus males, pues en ellos arremetía y criticaba las corrupciones y las lacras que se daban entre los encopetados caballeros y nobles de la corte, amén de los “trapos sucios” de muchas de las más distinguidas damas. El apellido Quevedo se halla más extendido en la zona centro de España, siendo prácticamente desconocido en Cataluña y todo el Norte de la Península Ibérica.

 

 
ose M Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1890 Cuba
residence: 1940 Ward 5,​ Key West,​ Election Precinct 7,​ Monroe,​ Florida,​ United States
spouse: Rose Quevedo
child: Georgina Quevedo
Rose Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1891 Florida
residence: 1940 Ward 5,​ Key West,​ Election Precinct 7,​ Monroe,​ Florida,​ United States
spouse: Jose M Quevedo
child: Georgina Quevedo
Cristobal Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1881 Cuba
residence: 1940 Area B,​ Tampa,​ Election Precinct 14,​ Hillsborough,​ Florida,​ United States
children: Manuel Quevedo,​ Conchita Quevedo
Frank Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1894 Mexico
residence: 1940 Supervisorial District 3,​ Pinal,​ Arizona,​ United States
spouse: Carmon Quevedo
children: Eganico Quevedo,​ Esperansa Quevedo…
Juan Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1889 Mexico
residence: 1940 Election Precinct 17 Anapara,​ Dona Ana,​ New Mexico,​ United States
spouse: Velen Quevedo
children: Alfonso Quevedo,​ Raul Quevedo…
Velen Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1895 Mexico
residence: 1940 Election Precinct 17 Anapara,​ Dona Ana,​ New Mexico,​ United States
spouse: Juan Quevedo
children: Alfonso Quevedo,​ Raul Quevedo…
Jose Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1891 Mexico
residence: 1940 Ward 2,​ Scottsbluff,​ Scottsbluff City,​ Scotts Bluff,​ Nebraska,​ United States
spouse: Marta Quevedo
children: Tony Quevedo,​ Frank Quevedo…
Cristina Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1894 New Mexico
residence: 1940 Belvedere Judicial Township,​ Los Angeles,​ California,​ United States
children: Manuel Quevedo,​ Armando Quevedo…
Frank Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1900 Mexico
residence: 1940 Tract 357,​ Redondo Beach,​ Inglewood Judicial Township,​ Los Angeles,​ California,​ United States
Joe Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1897 Mexico
residence: 1940 Castroville Judicial Township,​ Monterey,​ California,​ United States
Melchor Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1878 New Mexico
residence: 1940 Councilmanic District 13,​ Los Angeles,​ Los Angeles Township,​ Los Angeles,​ California,​ United States
spouse: Petra Quevedo
children: Pete Quevedo,​ Melchor Quevedo…
Petra Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1886 Mexico
residence: 1940 Councilmanic District 13,​ Los Angeles,​ Los Angeles Township,​ Los Angeles,​ California,​ United States
spouse: Melchor Quevedo
children: Pete Quevedo,​ Melchor Quevedo…
Primo E Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1900 Philippine Islands
residence: 1940 Councilmanic District 10,​ Los Angeles,​ Los Angeles Township,​ Los Angeles,​ California,​ United States
parents: Aurillo Quevedo
Aurillo Quevedo

United States Census, 1940

birth: 1870 Philippine Islands
residence: 1940 Councilmanic District 10,​ Los Angeles,​ Los Angeles Township,​ Los Angeles,​ California,​ United States
child: Primo E Quevedo
Pedro Quevedo

United States Census, 1940




Genealogia: Afrânio Mello fornece gratuitamente informações sobre familias. Nesta edição, sobre as familias REGO, MOARES e SOARES

Afrânio Franco de Oliveira Mello: ATENDIMENTO NÚMEROS 553, 554 E 555

 

Caro Domingos, boa noite.

Pesquisei o nome do Capitão-mor Pedro (também citado como Pero) Soares do Rego (Oeiras-PI) e nada encontrei nos meus arquivos.

O que tenho sobre esse sobrenome é muito pouco e não traduz a sua localização de onde veio. Tem um belo brasão.

Esse sobrenome tem origem nos nobres portugueses Condes,Viscondes, Barões e Senhores.

Segue uma página e um brasão.

 

 

imageR E G O

 

Nome de raízes toponímicas, deriva da honra desta designação, no lugar de Lordelo, comarca de Lanhoso.

Parece ter sido o fundador da família Lourenço do Rego, que vivia em meados do século XIII, e que deixou descendência que lhe continuou o nome.

 

 

Armas 

As armas ditas antigas dos Regos são: de verde, uma banda ondada de prata, carregada de três vieiras de ouro, perfiladas de azul. Timbre: uma vieira do escudo, entre dois penachos de verde, picados de ouro.

Modernamente, as armas passaram a ser: de verde, uma banda ondada e aguada de sua cor, carregada de três vieiras de ouro. O timbre não sofreu alteração alguma.

Ramos Familiares 

Cunha Rego

Sousa Rego

Títulos, Morgados e Senhorios 

Barões de Porto de Mós

Condes de Almarjão

Condes de Armil

Condes de Rego Botelho

Senhores de Aguiar

Senhores de Neiva

Viscondes de Geraz do Lima

Viscondes de Sousa Rego

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Sobrenome Morais e Moraes – existem as duas grafias e a origem espanhola é Morales.

No arquivo principal te 19 brasões das mais diversas origens de lugares. Uma para cada local.

Belos brasões.

Envio em separado do arquivo principal mais 4 brasões.

Abaixo um resumo das duas grafias.

clip_image002Morais, Moraes

ignora-se se os deste nome o tiraram do lugar de Morais, em Trás-os-Montes, ou se provêm dos Morales da Espanha. Os genealogistas atribuem-lhes remotas mas incomprovadas origens, se bem que seja indiscutível que a família já existia em Portugal usando este sobrenome durante a primeira Dinastia.

 

 

 

 

clip_image003Moraes, sobrenome de origem geográfica.

Topônimo de Portugal. Plural de um substantivo moral que devia ter significado «amoreiral». O espanhol tem moral, amoreira, e o sobrenome Morales. O substantivo desapareceu, ficando só o topônimo e o sobrenome. Guérios derivou de Murales, muros (Antenor Nascentes, II, 207). Do espanhol Morales, lugar onde há amoreiras (Anuário Genealógico Latino, IV, 25). O solar desta família é no lugar de Morais, têrmo de Bragança, província de Trás-os-Montes, Portugal. Gonçalo Rodrigues de Morais, senhor de muitos lugares, era descendente dos senhores da cidade de Bragança; em 1217 deu sua ermida de Santa Catarina aos franciscanos, quando foi a Bragança fundar o convento (Anuário Genealógico Latino, I, 67). Ilha da Madeira: o genealogista Henrique Henriques de Noronha, em sua importante obra Nobiliário Genealógico das Famílias da Ilha da Madeira, composta em 1700, dedicou-se ao estudo desta família [Henriques de Noronha – Nobiliário da Ilha da Madeira, Tomo II, 365]. Brasil: No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, a de Diogo de Morais, n. no Rio, e fal. antes de 1721. Cas. no Rio, em 1695, com Felícia de Abreu Pereira, n. em Lisboa, e fal. no Rio, em 1721 (Rheingantz, II, 619). Antiga e importante família estabelecida em São Paulo, procedente, na metrópole portuguesa, de Rui Martins de Morais, alcaide-mor de Bragança [1321], Senhor de Morais, 3.º Padroeiro do Convento de S. Francisco, que deixou numerosa descendência do seu cas. com Alda Gonçalves Moreira. Foram pais de Ignez Rodrigues de Morais, que do seu cas. com D. Mendo Esteves de Antas, da Casa de Vimioso, descendem os Moraes de Antas, de São Paulo. Deste último casal – Mendo e Ignêz, foi descendente, seu quarto neto, Baltazar de Morais de Antas [Mogadouro – a.1600], que passou para o Brasil, tornando-se tronco de uma das principais famílias de São Paulo. Trouxe carta de Nobreza, passada perante o Juiz de Mogadouro [Carta 11.09.1579], que foi reconhecida perante o Ouvidor Geral da Bahia Cisme Rangel de Macedo. Em 1556 já residia em São Paulo. Juiz Ordinário de São Paulo [1579]. Deixou numerosa descendência de seu cas., em São Paulo, com Brites Rodrigues Anes, filha de Joannes Annnes Sobrinho, português, Juiz Ordinário de Santo André da Borda do Campo [1566], Procurador do Concelho [1558 e 1562) (Leite Ribeiro, 22; AM, Piratininga, 118; SL, VIII, 3; PT, I, 251).

 

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Sobrenome soares – Arquivo com 8 páginas e 4 brasões e em separado mais 3 brasões para confecção de quadros.

 

clip_image002[3]     clip_image003[3]

Soares, sobrenome de origem portuguesa.

BRASÃO DE ARMAS: De vermelho com uma torre de prata.

TIMBRE: A torre de escudo

“Aqueles do século XIV, membros da honorável casa dos Soares, viveram no tempo em que uma das maiores façanhas das armas da história de Portugal teve lugar, a saber, a batalha de Aljubarrota, travada em 14 de agosto de 1385, próxima da assim denominada cidade, localizada no centro de Portugal. O rei castelhano, Juan I, reclamava a coroa de Portugal através de seu casamento com a rainha Beatriz, a filha do último rei de Portugal. A grande maioria dos portugueses, incluindo muito dos patrióticos da família Soares, não estavam dispostos a aceitar um rei castelhano, razão pela qual escolheram como seu líder a João de Aviz, que se iriam juntar à luta que estava para vir por Nuno Ivares Pereira, o “Condestável”. Juan I invadiu Portugal confiante no valor do seu exército, que contava com vinte e dois mil cavaleiros, e soldados, e esperava o apoio de nobres portugueses que o tinham como legítimo herdeiro. Ao contrário, João, que tinha sido proclamado rei de Portugal há apenas quatro meses atrás, estava apto para reunir tão somente uns meros sete mil homens. Não obstante, o prestígio do chefe Pereira, ganho através de suas vitórias em incursões do ano precedente, inspirou entre a milícia de seus comandados e soldados, os quais podem ter incluído heróicos membros da família Soares, a garantia da necessidade de uma condição de vitória. Uma vez que a direção dos castelhanos tornou-se clara, Pereira propôs um plano que acarretaria no bloqueamento das linhas inimigas em avanço e, então, procederia à ofensiva, tendo manejado seus inimigos em terrenos que anularia a vantagem numérica dos invasores.

A despeito da desconfiança de alguns comandantes portugueses, em adotar uma estratégia agressiva contra um oponente numericamente superior, o ritmo dos acontecimentos tiveram poucas alternativas para escolha de ações e os ainda indecisos foram forçados a seguir o audacioso desígnio do Condestável, que saiu de Abrantes com o exército levantado e seguiu para Tomar. Os portugueses procederam para prevenir o avanço dos Castelhanos em Lisboa e Pereira colocou suas forças numa colina defensiva ao norte e a oito quilômetros ao sul de Leiria. Ali, encostas ásperas para ambos os lados, a posição defensiva tinha a vantagem da inclinação sobre o campo do atacante. Os cavaleiros castelhanos, acreditando em sua própria superioridade e ignorantes do terreno, resolveram atacar. O triunfo português em Aljubarrota, uma fonte de honra para todos, incluindo os atuais portadores da família Soares, não só preservou sua independência nacional, mas também marcou a supremacia política das classes burguesas de Portugal, que tinham preparado e feito a revolução de 1383 e escolhera a João de Aviz como rei, demonstrando a vantagem da infantaria, organizadas de maneira democrática, que lentamente iam anulando o valor da cavalaria medieval.

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Espero que encontre nos arquivos referências dos nomes de sua família.

Grande abraço

Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Jornal On Line

 

From: Domingos Savio de Morais

Sent: Wednesday, October 21, 2015 4:19 PM

To: Afrânio Tintaspig

Subject: Re: genealogia

Sr. Afranio, boa tarde!

Inicialmente, muito obrigado pela resposta. Sou Morais em descendência ao Capitão-mor Pedro (também citado como Pero) Soares do Rego (Oeiras-PI). O senhor tem referências dos ancestrais dele? O senhor também teria informações da família Espirito Santo originária de Crateús?

Muito obrigado pela despolibilidade em ajudar-me!

Domingos Morais.

 

Em 20 de outubro de 2015 15:12, Afrânio Tintaspig <afranio@tintaspig.com.br> escreveu:

Caro Domingos,

Tenho os arquivos : Moraes, Santos e Vieira.

No meu IMENSO arquivo não encontrei referência ao sobrenome PINHO.

Aqui na minha cidade,ITAPETININGA (SP) existia uma família que era dona de um hotel e que tinham o

sobrenome PINHO . Eram da cidade de OLIMPIO (SP ).

Sinto muitíssimo em não poder ajudá-lo.

Se quiser os demais é só pedir que envio.

Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Jornal Região On Line

 

From: Domingos Savio de Morais

Sent: Tuesday, October 20, 2015 1:59 PM

To: afranio@tintaspig.com.br

Subject: genealogia

Sr. Afranio Mello, boa tarde!

Sou Domingos Savio de Morais Santos. Encontrei vosso e-mail em pesquisas aleatórias acerca do tema e gostaria de parabenizá-lo pelas pesquisas.

Sou natural do Ceará e há algum tempo procuro informações acerca da família Pinho a qual também pertenço. Meu tataravô, Antônio de Pinho Vieira é a referência mais antiga que pude encontrar. Sei que ele morreu em 1907 ou 1908 na cidade de Senador Pompeu-CE e viveu por muitos anos em Várzea Alegre-CE (onde fixou descendência). Sei também que era comerciante e talvez seja originário de Quixeramobim-CE ou ainda de Mombaça-CE e dever ter nascido entre as décadas de 1840 e 1860.

Caso o senhor tenha alguma informação ela nos será bastante útil.

Atenciosmente,

Domingos Morais.




A biblioteca de Itapetininga continua muito ativa

Biblioteca de Itapetininga promove o evento 3ª Feira de Troca de Livros

 Ação começa nesta segunda-feira (26) e vai até sexta-feira (30).
Objetivo é incentivar crianças, adolescentes e adultos a praticar a leitura.

Feira para troca de livros será promovida em Itapetininga (Foto: Fábio Molina/ divulgação)
Feira para troca de livros será promovida em
Itapetininga (Foto: Fábio Molina/ Divulgação)

A Biblioteca Municipal de Itapetininga (SP) irá realizar a 3ª Feira de Troca de Livros entre segunda-feira (26) e sexta-feira (30). A ação tem o objetivo de incentivar crianças, adolescentes e adultos a praticar a leitura, além disso, ter a troca de experiências.

Gibis e livros em bom estado de conservação (infantil, infanto-juvenil e adulto) são matérias de trocas. Já livros didáticos, religiosos, de cunho político, enciclopédias, guias e revistas de qualquer assunto e livros com selo de gratuidade não são materiais de troca.

A biblioteca fica aberta das 8h às 22h e está localizada à Rua Campos Salles, 175, Centro. Mais informações pelo telefone: (15) 3272-3265.