VACINA CONTRA GRIPE: PREVISÃO É VACINAR 30 MIL

Itapetininga espera imunizar 30 mil pessoas contra gripe, diz Vigilância

Programa de prevenção ocorrerá até o dia 22 de maio em todo o país.
Segundo especialistas, pessoas com febre não devem serem vacinadas.

Do G1 Itapetininga e Região

A Vigilância Epidemiológica espera imunizar mais de 30 mil pessoas em Itapetininga (SP), durante a Campanha de Vacinação contra a Gripe deste ano. O programa de prevenção começou a ser realizado nas unidades de saúde de todo o país em 4 de maio, e vai até o dia 22 de maio. Neste sábado (9) é realizado o Dia D de combate à doença no município.

De acordo com Regina Vieira, diretora da Vigilância Epidemiológica de Itapetininga, apesar da grande demanda, espera-se que todos sejam atendidos. “As unidades de saúde receberão a população nos dias de campanha”, afirma.

Para o aposentado Magdal Álvaro, a vacina, tomada todos os anos, realmente surte efeito. “Pegava gripe com frequência, mas hoje não fico mais doente”, diz.

Apesar da eficiência, algumas pessoas deixam de tomar a dose por medo dos efeitos colaterais. Contudo, o médico Antônio Carlos Camargo explica que esse não é um motivo para deixar de se prevenir. “As reações da vacina são dores locais, febres e dores no corpo, mas nem todos sofrem com isso”, aponta.

Segundo a Vigilância, a dose imuniza contra os vírus H1N1, Influenza ‘A’ e o Influenza ‘B’. Ainda de acordo com especialistas, a aplicação só não é recomendada às pessoas com alguma doença infecto contagiosa e com febre.

Moradores esperam para receber vacina contra gripe em Itapetininga (Foto: Reprodução/TV TEM)Moradores esperam para receber vacina contra gripe em Itapetininga (Foto: Reprodução/ TV TEM)



CÂMARA DE ITAPETININGA VAI INVESTIGAR HOSPITAL REGIONAL

Na sessão ordinária desta última quinta-feira, 7, da Câmara Municipal de Itapetininga foi instaurada uma CEI- Comissão Especial de Inquérito, a partir de requerimento de autoria dos vereadores Milton

Nery Neto, Itamar José Martins, Selma Aparecida Freitas de Moraes, Denise Franci Martins de Castro, Fuad Abrão Isaac, Antonio Etson Brun e Antonio Fernando Silva Rosa Júnior.

A Comissão, composta por cino membros, visa apurar a realização de eventuais obras no Hospital Regional de Itapetininga, que, segundo o requerimento, extrapolaram os limites financeiros estabelecidos no Plano de Trabalho, despesas vedadas pelo convênio, tais como a nova cozinha, a cabine primária de energia elétrica e a troca do telhado.

Segundo a assessoria de imprensa do legislativo municipal, isso está “em desrespeito à Lei 8.666/9 ; terceirização de atividade fim de contrato público, uma vez que a Sociedade Beneficente São Camilo mantém com empresa 3 contratos, cujos objetos contemplam a coordenação do Pronto Socorro e da Clinica Medica no Hospital Regional de Itapetininga, atividades que fazem parte do objeto do convênio mantido com a Prefeitura; e a contratação de consultorias e ou assessorias incompatíveis com o objetivo da parceria”.

A Presidente da Câmara Municipal, vereadora Maria Lucia Lopes da Fonseca Haidar, procedeu ao sorteio do membros da comissão, que ficou assim constituída- André Luiz Bueno, Adilson Ramos, Fuad Abrão Isaac, José Davino Pereira e Marcelo Nanini Franci. Os membros, eunidos, elegeram Adilson Ramos como presidente e Fuad Abrão Isaac como relator.




CONSERVATORIO DE TATUI: 28 MÚSICOS DEMITIDOS

Com corte no orçamento, Conservatório de Tatuí demite 28 músicos

Encontros internacionais e festivais anuais, como o tradicional Certame da Canção, podem ser cancelados

Felipe Shikama

felipe.shikama@jcruzeiro.com.br

Com orçamento menor do que o previsto para este ano, o Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí demitiu 28 músicos profissionais na semana passada. Além disso, encontros internacionais e festivais anuais, como o tradicional Certame da Canção, podem ser cancelados. A Associação de Amigos do Conservatório de Tatuí (AACT), que administra a instituição estadual, garante que as aulas dos 2.300 alunos não serão prejudicadas.

Segundo a AACT, as programações de concertos ocorrem normalmente desde fevereiro, mas a agenda de eventos especiais, como encontros e festivais, será reavaliada, pois a organização social “se viu obrigada a readequar as metas de seu Plano de Trabalho Anual, firmado junto à Secretaria de Estado da Cultura”.

A AACT detalha que dos 28 profissionais demitidos nos últimos dias, 26 atuavam como músicos profissionais, contratados para integrar grupos e orquestras do Conservatório. Dois professores da instituição, que também acumulavam a função de músico profissional, também foram dispensados. Já a bolsa-performance, concedida aos alunos que integram grupos e orquestras, foram preservadas e, inclusive, um novo edital foi aberto na última terça-feira (5).

De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura, o orçamento destinado ao Conservatório de Tatuí em 2015 é de R$ 25,7 milhões. Em 2014, a verba foi de R$ 24,3 milhões. Sem considerar a reposição da inflação, o montante representa 6% a mais do que no ano passado. Entretanto, o valor é 0,2% abaixo do que foi previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). Além disso, o contrato entre o Conservatório de Tatuí e o Governo do Estado de São Paulo para 2015, que foi assinado somente no dia 29 de abril, não previu a reposição da inflação no período e, segundo a AACT, representa “corte efetivo de 9,4%”.

A AACT assinala que nos últimos anos os eventos internacionais e festivais vinham sendo realizados mediante patrocínio da iniciativa privada, por meio de projetos de leis de incentivo. Já em 2014, a instituição conseguiu oferecer programação especial, em comemoração aos seus 60 anos de fundação, graças ao recebimento de “suplementação extraordinária” da Secretaria de Estado da Cultura, que repassou à instituição o valor adicional de R$ 2,5 milhões.
Sem a expectativa de receber suplementação orçamentária neste ano, a realização de encontros e festivais está ameaçada. “Ainda não temos a informação de quais festivais/encontros serão realizados em 2015, pois estamos trabalhando na captação de verbas”, informou a AACT.

Segundo o site do Conservatório de Tatuí, a instituição promove anualmente dez encontros nacionais e internacionais de diferentes modalidades e famílias de instrumentos musicais, como cordas, sopros e madeira, bem como os festivais Painel Instrumental, Certame da Canção e o Festival de Teatro Estudantil de São Paulo.

Em 26 de fevereiro deste ano o governador Geraldo Alckmin (PSDB) publicou decreto prevendo um corte de R$ 2 bilhões por conta da “necessidade de conter despesas e otimizar gastos públicos”. Por consequência, a medida afetou diversas organizações sociais que administram equipamentos públicos do Estado de São Paulo. As organizações sociais que atuam na área da educação sofreram corte orçamentário médio de 5% enquanto as que atuam no segmento cultural sofreram perdas que chegam a 20%, como no caso da Poiesis, que administra as oficinas culturais do Estado de São Paulo.

Conforme noticiado em fevereiro deste ano pelo Mais Cruzeiro, o corte de 20% no orçamento da Poiesis provocou o fechamento de nove das 23 oficinas culturais de São Paulo. A Oficina Cultural Grande Otelo, de Sorocaba, permanece aberta, mas na ocasião a Poiesis comunicou que demitira três dos quatro funcionários da unidade.

Na Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp), a Secretaria de Cultura admitiu que o repasse sofreu corte de 10%. O corte orçamentário provocou a demissão de 50 professores e o número de vagas de alunos caiu de 1.500 para 1.300. A instituição também reduziu as bolsas oferecidas aos alunos e encerrou as atividades de um dos seus principais grupos, a Camerata Aberta.
Já na Fundação Osesp, organização social que promove o Festival de Inverno de Campos dos Jordão, evento que acontece há 46 anos, o corte orçamentário foi ainda maior e gira em torno de 30%. A informação foi divulgada pelo coordenador artístico e pedagógico do Festival, Fábio Zanon.




EX-COMBATENTE DA FEB DÁ ENTREVISTA À TV

‘Foi a guerra dos caipiras e caboclos’, diz ex-soldado da 2ª Guerra Mundial

Victorio Nalesso, de 92 anos, esteve em combate na Itália por oito meses.
Morador de Itapetininga (SP) relembra os 70 anos do fim da batalha.

Caio Gomes SilveiraDo G1 Itapetininga e Região

Victório Nalesso foi só mais um dos 'caipiras' que lutaram na 2ª Guerra (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Victório Nalesso foi só mais um dos ‘caipiras’ que lutaram na 2ª Guerra (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)

O ex-soldado da Força Expedicionária Brasileira (FEB) Victório Nalesso, de 92 anos, esteve de 1944 a 1945 na Itália em combate durante a 2ª Guerra Mundial. Nesta sexta-feira (8), data em que se completam 70 anos do fim da batalha, Nalesso relembra o período e comenta: “Foi a guerra dos caipiras e cablocos, mas todos corajosos. A maioria vivia nas roças, longe das cidades que não eram tão grandes como hoje. Gente de todo interior de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul”, afirma o morador de Itapetininga (SP).

Ex-soldado escreveu livro contando histórias vividas na guerra (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Ex-soldado escreveu livro contando histórias
vividas na guerra (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)

O “caipira” que nasceu e sempre viveu na cidade, que hoje tem 155 mil habitantes, conta que mal esperava a hora de voltar para casa, um sítio na zona rural. Assim como ele, muitos dos combatentes também queriam retomar a vida simples do interior. “Sempre tinha alguém com uma sanfona ou uma viola para animar, cantando músicas da nossa terra.”

Nalesso foi convocado a participar da viagem ao continente europeu aos 21 anos junto com um amigo e um primo da cidade. Sem nenhuma experiência militar, o trio primeiro passou por treinamentos por dois meses no Rio de Janeiro. Em 22 de setembro de 1944, Nalesso partiu rumo à Itália em um navio junto com outros 5 mil combatentes de várias regiões do país. Eles chegaram após 15 dias viajando pelo Atlântico.

Desembarcaram em Livorno no norte do país, onde se agruparam com a base da FEB junto com outros 10 mil brasileiros. Logo após 12 dias, saiu rumo à primeira missão junto com sua equipe e teve sua primeira experiência de guerra.

Entrei em um túnel. Lá dentro, encontrei cerca de 20 brasileiros sentados no chão e apoiados na parede. Fui puxando conversa até perceber que eles não respondiam. Quando mexi, eu vi que estavam todos mortos. Foi meu primeiro contato com a morte na guerra”
Victório Nalesso, ex-soldado da 2ª Guerra

“Andávamos por uma estrada de terra no meio da madrugada.O objetivo era chegar a outro ponto de brasileiros. Cada homem andava separado a alguns metros de outro, isso porque se jogassem uma bomba na estrada, iria pegar uma pessoa só. Uma granada acertou o chão a alguns metros de mim. O impacto no ar fez com que eu fosse jogado ao chão e desmaiasse. Como era o último da fila, o resto da equipe seguiu. Acordei minutos depois, sozinho no escuro na mata. Voltei à base onde fui orientado a me encontrar com outro grupo. No meio do caminho entrei em um túnel. Lá dentro, encontrei cerca de 20 brasileiros sentados no chão e apoiados na parede. Fui puxando conversa com eles até perceber que não respondiam. Quando mexi, vi que estavam todos mortos. Foi meu primeiro contato com a morte na guerra, algo que me deixou abalado”, descreve.

Veterano mantém espaço dentro de casa para acervo histórico (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Veterano mantém espaço dentro de casa para
acervo histórico (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)
Diversos quadros exibem diplomas e certificados da guerra (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Diversos quadros exibem diplomas e certificados
da guerra (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)

Mas haveria ainda muito contato com a morte durante o período. Houve mortes de brasileiros e de aliados, além dos alemães. A batalha mais sangrenta de qual participou foi em Montese, a partir de 14 de abril de 1945. “Em três dias de guerra calcularam centenas de mortes. Atuava repondo munição de uma metralhadora ponto trinta junto com outro soldado. Lá, cada um tinha uma função. Um atirava, outro usava a bazuca. Precisávamos ter cuidado, sempre se arrastando ao chão. Ninguém saía correndo em campo aberto, arriscando a vida.”

Do período não guardou só as lembranças ruins, mas algumas boas como os momentos de cantoria e as amizades. Em sua casa mantém um espaço com objetos, livros e revistas sobre a Segunda Guerra Mundial. “Em uma rendição de inimigos, eu guardei comigo um cantil de um sargento alemão chamado Kroger, feito prisioneiro. Guardei também munições, um capacete e minha marmita, além de diversos arquivos. Anos depois no Brasil, depois de me aposentar, resolvi escrever um livro sobre minhas histórias, minha experiência nesse momento importante da história”, ressalta Nalesso.

Durante os oito meses em que ficou no país, o ex-soldado calcula que tenha andado mais de 400 quilômetros, atravessando o norte da Itália até a cidade de Alessandria. Quando estava lá, foi declarado o fim da guerra na Itália, em 2 de maio, e a rendição da Alemanha, em 8 de maio. “Não acreditávamos que tudo tinha acabado, que iríamos embora. Festejamos, fizemos passeata, a alegria era muita. Voltei ao Brasil com várias medalhas, sem nenhum arranhão, a vida inteira pela frente e uma noiva: a irmã do meu amigo que foi à guerra comigo”, finaliza.

Victório Nalesso tem três filhos e foi casado por 67 anos com Lucinda Nunes Nalesso, até ficar viuvo em 2013. O livro que escreveu chamado “Diário de um Combatente” foi publicado em 2005.

Victório também tem fotos que registraram momentos na Itália (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Victório também tem fotos que registraram momentos na Itália (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)
Balas de metralhadora, fuzil, cantil alemão e revistas são algumas das relíquias (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Balas de metralhadora e fuzil, cantil alemão e revistas são algumas relíquias (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)

Nalesso exibe com orgulho medalhas conquistadas no combate (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Nalesso exibe com orgulho medalhas conquistadas no combate (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)




PRINCIPAL ENTRADA DE ITAPETININGA SÓ FICARÁ PRONTA DAQUI A TRES MESES

Principal acesso de Itapetininga deve continuar em obras por mais 3 meses

Trabalhos na Avenida Salvador de Oliveira Leme completam um mês.
De acordo com DER, R$ 2,9 milhões serão investidos na recuperação.

Do G1 Itapetininga e Região

Mesmo após completar um mês em obras, a Avenida Salvador de Oliveira Leme, em Itapetininga(SP), deverá permanecer interditada pelos próximos 90 dias, segundo o Departamento de Estradas e Rodagem (DER). De acordo com o órgão, R$ 2,9 milhões serão gastos nos trabalhos para a recuperação do acesso.

A via começou a desabar no dia 11 de março, mas os trabalhos no local só foram iniciados a partir de 1º de abril. Neste meio tempo, 11 casas foram interditadas pela Defesa Civil e, em dado período daquele mês, a prefeitura chegou a declarar estado de emergência no municípiodevido às chuvas que atingiram Itapetininga na época.

Com a paralisação do trecho, moradores comentam que o tempo gasto para ir ao Centro da cidade aumentou em aproximadamente 15 minutos. “A gente sofre com a sujeira, o barulho e com essa demora em chegar à região central”, afirma Luiz Carlos Ribeiro, que vive nos entornos das obras.

Enquanto os serviços não são concluídos, o jeito é ter paciência. “É cansativo, mas não podemos fazer nada. Então, temos que esperar”, completa a moradora Kelly Dias.

Obras devem continuar por mais três meses (Foto: Cláudio Nascimento/ TV TEM)Obras devem continuar por mais três meses (Foto: Cláudio Nascimento/ TV TEM)




Artigo de Pedro Novaes: ESCOLHA  DEFEITUOSA

Foto closeArtigo de Pedro Israel Novaes de Almeida

 

Dizem, e muitos não acreditam, que no Brasil os poderes são independentes e harmônicos.

O Executivo indica, para ser sabatinado e aprovado pelo Legislativo, o nome preferido para integrar, como ministro, o Supremo Tribunal Federal. O indicado, brasileiro nato, deve possuir de 35 a 65 anos, notável saber jurídico e reputação ilibada. Só.

Notável saber jurídico possuem centenas de milhares de brasileiros, em sua maioria advogados. Reputação ilibada possuem os que não possuem máculas, ou as possuem ainda despercebidas.

O Executivo, se mal frequentado, pode indicar qualquer correligionário, iniciando o processo mais eficiente para demolir uma nação: o aparelhamento partidário do poder judiciário. Aos legisladores, com a isenção, cultura, espírito cívico e honestidade de sempre, caberá a avaliação do notável saber jurídico do indicado.

Tal processo de nomeação não se coaduna com a tão decantada independência entre os poderes. A loteria de sugestões é vasta, indo de concursos públicos a  eleição direta, por todos os eleitores, ou cúpulas jurídicas.

Nossos legisladores ainda não decidiram por um meio mais racional e acertado de escolha de novos ministros. Também preferem manter o mandato do nomeado limitado à idade cronológica do cidadão, atualmente fixado em 70 anos.

O Congresso Nacional houve por bem aumentar em 5 anos a idade para a aposentadoria compulsória de integrantes das cúpulas judiciárias, que doravante fica fixada em 75 anos. Outros aspectos relevantes do problema não foram solucionados.

A fixação de maior idade para a aposentadoria compulsória soa lógica, pois atualmente possuir 75 anos não é sinônimo de falência intelectual ou demência. Pela regra atual, o ministro Celso de Mello, sempre impecável, aposentar-se-ia na marra, ainda em 2015. Pela regra atual, ainda poderíamos contar com o festejado ministro Ayres Brito.

Na verdade, os ministros judiciários deveriam possuir mandatos definidos em número de anos, como em muitos países mundo afora. Não é nada bom termos um mesmo cidadão permanecendo 40 anos no mesmo colegiado.

A rotatividade oxigena os poderes, permite a ascensão de novos valores e impede sejam premiadas, por quase perenidade, indicações e aprovações infelizes. Mandatos de dez ou doze anos seriam satisfatórios.

No Brasil, o Executivo e o Legislativo são vistos como territórios a serem ocupados e mantidos, gerando confrarias que tendem ao exercício monopolista do poder, não raro exercido de maneira a perseguir a continuidade a qualquer custo, ainda que vitimando o atendimento a necessidades básicas da população.

É urgente a reformulação dos meios de ingresso e permanência nas altas cortes judiciárias do país, sob pena de termos o aparelhamento partidário e ideológico das instâncias superiores. Seria nosso fim !

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.




Coluna do Guaçu Piteri: 'PÃO E CIRCO', DE J.C.S. HUNGRIA

Pão e Circo – J.C.S.HUNGRIA

Segundo cálculo da LCA Consultores, um quinto (1/5) do consumo nacional é de produtos importados.

Ou seja, a indústria brasileira está, conscientemente, cedendo espaço às importações.

Os números estão aí e não mentem jamais.

Trocando em miúdos: quem se beneficia do crescimento do Brasil não é a indústria brasileira, pois a cadeia produtiva (máquinas, insumos, etc.) está com o pé no breque.

Os estrangeiros é que estão no acelerador!

Nosso Nada Ingênuo Holandês Voador, diz que já viu esse filme em sua terra. E esclarece. Após a 2ª Guerra e com a descoberta do petróleo no mar do Norte, a Holanda, rica, passou a comprar aparelhos de televisão Telefunken, alemães, em detrimento da Philips, holandês.

É o que mal comparado, está acontecendo aqui: viaja-se muito ao exterior, lá torrando os dólares, compra-se artigo importado em detrimento ao similar nacional, etc.

Todo mundo contente e viva o PT!

Veja-se o comércio de carros, por exemplo, onde 18% dos licenciamentos são dos importados, comparado aos 13% de 2008!

O parque industrial holandês foi para o brejo, o desemprego cresceu assustadoramente, e deu no que deu, que é do conhecimento de todos…