Marcelo Paiva Pereira: 'A Segunda Guerra Mundial'
Marcelo Augusto Paiva Pereira: ‘A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL’
Foram causas da Segunda Guerra Mundial a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial e a reação ultranacionalista, da qual a sobrevivência das etnias e das liberdades estiveram ameaçadas pelos caprichos de Adolf Hitler e de seus fiéis seguidores.
Aos 30.01.1933 Adolf Hitler assumiu o cargo de Chanceler da Alemanha, incorporou ao Estado a ideologia do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, extinguiu a República de Weimar e induziu a sociedade a crer no nazismo como solução aos males enfrentados (inflação, desemprego, miséria, etc). Em 1934 faleceu o Presidente, Paul von Beckendorff und von Hindenburg, e o cargo foi ocupado por Hitler (apoiado pelas Forças Armadas e pela população) tornando-se ditador da Alemanha.
Entre diversas medidas, determinou a queima de todas as obras que conspirassem contra o nazismo, a destruição e saque de lojas de judeus e a sistemática pregação da superioridade alemã (de natureza “ariana”), que deveria dominar o mundo e submeter as demais etnias. Eram essas medidas cumpridas pelos membros da Polícia de Assalto (SA) e da Polícia Secreta (SS) – instituições criadas dentro do partido político –, cujos oficiais podiam executar sumariamente quem a eles se opusesse.
Hitler anexou a Áustria (seu país de origem) e a Tchecoslováquia à Alemanha e quis, também, anexar o corredor de Dantzig (trecho litorâneo) perdido à Polônia ao final da Primeira Guerra Mundial; para tanto, pediu permissão ao Primeiro-Ministro Chamberlain (a Inglaterra a protegia), mas lhe foi negado. Então, Hitler fez o pacto de não agressão com Stalin (chefe da URSS), invadiu a Polônia e iniciou a mais feroz guerra da história (50.000.000 de vítimas).
Iniciada nas primeiras horas de 01.09.1939, Hitler invadiu vários países, destruiu cidades, impôs as leis do Estado Alemão aos rendidos, determinou a caça de judeus e o confisco dos bens, suprimiu direitos e garantias, saqueou os cofres públicos, ordenou o assassinato de opositores ao regime, o extermínio dos rotulados de “inferiores”, dos deficientes, dos eslavos, judeus, ciganos e dos demais indesejados. A máquina de guerra alemã era invencível. Até o ingresso dos Estados Unidos da América, aos 08.12.1941, quando alterou o rumo da guerra.
Em vez do mundo sucumbir ao macabro e sinistro manto do nazismo, que destruía tudo o quanto obstasse o objetivo de Hitler (conquistar a humanidade), as liberdades então oprimidas foram resgatadas. Das sangrentas batalhas entre alemães e aliados (russos, americanos, ingleses, canadenses, australianos e outros) a Alemanha capitulou após a entrada dos russos em Berlim, a eles rendendo-se aos 06.05.1945 (os aliados comemoraram o dia da vitória aos 08.05.1945). O Japão rendeu-se aos 02.09.1945, após Hiro- Hito assiná-la a bordo do couraçado Misouri, da Marinha dos Estados Unidos da América, na Baía de Tóquio.
Durante a Segunda Guerra Mundial muitos foram os feitos das mais diversas pessoas, anônimas ou notórias, militares ou civis, homens ou mulheres, no afã de lutar pela sobrevivência e liberdades então existentes. Mais do que meras pessoas houve heróis de verdade, magníficos seres iluminados que contra o nazismo lutaram de todos os modos (como exemplo, a resistência francesa). Em suma, na primeira metade do século XX o mundo livre precisou de heróis para continuar existindo. De outros o mundo atual precisará?
Marcelo Augusto Paiva Pereira.
(o autor é advogado)