Adriana Negrini, colunista do ROL, além de poetisa revela mais um de seus talentos: a fotografia!
Falar sobre fotografia, para Adriana, é como falar sobre a própria vida, com suas cores e aromas
Adriana Negrini é uma sorocabana que navega de velas abertas pelos Mares da Cultura.
É conhecida como consagrada poetisa, premiada em vários concursos literários nacionais e participante da antologia ‘100 Poetas Lusófonos Contemporâneos, promovida pela Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas.
Em 2019 foi vencedora da enquete Melhores do Ano 2018, promovida pelo Jornal Cultural ROL, nas categorias Melhor Colunista do ROL de Sorocaba, Melhor Colunista Virtual e Melhor Poetisa.
Entretanto, o talento, a sensibilidade de Adriana vai além, incursionando na música, na dança e, em especial, na fotografia.
Falar sobre fotografia, para Adriana, é como falar sobre a própria vida, com suas cores e aromas:
“Comecei a tirar fotos ainda adolescente, pois desde criança via muitas pessoas tirando e minha mãe tinha uma máquina fotográfica, porém, não deixava pegá-la. E, bem dizer, ela nem usava, mas…
Os anos foram passando, e eu sempre pensava em poder tirar fotos da natureza, dos animais, dos meus amigos. E o desejo era tanto que ganhei uma máquina fotográfica do meu pai, mais ou menos, entre 77/78.
Como fiquei feliz!!! E com isso, sempre estava tirando fotos dos meus amigos, dos aniversários, dos passeios, viagens, dos animais, da natureza… tudo era motivo, contudo, como usava filmes, tinha que tomar cuidado para o filme não acabar.
Tirei bonitas fotos, com a minha primeira máquina fotográfica!! Mas, essa era bem simples, para iniciantes, vamos dizer! E ele, vendo que eu gostava mesmo, em 1982 ganhei uma bem melhor, porque as fotos não saiam ‘quadradas’, digamos assim, eram retangulares, e a máquina tinha bem mais opções.
Quando eu i à praia, sempre comprava filmes de 24 (ou um de 24 e um de 12 do que apenas um de 36), pois, conforme o tempo, nem sempre usava tudo, ou usava até demais, então, um, sempre ia de reserva, e quando eu colocava o filme na máquina, punha bem no início. Assim, muitas vezes conseguia tirar 26 fotos com um filme de 24, ou 14 com um de 12.
Enfim, na praia, sempre levantava cedo para ver o sol nascer. Até hoje acho muito lindo ver ele nascendo. E seu reflexo na água do mar me encanta e me dá uma força!!
Mas, as pessoas, ‘tiravam sarro’ de mim por eu gostar disso. Fazer o que né? Pois, um certo dia, levantei cedo, fui até a praia. O céu estava hiper nublado, e, mesmo assim, o Sol nasceu lindo, mas, em seguida, se escondeu por trás daquelas nuvens, e ali ficou por uns quatro dias. E nesses dias, só choveu. Ninguém viu o Sol, apenas eu!!! E quando revelei o filme, achei lindo!!!
Aliás, acredito ter sido uma das fotos mais lindas que tirei!! Tanto que até fiz um quadro com essa foto!!!
E continuei tirando fotos.
Mais para o final da década de 80, meu pai me ajudou a fazer minha primeira exposição na Casa da Cultura de Sorocaba. Foram fotos, principalmente, das ‘Sete Quedas’ que, hoje, não existem mais, agora se tornou a represa de Itaipu. E eram tão lindas… E arco-íris! Puxa!!! Quanta felicidade!!!
E mais felicidades vieram, com outras fotos, que nem esperava um dia conseguir e com um concurso do qual participei.
E depois dessa, vieram mais três exposições. E os temas sempre foram: as paisagens. Adoro!!! E com certeza, virão a quinta, a sexta…
Enfim… comecei pequena, digamos assim, e até hoje tiro muito, pois, agora, as máquinas são digitais e posso tirar quantas quiser, não preciso ficar olhando onde a máquina mostrava quantas já foram tiradas e quantas sobraram. E assim, vou ‘captando’ tudo que acho bonito.