Eu sou o que sinto

Amanda Quintão: Crônica ‘Eu sou o que sinto’

Amanda Quintão
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"Continuarei no caminho certo, por mais difícil que seja
“Continuarei no caminho certo, por mais difícil que seja”
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Prometo pra mim,  que aproveitarei cada momento bom que  tiver agora, pois aprendi que o tempo se encarrega de tudo mudar.

Tentarei converter meu espírito ansioso a não se preocupar tanto com o que virá.

Se hoje eu puder amar, se hoje eu puder perdoar, se hoje eu puder ajudar  e se  hoje eu puder ser eu mesma, tudo bem!

E se alguém me fez mal na vida,  o problema é deles,  amém!

Prometo pra mim,  que continuarei no caminho certo  por mais difícil que seja, por mais dura que seja a peleja.

Se eu jogar fora os ressentimentos , as mágoas do passado, tudo aquilo que me fez chorar, estarei me livrando de fardos que me deram, mas que nunca foram meus. Assim, com os ombros mais leves, o meu hoje aparecerá.

E se é Deus quem escreve o futuro, minha caneta está em maravilhosas mãos,  não tenho com que me preocupar.

Descobri, que assim como a poesia, eu sou o que sinto,  por isso, cuidarei bem do meu coração e de todos aqueles que vivem dentro dele.

Amanda Quintão

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Recordações de um matuto amor

Amanda Quintão: Poema ‘Recordações de um matuto amor’
(Poema em mineirês)

Amanda Quintão
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Que sardade daquele tempim bão de dolescente.

Que nois inventava moda por aí,

Garrado na cacunda um do ôto,

Pulano que nem cabrito, felizes que nem pinto no lixo.

A gente proseava, cantava junto, contava causos e tu era memo enrabichado por mim.

Eu era moça lora, formosa, do lado do moço moreno, bunito que só veno.

Isturdia, rachei os bico ao lembrá das trapaiada que nois fazia.

Nois era igual carne e unha,

Era cada trem de doido!

Amor sem juízo, amor matuto,

Amor vivido na roça,

Ô lasqueira! Causdiquê que o tempo passô? 

Agora só lembrança sobrô,

daquele amor treteiro, manhoso.

Daquele matuto amor.

Amanda Quintão

Cordeiro de Minas , Caratinga, Minas Gerais.

( Poesia premiada, segunda colocação no concurso de poesia: Almanaque 2021: saberes e falares regionais da língua portuguesa.  Medalha de prata.)

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Saudades

Amanda Quintão: Poema ‘Saudades’

"todos nós enfrentamos as perdas, que nos pegam despreparados e vira tudo às avessas
“todos nós enfrentamos as perdas, que nos pegam despreparados e vira tudo às avessas”
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Saudade é o inferno da perda,

que pode ser algo ou alguém,

um lugar, um amigo, um passado,

um sonho, um amor que não vem.

Somos feitos de várias saudades,

todos nós enfrentamos as perdas,

que nos pegam despreparados

e vira tudo às avessas.

Saudade é uma doença,

que não encontraram a cura,

é um descontentamento,

que para sempre perdura.

Ao não ser as saudades viroses,

que dá para exterminar,

quando um amor vai pra longe,

E lhe promete voltar.

E também dos amigos distantes,

que podemos marcar uma visita,

matar a saudade gigante,

dos tempos lá das antigas.

Ai, a conversa é longa…

vou até parar por aqui,

pois sei que papo de amigo,

é coisa que não tem fim.

Amanda Quintão

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Um novo eclipse

Amanda Quintão: Poema ‘Um novo eclipse’

Amanda Quintão
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“A lua espera enamorada, um novo eclipse chegar”
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Ontem, na boca da noite afora,
Eu vi a face inchada da Lua.
Parecia dizer ao Sol: – E agora?
O que faço sem a presença sua?

Ela, tão solitária!
Exalava o seu pranto:
– Volte logo, meu amado!
Por que demora tanto?

A Lua espera, enamorada,
Um novo eclipse chegar,
Pois é fria sua morada,
Que o Sol virá esquentar.

E cairão flocos de amor,
Fatias de Luz.
Ondas enormes de calor,
Que o desejo conduz.

Amanda Quintão

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Uma poetisa perdida na cidade Realidade

Amanda Quintão: Poema
‘Uma poetisa perdida na cidade Realidade’

Amanda Quintão
Amanda Quintão
"Lá eu era bailarina das letras, escritora de contos e poesias"
“Lá eu era bailarina das letras, escritora de contos e poesias”
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– Moço, você pode me informar,

Como faço pra chegar,

Lá no bairro Euforia,

Na rua da Alegria,

Da cidade Fantasia?

Era lá que eu morava,

Eu sai e me perdi ,

Lá eu era bailarina das letras,

Escritora de contos e poesias.

Minha mente voava,

Eu quase nunca chorava,

Meu espelho era encantado,

Eu era criança quando eu queria.

Agora estou peregrina.

– Moça eu não conheço, esse lugar é só seu!

Você deve ser uma louca que fica inventando coisas pra sobreviver,

inventa um portal.

vou ali inventar o meu.

Amanda Quintão 

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Criança em tempo integral

Amanda Quintão: Poema ‘Criança em tempo integral’

Amanda Quintão
Amanda Quintão
Menina pulando Amarelinha
Menina pulando Amarelinha
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Ei, criança!

Vem aqui , vou te contar, 

quando eu era pequena, 

eu não tinha celular. 

Isso aí nem existia ,

nada substituía ,

nossa arte de brincar.

pulávamos amarelinha,

rodávamos bambolê e

a melhor tecnologia,

era pegar um livro e ler.

Sim, eu tinha telefone,

mas era só para falar,

com quem estava bem longe, 

e não era para brincar.

Existia pelas ruas:

um tal de orelhão ,

colocávamos nele ficha

ou usávamos um cartão.

Era um telefone público

Utilizado pra conversar 

com amigos e vizinhos 

ou algum familiar.

Se você não sabia disso ,

você pode pesquisar, 

hoje você tem o mundo,

dentro do seu celular.

Mas não se esqueça criancinha, 

do seu lindo mundo real,

brinque, pule, ande de bicicleta, 

seja sempre criança ,

criança em tempo integral. 

Amanda Quintão

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Como as flores do jardim

Amanda Quintão: Poema ‘Como as flores do jardim’

Amanda Quintão
Como as flores do jardim
Como as flores do jardim
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Certa vez,
Algum estúpido pensou ,
Que podia separar,
As pessoas pela cor.

Inventaram o racismo,
inventaram a divisão,
inventaram a covardia,
inventaram escravidão .

Que tolice é pensar,
Que ser branco é ser gente,
Se o que torna o mundo incrível,
É nós sermos diferentes.

Como as flores dos jardins,
Cada um tem sua cor,
Cada um tem sua beleza,
Cada um tem seu valor.

Amanda Quintão

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