À espera

Denise Canova: Poema ‘À espera’

Denise Canova
Denise Canova
"Último domingo de 2023 Que seja abençoado E á espera de 2024"
Último domingo de 2023 Que seja abençoado E á espera de 2024.
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Último domingo de 2023
Que seja abençoado
E à espera de 2024.

Dama da Poesia.

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Jairo Valio: 'Ano Novo'

Jairo Valio

Ano Novo

Chegou de mansinho sem alarde,

Como uma criança assustada,

Que olha toda sua dimensão,

Sem ver nenhuma perspectiva,

Até que avista uma florzinha mimosa,

E com cautela vai tirando suas pétalas coloridas,

Que joga ao sabor da brisa que vem passando,

E seu perfume vai irradiando os ambientes,

Todos esperançosos para um novo porvir.

 

É assim que desabrocha um Ano Novo que nasce,

Ocupando aos poucos espaços do Velho,

Um pouco desgastado por tantas incoerências,

Que ocorreram numa assustadora sequência,

De fatos tristes que muitas lágrimas caíram,

Tantas as perdas que afetaram até sorrisos,

Mas as esperanças estão surgindo devagar,

Pois a criancinha esperta e bonita,

Certamente espalhara pétalas perfumadas,

Em todos os cantos do  Universo,

Daquela florzinha tão linda que um dia colheu.

 

Jairo Valio

 

 

 

 

 

 

 

 




Bruna Rosalem: 'Ano novo, metas novas. Será mesmo?

Bruna Rosalem

COLUNA PSICANÁLISE E COTIDIANO

Ano novo, metas novas. Será mesmo?

Todo início de ano parece que um fenômeno se repete: o famoso ‘temque’.

Tem que cumprir as promessas. Tem que fazer uma lista de coisas a realizar. Tem que melhorar em algo. Tem que estabelecer metas e sonhos a todo custo. Tem que ter esperança, pensamento positivo, renovação. Tem que buscar ser uma pessoa bem-sucedida (cada um com seu entendimento do que seria isso). E por aí vai, ‘temque’ pra lá, ‘temque’ pra cá. Somado a este fenômeno, vem a pressão da família, dos amigos, dos parentes, colegas de trabalho, cônjuges, e de quem estiver no entorno. Quase que não sobra tempo e espaço para realmente pensar, ou melhor, refletir sobre o que verdadeiramente se almeja, se deseja, se quer.

Fato é que este ‘ritual’ de passagem de um ano para o novo que se inicia se torna inevitável. Somos levados pela vibe de que algo inédito surgirá, novas energias no ar, aquela emoção de “agora vai dar certo!”, de que tudo será diferente do ano que se despede. E lá estamos nós renovando os planos, fazendo outros, construindo metas.

Não há mal nenhum nisso. Porém, já se questionou se aquilo que planeja para si lhe pertence? Algo que realmente persegue? Luta? Anseia? Ou seriam idealizações dos outros que colocaram para você? E no intuito de agradar as pessoas que ama e ficar tudo bem, você vai lá e corre atrás de realizações que, no final das contas, não lhe fizeram sentido algum. No decorrer deste percurso, há fracassos, cobranças, muitas demandas a atender, perda do foco, inúmeras outras opções no meio do caminho que poderiam mudar os rumos. Aquele sentimento de estar perdido, de não ter saído do lugar.

Parece trivial perguntar-se sobre o que, de fato, se quer, porém isto não é tarefa fácil. E muitas vezes passam-se anos sem realmente conseguir responder a este questionamento.

Aqui vale a reflexão: somos seres humanos, não coisas fixas e imutáveis, podemos nos reinventar, ressignificar, tomar outro caminho, decidir, parar, recomeçar, desistir de algo, errar. Logo, aquela listagem de coisas a cumprir nem sempre precisa obrigatoriamente fazer parte de sua vida. É claro que ter objetivos é interessante para uma organização cotidiana a médio e longo prazo. Não precisa viver como a música do Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar. Vida leva eu…”; contudo, ao estabelecer novos propósitos, atente-se em como você os interpreta, como vê o seu próprio movimento e constrói a sua história. Afinal, no enredo da sua vida, você é figurante, coadjuvante ou protagonista? Quem escreve seu roteiro? Permite editá-lo?

Lembre-se, mais importante que zerar seu check-list, é aprender a frustrar-se todos os dias e em como lidará com as dificuldades, os obstáculos, com as circunstâncias adversas que inevitavelmente surgirão. Muita coisa pode dar certo, como também, mais do que você poderia imaginar, pode dar errado.

A questão é: o quanto a sua vontade sustenta seu desejo. Precisa esperar uma nova virada de ano para começar ‘do zero’ ou acredita que tem a liberdade de mudar quantas vezes você quiser?

Ficamos com as palavras do escritor Rubem Alves: “Todo mundo gostaria de se mudar para um lugar mágico. Mas são poucos os que têm coragem de tentar”.

Isso mesmo. Coragem e ousadia para criar e recriar.

Feliz ano novo!

Bruna Rosalem

Psicanalista Clínica

@psicanalistabrunarosalem

www.psicanaliseecotidiano.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




Magna Aspásia Fontenelle: 'Ano Novo'

Magna Aspásia Fontenelle

Ano Novo

Ano Novo

Tempo de finalização

Reflexão

Mudanças

Esperanças

Recomeços.

As expectativas nos enchem de esperança no ciclo que se inicia. Temos a sensação de que o relógio zerou, e a vida recomeça como um livro com várias páginas em branco, para escrevermos nossa nova história a partir do nascimento do ano novo.

Voltamos ao pretérito, relemos as páginas amareladas do livro findo, que nos provoca um repensar nas atitudes e desejos de outrora.

Fazemos um recorde simbólico, pois precisamos do velho para construir o Novo. Repensamos os acontecimentos sobre as pessoas e coisas que nos foram importantes ou não. Há, fato que não queremos que se repitam, outros queremos que permaneçam.

Entretanto, a vida flui como a correnteza de um rio que contorna obstáculos para desembocar no futuro em águas rasas, mansas, outras profundas e escuras, chuvas, Sol, Lua, estrelas.

O bucólico dá o tom avermelhado, iniciando o fim e o início da noite.

Os ritos iniciam, ao longe se avistam luzes picantes dos fogos de artifícios, indicando o momento do nascer do novo ano.

Tudo é festa, e a banda passa tocando convidando a todos para o baile da vida, brindemos!

Vozes ecoam no tempo, cantando com entusiasmo, alegria, esperança, indicando que passado e presente se unem para deságua no futuro.

Amanheceu… Ano novo, primeiros escritos.

Livro em branco, primeira folha: nosso nome.

Escrevendo…

Como disse o poeta na sua fala na canção “Tocando em frente”.

“Cada um de nós compõe a sua história e carrega o dom de ser capaz, de ser feliz”…

A vida continua…

Feliz Ano Novo!

 

Magna Aspásia Fontenelle

magnaaspasia@gmail.com

 

 

 

 

 

 

 




Sandra Albuquerque: 'Ano vai, ano vem'

Sandra Albuquerque

Ano vai, ano vem

Ano vai, ano vem e a história é a mesma: é gente inventando histórias simples, mágicas, complexas ou mirabolantes.

É gente vivendo história e só quem muda é o tempo.

Os opostos se cruzam em caminhos diferentes em forma de reflexos.

De um lado, a fome, a miséria e a pobreza; do outro, a riqueza hereditária e a fama dos emergentes, regados pela ostentação.

A dura desigualdade social.

Todos os dias, as pessoas tanto na cidade grande como na periferia, nascem, crescem, reproduzem e morrem.

A vida é um palco de malabarismo, cujo picadeiro são as facetas que ela nos apresenta como provas, talvez, para que nos tornemos mais fortes, pois são as perdas e as intempéries da vida que fazem com que o homem se encontre ao longo da estrada do palco da vida, onde, muitas vezes, ele descobre o motivo de sua existência, por ser o próprio protagonista.

Neste mundo capitalista em que o homem vale o quanto tem, o sonhar com um amanhã melhor é o que o leva a sobreviver.

Hoje, o ano termina, mas a história continua: uns brindam em frente à orla em hotéis de luxo e, creio ser a minoria; outros, devastados pelas catástrofes da natureza, resultantes da culpa de suas próprias mãos, dividem o pedaço de pão e o colchonete nos caóticos abrigos e não reclamam; não julgam a Deus.

Ao primeiro minuto do vindouro ano, a história vai continuar e a previsão de novos tempos é como as crianças que acreditam que o Papai Noel vem de trenó, trazendo tudo o que elas pediram.

Sabemos que a terra não anda em um bom estágio: doenças contagiosas, pestes, viroses, vulcões, terremotos, tufões, furacões, um maremoto de coisas  que parece até que  estamos vivendo um apocalipse, pois quando pensamos que algo se resolve, um pior aparece e desestrutura toda a humanidade.

E mesmo assim o ser humano tem a capacidade de ter dentro de si viva a esperança de melhores dias e, quiçá, uma luz no fim do túnel e, quem sabe, ele esteja certo.

(Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque)

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2021.

 

 

 

 

 




Nicanor Filadelfo Pereira: 'Ano Novo'

Nicanor Pereira

Ano Novo

No céu, reluzem clarões,
Nos seus brilhos multicores,
Despertando nos corações
Os sonhos com muitas flores.

Surgiu a nova esperança,
Num tempo que faz sonhar,
Neste ano que ainda é criança
De ideais a gatinhar.

O sinal de um novo alento
A vibrar nos corações,
A trazer, com novos ventos,
As tão doces emoções.

É tempo de fazer planos…
Pensar em novas vitórias,
Esquecendo os desenganos,
Começar a nova história.

Tempo de amar novamente,
No pulsar do coração,
Sorrindo pra toda gente,
E cantar nova canção…

Essas luzes multicores,
Que neste céu a brilhar,
Simbolizam os amores,
Que pretendemos amar.

Meditando no porvir,
Esquecendo o que passou,
Olhar pra vida e sorrir,
Pois tudo recomeçou…

Eis a nova etapa de vida,
Para uma nova caminhada;
Que ela seja toda florida,
E por Deus iluminada!

 

Nicanor Pereira

 

 

 

 

 




Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: 'Ano Novo: início do afastamento pandémico'

Diamantino Lourenço R. de Bártolo

Ano Novo: início do afastamento pandémico

Afirmar-se que se deve fazer um balanço sério, do que ao longo dos anos, compreendidos entre 2011 e 2015 foi feito contra a maioria das pessoas, não é exigir nada que possa ofender quem quer que seja, mas apenas pretender-se dar um contributo para que haja mais equidade, mais proporcionalidade, mais equilíbrio entre pessoas que devem ser todas consideradas de uma só categoria: portuguesas, não de primeira, de segunda ou terceira, mas apenas, portuguesas.

O novo ano que agora se inicia já vem “pré-prestigiado” como podendo vir a ser o início da “independência económica”, das retomas mais acentuadas, uma espécie de “liberdade condicional” (financeira), mas que, por isso mesmo, ainda se enfrentará vários obstáculos que todos temos de vencer, sabendo-se, contudo, que ninguém vence o que quer que seja, sem saúde, sem trabalho, sem educação/formação, sem poder de compra, porque é pela riqueza que se promove o consumo, que tudo funciona e se desenvolve positivamente, e jamais pelo empobrecimento das pessoas, do país e das nações. A lógica que então foi seguida, não parece ter sido adequada ao progresso sustentado.

Apesar das tremendas dificuldades sentidas durante os últimos anos, pese, embora, fazer-se passar a mensagem de que certos sacrifícios, perdas de direitos e imposição de medidas injustas, ilegítimas e, eventualmente, ilegais, se não fossem previamente analisadas, seriam necessárias, para se ultrapassar uma alegada situação económica muito complicada, de que a esmagadora maioria do povo não é responsável, é tempo de se inverter a irracionalidade e injustiça seguidas, e adotar políticas verdadeiramente humanistas, socialmente compatíveis com a dignidade humana a que todos temos direito.

E se entre 2011 e 2015, foi muito complicado vencer, em parte, uma economia em “Bancarrota”, castigando aqueles que em nada eram culpados, entretanto, de 2015 a 2019, tudo parecia correr bem ao país Lusitano, contudo, o início de 2020, trouxe-nos uma das maiores calamidades, uma pandemia que há mais de cem anos não se fazia sentir em território português, em toda a Europa e finalmente, em todo o mundo.

Na verdade, o  novo “coronavírus SARS-CoV-2 – Covid-19”, assim denominada esta grave epidemia, abalou fortemente o mundo e os infetados, hospitalizados e falecidos, atingiu números nunca antes pensados. Portugal regista nesta quadra natalícia e de Ano Novo números preocupantes, embora controlados. Assim, ao aproximarmo-nos do final do não (27.12.2021), registam-se os seguintes números:  Total de ativos infetados, 105.614; recuperados, 1.161.615; óbitos, 18.890; confirmados, 1.286.119. Total de testes, 25.252.238; vacinas administradas, 15.212.273, (Fonte, DGS).

Vamos, portanto, iniciar mais um ano imbuídos de um novo espírito, no sentido de acreditarmos que, finalmente, será possível restituir tudo o que, sob a capa de uma austeridade, dita necessária, nos foi retirado num período de verdadeiras irracionalidades, porque a “receita” aplicada falhou, na medida em que não é pelo caminho da miséria, do desemprego, da retirada de direitos adquiridos e da redução drástica do poder de compra, que se vai dinamizar a economia, o consumo, o investimento e a atração de novos empreendedores.

Finalmente, de forma totalmente pessoal, sincera e muito sentida, desejo a todas as pessoas que, verdadeiramente, com solidariedade, amizade, lealdade e cumplicidade, me têm acompanhado, através dos meus escritos um próspero Ano Novo e que 2022 e muitas dezenas de anos que se seguem, lhes proporcionem o que de melhor possa existir na vida, e que na minha perspetiva são: Saúde, Trabalho, Amizade/Amor, Felicidade, Justiça, Paz e a Graça Divina. A todas estas pessoas aqui fica, publicamente e sem reservas, a minha imensa GRATIDÃO.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

 

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