Magna Aspásia Fontenelle entrevista o escritor português Antônio Reis Noronha
“Me considero um buscador, inquieto, sempre atrás de algo, quer nas Artes, quer nas Letras e me inquieto se não o faço. ”
1-Quem é Antônio Reis Noronha?
Difícil a pergunta, Sócrates, já propôs esta questão. Me considero um buscador, irrequieto, sempre atrás de algo, quer nas Artes, quer nas Letras e me inquieto se não o faço. Português, amando o Brasil, sem esquecer as origens, nem as terras onde nasci e andei. Guardo sempre as boas memórias, as pessoas e os cheiros, até das menos boas que procuro esquecer.
2-De que maneira a literatura e a arte, entraram na sua vida?
AN-Desde que me entendo, os dois sempre me acompanharam, desde o rabiscar das paredes do meu quarto, ao poema que minha tia me ensinou quando tinha 9 anos “jolie moulin à vent” depois iniciei a leitura com Mark Twain, Enid Blyngton.
3-O que te inspira a escrever?
AN- São muitas as inspirações, desde a análise do caminhar de uma galinha, ao deambular de pensamentos, ideias, comportamento das pessoas, que desfilam na mente, e cujas roupagens são as mais diversas.
4- Fale-nos do teu livro” Para Além da Janela”, escrito a quatro mãos com o escritor português Joaquim Tempera? Como se deu essa parceria?
AN-O livro é, na verdade, um conchave que temos (eu e Joaquim Tempera) em comum, ambos Algarvios despontando nossas vidas na cidade grande (Lisboa) e tem como tópico, a Amizade, a Fidelidade sob o pilar do Humanismo edificando as relações entre os Homens.
A série de contos, da qual este é o primeiro volume, começou por uma sequência de frases, a que ambos demos continuidade, sem nos comprometermos com o desfecho final, que cada um tinha em mente.
Pois a cada vez que a história era retomada, apareciam, sequencialmente, fatos que se encadeavam e assim surgiu “Para Além da Janela”, na linha de outras histórias, já escritas e ainda não publicadas.
5-Qual dos teus textos te define?
AN- Interessante a pergunta, foi exatamente a passagem, do personagem principal, quando se encanta com a cidade, como prefaciado pela Dra. Magna, “as praças, as fontes, os jardins cuidados, mantidos por verdadeiros escultores”. vide pagina 31.
6- Seu principal critério para a escolha de uma leitura é o título, o autor ou o assunto? Qual seu autor preferido?
AN-Usualmente escolho o assunto, depois verifico o autor. Tenho vários Autores, desde Dostoievski, Victor Hugo, a Steinbeck, Humberto Eco, João Guimarães Rosa e outros.
7-É notívago ou só cria à luz do dia?
AN-Notívago, quase tudo o que faço, faço-o à noite, desde a escrita, a pintura, ou escultura, é a madrugada que me acompanha.
8-Já deixou de escrever para não magoar ninguém muito próximo?
AN-Existe sempre uma forma de se dizer o que se pensa, sem ter que magoar as pessoas que nos rodeiam. Tenho textos que guardo comigo, em que desabafo, depois entendo o gesto. Contudo, tenho-os guardados e jamais citaria o nome.
9-Deixe uma mensagem para os leitores do Jornal Rol.
AN-Obrigado, gratidão pelas 8 perguntas feitas, desta forma aberta, podem os leitores saber um pouco sobre mim, se acaso fui explícito nas respostas, não sei se Sócrates ficaria contente com elas, quando perguntou, quem é Antônio Reis Noronha
Muito obrigada, pela sua disponibilidade em participar dessa entrevista.
Feliz Natal!
Magna Aspásia Fontenelle
AN-Obrigado a você. Magna pelas bem elaboradas perguntas, receba a minha Gratidão com votos de um Natal, cheio de Paz, Saúde e Luz!
Antônio