Bela aquarela
Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Bela aquarela’
No silêncio da tarde,
ao rumor da brisa fria,
às margens do rio/mar
suntuosos coqueirais sorriem.
Na sombra, o balanço da rede;
e na branca areia,
sonhos de amor
nos versos da canção.
Sopra o vento…
baila no tempo em lentidão,
folhas se entrelaçam e nos relembram,
tardes sombrias e palmeiras
onde canta o sabiá.
No cenário dourado
linda aquarela,
doce poema,
dunas,
cânions, falésias
encanto e deslumbre.
Vicejantes colinas e vales
se desnudam
na fascinante névoa do entardecer.
O cenário nordestino sorri
e o meu olhar vagueia
descortinando um paraíso,
emoldurado no plácido tempo,
onde o vento acaricia sua pele macia,
sua geografia,
seu panorama.
Na placitude,
astuta a tarde cai,
o sol se declina e o ocaso amadurece.
Abrem-se as cortinas do arrebol,
colore
e se derrama pela varanda do poente,
num mergulho e descortino.
Eis o meu Nordeste!
Ceiça Rocha Cruz
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