Celso Lungaretti: 'Peço a todos que publiquem, divulguem e façam o que puderem para que o máximo de brasileiros tome conhecimento deste artigo. O assunto é de extrema gravidade!'

Celso Lungaretti

DOCUMENTÁRIO-BOMBA SOBRE A FACADA EM BOLSONARO

 EVIDENCIA QUE SE TRATOU DE AÇÃO GRUPAL, JAMAIS INDIVIDUAL!!!

Não sou nenhum foquinha deslumbrado, mas sim um sexagenário que há mais de meio século acompanha atentamente os acontecimentos da política nacional e internacional, buscando sempre tirar conclusões próprias, a partir de uma visão crítica (ou seja, não obnubilada por antolhos ideológicos, pois se pode, sim, defender causas sem se deixar fanatizar e cegar por elas).

Mais: participei da resistência à ditadura militar como militante da Vanguarda Popular Revolucionária, tendo sido surpreendido em abril de 1969 com a designação para formar e comandar o primeiro setor estruturado de Inteligência de uma organização guerrilheira.

No ardor dos meus 18 anos, fiz o máximo que pude para colocar-me à altura da incumbência. Então, ao iniciar uma carreira jornalística depois dos anos que vivi perigosamente, das torturas e da prisão, já tinha uma visão mais aprofundada do que se passava nos bastidores da política e dos Poderes da República. 

Quem leu a biografia Náufrago da Utopia (Geração Editorial, 2005) e/ou conhece minha história de vida, sabe que a credibilidade de que hoje desfruto não caiu do céu. Foi conquistada a duras penas, depois de eu passar muito tempo lutando para desvencilhar-me de uma armadilha do destino.

A Facada no Mito consegue provar, irrefutavelmente, a existência de uma ação coordenada, portanto grupal e não individual, no atentado contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG), na véspera do último Dia da Pátria.

Trata-se de um documentário independente do canal True or Not do Youtube, cujos autores sensatamente preferiram permanecer incógnitos. Tem 57 minutos e viralizou na semana passada. 

candidato, agressor, seguranças e pessoal de apoio tinham um único e indisfarçável objetivo: propiciar o atentado.

E o documentário é igualmente bem sucedido em deixar claro que aquelas pessoas (sempre as mesmas!) circulando ao redor de Adélio nada fizeram para proteger Bolsonaro, mas tudo fizeram para evitar que os admiradores do Mito linchassem o Adélio, não demonstrando o mais remoto receio de serem esfaqueadas pelo suposto agressor descontrolado. Por último, a arma do crime misteriosamente sumiu naquele instante, só sendo encontrada (?) convenientemente depois. 

Então, a Polícia Federal tem agora a obrigação de ir muito além de suas conclusões preliminares (atribuindo responsabilidade exclusiva ao Adélio).

As pessoas mal-encaradas que se comunicavam por gestos e sussurros, faziam aparecer facas e faziam sumir facas, escondiam objetos comprometedores (como o que saltou para fora da jaqueta do afoito e atrapalhado Adélio) têm de ser identificadas, intimadas e ouvidas.

O gênio saiu da garrafa e as autoridades estão nos devendo um esclarecimento cabal do atentado ou “atentado”, caso contrário a conclusão que se imporá é a de que teremos sido ludibriados pela pior das fake news de uma campanha em clima de guerra, na qual houve mentira como terra.

Mas, levando em conta o ocorrido em tantos outros episódios semelhantes aqui e no exterior, a maior chance de vermos tudo colocado em pratos limpos está em investigações independentes desenvolvidas por entidades e associações acima de qualquer suspeita e no trabalho de jornalistas investigativos da grande imprensa.

Que cada um cumpra o seu dever. O meu, eu acabo de cumprir. (por Celso Lungaretti, jornalista, escritor e anistiado político)