Magna Aspásia fontenelle: 'O menino e o barquinho de papel'

Magna Aspásia Fontenelle

O menino e o barquinho de papel

Ei, menino dos cachinhos dourados

Que tem estrela dentro de si

Desce a ladeira

Pra  brincar

Sem medo de se sujar

 

Canta, saltita,

Brinca na poça d’agua

Com seu barquinho de papel

Imaginado estar no oceano

E nas ondas da imaginação

 

Navega por mares bravios

Conhecendo rios, montanhas,

Flores, bichos, árvores, arco íris

Fadas, duendes

E tudo que aparecer

 

Falava com as flores

Borboletas coloridas

Bem-te-vis

Moças encantadas

Boto namorador

 

Nego d’agua seu amigo

Aparecia na hora do sol dormir

Os pirilampos eram faíscas piscante

Que iluminava a noite

Quando a lua estava de férias

 

As estrelas no céu

Eram irmãs unidas e brilhantes

Que pensava

Ser pessoas falecidas

Se comunicando

 

Fadas eram como as mães

Só queriam o bem

Falavam o mar está agitado

Vá para casa

Hora de dormir

 

A viagem acabou

Adeus, disse o menino

Guardou ser barquinho de papel

Numa caixinha perfumada com tudo

Que viveu em seu mundo imaginário.

 

Magna Aspásia Fontenelle

magnaaspasia@gmail.com