Humberto Napoleón Varela Robalino: 'Bigote mio'
Bigote mio
Bigote mío
mundísimo
tanguero
rompeolas
rompevientos
por las calles peinando palabras
para la noche del deseo.
Cuando la obsesiva
esa
la araña
la cosarica
la tejespuma
la que te atrapa en su red negrísima
culebra cascabel la lengua
antorcha
hasta la suavidad de la fruta.
Bigote
murciélago
alasanchas
lenguaje en los labios profundos
en el cárnico cráter
en el cáliz de la primera sangre
en el paladar de cielo dilatado.
Cuando vuelas
ahí tu maestría
la acrobacia
tu magia
tu audacia
tu alquimia.
Patas de pájaro
cuando te posas
el ombligo círculos
mas círculos los senos.
Bigote
maestrísimo
mas sabes por viejo que por diablo
de película bigote
pedazo de botella
rayas la oiel de la manzana
para llegar a la cara oscura de la Luna.
Bigote
como que chocaras con la resaca
te espumas
te ensalivas
y la sed sigue intacta…
Humberto Napoleón V. Robalino
napitovarela@hotmail.com
Bigode meu
Bigode meu
mundano
tango
quebra-mar
Quebra-vento
pelas ruas penteando palavras
para a noite do desejo.
Quando o obsessivo
isto
a aranha
a cosarica
o tecelão de espuma
aquele que te pega em sua rede muito negra
língua de cascavel
Tocha
até a maciez da fruta.
Bigode
bastão
asas largas
linguagem em lábios profundos
na cratera carnuda
no cálice do primeiro sangue
no palato de um amplo céu.
Quando você voa
aí está o seu domínio
acrobacia
sua magia
sua audácia
sua alquimia.
Pés de pássaro
quando você posa
círculos de umbigo
mais círculos os seios.
Bigode
magistral
você sabe mais pelo velho do que pelo diabo
bigode de filme
pedaço de garrafa
listras o óleo da maçã
para chegar ao lado escuro da lua.
Bigode
como você pegou a ressaca
você espuma
você saliva
e a sede ainda está intacta …