Solo de Laís Marques, Lágrimas Fritas estreia dia 23 de abril, com direção de Bruno Perillo
Temas delicados como o assédio sexual e a história de suas antepassadas são retratados de forma metafórica oferecendo ao público um espaço delicado para o testemunho sensível de um ser em busca de uma identidade mutante
LÁGRIMAS FRITAS é uma obra cênica digital escrita e com atuação da atriz Laís Marques, que convida Bruno Perillo para assinar a direção. Composto por 5 episódios curtos, o ponto de partida é o roteiro cênico elaborado pela atriz a partir da transcrição de memórias pessoais e outras, sumariamente inventadas. Nesse balanço poético sobre a dor e a delícia de ser quem se é, a obra apresenta uma série de vivências poéticas, inusitadas, cheias de humor e criatividade. Temas delicados como o assédio sexual e a história de suas antepassadas são retratados de forma metafórica oferecendo ao público um espaço delicado para o testemunho sensível de um ser em busca de uma identidade mutante.
A temporada começa dia 23 de abril e vai até o dia 25 do mesmo mês, com sessões duplas, às 11h e às 16h, sempre pelo canal do Youtube da atriz.
“Partindo de memórias íntimas e confissões recriadas, a peça é um retrato poético de uma mulher em busca da própria identidade. Ao invés de apresentar uma solução simplista para uma tarefa no mínimo desafiadora, a obra apresenta o caminho em si, repleto de tentativas, fracassos e saborosas descobertas diretamente expostas ao público numa configuração digital e performática. A provocação que a obra suscita é: numa sociedade cada vez mais massificada, como garantir que as idiossincrasias individuais não sejam simplesmente descartadas? Em outras palavras: vale a pena suportar a dor e a delícia de ser quem realmente somos sem que isso se torne apenas uma aventura narcisista?”, conta Laís.
As questões enfrentadas pela atriz-performer, pois, ultrapassam os limites da ficção e se referem aos desafios reais vivenciados sobretudo pelas mulheres no contexto atual da sociedade do descarte. A peça revela a tensão entre regras padronizadas e a ética de cada indivíduo através de uma corajosa jornada em torno da existência humana.
Sinopse do espetáculo
A partir da pergunta “quem sou eu?” a atriz e autora Laís Marques apresenta ao público-tripulação algumas rotas para navegação em alto mar. Através do testemunho de um ser em busca de uma identidade mutante a performance digital composta por cinco episódios curtos mergulha em fatos recentes, narrativas de suas antepassadas e outras vivências recheadas de humor, poesia e criatividade.
Proposta de dramaturgia
“E se eu fosse outra pessoa? Se eu tivesse outro nome? (…) Outro gênero? Outra idade? Outra família? E se eu fosse pobre, mulher, preta e trans? E se mesmo assim eu quisesse ser artista? (…) E se eu fosse a Simone de Beauvoir? A Maria Bonita? E se eu fosse uma raiz?”
(trecho da peça “Lágrimas Fritas”)
O roteiro composto por cinco episódios é fruto de um laboratório de escrita performática que a atriz Laís Marques vem desenvolvendo ao longo dos anos. São fragmentos confessionais, releituras de obras clássicas, adaptações de depoimentos anônimos e outros materiais que alimentam um processo propositalmente permeável aos fatos da realidade.
Numa espécie de mergulho em águas digitais, os momentos mais marcantes na vida de uma mulher (aos 7, 17 e 27 anos) são rememorados justamente no seu 37º ano de vida. Os episódios não são lineares e remontam à estética do realismo fantástico. Eles testemunham a fome literal que a figura sente pelos livros, alguns fatos históricos marcantes, os assédios sofridos desde a adolescência e, ainda, os sucessivos fracassos na tentativa de adaptar-se ao universo profissional descolado do seu verdadeiro “eu”. Uma casa no campo é o cenário-paisagem que serve como referência para suas perambulações, danças e delírios poéticos.
Como num ritual performático, a temática existencialista se revela tanto na comunicação direta com o público quanto na coreografia inspirada numa canção pop. A intenção é criar conexões dinâmicas entre o microcosmo da performer e o contexto digital no qual está diretamente inserida.
O roteiro inédito é a primeira empreitada dramatúrgica da atriz, que além de atuar em inúmeras séries de TV (PASSIONAIS, segue disponível na NETFLIX), também se apresentou junto a algumas das companhias teatrais de maior prestígio no cenário nacional como a Cia dos Atores (o premiado espetáculo “Insetos”, de Jô Bilac, com direção de Rodrigo Portella celebra 30 anos da trupe carioca), a Cia Elevador de Teatro Panorâmico (com a peça “Sala dos Professores” foram agraciados nas categorias “Melhor Elenco” e “Autor” no V Prêmio Aplauso Brasil em 2017) e, ainda, a Cia Razões Inversas (“Heather”, espetáculo idealizado e atuado por Laís Marques com encenação de Marcio Aurelio foi premiado no 23º Festival Cultura Inglesa e também cumpriu temporada no Sesc Pinheiros em 2019).
Laís Marques – Dramaturga e Atriz
Bacharel e Mestre em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Formada em Dança pela Escola de Dança do Theatro Municipal de São Paulo e em Gestão Cultural pelo Centro de Pesquisa e Formação CPF/ SESC-SP. Foi convidada para uma residência artística junto à Quarto Physical Theater no Teater Giljotin, Suécia. Foi selecionada para dançar no espetáculo “MabeMa”, inspirado na linguagem do Butô e dirigido pelo mestre japonês Tadashi Endo. Ao longo da 29ª Bienal de São Paulo apresentou performances sob direção geral de Zé Celso Martinez Correa. Criou as performances da “Ocupação Zuzu” (Itaú Cultural, SP e RJ) e “BIOGRAPHIES” (dir. Kika Nicolela). Dentre os trabalhos em cinema, destacam-se “Filmefobia”, eleito “Melhor Filme” no Festival Internacional de Brasília, “O Signo Da Cidade”, vencedor na categoria Juri Popular do mesmo Festival e “Contra Todos”, premiado no Festival do Rio e Prêmio Silver Firebird Award for Young Cinema, Hong Kong. As séries de TV que obteve destaque foram: “Motel” (HBO), “Beleza S/A” (GNT) e “Passionais” (Netflix). No Teatro, as peças mais recentes que atuou foram: “Entre Vãos” (dir. Luiz Fernando Marques, com A Digna Cia), “Sala dos Professores” (dir. Marcelo Lazzaratto, Prêmio Aplauso Brasil – Melhor Elenco e Autor) e “Insetos” (texto de Jô Bilac com a premiada CIA DOS ATORES). Em 2019 idealizou, produziu e atuou na peça “HEATHER”, encenação de Marcio Aurelio, selecionada pelo 23º Cultura Inglesa Festival e que seguiu em temporada no Sesc Pinheiros.
Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria, o ProAC, o Governo Federal e a Lei Aldir Blanc
Ficha técnica:
Texto e Atuação: Laís Marques @_laismarques_
Direção: Bruno Perillo @bruperillo
Vídeos: Ana Luiza Leão @analuizaleao
Trilha: Pedro Semeghini @digitalpedrenriquer
Figurino: Anne Cerutti @annecerutti
Edição: Clara Lazarim @claralazarim
Assessoria de tecnologia: Celso Reeks @celsoreeks
Assessoria de imprensa: Pombo Correio @instadapombo
Mídia eletrônica: Kiron Comunicação @kiron.co
Assessoria contábil: Alvaro Barcellos @alvarobarcellos
Produção: Cacildinha Produções
Serviço
Lágrimas Fritas
Sessões: 23, 24 e 25 de abril, sempre às 11h e 16h
Duração: 35′
Classificação indicativa: LIVRE
Transmissão ao vivo pelo canal do Youtube da atriz.
Links disponíveis no www.linktr.ee/__laismarques__