Mary Del Priore elogia livro do professor Carlos Cavalheiro

Mary Del Priore é, atualmente, uma das mais destacadas historiadoras do Brasil

Mary Del Priore
Mary Del Priore

Mary Del Priore é, atualmente, uma das mais destacadas historiadoras do Brasil. Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), é pós-doutorada na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, na França. Detentora de diversos prêmios acadêmicos e literários, Mary Del Priore recebeu o maior prêmio da literatura brasileira – o Prêmio Jabuti – no ano de 1998 em duas categorias. Recebeu ainda o Prêmio do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo da França e da Organização dos Estados Americanos (1992) e os Prêmios Fundação Biblioteca Nacional 2009, pela obra Condessa de Barral; e Prêmio APCA 2008 pela obra O Príncipe Maldito.

Escreveu e publicou os livros Histórias da Gente Brasileira (4 volumes); Condessa de Barral, a paixão do Imperador e História das mulheres no Brasil entre outros.

Capa do livro 'Sorocabanas – a mulher na História de Sorocaba'
Capa do livro ‘Sorocabanas – a mulher na História de Sorocaba‘ – Imagem enviada pelo autor

Essa renomada historiadora recebeu e leu o mais recente livro do historiador Carlos Carvalho Cavalheiro, intitulado “Sorocabanas – a mulher na História de Sorocaba”. Trata-se de um estudo sobre o protagonismo velado e invisibilizado de dezenas de mulheres que tiveram alguma relação com Sorocaba, quer por ter nascido na cidade, quer por ter residido ou mesmo realizado algum feito nessa localidade.

“A despeito do título, entende-se aqui por sorocabanas mulheres de origens distintas que tiveram alguma relação com a cidade”, esclarece o historiador e professor Carlos. “Desse modo, mulheres de outras cidades também são reverenciadas nessa pesquisa. A primeira motorista de Sorocaba também foi a primeira de Araçoiaba da Serra. A primeira mulher a ser monitora de aviação em Sorocaba, nasceu em Itapecerica. Muitas mulheres que tiveram atuação destacada, como a radialista Zilá Gonzaga e a líder comunitária e carnavalesca Olga Domingues Camilo, nasceram em Porto Feliz”, finaliza.

Ao receber a obra de Carlos Carvalho Cavalheiro, a historiadora Mary Del Priore enviou as seguintes considerações por mensagem eletrônica:

Caríssimo Carlos.

Com pequeno atraso devido às Festas de final de ano, mas, com muito entusiasmo quero agradecer seu lindo “Sorocabanas – A mulher na História de Sorocaba”. Cidade bem estudada para os séculos XVIII e XIX, pois importante centro de Tropeirismo, faltava um trabalho sobre a contemporaneidade. Seu livro contempla amplamente o mosaico de protagonistas femininas, vindo a se juntar a tantos esforços de historiadores para dar voz às mulheres. As minibiografias que costuram a narrativa, dão vontade de saber mais. Bem escrito, fartamente documentado e agradável de ler, é obra que veio para ficar. Só posso lhe desejar que venham mais sucessos em 2024. Receba o melhor abraço da colega

Mary Del Priore.

Claudia Leonor Guedes de Azevedo Oliveira
Claudia Leonor Guedes de Azevedo Oliveira

Outra historiadora que reverenciou o livro do professor Carlos Cavalheiro nesta semana foi a bauruense Claudia Leonor Guedes de Azevedo Oliveira. Autora do prefácio, Claudia Guedes de Azevedo fez uma preleção sobre o livro na reunião da Academia Bauruense de Letras, da qual é acadêmica.

A reunião ocorreu no sábado, dia 13 de janeiro. Nas redes sociais a historiadora se manifestou: “Na reunião de hoje da ABLetras foi dia de apresentar o livro do Historiador Carlos Carvalho Cavalheiro, “Sorocabanas”, que traz dezenas de histórias das mulheres de Sorocaba, independente de sua etnia, credo ou posição religiosa. Lá estão elas, trazidas à baila por meio de uma minuciosa pesquisa em jornais, cartas e revistas. Fiz o prefácio, uma honra!!!”

A palestra foi muito bem recebida pelos acadêmicos que também teceram elogios à obra e, também, ao prefácio feito por Claudia Leonor Guedes de Azevedo Oliveira.

Este é o 32º livro publicado pelo historiador e escritor Carlos Carvalho Cavalheiro. Em sua bibliografia encontram-se livros com temas variados e alguns destaques como os romances “Entre o sereno e os teares” e “O Legado de Pandora”, ambos ganhadores de prêmios literários; o livro de poesias “Ergástulo”; o livro infantil “André no Céu”; e os de pesquisa histórica como “O negro em Porto Feliz”, “Scenas da Escravidão”, “João de Camargo, o homem da Água Vermelha” e “Salvadora!”.

“É uma honra inenarrável receber elogios dessas duas grandes historiadoras. Mary Del Priore é uma referência em História do Brasil, sobretudo em História das Mulheres. Claudia Guedes de Azevedo tem um vasto trabalho no campo das memórias e da comunicação. Eu não poderia estar mais satisfeito”, revelou Carlos Cavalheiro.

Carlos Cavalheiro
Carlos Cavalheiro

Carlos Carvalho Cavalheiro é professor de História na rede pública municipal de Porto Feliz.

É colaborador dos jornais Tribuna das Monções, Jornal Cultural ROL e do Portal Marimba Selutu, de Angola.

É acadêmico correspondente da FEBACLA e efetivo da Academia Independente de Letras.

Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba.

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Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Carlos Carvalho Cavalheiro: 'Dia Internacional da Mulher'

Carlos Carvalho Cavalheiro: ‘Dia Internacional da Mulher’

 

Dia 8 de março, dia internacional da mulher.  As explicações sobre a escolha da data se perdem no túnel da história. A versão mais famosa é a de que nessa data, em meados do século XIX, operárias estadunidenses foram queimadas dentro dos muros da fábrica de tecidos por protestarem contra as abusivas jornadas de trabalho.

Por muito tempo, contou-se a história dessas 129 operárias de Nova Iorque, cuja morte teria ocorrido em 8 de março de  1857. Para maior dramatização, dizia a lenda que as mulheres tentaram se proteger das chamas enrolando seus corpos com tecidos produzidos na fábrica, os quais eram de cor lilás. Daí a escolha dessa cor como símbolo da luta da mulher por sua emancipação social.

Há alguns anos essa versão foi questionada – e é difícil encontrá-la hoje na internet – sendo substituída por outra, na qual 146 operárias (os números variam) teriam sido carbonizadas dentro da fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova Iorque, num incêndio ocorrido em 25 de março de 1911, provavelmente por falta de segurança no local de trabalho. No entanto, há registros de que o Dia da Mulher já havia sido comemorado anos antes, por volta de 1908 ou 1909.

A falta de informações precisas não ofusca um fato: seja qual for a origem desse dia, ele surgiu pela necessidade da mulher lutar pela igualdade.

Passados alguns séculos, no entanto, o que perdura ainda é a opressão e a desigualdade. A começar pelo imaginário reforçado pelas propagandas comerciais. Nas de cerveja, por exemplo, as mulheres são tratadas como “complementos” da bebida, servindo a homens não somente o líquido como o deleite da visão de seus corpos esculturais, serviçais e seminus.

Uma das marcas de cerveja ostenta como nome um sinônimo para “libertina”, “depravada”, “licenciosa”. Para reforçar a marca do produto, apresenta o desenho de uma mulher de biquíni.

Propagandas de automóveis, em geral, apresentam homens ao volante. As de produtos de limpeza, mulheres. E assim vamos construindo nosso imaginário em torno daquilo que concebemos como sendo papéis masculinos e papéis femininos.

Não é à toa que a atual primeira dama foi apresentada por uma revista de circulação nacional como tendo as qualidades de “bela, recatada e do lar”, poucos dias depois do impeachment de Dilma Rousself. Fica nítida a contraposição entre o que a sociedade entende como o papel da mulher e a “ousadia” daquela que ocupou o cargo máximo do Executivo no país.

De acordo com a ONG “Compromisso e Atitude”, em relatório disponibilizado em página na internet, “Do total de atendimentos realizados pelo Ligue 180 – a Central de Atendimento à Mulher no 1º semestre de 2016, 12,23% (67.962) corresponderam a relatos de violência. Entre esses relatos, 51,06% corresponderam à violência física; 31,10%, violência psicológica; 6,51%, violência moral; 4,86%, cárcere privado; 4,30%, violência sexual; 1,93%, violência patrimonial; e 0,24%, tráfico de pessoas” (http://www.compromissoeatitude.org.br/dados-e-estatisticas-sobre-violencia-contra-as-mulheres/).

Enquanto esses números alarmantes ainda existirem, pouco ou nada há para se comemorar no dia Internacional da Mulher. Por outro lado, ainda será uma data que incita a luta pela igualdade.

 

 

Carlos Carvalho Cavalheiro

06.03.2017




Professor Carlos Cavalheiro, colunista do ROL, conquista o título de 'Mestre em Educação'

Professor Carlos Cavalheiro conquista o título de Mestre em Educação

 

 

                O professor, escritor e poeta Carlos Carvalho Cavalheiro foi aprovado na defesa de dissertação de Mestrado em Educação, no último dia 23 de fevereiro. Carlos Cavalheiro é professor de História da rede pública municipal de Porto Feliz e colunista dos jornais “Tribuna das Monções” e “Jornal ROL (Região On Line)”.

Autor de 21 livros publicados, Carlos Carvalho Cavalheiro iniciou o seu Mestrado em 2015, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba. O curso faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação, daquela Universidade.

Com o título “´Tá vendo aquele edifício, moço? Lugares de Memória, Produção de Invisibilidade e processos educativos na cidade de Sorocaba”, a dissertação procura entender como são produzidos os lugares de memória, nos espaços públicos, e como a história e a memória “oficiais” ofuscam as outras memórias, de grupos historicamente subalternizados.

A dissertação foi estruturada em cinco capítulos e a despeito do título traz também informações sobre o uso da memória enquanto recurso pedagógico na cidade de Porto Feliz.

O professor Carlos Carvalho Cavalheiro foi orientado pela professora Dra. Dulcinéia de Fátima Ferreira e co-orientado pela professora Dra. Rosalina Burgos. Na banca de defesa participaram o professor Dr. Rogério Lopes Pinheiro de Carvalho (UNISO) e a professora Dra. Maria Carla Corrochano (UFSCar).

O resultado final foi aprovação com conceito “A” e o seguinte parecer da Comissão Julgadora: “A Banca destaca que o trabalho traz  contribuições para a região de Sorocaba de caráter relevante. Destaca seu caráter interdisciplinar e indica sua publicação, e em artigos”.

 




Recomendação de livro: 'Scenas da Escravidão'

‘Scenas da Escravidão’

Breve ensaio sobre a escravidão negra em Sorocaba, de autoria de Carlos Carvalho Cavalheiro

(Palavras do saudoso Douglas Lara)

Obra, escrita por Carlos Carvalho Cavalheiro, é um estudo inédito sobre a escravidão negra em Sorocaba (SP) que revela aspectos interessantes do tema e acaba por desconstruir o mito de que na cidade a escravidão foi mitigada. Carvalho Cavalheiro comprova através de farta documentação a violência inerente à escravatura também em Sorocaba. A obra revela aindaa participação do teatro sorocabano na campanha abolicionista, a relação entre o tropeirismo e a escravidão, a presençade escravos na produção fabril, a luta de classes entre os senhores e seus escravos e as cenas de crueldade na escravidão. Traz também uma reflexão acerca da cultura afro-brasileira em Sorocaba e a perseguição institucional a essas práticas através da repressão policial, edição de posturas municipais, manifestação de leitores nos jornais antigos etc.

Denúncia, esclarecimento, revelação. É de forma direta e elucidativa, que Carlos Carvalho Cavalheiro, pesquisador e professor de História sorocabano,  trata sobre a escravidão negra em Sorocaba, desde o séc. XVII até a abolição  em “Scenas da Escravidão – Breve Ensaio Sobre a Escravidão Negra em Sorocaba”. O autor desmonta com a “falsa idéia” de que a escravidão em Sorocaba e região foi amena, através de farta documentação com relatos de violência ao negro e o controle ideológico sobre a mão-de-obra escrava. A obra ainda traz a participação do teatro sorocabano na campanha abolicionista, a relação entre o tropeirismo e a escravidão, a presença de escravos na produção fabril, a luta de classes entre os senhores e seus escravos e as cenas de crueldade na escravidão. Aborda, também, uma reflexão acerca da cultura afro-brasileira em Sorocaba e a perseguição institucional à essas práticas através da repressão policial, edição de posturas municipais, manifestação de leitores nos jornais antigos etc. “Scenas da Escravidão” relata, ainda, escravos que lideraram fugas, assassinaram seus senhores ou formaram quilombos em Sorocaba e região. Em 1887 um negro chamado Pio liderou uma revolta de 150 escravos, os quais saquearam e invadiram as cidades de Porto Feliz e Capivari e tiveram várias escaramuças com soldados. A caminho do Quilombo do Jabaquara, Pio foi assassinado. Na autópsia descobriu-se que o escravo Pio não se alimentava há três dias. Sem dúvida, uma grande contribuição para a história da nossa região, através de fatos que merecem muita reflexão e mudança de comportamento…   (Douglas Lara)

Diário de Sorocaba, domingo e segunda-feira 11 e 12 de fevereiro de 2007.




Livro do colunista Carlos Cavalheiro é premiado!

Livro sobre a História da capoeira em Sorocaba é contemplado pelo PROAC

 


A Editora Crearte, de Sorocaba, obteve a aprovação do projeto de publicação do livro “Notas para a História da capoeira em Sorocaba”, de autoria do historiador e professor Carlos Carvalho Cavalheiro pelo PROAC, Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

O projeto da Editora Crearte foi inscrito no edital 30/2016 e o livro será publicado em 2017. Em 2016, foram inscritas 486 propostas para os editais de incentivo à criação literária nas categorias prosa (193), poesia (97), texto infantojuvenil (160) e publicação de livros (36). Das 26 propostas aprovadas, 50% delas são de proponentes que vivem no interior, litoral e Grande São Paulo, de acordo com a cota estabelecida nos editais.

O edital específico em que a Editora se inscreveu foi o de publicação de livros. Dos 36 inscritos, apenas 4 propostas foram aceitas: duas da capital e duas do interior. O livro do professor Carlos Carvalho Cavalheiro é resultado de muitos anos de pesquisa sobre as raízes históricas da capoeira no interior paulista.

Por esse motivo, o estudo do professor Cavalheiro é tido como pioneiro. O prefaciador da obra, o pesquisador e jornalista Pedro Cunha diz que o “trabalho pioneiro iniciado por Carlos Carvalho Cavalheiro há muitos anos e que, desde a publicação dos seus primeiros artigos, vem inspirando diversos outros pesquisadores como eu a romperem o silêncio da historiografia sobre a capoeira”.

Pedro Cunha publicou há pouco o livro “Capoeiras e valentões em São Paulo”, resultado de sua dissertação de Mestrado pela USP e que foi inspirado pelos estudos de Cavalheiro. “Ao me deparar com sucessivos artigos de Cavalheiro disponíveis na internet, analisando a fundo as legislações coibindo a prática da capoeira em Sorocaba, publicadas ao longo do século XIX e ligando esses e outros dados a relatos orais coletados por ele entre moradores mais antigos da cidade, porém, percebi que havia ainda muita informação a ser garimpada em arquivos ou mesmo nas fímbrias da memória paulista.

No meu caso, a inspiração trazida por Cavalheiro e outros raros desbravadores da história da capoeira em São Paulo resultou em uma dissertação com mais de 300 páginas e centenas de referências documentais que, como deve ocorrer no processo de construção da história, retroalimentaram a pesquisa sobre Sorocaba até então existente”, relata Cunha.

Outro pesquisador, André Luiz Lacé Lopes, ao fazer a Apresentação do livro diz que “a garimpagem que Carlos Cavalheiro fez pode e deve ser entendida como mais uma trilha aberta para outros pesquisadores”.

“Notas para a História da Capoeira em Sorocaba” traz informações sobre a prática e o desenvolvimento dessa luta / jogo na cidade desde o ano de 1850, data da emissão de uma lei proibindo a capoeira, até a década de 1930, quando os modelos regionais são paulatinamente absorvidos pelo modelo baiano praticado em academias.

A pesquisa escorou-se em leituras bibliográficas, em buscas em documentos e jornais de época, bem como em análise de imagens, coleta de relatos orais, entrevistas e correspondências.

A publicação do livro deverá ocorrer até meados deste ano. Carlos Carvalho Cavalheiro é escritor, poeta, historiador e pesquisador da cultura popular. Colunista dos jornais “Tribuna das Monções” e “Jornal ROL”, é professor de História na rede pública municipal de Porto Feliz. Nessa cidade, o professor é membro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental.

Autor de mais de duas dezenas de livros, dos quais destacam-se os títulos “Folclore em Sorocaba”, “Salvadora!”, “Scenas da Escravidão”, “Memória Operária”, “O negro em Porto Feliz”. Este último foi contemplado com o Prêmio Sorocaba de Literatura de 2016.

Carlos Carvalho Cavalheiro é ainda ‘Colaborador Emérito do Núcleo MMDC’ de Itapetininga Setor SUL, e do Comitê do Arquivo Histórico de Sorocaba e Mestrando em Educação pela UFSCar – Campus Sorocaba.

Em 2016 teve poesias suas selecionadas para o projeto “Pé de Poesia”, no qual os poemas foram impressos em placas que foram afixadas em árvores de praças de Salvador, Bahia.

Recentemente, e num concurso, também de caráter nacional, e que fez parte da coletânea “Poesia Livre – 2016 – Concurso Nacional de Novos Poetas”, realizado pela Editora Vivara.

Também recebeu Menção Honrosa no 6º Concurso de Microcontos de Humor de Piracicaba, no I Concurso ALAP “Paranavaí Literária” (promovido pela Academia de Letras e Artes de Paranavaí / PR) e foi selecionado para participar do projeto “Pão e Poesia”, na cidade de Blumenau (SC).

Ainda em 2016 obteve a Menção Honrosa no 7º Concurso Cidade de Gravatal de Literatura pelo seu conto ‘João da Cruz’ e o 8º lugar no 16ª Edição do Concurso de Poesias da CNEC Capivari/SP.




Publicação sobre o Saci-Pererê deverá ser lançada este ano

A figura mítica do Saci-Pererê

 
Uma coletânea de histórias, depoimentos, poesias e desenhos sobre o mais conhecido mito brasileiro:o Saci-Pererê. Foi essa a proposta lançada em 2007 pelo historiador e folclorista Carlos Carvalho Cavalheiro, em parceria com a editora Crearte, para comemorar os 90 anos da abertura do Inquérito sobre o Saci, proposta por Monteiro Lobato.
Lobato conclamou os leitores do jornal “O Estado de São Paulo”, no ano de 1917 a enviarem relatos sobre o mito brasileiro. A riqueza dos depoimentos gerou a publicação do livro “O Sacy-Pererê – Resultados de um Inquérito”.
Com a intenção de verificar o quanto o mito havia se transformado depois de 90 anos, o professor Carlos Carvalho Cavalheiro propôs a “Reabertura do Inquérito”.
As colaborações foram publicadas no site da Editora Crearte (http://www.crearte.com.br/saci.htm) e estão disponibilizadas ao público.
Ainda assim, para comemorar este ano (2017) o Centenário do Inquérito, Carlos Cavalheiro se propôs a publicar em forma de livro.
Para tanto, está solicitando o apoio cultural de quem esteja disposto a auxiliar nesse produção.
“Há uma infinidade de estabelecimentos comerciais, empreendimentos, associações que utilizam a figura do Saci. Pode ser que se interessem em nos ajudar a angariar os recursos para a publicação do livro. De outra forma, existem também sindicatos, comércios, indústrias, escritórios, pessoas físicas que possam se interessar em colaborar para que esse projeto se concretize”, afirma o historiador.
Interessados em colaborar com recursos para a publicação podem entrar em contato com o professor Carlos Cavalheiro por meio de correio eletrônico: carlosccavalheiro@gmail.com



Carlos Cavalheiro: 'Penitenciárias e escolas', um texto de Fernando Rizzolo

Fernando Rizzolo – ‘Penitenciárias e escolas’

 

Não há quem não tenha ficado horrorizado com as rebeliões ultimamente ocorridas em vários presídios do nosso país. A forma de vingança pessoal carcerária lembra imagens da violência praticada por grupos terroristas como Isis. Mas até que ponto toda essa violência não é reflexo puro e simples de um problema maior que vivenciamos aqui mesmo no nosso país? Fica claro que a violência sem uma legitimidade ideológica radical acaba sendo mais assustadora do que a mais condenável postura terrorista. Na verdade ambas são, no seu âmago, fruto do desprezo dos valores humanos. A diferença é que o terrorismo islâmico tem um pano de fundo “religioso”, enquanto as chacinas carcerárias são oriundas de um desprezo pelo ser humano, revelador dos valores morais que permeiam o Brasil, um dos países mais corruptos do planeta.

Essa vingança carcerária é, sim, fruto de todo um elenco político corrupto que afeta todos os partidos, principalmente o PT, que acabou percorrendo o caminho do sonho de um país justo para a infiltração e o uso da justiça social como pretexto para avançar no erário público em consonância com alguns setores do empresariado. Vivemos época de violência generalizada, a sociedade já não acredita no Judiciário como forma de prover justiça. Fazendo com que a bandidagem não tema as punições, o espelho da ética do Poder Público ofusca o provimento jurisdicional, alargando a percepção da Justiça Pública e propagando, assim, a impunidade.

Com efeito, como dizem alguns educadores e visionários sociais, deveríamos gastar mais com educação, o que é louvável, mas no momento atual não nos resta outra alternativa, a não ser o endurecimento das leis, a plenitude na aplicação da Lei de Execução Penal, que por sinal é por demais branda. Observamos hoje até grupos extremistas, fascistas, perigosos se manifestando livremente pelas ruas, difundindo o ódio racial, o que também é parte do magnetismo ideológico que ocorre na Europa; portanto, diante deste quadro onde as pinceladas se misturam com as cores do que ocorre no exterior em termos de violência, aliado à decepção com os governos deste país, o redirecionamento das posturas políticas para uma direita mais atuante acaba se enaltecendo não só aqui, mas no mundo todo, haja vista a vitória de Donald Trump. A saída romântica de mais educação e mais escolas é, na verdade, solução a longo prazo, a saída real para o enfrentamento dos nossos problemas e sobrevivência da democracia é a mão firme, quer do ponto de vista econômico, quer com a busca mais efetiva de resultados ao invés de popularidade. Quanto ao ódio racial, resta-nos “atenção plena”… Pena que absolutamente nada disso esteja acontecendo… Estamos verdadeiramente num barco sem rumo.

Fernando Rizzolo é Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais e Professor de Direito.