Magna Aspásia Fontenelle entrevista o escritor cearense Cássio Cavalcante
“Continue sempre o leitor que é, pois só com a leitura a obra de arte da literatura se completa.” (Cássio Cavalcante)
Cássio Cavalcante é um escritor e jornalista filho do Ceará e radicado em Pernambuco há mais de 20 anos.
Na área jornalística, pertence à Associação da Imprensa da Pernambuco – AIP. É editor do jornal Folha Cultural. Colaborador dos Jornais Folha de Pernambuco – Recife (PE), Terra da Gente – Surubim (PE), Voz do Planalto – Carpina (PE) e Folha do E. Santo – Cachoeiro do Itapemirim (ES).
Sua carreira literária iniciou-se em outubro de 2005 como contista, com a publicação de ‘Meu Primeiro Milhão’ na revista Caruaru Hoje.
Abraçando a literatura entusiasticamente, é organizador de diversas antologias e membro de várias Academias de Letras do Brasil e do Exterior, dentre as quais a Academia de Letras e Artes Valparaíso (CHILE).
É membro da SABEPE – Sociedade dos Amigos da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco.
Por sua atuação pública expressiva, recebeu os títulos de ‘Cidadão Recifense’ e ‘Olindense’.
É Doutor em Filosofia Univérsica, Honoris Causa, consagrando-se pelo Mérito Ph.I Philospphos immortalem da Academia de Letras do Brasil. E Embaixador da Paz.
Foi distinguido como ‘Príncipe das Artes’ da Academia de Letras Juvenal Galeno. E agraciado com os seguintes títulos e comendas: ‘Luís Vaz de Camões’, pelo Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (2014); ‘Ubiratan Castro’, pela ABRASA – Casa do Brasil na Áustria (2015); ‘Marechal Floriano Peixoto’, pela Associação de Escritores e Artistas – LITERARTE (2015); ‘Santelmo’, pela Academia Recifense de Letras (2017); ‘Honorífica Barão de Ayuruoca’, pela Associação Cultural Barão de Ayuruoca (2017). ‘Personalidade da Neolatinidade’, concedido pelo Conselho Consultivo do Movimento Festival Internacional de Culturas, Línguas e Literaturas – Festlatino.
É verbete do dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira e biógrafo da cantora Nara Leão.
Cássio Cavalcante presenteia os leitores do Jornal ROL com uma entrevista com quem tem o que falar!
Acima de tudo um amigo que gosta de ajudar. Depois vem o escritor, o jornalista, o pai, e por aí vai…
Como se deu sua entrada no mundo literário?
Comecei escrevendo a biografia de Nara Leão. Fui fazer a oficina literária de Raimundo Carrero para aprimorar minha escrita. Comecei a escrever contos, e me apaixonei por essa arte, assim me tornei um escritor.
Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira?
Não, escrevia por puro prazer. O reconhecimento veio chegando e hoje entre as academias a que pertenço estão a recifense de letras e a Olindense de letras.
É notívago ou só cria à luz do dia?
Escrevo a qualquer hora, mas tenho preferência pela noite. Quando o mundo fica sereno e mais calmo, ficando propicio para maior concentração.
Tem sonhos literários? Quais?
Sim, mas vai além da literatura. Seria ter um centro cultural, onde a produção de todas as artes aconteceria intensamente.
Literatura como risco ou libertação?
Como prazer mais do que tudo. Escrever para mim é um ato de extremo prazer. Me realizo nesse exercício.
Você é editor, autor e organizador de várias Antologias e livros solos. Quais são os seus títulos? Qual te marcou mais?
– Os Mistérios de Cada Um (2007) – Organizador
– Biografia: Nara Leão A Musa dos Trópicos (2008)
Premiado com Menção Honrosa pela Academia Pernambucana de Letras
Prêmio Clarisse Lispecto de Literatura (Rio de Janeiro)
– Antologia do Natal: Noite Feliz – Em Prosa e Verso (2011)
Um dos Organizadores
– Antologia do São João: Olha Pro Céu meu Amor – Em Prosa e Verso (2012)
Um dos organizadores
– Bate-papo Literal (2012)
– Antologia do Carnaval: Oh! Quarta-feira Ingrata – Em Prosa e Verso (2013)
Um dos Organizadores
– Sob o Céu de Uma Cidade (2013)
Prêmio Talentos, Helvéticos-Brasileiros – Categoria Romance
Exposto no Salão do Livro em Genebra – Suíça
– Antologia dos 7 Pecados Capitais em Prosa e Verso (2016) – Organizador
– Antologia dos Dez mandamentos em Prosa e Verso (2020) – Organizador
– O Sorriso de Lígia e outros contos (2020)
São todos filhos, gosto por igual, mas ainda o Nara Leão, a musa dor trópicos, é muito especial pois foi a partir dele que tudo começou.
Você é biografo da cantora Nara Leão. O que te levou a escrever sobre ela? Quanto tempo demorou para essa obra ficar pronta?
Antes de biografo, sou muito fã da musa da Bossa Nova. Não sobrou muito para a minha geração, valores como a Bossa Nova, o tropicalismo, o cinema novo me chegaram pela música dessa cantora, ela foi muito importante na minha formação cultural. Foram oito anos paras escrever a biografia de Nara.
Seu principal critério para a escolha de uma leitura é o título, o autor ou o assunto? Qual seu autor preferido?
Entre o que foi perguntado eu diria o assunto. O meu escritor predileto sempre será Machado de Assis pela genialidade de “Dom Casmurro”. Mas também Gustave Flaubert pela memorável “Madame Bovary”, Jorge Amado pela beleza e sensualidade de “Gabriela, Cravo e Canela”, Agatha Christie pelo espetacular “Assassinato no Expresso do Oriente”, Juan Rulfo pelo perfeito “Pedro Páramo”, William Shakespeare pela exploração dos abismos da alma humana como em “Otelo”, entre muitos outros.
Deixe uma mensagem para os leitores do Jorna Rol.
Continue sempre o leitor que é, pois só com a leitura a obra de arte da literatura se completa.
Muito obrigada, pela sua disponibilidade em participar dessa entrevista.
Magna Aspásia Fontenelle