É Natal, nasceu Jesus!

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘É Natal, nasceu Jesus!

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"No céu luzidio, pelo passear da lua, anjos cantam hinos de louvor "
“No céu luzidio, pelo passear da lua, anjos cantam hinos de louvor…” 
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Na quietude da noite, 

sob a janela do luar, num lampejo,

uma venusta luzente estrela,

debruça-se em súbito clarão 

sobre a manjedoura,

ao sussurro do vento.

No céu luzidio,

pelo passear da Lua,

anjos cantam hinos de louvor 

e o ressoo dos sinos plangentes

repicam, ecoam,

e anunciam a chegada 

do Deus Menino, o Salvador,

ao fulgor da estrela d’alva.

Na plenitude do tempo

num humilde estábulo,

à meia noite, nasceu Jesus, 

trazendo esperanças,

paz, fé, união 

e amor entre os povos.

Então, diante da placidez da noite,

da varanda do mundo,

luzes piscam,

símbolos natalinos e enfeites coloridos 

resplandecem,

sons evocam e repercutem.

Enfim, pessoas aconchegam-se felizes,

afloram sorrisos,

e num misto de fé e devoção 

rasgando a voz da noite,

reverberam no silêncio entre delírios,

vamos celebrar, é natal!  

É natal!  Nasceu Jesus!                                                                                                                                                                                                                                                 

Ceiça Rocha Cruz

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Da janela, o horizonte

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Da janela, o horizonte’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
" No silêncio vespertino, cortinas aquareladas do ocaso despontam"
” No silêncio vespertino, cortinas aquareladas do ocaso despontam”
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No silêncio vespertino,

cortinas aquareladas do ocaso

despontam

e um raio de luz

vermelho-alaranjado,

seduz

nas asas do vento.

Ao entardecer,

do alto da montanha,

de sua encosta,

entre serras e colinas,

nuvens se deleitam.

Sob o céu azul-claro pérola 

de setembro,

num eterno e doce abraço,

contemplamos o infinito.

Pairam garças brancas e gaivotas

em voos uniformes

qual grafite a rabiscar, 

a planar ao sabor do vento,

debruçando-se

risonhas no seu cume.

Enlaçados,

pintamos todo o azul do céu

com ternura

e, entre sorrisos,

carinhos e beijos,

mergulhamos num mar de desejo.

Tu e eu – o amor,

ao vislumbre do pôr do sol,

e da janela, o horizonte.

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A hora do pôr do sol

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘A hora do pôr do sol’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"A tarde fenece. O céu descreve órbitas, acende nos olhos crepusculares os mistérios da tarde"
“A tarde fenece. O céu descreve órbitas, acende nos olhos crepusculares os mistérios da tarde

A tarde fenece.
O céu descreve órbitas,
acende nos olhos crepusculares
os mistérios
da tarde.

Na infecunda solitude do tempo,
palavras de adeus,
acenos,
brancos lenços,
despedidas.

Na sombra taciturna
da rua deserta e silenciosa
olhos saudosos desenhados de lágrimas,
saudade incontida,
solidão,
lágrimas.

Na penumbra do ocaso,
e, numa sombra muito fugaz
a tua partida.
Sonhos perdem-se
no vento do teu voo
e em versos descrevem
nas laudas da poesia do tempo.

A vida passa breve, breve…
E, como tudo no fim da tarde
se retrata,
viajo na doce voz do pensamento,
no limiar do pôr do sol.

Ceiça Rocha Cruz

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Bela aquarela

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Bela aquarela’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"Na sombra, o balanço da rede; e na branca areia, sonhos de amor nos versos da canção
“Na sombra, o balanço da rede; e na branca areia, sonhos de amor nos versos da canção”
Criador de imagens do Bing

No silêncio da tarde, 

ao rumor da brisa fria,

às margens do rio/mar 

suntuosos coqueirais sorriem.

Na sombra, o balanço da rede; 

e na branca areia, 

sonhos de amor 

nos versos da canção.

Sopra o vento… 

baila no tempo em lentidão,

folhas se entrelaçam e nos relembram,

tardes sombrias e palmeiras 

onde canta o sabiá.

No cenário dourado

linda aquarela, 

doce poema,

dunas,

cânions, falésias

encanto e deslumbre.

Vicejantes colinas e vales

se desnudam

na fascinante névoa do entardecer.

O cenário nordestino sorri

e o meu olhar vagueia 

descortinando um paraíso,

emoldurado no plácido tempo,

onde o vento acaricia sua pele macia, 

sua geografia, 

seu panorama.

Na placitude, 

astuta a tarde cai,

o sol se declina e o ocaso amadurece.

Abrem-se as cortinas do arrebol, 

colore

e se derrama pela varanda do poente,

num mergulho e descortino. 

Eis o meu Nordeste!

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Menino feliz

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Menino feliz’

Ceiça Rocha Cruz
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O dia passava e o brincalhão menino andava de bicicleta
O dia passava e o brincalhão menino andava de bicicleta
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Ao amanhecer,

nas cercanias da foz do rio,

uma casinha despertava a sorrir

com a chegada do menino,

que ali desfrutava das brincadeiras,

embaladas em sua meninice.

O dia passava

e o brincalhão menino,

soltava pipa,

jogava pinhão, bola,

brincava de pega-varetas, adedonha,

bolinha de gude, xeba,

estátua, pique-pega, queimada,

andava de bicicleta,

e às margens do rio

sobre seus braços nadava,

corria e pulava em cambalhotas

ao espreitar de um coqueiro solitário

que sorria.

No mundo de sonhos dourados

resvalava sobre as águas em sua canoa à remo,

e com os olhos voltados para o poente,

prosseguia a pescar.

Na tarde crepuscular,

vagueava em suas andanças,

e curioso nas descobertas

seguia estrada afora,

cercada de brejos, várzeas,

e à sombra de manguezais,

conversava com os pássaros.

Na solidão do seu pensar

ouvia o canto de sabiás e bem-te-vis,

que ao ressoo o embevecia.

Absorto, encantava-se

com serenas garças e marrecos

que ao ruflar das asas, sacodiam suas penas

colorindo a paisagem

e em revoada voltavam em bando

para seus ninhos.

O sol fenecia,

e na quietude, rasgo do entardecer,

o menino enveredava feliz,

trazendo uma doce alegria

das inquirições,

enquanto a casinha encolhida

debaixo do cimo da janela do ocaso,

aguardava o anoitecer.

Veio enfim a noite

e o céu bordado de estrelas reluzia 

sobre o rio, a casinha e o menino.

O vento cantava canções de ninar

debruçado sobre seu leito, lindos versos

esculpidos nas asas de sonhos reais,

da infância do menino feliz.

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A colina

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘A colina’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"No silêncio, entre a tarde e o anoitecer, saudades e na sua solidão, eis o pôr do sol por trás da colina"
“No silêncio, entre a tarde e o anoitecer, saudades e na sua solidão, eis o pôr do sol por trás da colina”
Criador de imagens do Bing

Atrás das serras e montes,

desmaia a tarde,

incensa o ocaso,

pinta em versos

o entardecer.

Cala-se o vento,

espreita as escarpas,

voam as nuvens,

e no murmurejo do mar,

aceno à flor da janela aberta,

um plácido cenário.

Sozinha no tempo

a tarde agoniza

e a colina solitária

veste-se de sonhos,

poesia e lembranças.

No entardecer,

põe-se o sol em calmaria,

e no silêncio,

pela varanda entreaberta

do crepúsculo,

debruça-se aos olhos do mar

e do vento,

canta o amor,

num entoar sorridente.

No silêncio,

entre a tarde e o anoitecer,

saudades

e na sua solidão,

eis o pôr do sol

por trás da colina.

Ceiça Rocha Cruz

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Saudade da minha terra

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Saudade da minha terra’

Ceiça Rocha Cruz
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O sol despontou… cobriu o dia de brilho, encanto e magia, despertando no silêncio a saudade
O sol despontou… cobriu o dia de brilho, encanto e magia…
Criação de imagens do Bing

O sol despontou…

cobriu o dia de brilho, encanto e magia,

despertando no silêncio a saudade.

Das serenas tardes de estio

aves plainavam ao sabor do vento

e gorjeavam sorridentes,

sob um céu azul de setembro.

Saudades das majestosas palmeiras,

da voz desatada do sabiá, cristalina flauta,

debruçada na janela, modulava o doce canto

e num descortinar reverberava.

Da Lua venusta… um vestido de sonhos,

num céu de estrelas, rasgando a madrugada.

Saudades dos viçosos campos, serras e bosques,

que se despojavam na paisagem dourada,

das paredes alaranjadas de ocaso,

de um pôr de sol deslumbrante,

que sorria.

Da minha terra quando a tarde caía,

mas o azul do céu coloria o rio/mar

e espumas desertas, solitárias,

resvalavam na areia nua.

Saudades do silêncio da tarde,

na alta palmeira onde cantava o sabiá

e da quietude sorrateira do suave arrebol.

(En)cantos d’amor.

Na solidão do tempo, o sonho da volta

para vê-la outra vez, pisar seu chão

num matar saudades.

Saudades da minha terra!

Ceiça Rocha Cruz

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