Celso Lungaretti: 'O novo pacto dos poderosos não tirará o Titanic da economia brasileira do rumo que a encaminha diretamente ao encontro do iceberg'
celso lungaretti
Resumo da ópera: o Centrão dá demonstração de força, o Bozo sai diminuído e o STF obtém seu desagravo
Em junho de 2020 o Bozo se rendeu ao Centrão, trocando a quimera do autogolpe pelo fortalecimento de suas defesas contra o impeachment e os processos que rondam a ele e seus filhos por cometimento de crimes nos quais a culpa deles todos é indiscutível.
A recente derrota eleitoral de Donald Trump confirmou que a onda ultradireitista morreu mesmo na praia, pulverizando quaisquer esperanças que o genocida ainda pudesse ter de adiante poder exumar a pauta golpista.
E, em 21 de fevereiro de 2021, ao negar apoio ao deputado bolsonarista (um louco furioso!) num episódio que poderia inclusive desembocar no novo AI-5 que ele sempre defendeu, o palhaço sinistro arrancou de vez a máscara, assumindo-se como a rainha da Inglaterra que será daqui em diante, com permissão para praticar suas bufonarias em áreas tidas como secundárias pelos poderosos, mas tendo de submeter-se a eles, sem chiar nem bufar, naquilo que para os donos do PIB realmente importa.
O Centrão deu formidável demonstração de força, pois dele dependeu que o episódio do vídeo de esgoto não terminasse num conflito entre Poderes, mas sim no apaziguamento geral, com a Câmara Federal aceitando entregar a cabeça do deputado bolsonarista.