Morte adiada
Loide Afonso: Poema ‘Morte adiada’


Chuva forte
Ventos soprando
E o leste abanando
É difícil não pensar em você
No seu desinteresse
Por mim
Pelo amor
Pela vida
Na sua morte indevida
Eu desisti de entendê-lo
E mesmo assim
Tento
Às vezes
Quando estou sozinha
À noite
Com luar
Ainda o desejo
Desejo ficar com você
Na calada
Do dia
No escuro
Na beira
Eu só queria que soubesse que
Ainda não o matei.