Da janela, o horizonte

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Da janela, o horizonte’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
" No silêncio vespertino, cortinas aquareladas do ocaso despontam"
” No silêncio vespertino, cortinas aquareladas do ocaso despontam”
Criador de imagens do Bing

No silêncio vespertino,

cortinas aquareladas do ocaso

despontam

e um raio de luz

vermelho-alaranjado,

seduz

nas asas do vento.

Ao entardecer,

do alto da montanha,

de sua encosta,

entre serras e colinas,

nuvens se deleitam.

Sob o céu azul-claro pérola 

de setembro,

num eterno e doce abraço,

contemplamos o infinito.

Pairam garças brancas e gaivotas

em voos uniformes

qual grafite a rabiscar, 

a planar ao sabor do vento,

debruçando-se

risonhas no seu cume.

Enlaçados,

pintamos todo o azul do céu

com ternura

e, entre sorrisos,

carinhos e beijos,

mergulhamos num mar de desejo.

Tu e eu – o amor,

ao vislumbre do pôr do sol,

e da janela, o horizonte.

Ceiça Rocha Cruz

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