Sandra Vasconcelos: 'Nos Tempos do Imperador'

Sandra Vasconcelos

Nos tempos do Imperador

Nos Tempos do Imperador‘, novela da Rede Globo de televisão, mostra Dom Pedro II e a História do Brasil na triste época da escravidão e os visitantes do ‘Museu Major Novaes‘, na cidade de Cruzeiro- SP, evidenciam, através de fotografias, a visita de Dom Pedro II à cidade, e a amizade que unia Dom Pedro II, Imperador do Brasil, com o Major Novaes. Outrossim, embelezam os olhos com as relíquias, como imagens sacras, mobílias, pratarias e fotografias.

UMA EXPOSIÇÃO IMPERDÍVEL!!!!

A Fazenda Boa Vista, encravada em plena área central de Cruzeiro, de porte enorme, é a única relíquia imperial de Cruzeiro que representava a aristocracia rural que o café forjou na área. No fim do século, j[á estava nas mãos do fazendeiro Manuel de Freitas Novaes, hoje Museu HJistó9rico e Pedagógico ‘Major Novaes’.

AS VISITAS DO IMPERADOR D. PEDRO II

O Imperador D. Pedro II visitou Cruzeiro quatro vezes. A primeira vez em 1873, na inauguração da Estação Provisória, junto à Fazenda Boa Vista, onde se hospedou. Existe no Museu uma foto dos Príncipes no pátio da Fazenda. Na segunda visita, por ocasião da abertura do Túnel Grande, em 1882. A terceira, na inauguração do Túnel Grande, em 1883. E a quarta, em 1884 na viagem inaugural da Estrada de Ferro Minas and Rio.

Foto Sérgio Borges: Estação Ferroviária de Cruzeiro.

Cruzeiro é um Município Brasileiro do Estado de São Paulo. Está situado em uma região montanhosa repleta de recursos naturais.

Cruzeiro surgiu ao lado da linha da Central do Brasil, construída em 1890. O núcleo urbano da cidade de Cruzeiro está a 8 km da Rodovia Presidente Dutra (BR – 116). O município fica próxima das divisas com o Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais e a meio caminho dos principais centros consumidores do país: São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2 de outubro de 1901, houve a emancipação política e administrativa de Cruzeiro. A “cidade menina” como ainda é chamada, tem suas terras emolduradas pelos belos contornos da Serra da Mantiqueira, maciço de rara beleza e rico em recursos naturais.

O Município se situa na região do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul, próximo a serra da Mantiqueira, sua área urbana se encontra aproximadamente 515 metros de altitude acima do nível do mar. A Serra da Mantiqueira, ao norte do Município, apresenta elevações com aproximadamente 2.800 m; ao Sul do Território, região cortada pela Rodovia Presidente Dutra, o relevo assume o aspecto de “Mar de Morros “em formato de meia laranja.

O centro antigo da cidade apresenta um projeto urbano em traçado ortogonal, estruturado sobre uma planície sedimentar de altitude, sendo uma das primeiras cidades planejadas do país, ainda que o processo tenha se limitado basicamente ao traçado de suas ruas.

Cruzeiro possui picos de altitude média a elevada, todos localizados na Serra da Mantiqueira, em áreas de divisa com municípios vizinhos paulistas e de Minas Gerais. As elevadas altitudes de seus picos superam a marca de 2.000 metros, a exemplo temos o Pico dos Marins, com 2422 metros de altitude, na divisa com o Município Paulista de Piquete e por onde encontramos acesso a área; o Pico do Itaguaré, com 2.308 metros, na divisa com o Município mineiro de Passa Quatro, esse com acesso por Cruzeiro e Passa Quatro, com menor facilidade de acesso, conta com o Pico da Gomeira com 2068 metros. O Pico do Itaguaré é famoso na região por seu contorno a compor o nariz de um sugestivo corpo humano deitado, a formação é conhecida como “O Gigante Adormecido” de Cruzeiro. Cruzeiro conta ainda com formações menores, mas pitorescas, como o pico do Focinho do Cão e Seio da Virgem.

Cruzeiro é uma cidade de lindas mulheres e de homens inteligentes. Vários são os pontos turísticos que fascinam e encantam os visitantes da cidade sendo que o “Museu Major Novaes” é um deles.

O Museu é uma instituição cultural pública, sediada em Cruzeiro no Estado de São Paulo. É mantido pelo poder público Estadual e Municipal, tendo sido tombado como patrimônio histórico pelo Governo Estadual, por meio do decreto nº 13.227 de 24 de setembro de 1969. É instalado em um casarão colonial que abriga cerca de 900 peças, as quais incluem mobílias, imagens sacras, pratarias, livros, fotografias, peças em geral, bem como um amplo acervo de documentos públicos históricos referentes a diversas cidades do Vale do Paraíba. No acervo, há também documentos e registros históricos referentes ao período da escravatura brasileira naquela região. Possui exposição de longa duração com diversas peças, fotos e informações. Há no Museu diversas atividades culturais abertas ao público.

História

A arquitetura datada 1841, de acordo com os registros da documentação histórica, quando aparece, pela primeira vez, à alcunha de “Fazenda Boa Vista”. Construída no estilo neoclássico rural, é conhecida pela história cruzeirense como Fazenda Boa Vista, pertencente ao fazendeiro Major Novaes.

A mais ou menos, oito quilômetros do Embaú, situava-se a Fazenda Boa Vista que, segundo consta dos mais velhos documentos encontrados em seu arquivo, tem sua formação localizada já em meados do século XVIII. A princípio as terras da Fazenda Boa Vista eram devolutas, sendo adquiridas em posse por Manuel de Moraes Pinto, que as vendeu aproximadamente em 1778, ao Tenente Cel. Henrique Dias Vasconcelos. A esposa do tenente Vasconcelos, herdeira de seu espólio, troca estas terras com Joaquim Ferreira da Silva. Em 1836, falecendo Joaquim Ferreira, que já havia aumentado o patrimônio da família comprando terras contíguas até as proximidades de Lavrinhas, sua esposa e herdeira, Dona Fortunata casa-se, em 1837, em segundas núpcias, portanto, com o Capitão Antônio Dias Telles de Castro, que patrocina a construção da casa sede da Fazenda Boa Vista, à margem esquerda do Rio Paraíba.

Entretanto, no ano de 1866, Dona Fortunata, novamente viúva, contrai terceiras núpcias, com o Alferes Manoel de Freitas Novaes, que logo viria a se tornar major.

Logo que o Major Novaes assume os negócios da fazenda, faz uma considerável reforma e ampliação. Tinha muitas ideias novas e logo as colocou em prática como a fundação de uma colônia de trabalhadores livres, organizada experimentalmente em três grupos distintos pela origem dos colonos, formados de espanhóis, jagunços e cearenses.

O Major Novaes é uma personalidade ímpar na história cruzeirense, dono de uma personalidade peculiar, era ao mesmo tempo ambicioso e sincero, inteligente e teimoso, bondoso e turbulento, temido e respeitado. Porém, é sua grande amizade com o Imperador D. Pedro II que possibilita oportunidades para o desenvolvimento de Cruzeiro. Com sua dinâmica de administrador e político o Major Novaes consegue trazer para a cidade de Cruzeiro, duas importantes ferrovias, a Estrada de Ferro D. Pedro II e a Estrada de Ferro Rio and Minas. É evidente que goza dos benefícios deste progresso, especialmente quanto ao desenvolvimento de sua fazenda, localizada à beira do caminho do ferro.

O processo de Tombamento do prédio foi solicitado pela última descendente do Major Novaes que residiu no casarão, a Sra. Celestina Novaes, conhecida localmente por Dona Tita, em 1969, sendo concluído em 1971. Há na cidade uma versão oficiosa sobre tal situação, que aponta como sendo uma medida de protesto diante do abandono dos parentes ao qual sofria, conforme publicado na imprensa local nos anos seguintes. De acordo com os recortes encontrados no acervo documental de Cruzeiro, sobre o Museu Major Novaes é possível apontar que, desde 1978, há uma mobilização da imprensa, cruzeirense e vale paraibana, pelo restauro do prédio.

O Ministério Público decidiu que caberia ao Estado restaurar o prédio e a Prefeitura Municipal de Cruzeiro restaurar o acervo mobiliário, após a uma ação civil pública. O restauro foi realizado ao longo de quase dois anos, iniciado em 2012 com término em julho de 2014. O prédio foi restaurado e possui uma estrutura extremamente moderna com sistema de incêndio, monitoramento por câmeras, acessibilidade e um sistema de iluminação próprio para patrimônios históricos.

Atualmente o “Museu Major Novaes” está aberto ao público nos finais de semana e feriados das 13h às 18h. Aos historiadores e amantes da cultura, é um recorte fascinante da nossa história. Vale a pena conferir!

Referências Bibliográficas:

‘Cruzeiro em Versos e Prosas’, de Sandra Vasconcelos

Wikipédia – A enciclopédia livre.

 

A autora:

Sandra Vasconcelos é casada, mãe de três filhos e avó de três netos. Nasceu em Cruzeiro Estado de S.P. Formada em Magistério e Cursos Superiores: Estudos Sociais, Pedagogia, Supervisão Escolar e Direito. Pós-Graduada em Gestão Educacional pela UNICAMP. Diretor de Escola Titular de Cargo. Supervisor de Ensino na Diretoria de Ensino de São José dos Campos- SP.  Bacharel em Direito. Membro e fundadora da ALAC. ”Teve suas poesias selecionadas em concursos promovidos pela UNIVAP: “Pausa”- 1995.“Incêndio art. 250, ” – 1998 “Tranqueiras de Vida” – 2000. Em 2002 escreveu juntamente com os alunos da E. E. São Leopoldo em São José dos Campos, o livro: “Nós e o Parque”. Em 2005 publicou com os professores da E.E.” Dr. Mauricio Anisse Cury “o livro: “Conhecendo São José dos Campos” e “Poesia em Braille”“.

Escreveu para crianças, em 2008, o livro: “Estrelinha Azul”, em tinta e Braille; em 2009 escreveu: “O Menino, o Gnomo e a Floresta Destruída” (em tinta e Braille). Em 2010 escreveu: “Carlinhos e o Gnomo no mundo do Circo”.  Em 2011 publicou: “Orgasmo, Orvalho e Orquídeas” (Antologia     Poética) Em abril de 2012, publicou “Histórias de Assombração”. Em 2013 publicou: “Carlinhos, o Gnomo e o Curupira”. Em 2014: “Alfabetizando Brincando”.  Em 2015: “Dicas para uma Docência de Excelência”. Em 2017: “O Cavalinho Alazão, a menina e o Gnomo”. Em 2018: “Orgasmo, Flores e Orvalho”. Em 2019: “Carlinhos e o Gnomo na Casa mal-assombrada”. Em 2019: “Carlinhos, o Gnomo e o Natal”.     Em 2020: “Cruzeiro em Versos e Prosas”.

Seus livros foram selecionados pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo e participaram do Festival da Mantiqueira em São Francisco Xavier – SP:

* 2011- “Orgasmo, Orvalho e Orquídeas” (Antologia Poética),

* 2012 – “O Menino, o Gnomo e a Floresta destruída”,

* 2013 – “Carlinhos e o Gnomo no Mar“,

* 2014- “Carlinhos, o Gnomo e o Curupira”,

* 2015 – “Histórias de Assombração”.

Também publicado, para Teatro: “O menino, o Gnomo e a Floresta Destruída”

Foi Presidente da UDEMO (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo) na Região de São José dos Campos – S.P por dois mandatos.

Em 2010 foi homenageada na Câmara Municipal de São José dos Campos – SP pelos professores, pais e alunos da E.E. “Dr. Maurício Anisse Cury”, pelo livro publicado em Braille: “O menino, o Gnomo e a Floresta Destruída”.

Em 2014 foi homenageada na Câmara Municipal de Cruzeiro, com o diploma “Mérito Mantiqueira” pelos livros publicados e pelo seu relevante trabalho na Educação.

Em 2017 foi homenageada pela Agência Top Class e o Jornal Classe Líder, pelos relevantes serviços prestados no segmento Literário, como escritora, exaltando o papel da Mulher na Sociedade.

Acadêmica titular e uma das Fundadoras da ALAC (Academia de Letras e Artes de Cruzeiro).

Colunista do Jornal Cultural Rol.

Acadêmica Nacional de Grande Honra da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes- FEBACLA, cadeira nº 88, Patrono Paulo César Santos (Paulinho do Roupa Nova).




Maria Dolores Tucunduva: ‘O triste final de Dom Pedro II’

Maria Dolores Tucunduva

O triste final de Dom Pedro ll

Dom Pedro II

Após 2 dias da expulsão da família imperial , todos seus bens foram saqueados pelos militares e outros leiloados por preços irrisórios . Dona Teresa Cristina morreu em poucos meses ( o enterro foi pago por amigos, devido a difícil situação financeira do Imperador) , Pedro Augusto teve que ser trancado em uma cabine pois não parava de gritar e tremer . O único que o acalmava era seu avô Pedro II , que entrava na cabine sentava ao chão e o abraçava em prantos , dizendo que tudo ficaria bem . Quando a família imperial chegou a Lisboa uma multidão esperava no porto junto aos seus familiares , aonde foi oferecido um palácio e uma voluptuosa fortuna e renda mensal para Pedro . Porém eles não aceitaram qualquer tipo de ajuda financeira dos parentes portugueses, mesmo Pedro tendo o título de Arquiduque em Portugal , Filho do Rei Pedro , Irmão da Rainha Maria da Glória e Tio do reinante da época . Dona Isabel , Conde D’eu e seus 3 filhos foram para o palácio D’eu , de seu pai o Duque D’eu , na França . Aonde tiveram uma vida confortável diante a fortuna que a família D’eu possuía . Pedro II e Pedro Augusto partiram para o centro de Paris , aonde se hospedaram em um simples hotel de 3 estrelas , pago por um grande amigo de Pedro , que viajou logo em seguida para Europa quando soube do acontecido . Pedro Augusto preferiu ficar em um casa de uma amiga íntima de Freud , que tinha grande estima pelo rapaz , um lugar maior e mais sossegado para acalmar o sofrido jovem . A casa ficava 2 quarteirões do hotel aonde Pedro se hospedara , então as visitas de seu avô eram diárias , onde levava seu neto aos museus e bibliotecas da cidade luz .

Tudo parecia que estava em formação, uma nova realidade para todos , e a vida continuava . Pedro adorava dar aulas na principal biblioteca de Paris para universitários , de história , geografia , botânica , grego e inglês . Sua rotina se resumia em acordar bem cedo , preparar suas aulas , ir para biblioteca , visitar exposições , visitar amigos , tomar café pela tarde e ler até 5 livros em uma única madrugada . Pedro adorava traduzir de forma perfeita as maiores obras literárias para o português , e foi o Primeiro a traduzir a obra “Mil e uma Noites” do árabe original para o português do brasil . A relíquia encontra se na biblioteca nacional de Coimbra em Portugal .

Em 1890 , uma pneumonia instalou-se em seus pulmões , o limitando a ficar na cama de solteiro de seu quarto , escrevendo seus amados contos e poesias e lendo seus livros preferidos . Alguns meses após a doença e tratamento sem bons resultados , morrera naquela cama sozinho , com um saco de areia da praia de Copacabana em seu bolso . O velório foi digno de um imperador da França , devido a tal prestigio que Pedro gozava entre os intelectuais e nobres da Europa . Um cortejo de mais de 500 mil pessoas tomaram a rua de Paris , e todas as honras monárquicas foram feitas pelo governo Francês . Um fato histórico , pois nunca Paris tinha se mobilizado tanto , nem mesmo por falecimento de governantes locais . Reis , Rainhas , nobres , burgueses de todo o mundo estavam presentes no velório e no cortejo , como a Rainha Vitória da Inglaterra , o presidente dos Estados Unidos e centenas de amigos intelectuais como o próprio Freud e o filósofo Friedrich Nietzsche .

O Governo Militar Ditatorial brasileiro , revoltou se pelo tamanho da comoção mundial envolta do falecimento de Pedro II . Rompendo acordos diplomáticos com a França , Inglaterra e Alemanha . Nenhum representante do novo governo brasileiro foi mandado para o enterro do expulso imperador . A mídia fechada pelos militares no Brasil , não puderam ao menos noticiar o falecimento do monarca . A grande maioria do povo brasileiro só souberam do acontecido 3 meses depois .

Fonte: Diário Barão e Baronesa de Loreto, Museu Imperial de Petrópolis, Biblioteca Nacional RJ.




Maria Dolores Tucunduva: 'O triste final de Dom Pedro II'

Maria Dolores Tucunduva

O triste final de Dom Pedro ll

Dom Pedro II

Após 2 dias da expulsão da família imperial , todos seus bens foram saqueados pelos militares e outros leiloados por preços irrisórios . Dona Teresa Cristina morreu em poucos meses ( o enterro foi pago por amigos, devido a difícil situação financeira do Imperador) , Pedro Augusto teve que ser trancado em uma cabine pois não parava de gritar e tremer . O único que o acalmava era seu avô Pedro II , que entrava na cabine sentava ao chão e o abraçava em prantos , dizendo que tudo ficaria bem . Quando a família imperial chegou a Lisboa uma multidão esperava no porto junto aos seus familiares , aonde foi oferecido um palácio e uma voluptuosa fortuna e renda mensal para Pedro . Porém eles não aceitaram qualquer tipo de ajuda financeira dos parentes portugueses, mesmo Pedro tendo o título de Arquiduque em Portugal , Filho do Rei Pedro , Irmão da Rainha Maria da Glória e Tio do reinante da época . Dona Isabel , Conde D’eu e seus 3 filhos foram para o palácio D’eu , de seu pai o Duque D’eu , na França . Aonde tiveram uma vida confortável diante a fortuna que a família D’eu possuía . Pedro II e Pedro Augusto partiram para o centro de Paris , aonde se hospedaram em um simples hotel de 3 estrelas , pago por um grande amigo de Pedro , que viajou logo em seguida para Europa quando soube do acontecido . Pedro Augusto preferiu ficar em um casa de uma amiga íntima de Freud , que tinha grande estima pelo rapaz , um lugar maior e mais sossegado para acalmar o sofrido jovem . A casa ficava 2 quarteirões do hotel aonde Pedro se hospedara , então as visitas de seu avô eram diárias , onde levava seu neto aos museus e bibliotecas da cidade luz .

Tudo parecia que estava em formação, uma nova realidade para todos , e a vida continuava . Pedro adorava dar aulas na principal biblioteca de Paris para universitários , de história , geografia , botânica , grego e inglês . Sua rotina se resumia em acordar bem cedo , preparar suas aulas , ir para biblioteca , visitar exposições , visitar amigos , tomar café pela tarde e ler até 5 livros em uma única madrugada . Pedro adorava traduzir de forma perfeita as maiores obras literárias para o português , e foi o Primeiro a traduzir a obra “Mil e uma Noites” do árabe original para o português do brasil . A relíquia encontra se na biblioteca nacional de Coimbra em Portugal .

Em 1890 , uma pneumonia instalou-se em seus pulmões , o limitando a ficar na cama de solteiro de seu quarto , escrevendo seus amados contos e poesias e lendo seus livros preferidos . Alguns meses após a doença e tratamento sem bons resultados , morrera naquela cama sozinho , com um saco de areia da praia de Copacabana em seu bolso . O velório foi digno de um imperador da França , devido a tal prestigio que Pedro gozava entre os intelectuais e nobres da Europa . Um cortejo de mais de 500 mil pessoas tomaram a rua de Paris , e todas as honras monárquicas foram feitas pelo governo Francês . Um fato histórico , pois nunca Paris tinha se mobilizado tanto , nem mesmo por falecimento de governantes locais . Reis , Rainhas , nobres , burgueses de todo o mundo estavam presentes no velório e no cortejo , como a Rainha Vitória da Inglaterra , o presidente dos Estados Unidos e centenas de amigos intelectuais como o próprio Freud e o filósofo Friedrich Nietzsche .

O Governo Militar Ditatorial brasileiro , revoltou se pelo tamanho da comoção mundial envolta do falecimento de Pedro II . Rompendo acordos diplomáticos com a França , Inglaterra e Alemanha . Nenhum representante do novo governo brasileiro foi mandado para o enterro do expulso imperador . A mídia fechada pelos militares no Brasil , não puderam ao menos noticiar o falecimento do monarca . A grande maioria do povo brasileiro só souberam do acontecido 3 meses depois .

Fonte: Diário Barão e Baronesa de Loreto, Museu Imperial de Petrópolis, Biblioteca Nacional RJ.