EDITORIAL: Uma Casa de Cultura e um Museu ameaçados em Itapetininga!

 EDITORIAL:

Uma Casa de Cultura e um Museu ameaçados em Itapetininga!

(Por Helio Rubens de Arruda e Miranda e Sergio Diniz da Costa – Editores)

Há 70 anos, foi erigido um imponente prédio na Avenida Prudente de Moraes, 716, no centro de Itapetininga, no qual passou a funcionar, num primeiro momento, o CCBEU – Centro Cultural Brasil Estados Unidos/Casa Kennedy e, vinte anos depois, o Museu de Arte Carlos Ayres. Um tradicional centro de aprendizado de línguas e um museu de artes que engrandeceram, ainda mais, a Cidade das Escolas, a Atenas do Sul, Itapetininga.

Com o tempo, no mesmo prédio, se instalarem o IHGGI -Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga – e a AIL -Academia Itapetiningana de Letras.

Em seus 70 anos de funcionamento, nesse prédio foram realizados centenas de atividades culturais importantes, como cursos de idiomas e de artes (exposições, danças, lançamentos de livros, conferências, palestras), reuniões de outras ONGs e muito mais, caracterizando o local, portanto, como um importantíssimo centro cultural de uso público.

Não obstante esse passado e presente de grandes contribuições às Artes e às Letras, a Prefeitura Municipal de Itapetininga – que nunca ajudou essa instituição! – quer agora se assenhorar do prédio para lá transferir algumas de suas atividades, sem nenhuma preocupação com a Cultura, trazendo a esta um considerável prejuízo.

Sim, soa como um absurdo, mas, a Prefeitura de Itapetininga QUER FECHAR A CASA KENNEDY – que existe há 70 ANOS e, com ela, fechar também o único museu de Arte da cidade – o Carlos Ayres (que existe há 50 anos!) e, pior, tirar do local todas as atividades culturais que lá se realizam, sem acrescentar nenhuma outra ação cultural!

O Museu de Artes Carlos Ayres

Itapetininga possui um único Museu de Arte, o Museu Carlos Ayres, fundado por Carlos Ayres e Antonio Arthur de Castro Rodrigues, anexo ao Centro Cultural Brasil Estados Unidos, o qual possui um rico acervo de artes plásticas. Neste prédio também funciona a Casa “Presidente Kennedy”, sede do Centro Cultural Brasil – Estados Unidos.

Itapetininga, há algumas décadas, promoveu 22 salões de Arte, reunindo os mais conceituados artistas plásticos brasileiros, destacando-se entre eles: Campos Ayres, Madureira, Volpi, Pancetti, Durval Pereira, Oswaldo Teixeira, Di Cavalcanti, Mario de Oliveira, Carlos Ayres, Irene Arruda e Silvio Pinto.

No âmbito cultural e artístico, salientam artistas e pintores de grande relevância no cenário nacional, tais como: Diógenes Campos Ayres, José Benevenuto Madureira, Saturnino González, Carlos Ayres, Antonio Arthur de Castro Rodrigues, Maria Prestes e Antonio Gomide artista de grande importância internacional.

A Casa Kennedy

Por motivos que não vêm ao caso discutir, a Casa Kennedy se encontra com dificuldades financeiras e com algumas pendências judiciais, estas, contudo, facilmente contornáveis, desde que bem administradas.

Apesar disso, cidadãos beneméritos, como a artista plástica Walquíria Paunovic, com a ajuda de seu marido, Jorge Paunovic, atual presidente da AIL, realizaram um excelente e imprescindível trabalho de recuperação do patrimônio artístico do Museu.

E, não obstante o esforço de abnegados cidadãos, a Prefeitura de Itapetininga, em vez de procurar ajudar o CCBEU – Casa Kennedy a resolver seus problemas, ‘encheu os olhos’ e resolveu se assenhorar do prédio, para onde pretende, por economia, pois não pagará aluguel, transferir umas poucas atividades culturais de sua competência.

Ou seja, a Prefeitura de Itapetininga quer o prédio exclusivamente para si, o que se afigura como verdadeira aberração, uma vez que o prédio é largamente utilizado pela comunidade cultural e, mais ainda, não quer pagar por ele!

E o pior de tudo: acabar com o Museu Carlos Ayres, com a sede de duas instituições culturais (nas quais só trabalham pessoas voluntárias) e impedir a continuidade das aulas de línguas – uma das exigências estatutárias da Instituição.

Para agravar ainda mais o disparate da Prefeitura, ela não vai assumir as dívidas e problemas da Casa Kennedy e nem quer pagar aluguel pelo uso do imóvel, querendo, consequentemente, que o prédio seja incorporado ao patrimônio governamental!

Isso se constitui um verdadeiro crime contra a a cultura da cidade e da região! Não se pode admitir que o Museu Carlos Ayres seja fechado ou transferido para uma escola qualquer! Não se pode admitir que, agora que a  Academia de Letras conseguiu ter uma sede própria, após 15 anos, ela seja expulsa da Casa Kennedy, juntamente com o IHGGI, que esta no local há mais de 10 anos!

A sociedade reage!

E, por assim entenderem, e, por não se tratar de uma questão política ou pessoal, mas sim de um fato de interesse público,  o Jornal Cultural ROL e a Revista TOP da Cidade, juntamente com o IHGGI, AIL, Grupo de Imprensa de Itapetininga, Associação Italiana, INICS – Instituto Nossa Itapetininga, Instituto Júlio Prestes, MFI – Museu Ferroviário de Itapetininga, AEATGI – Associação dos Ex-Atiradores  e Amigos do Tiro de Guerra, Grupo ‘Vamos ao Teatro e outros encetaram uma verdadeira CRUZADA CULTURAL, visando a manutenção da Casa Kennedy e do Museu Carlos Ayres, com seu patrimônio histórico, físico e cultural!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




EDITORIAL: 'O despejo das Letras' II


EDITORIAL

‘O DESPEJO DAS LETRAS!’  II

“A Casa 52 não existe mais!” – Myrna Ely Atalla Senise da Silva, Secretária da Academia Sorocabana de Letras

 

Conforme noticiado pelo jornal ROL no dia 05 de julho passado, em Editorial sob o título ‘O despejo das Letras!’, a Academia Sorocabana de Letras, desde 2011, vem ocupando a Casa 52 do Jardim Maylasky (em frente à antiga Estação Ferroviária), cedida a ela por um protocolo de intenções assinado pelo então prefeito Vitor Lippi.

O indignado editorial ocorreu, porque no dia 27 de junho, alguns dias antes, em atendimento ao solicitado pelo secretário do Gabinete Central da Prefeitura, Hudson Zuliani, o atual presidente da ASL, o historiador e jornalista Geraldo Bonadio, acompanhado por alguns acadêmicos, estiveram na Prefeitura de Sorocaba, na presença de Zuliani e do Secretário de Assuntos Jurídicos, Eric Vieira, e foram informados de que a Prefeitura queria romper o protocolo de intenção e assim retomar o imóvel que então abrigava a chamada ‘Casa 52’, sede da academia sorocabana.

Segundo os servidores públicos, a medida estaria ligada a um tal “programa de redução de gastos” determinado pelo prefeito José Crespo.

O presidente da ASL, jornalista Geraldo Bonadio argumentou que estranhava a atitude do prefeito, pois a Casa 52 era um imóvel com características de moradia, sem condições mínimas de tamanho e acessibilidade para abrigar qualquer dependência administrativa da Prefeitura, mesmo de pequeno porte.

Mais ainda, o presidente lembrou que se o Protocolo de Intenções firmado entre a casa de cultura e a Prefeitura previa uma cessão em comodato e que, se tal não ocorreu, foi exclusivamente porque a Prefeitura não tinha o domínio do imóvel, que continuava a pertencer à União, uma vez que não foi incluído no documento que cedeu à Prefeitura o patrimônio da antiga Estrada de Ferro Sorocabana.

Os secretários municipais propuseram que a Academia aceitasse transferir sua sede para um imóvel propriedade do município localizado nos fundos da indústria Alberflex, no Jardim Saira, sede essa que a ASL deveria compartilhar com a Associação Sorocabana de Imprensa – ASI, que também iria perder sua sede, na avenida Antonio Carlos Comitre, no Parque Campolim.

Para Bonadio, essa proposta representaria uma verdadeira ‘eutanásia’, uma vez que se tratava de um prédio situado num ponto isolado do município, de difícil acesso e sem segurança, no qual a Academia não teria condições de atuar e nem de sobreviver. Destacou ainda que, a despeito de seus modestos recursos, a Academia Sorocabana de Letras desenvolve importantes programas culturais nas áreas das letras, artes e ciências, sem qualquer ônus para o município e esse trabalho representava importante contribuição para a cultura de Sorocaba e região, não se justificando, portanto, a afirmação da funcionária Claudia Ribeiro Tavares, atual chefe da Divisão de Patrimônio da Secretaria da Cultura, que o local era subutilizado.

Os argumentos de Geraldo Bonadio, no entanto, não foram aceitos pela Prefeitura e, assim, a Academia teria até o dia 13 de agosto para desocupar o imóvel.

Para a surpresa dos acadêmicos, porém, no dia 11 (sexta-feira), enquanto o acervo ali existente estava sendo retirado e transferido para locais variados, o prédio foi invadido por funcionários da Prefeitura ”de forma truculenta e desrespeitando o prazo de 10 dias concedidos”, segundo a secretária da Academia, a professora Myrna Ely Atalla Senise da Silva. Ainda de acordo com ela, “o secretário Zuliani e outros secretários, com seus assessores, se uniram, aproveitando um encontro que ela havia agendado com Fernandinho, assessor da Secretaria de Esportes – Semes, para analisar o espaço da Casa”, acrescentando que  essa “foi uma situação ridícula corroborada pelo secretário da Cultura, Werinton Kermes, que chegou gargalhando e abraçando todo o pessoal das secretarias e ainda a olhou, dizendo (enquanto sorria e abraçava os demais) que a Academia perdeu a sede devido à sujeira feita por moradores de rua”.

Em sua indignação, Myrna diz ter-se lembrado do escritor inglês George Orwell e de suas conhecidas obras: ‘1984’ e ‘A revolução dos Bichos’, e de Bertholt Brecht, destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX, com seus poemas contundentes contra a opressão. E citou o religioso, filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus, Padre Antônio Vieira com seus sermões magníficos enfrentando a inquisição. “Agradeci à Literatura pelo conhecimento e pelo poder de análise e percepção da vida e à Semiótica que nos ajuda na prática”. E encerrou seu pesaroso desabafo, num tom emocionado: “Por que os policiais e todos aqueles secretários e assessores não foram ao pelourinho, marco histórico de Sorocaba? Que absurdo, ‘meu Deus, tanto horror perante os céus!’ Sabe, querido Castro Alves, tudo isso em pleno dia do advogado. As nulidades persistem, insistem e avançam, mas não triunfarão, caríssimo Rui. Aguardemos. O tempo é de espera. Uma “flor nascerá no asfalto”, como diz Drummond. Nada como o tempo e toda a terra será “nave espacial povoada de sonhos” e não de mediocridade. Eu acredito.”

 

A Casa 52 vai virar repartição pública

O imóvel motivo da desavença entre a comunidade cultural de Sorocaba e a Prefeitura abrigará a Secretaria de Esportes .

 

O fim justifica os meios?

A indignação do presidente e o desabafo da secretária da Academia Sorocabana de Letras são justíssimos e apropriados, segundo Sergio Diniz da Costa e Helio Rubens de Arruda e Miranda, editores do jornal eletrônico ROL – REGIÃO ON LINE! E refletem o trato, ou melhor falando, o maltrato com que a Cultura é tratada em nosso país, agora infelizmente, com destacada gravidade em Sorocaba, com reflexos em todas as cidades da região.

O maltrato com que a Prefeitura Municipal de Sorocaba tratou a ASL – Academia Sorocabana de Letras também atingiu em cheio outra entidade cultural de grande importância, a ASI – Associação Sorocabana de Imprensa, que também ocupava um imóvel público.

Monteiro Lobato afirmou que “Um país se faz com homens e com livros”. E bem poderia completar a frase: “E se desfaz com arremedos de homens públicos”!

A editoria do ROL-REGIÃO ON LINE entende que tais atitudes enegrecem a imagem da cidade de Sorocaba e lamenta que entidades culturais tradicionais como a ASL e a ASI tenham sido alvos de medidas retrógradas e anticulturais como as adotadas e espera que a Prefeitura de Sorocaba reveja essas decisões e compense as duas organizações com outras possibilidades de instalações, de modo que possam continuar prestando seus relevantes serviços à população.




EDITORIAL: Vale repeteco: 'O DESPEJO DAS LETRAS'

Editorial: 

‘O DESPEJO DAS LETRAS!’

É do escritor Monteiro Lobato a célebre frase: “O Brasil se faz com homens e livros”.
E de livros, as Academias de Letras entendem muito bem, obrigado!

Em 2015, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização internacional, composta por 34 países e com sede em Paris que tem por objetivo promover políticas que visem o desenvolvimento econômico e o bem-estar social de pessoas por todo o mundo, avaliou 76 países, por meio do desempenho de alunos de 15 anos em testes de Ciências e Matemática. E o Brasil ficou na 60.ª posição no ranking mundial de educação

O relatório da OCDE ressalta o grande número de estudantes que abandonam a escola e chama a atenção para a qualidade do ensino ofertado. “Apesar de praticamente todas as crianças entre 7 e 14 anos de idade ingressarem nas escolas no começo do ano, nem todos continuam até o final. Eles abandonam porque o currículo escolar não é atrativo, porque precisam trabalhar ou por ter dificuldade em acompanhar as aulas.”

Se o Poder Público no Brasil não consegue ofertar aos jovens um currículo escolar atrativo, que alternativas lhes restam para amealhar conhecimentos? E de forma prazerosa?

Uma das alternativas é representada pelas Academias de Letras, ou de Letras e Artes.

Em Sorocaba, há 38 anos, foi fundada a Academia Sorocabana de Letras – ASL. E, nesse período, tem realizado múltiplos saraus lítero-musicais, como, por exemplo, os 110 anos de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Buarque de Hollanda, os 100 anos de Nelson Rodrigues e Jorge Amado; além do centenário de Luiz Gonzaga e show de música popular, com o apoio do Conjunto Entre Amigos, cursos de cinema – ministrados pelo Prof. Dr. Paulo Schettino, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte -, lançamentos de livros, além das palestras realizadas durante suas reuniões, sempre abertas a todos os interessados.

A ASL, desde 2011, vem ocupando a Casa 52 do Jardim Maylasky (em frente à antiga Estação Ferroviária), cedida à Academia – que ali instalou seu espaço cultural – por um protocolo de intenções assinado pelo então Prefeito Vitor Lippi.

Entretanto, essa Floração Cultural Acadêmica está em via de receber uma poda drástica e sem razão de ser.

No dia 27 de junho, atendendo solicitação do Secretário do Gabinete Central da Prefeitura, Hudson Zuliani, o atual presidente da ASL, o historiador e jornalista Geraldo Bonadio, e alguns acadêmicos, estiveram na Prefeitura, quando, então, recebidos por Zuliani ele e pelo Secretário de Assuntos Jurídicos, Eric Vieira, foram informados que a Prefeitura vai retomar a Casa 52, sede da Academia.

Segundo os Secretários, a medida estaria ligada, supostamente, ao programa da atual Administração de reduzir os gastos do Município com aluguel de prédios destinados a suas repartições.

De acordo com o presidente Bonadio, no entanto, “o argumento é dos mais pífios. Antiga moradia de pequeno porte, a Casa 52 não tem condições mínimas de tamanho e acessibilidade para abrigar qualquer dependência administrativa da Prefeitura, mesmo de pequeno porte. Ademais, se o protocolo de intenções não deu origem a uma cessão em comodato tal não ocorreu por inércia da Academia, como já destacado acima.

O comodato não se efetivou simplesmente porque a Prefeitura não tem o domínio do imóvel, que continua a pertencer a União, uma vez que não foi incluído no documento que cedeu à Prefeitura o patrimônio da antiga Estrada de Ferro Sorocabana.”

Ainda segundo Bonadio, “A fim de dourar a pílula, Zuliani e Vieira propuseram que a Academia aceitasse transferir sua sede para um imóvel do Município, nos fundos da Alberflex, no Jardim Saira, que deveríamos compartilhar com a Associação Sorocabana de Imprensa – que também vai perder sua sede, na Avenida Antonio Carlos Comitre, Parque Campolim.

Para Bonadio, essa proposta representa uma eutanásia, uma vez que, “naquele prédio, situado num ponto isolado, de difícil acesso e sem segurança, não teríamos condição de atuar nem de sobreviver.”

Bonadio ainda ressalta que “O que a administração do Prefeito José Crespo está fazendo nada mais é do que dar sequência aos desastrosos gestos dos ex-Secretários da Cultura do governo anterior, que tudo fizeram, pessoalmente e através de subordinados seus, para retirar aquele imóvel, antes usado como depósito, de uma instituição que, a despeito de seus modestos recursos, vem desenvolvendo programas culturais nas áreas das letras, artes e ciências humanas, sem qualquer ônus para o Município. Exemplo disso é a manifestação, inserida no processo relativo ao protocolo de intenções, pela funcionária Claudia Ribeiro Tavares, atual Chefe da Divisão de Patrimônio da Secretaria da Cultura, que, num momento em que as atividades na Casa 52 eram particularmente intensas, nele lançou a informação de que o local era subutilizado.

O ritmo de atividades então desenvolvido sofreu, como toda a sociedade brasileira, o impacto do momento sombrio em que estamos vivendo, em que as possibilidades de apoio da iniciativa privada – que, entre outras coisas, nos permitiu dar condições utilização ao velho imóvel que recebemos da Prefeitura – se reduziram notavelmente.

Obviamente, isso em nada reduz a infelicidade da iniciativa do atual governo municipal, provavelmente o único no Brasil a despojar uma academia de letras que funciona há quase 40 anos, de um espaço vital para o desenvolvimento de sua política de, sem ônus para o poder público, viabilizar o acesso dos cidadãos à produção cultural no campo das letras, artes e ciências humanas.”

Esperamos que a Prefeitura, ciente da importância de apoiar as atividades culturais de Sorocaba, reveja sua posição e reafirme seu apoio à Academia Sorocabana de Letras, demonstrando, assim, seu interesse em manter bons relacionamentos com a imprensa e as entidades culturais de Sorocaba e Região.

É do escritor Monteiro Lobato a célebre frase: “O Brasil se faz com homens e livros”. E de livros, as Academias de Letras entendem muito bem, obrigado!

Sergio Diniz da Costa e Helio Rubens de Arruda e Miranda – Editores

Frente da Casa 52

Momentos do lançamento do livro do prof. Dr. Paulo Schettino

   Ao microfone, o presidente da ASL, Geraldo Bonadio
 O Prof. Dr.  Paulo Schettino

  




Editorial: 'O despejo das Letras'

Editorial: 

‘O DESPEJO DAS LETRAS!’

É do escritor Monteiro Lobato a célebre frase: “O Brasil se faz com homens e livros”. E de livros, as Academias de Letras entendem muito bem, obrigado!

 

Em 2015, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização internacional, composta por 34 países e com sede em Paris que tem por objetivo promover políticas que visem o desenvolvimento econômico e o bem-estar social de pessoas por todo o mundo, avaliou 76 países, por meio do desempenho de alunos de 15 anos em testes de Ciências e Matemática. E o Brasil ficou na 60.ª posição no ranking mundial de educação

O relatório da OCDE ressalta o grande número de estudantes que abandonam a escola e chama a atenção para a qualidade do ensino ofertado. “Apesar de praticamente todas as crianças entre 7 e 14 anos de idade ingressarem nas escolas no começo do ano, nem todos continuam até o final. Eles abandonam porque o currículo escolar não é atrativo, porque precisam trabalhar ou por ter dificuldade em acompanhar as aulas.”

Se o Poder Público no Brasil não consegue ofertar aos jovens um currículo escolar atrativo, que alternativas lhes restam para amealhar conhecimentos? E de forma prazerosa?

Uma das alternativas é representada pelas Academias de Letras, ou de Letras e Artes.

Em Sorocaba, há 38 anos, foi fundada a Academia Sorocabana de Letras – ASL. E, nesse período, tem realizado múltiplos saraus lítero-musicais, como, por exemplo, os 110 anos de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Buarque de Hollanda, os 100 anos de Nelson Rodrigues e Jorge Amado; além do centenário de Luiz Gonzaga e show de música popular, com o apoio do Conjunto Entre Amigos, cursos de cinema – ministrados pelo Prof. Dr. Paulo Schettino, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte -, lançamentos de livros, além das palestras realizadas durante suas reuniões, sempre abertas a todos os interessados.

A ASL, desde 2011, vem ocupando a Casa 52 do Jardim Maylasky (em frente à antiga Estação Ferroviária), cedida à Academia – que ali instalou seu espaço cultural – por um protocolo de intenções assinado pelo então Prefeito Vitor Lippi.

Entretanto, essa Floração Cultural Acadêmica está em via de receber uma poda drástica e sem razão de ser.

No dia 27 de junho, atendendo solicitação do Secretário do Gabinete Central da Prefeitura, Hudson Zuliani, o atual presidente da ASL, o historiador e jornalista Geraldo Bonadio, e alguns acadêmicos, estiveram na Prefeitura, quando, então, recebidos por Zuliani ele e pelo Secretário de Assuntos Jurídicos, Eric Vieira, foram informados que a Prefeitura vai retomar a Casa 52, sede da Academia.

Segundo os Secretários, a medida estaria ligada, supostamente, ao programa da atual Administração de reduzir os gastos do Município com aluguel de prédios destinados a suas repartições.

De acordo com o presidente Bonadio, no entanto, “o argumento é dos mais pífios. Antiga moradia de pequeno porte, a Casa 52 não tem condições mínimas de tamanho e acessibilidade para abrigar qualquer dependência administrativa da Prefeitura, mesmo de pequeno porte. Ademais, se o protocolo de intenções não deu origem a uma cessão em comodato tal não ocorreu por inércia da Academia, como já destacado acima.

O comodato não se efetivou simplesmente porque a Prefeitura não tem o domínio do imóvel, que continua a pertencer a União, uma vez que não foi incluído no documento que cedeu à Prefeitura o patrimônio da antiga Estrada de Ferro Sorocabana.”

Ainda segundo Bonadio, “A fim de dourar a pílula, Zuliani e Vieira propuseram que a Academia aceitasse transferir sua sede para um imóvel do Município, nos fundos da Alberflex, no Jardim Saira, que deveríamos compartilhar com a Associação Sorocabana de Imprensa – que também vai perder sua sede, na Avenida Antonio Carlos Comitre, Parque Campolim.

Para Bonadio, essa proposta representa uma eutanásia, uma vez que, “naquele prédio, situado num ponto isolado, de difícil acesso e sem segurança, não teríamos condição de atuar nem de sobreviver.”

Bonadio ainda ressalta que “O que a administração do Prefeito José Crespo está fazendo nada mais é do que dar sequência aos desastrosos gestos dos ex-Secretários da Cultura do governo anterior, que tudo fizeram, pessoalmente e através de subordinados seus, para retirar aquele imóvel, antes usado como depósito, de uma instituição que, a despeito de seus modestos recursos, vem desenvolvendo programas culturais nas áreas das letras, artes e ciências humanas, sem qualquer ônus para o Município. Exemplo disso é a manifestação, inserida no processo relativo ao protocolo de intenções, pela funcionária Claudia Ribeiro Tavares, atual Chefe da Divisão de Patrimônio da Secretaria da Cultura, que, num momento em que as atividades na Casa 52 eram particularmente intensas, nele lançou a informação de que o local era subutilizado.

O ritmo de atividades então desenvolvido sofreu, como toda a sociedade brasileira, o impacto do momento sombrio em que estamos vivendo, em que as possibilidades de apoio da iniciativa privada – que, entre outras coisas, nos permitiu dar condições utilização ao velho imóvel que recebemos da Prefeitura – se reduziram notavelmente.

Obviamente, isso em nada reduz a infelicidade da iniciativa do atual governo municipal, provavelmente o único no Brasil a despojar uma academia de letras que funciona há quase 40 anos, de um espaço vital para o desenvolvimento de sua política de, sem ônus para o poder público, viabilizar o acesso dos cidadãos à produção cultural no campo das letras, artes e ciências humanas.”

Esperamos que a Prefeitura, ciente da importância de apoiar as atividades culturais de Sorocaba, reveja sua posição e reafirme seu apoio à Academia Sorocabana de Letras, demonstrando, assim, seu interesse em manter bons relacionamentos com a imprensa e as entidades culturais de Sorocaba e Região.

É do escritor Monteiro Lobato a célebre frase: “O Brasil se faz com homens e livros”. E de livros, as Academias de Letras entendem muito bem, obrigado!

Sergio Diniz da Costa e Helio Rubens de Arruda e Miranda – Editores

Frente da Casa 52

 

Momentos do lançamento do livro do prof. Dr. Paulo Schettino

   Ao microfone, o presidente da ASL, Geraldo Bonadio

 

 O Prof. Dr.  Paulo Schettino

 

  




EDITORIAL: UM PROJETO QUE JÁ DURA HÁ 23 ANOS

      Foto do perfil de ROL - REGIAO ON LINE         

EDITORIAL

UM PROJETO QUE JÁ DURA HÁ 23 ANOS

Prezados leitores e amigos em geral,

Eis-me aqui, meio constrangido diante da grande responsabilidade de escrever, ainda que rapidamente, sobre um projeto que hoje podemos considerar como vencedor, eis que ultrapassou barreiras difíceis ao longo de sua vida, mas nunca parou de atuar e atualmente tem um papel importante para a cultura regional.

Há 23 anos, exatamente no dia 22 de abril de 1994, o meu espirito jornalístico e minha veia inovadora se uniram e conceberam o jornal virtual ROL – REGIÃO ON LINE.

Àquela época, a internet ainda era muito pouco conhecida e poucos eram seus usuários, principalmente em Itapetininga, onde nasceu o jornal. Também não existia, como hoje, o interesse popular pelo noticiário. Os profissionais da área eram poucos e as oportunidades de trabalho raríssimas, o que fazia do jornalismo uma atividade restrita a poucos abnegados que, em sua maioria, não atuavam profissionalmente, mais ‘por amor à arte’ ou como bico de sobrevivência.

Um jornal virtual – pensei – poderia ajudar a aumentar o interesse pelas notícias em geral e, principalmente, pelas atividades culturais. E assim nasceu o ROL – Região On Line, com a pretensão clara de funcionar como um veículo virtual resumidor dos principais fatos nacionais e internacionais, dando entre elas destaque para as matérias culturais.

Para que tal fosse possível, entretanto, há que se registrar o papel importantíssimo e também altruístico do meu amigo João Bosco Ferrari, que – também corajosamente! – havia criado a Itapedigital, portal que até hoje hospeda, gratuitamente, o nosso jornal!

Confesso que tentei, mas não consegui, viabilizar economicamente um jornal com essas características, portanto,… lucrativo. Cheguei até em sonhar com uma quantidade de anunciantes que proporcionasse condições para manter uma Redação com profissionais do jornalismo atuando e com ramificações em todas as cidades da região. Mas foi um sonho mesmo: após alguns anos de publicação, o ROL continuou sendo editado, publicado e divulgado por mim mesmo…

Quando me mudei para Sorocaba minha vida ficou mais ocupada ainda e passei a ter dificuldades de continuar agindo como ‘faz-tudo’ no jornal. O que animava é que ele ia muito bem, com muitos acessos e importantes colaboradores, um deles meu saudoso e querido amigo Douglas Lara.

Lembro do Douglas com muito carinho. Ele foi grande colaborador do ROL, primeiramente como colunista, depois como fornecedor de notícias e finalmente como Editor. Certa ocasião, percebendo minhas dificuldades de tempo, ele se ofereceu – e eu aceitei prazerosamente! – para assumir a editoria geral do jornal, função que cumpriu por alguns anos, com galhardia, mantendo sempre as mesmas características iniciais.

Após alguns anos, Douglas Lara me chamou e disse algo do tipo “foi bom enquanto durou, mas não posso continuar devido às minhas muitas outras atividades”. Eu sabia que a atitude dele se justificava plenamente. Além de um dos maiores conhecedores de administração de condomínios de Sorocaba, ele dava aulas de Inglês para executivos, fazia divulgação de escritores e o primeiro criador de cooperativas de escritores de Sorocaba, gerando assim várias publicações de antologias, entre elas a série ‘Roda Mundo’, grande sucesso literário. Douglas Lara foi, ainda, o criador da ‘Semana do Escritor’, evento cultural realizado uma vez por ano na Fundec – Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba e que serviu de palco para o lançamento dos principais livros da época.

Numa nova fase de vida do ROL, a minha confessa incapacidade de conseguir viabilizar economicamente o jornal ficou em segundo plano e prevaleceu o vetor jornalístico da minha personalidade e voltei a ser o ‘faz-tudo’ no jornal, convicto de que a cultura era merecedora desse esforço. E o ROL foi prosseguindo em sua jornada e hoje está ai, com muitos colaboradores, leitores em vários países do mundo, grande e qualificada audiência e uma lista de assinantes com mais de seis mil endereços, que recebem habitualmente o ‘Boletim do ROL’ com as últimas matérias publicadas.

Resumidamente, essa é, felizmente, uma história de sucesso para contar. O que dá orgulho é que, mesmo neste mundo onde o ganhar dinheiro é fundamental, o ROL nunca cedeu aos poderosos, nem mesmo durante a ditadura, sem nunca ter ‘quebrado a espinha’ diante de políticos, empresários e governos, o que lhe confere até hoje a manutenção dos seus princípios iniciais: a pratica de um jornalismo independente, sério e confiável editorialmente.

O que mudou do início para agora?

Digamos que o jornal cresceu muito em número de acessos, é lido em vários países do mundo e se dedica atualmente a divulgar apenas notícias de caráter cultural e artigos de selecionadíssimos colunistas.

Nova e importante fase

Sem disfarçar uma certa arrogância, costumo dizer, em alto e bom som, que o jornal eletrônico ROL – REGIÃO ON LINE conta com os melhores colunistas da internet! E tenho certeza que ao afirmar isso não fico longe da verdade: a qualidade dos nossos colunistas-colaboradores é realmente invejável, com escritores, professores e eruditos de grande estofo cultural e moral. Eles moram em outras cidades, outras regiões e até mesmo em outros Estados brasileiros, mas pertencem ao mesmo grupo de pessoas idealistas, atualizadas e, especialmente, dignas. A eles rendo o meu maior respeito e meus mais profundos agradecimentos por continuarem mantendo vínculos afetivos e culturais com o nosso jornal.

Importante registrar ainda, que o sucesso atual do ROL se deve ao apoio especial de algumas pessoas, entre elas – faço questão de destacar! – o já citado João Bosco Ferrari, o maior conhecedor de internet que conheço e, em especialíssimo destaque o coeditor do ROL, o escritor Sergio Diniz da Costa que, lá de Sorocaba, ajuda a comandar a brilhante equipe à qual todos pertencemos. A ele devo o renovar do meu ânimo, a conquista de novos e importantes colunistas, a publicação de outras notícias culturais e seu amor entusiasmado ao jornalismo que praticamos.

É assim, 23 anos depois, que conto ‘um pouco’ da história do ROL. Quem sabe, algum dia, ainda terei oportunidade de contar mais detalhes sobre essa trajetória muito difícil, mas mais venturosa ainda, que gerou e mantém o nosso jornal. Mais detalhes e mais competentemente, escreverá sobre o ROL, a seguir, meu amigo, meu irmão de fé e de trabalho, o editor Sergio Diniz da Costa (Helio Rubens de Arruda e Miranda).

 

Do Facebook ao ROL

Há dois tipos de rastilho: um, de natureza material, constituído de um fio coberto de pólvora ou embebido em qualquer substância combustível, para comunicar fogo a algo, geralmente uma carga explosiva que, muitas vezes, é empregado para ceifar vidas.

Há outro tipo, porém: aquele de natureza imaterial, constituído por um filamento de natureza etérea, translúcido, que liga os seres vivos e os mantém unidos numa comunhão de pensamentos e sentimentos altruísticos.

Foi este segundo tipo de rastilho que me ligou ao jornal ROL e, em particular, ao seu Editor, Helio Rubens de Arruda e Miranda.

E esse rastilho foi aceso no meado de março de 2016, quando eu estava navegando pela maior rede social em todo o mundo, o Facebook, quando me deparei com a postagem de uma querida amiga, a poetisa e educadora Mara Souza.

Li o interessantíssimo artigo (sobre Educação) e já me preparava para parabenizá-la e comentá-lo, quando me chamou a atenção o veículo de comunicação onde o artigo fora escrito: o jornal ROL – Região Online, de Itapetininga (SP)!

Confesso que, até então, não ouvira falar do jornal ROL. E, talvez, impulsionado por aquele misterioso ‘Vento das Oportunidades’, que ateia o Fogo das Grandes Descobertas, interessei-me por conhecê-lo.

A amiga Mara, nesse momento, como multiplicadora, ou intercessora de oportunidades que é, se dispôs a me apresentar ao Editor do ROL, o jornalista Helio Rubens de Arruda e Miranda, indicando-me como colunista.

Considerando-se a idoneidade moral e intelectual, bem como a bagagem cultural da amiga Mara, o então desconhecido (pra mim) Helio Rubens imediatamente acatou meu nome e, no dia 20 de março, apresentou-se oficial e estrondosamente aos leitores do ROL.

Quero registrar aqui, que não acredito no ‘acaso’. Creio, sim, numa incomensurável e, para nós, misteriosa e incognoscível ‘Teia Universal’, que liga ou atrai as pessoas para um determinado fim, cujo resultado, em última instância, é a evolução espiritual. Nesta linha de pensamento, destaco que o Helio Rubens é sobrinho de um querido professor de Direito civil que tive na FADI-Sorocaba, o saudoso mestre Darcy de Arruda Miranda, sobre quem escrevi a crônica ‘O jurista e o carvalho’, publicada originariamente no jornal Cruzeiro do Sul.

E foi com este sentimento íntimo que, aceito jubilosamente pelo ROL, a ele me incorporei com o entusiasmo que me move para todas as atividades para as quais a vida me abre as portas.

Neste primeiro ano como colunista, publiquei em torno de 60 textos, entre crônicas, contos, poesias, pensamentos, homenagens, a coluna que assino no jornal da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Votorantim e Região – APEVO e entrevistas.

A afinidade com os propósitos culturais do jornal levaram-me a sugerir novas categorias de espaços textuais e o jornal passou a dedicar espaços exclusivos para pensamentos, poesias e divulgação de trabalhos artísticos em geral.

Impregnado pelo entusiasmo do Helio Rubens e com o aval dele, indiquei novos colunistas e colaboradores.

Essa ‘Chama de Ardor e Comprometimento’ não passou despercebida dele e, por um ato de extrema generosidade e confiança, convidou-me para ser o Editor Regional do ROL, ou, como humildemente prefere denominar, simplesmente Editor, afirmando publicamente que, a partir de agora, o ROL tem dois editores: ele e eu!

Esse despojamento da parte do amigo Helio Rubens ─ a quem eu prefiro chamar de Editor-Mor do ROL! ─ quando me fez o convite, me fez lembrar de uma frase do Físico Sir Isaac Newton: “Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes”.

Pra mim, o amigo Helio Rubens é um desses gigantes sobre cujos ombros tenho me apoiado pela vida afora, a fim de enxergar mais longe.

O idealismo, a persistência, a inteligência, a cultura geral e a integridade moral do amigo Helio Rubens tem-me feito ver que, hoje, faço parte de uma grande e extraordinária família: a Família ROLiana! (Sergio Diniz da Costa)

 




Editorial: 'Está dificil, mas vai melhorar!'

Helio Rubens
Helio Rubens

Helio Rubens de Arruda e Miranda: ‘Está difícil, mas vai melhorar!’

Na minha opinião, o nosso país passa por um momento de grande turbulência social, mas característico de um novo período mais decente, mais civilizado.

Nosso povo está cada vez lúcido e participativo, não admitindo e nem mais achando ‘natural’ a corrupção dos políticos e dos funcionários públicos e nem as mordomias deles, o que nos permite prever que essas barbaridades estão prestes a serem eliminadas da vida pública nacional.

As instituições pilares da democracia – Executivo, Legislativo e Judiciário – estão funcionando bem, ainda que chocando-se entre sí devido aos problemas detectados nos três poderes, mas a ordem e a Constituição estão sendo mantidas, sem perigo aparente de golpes de esquerda ou de direita e com os militares a postos, prontos para intervirem se forem chamados pelos civis, isso se chama democracia!

A Policia Federal, o Ministério Público e a Justiça (Operação Lava-Jato) estão funcionando a todo vapor e localizando focos de corrupção em todas as áreas, não só no governo federal, permitindo assim que, pela primeira vez na história do Brasil, os safados e bandidos não tenham mais certeza de sua impunidade. Como ‘prova disso’ estamos vendo prisões de políticos antes ‘inatingíveis’, como senadores, deputados e até governadores corruptos e empresários corruptores, o que é ótimo!.

Os movimentos de extrema esquerda e extrema direita estão limitados a pequenos grupelhos ansiosos pela volta ao poder, mas distantes, felizmente, dessa possibilidade.

O caos econômico herdado das administrações públicas anteriores, está sendo controlado (inflação, inclusive) e até re-regulamentados, o que significa que o preço que a sociedade terá que pagar por ter eleito maus dirigentes não será tão grande, ainda que à custa de muitos sacrifícios.

A imprensa cumpre seu papel, muitas vezes distorcendo ou omitindo fatos importantes, mas funcionando de maneira livre, o que é uma garantia de que as bandalheiras não serão escondidas da população.

Enfim, gente, enquanto houver estabilidade institucional, podemos continuar a ter esperanças de que possamos vir a viver num país melhor, mais civilizado, menos injusto socialmente.

Estamos nesse caminho, apesar – e por causa! – dos problemas que só agora estão sendo detectados!

Que assim seja!