Secretaria de Cultura e Turismo de Manhuaçu (MG) começa rodada de palestras sobre educação patrimonial nas escolas municipais

As ações têm por objetivo ensinar os alunos a importância sobre os patrimônios do município e acontecerão até o dia 07 de novembro

Foi iniciada nesta quarta-feira (26/10) a rodada de palestras sobre educação patrimonial nas escolas municipais de Manhuaçu. As ações tem por objetivo ensinar os alunos a importância sobre os patrimônios do município e acontecerão até o dia 07 de novembro.

A primeira instituição a receber as palestras foi a Escola Municipal Camilo Felipe Nacif, onde alunos do 3º ao 5º ano receberam a cartilha sobre o patrimônio cultural municipal e participaram de oficinas. “Nós estamos trabalhando com três ações: palestra sobre o patrimônio cultural e entrega das cartilhas, oficina de pinte o patrimônio cultural tombado e e criação do mascote da cartilha impressa do patrimônio cultural que será lançada em 2023. Todas essas ações servirão para a pontuação para que ocorram os repasses do ICMS do patrimônio cultural. Também será feito um relatório para enviar para o IEPHA de Minas Gerais”, explica Fabrício Santos, professor e diretor municipal de cultura e patrimônio.

Confira o cronograma das próximas ações:

01/11 – Escola Municipal Ponte da Aldeia

03/11 – Escola Municipal Sônia Maria Batista

03/11 – Escola Municipal São Vicente de Paulo (CAIC)

04/11 – Escola Municipal Rita Clara Sette (Santo Amaro)

04/11 – Escola Municipal Vila Nova

07/11 – Escola Municipal Eni Alves Nogueira (Palmeiras)

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Comendador Fabrício Santos

Comendador Fabrício Santos é correspondente do Jornal RROL pela cidade de Manhuaçu (MG)

 

 

 

 

 

 

 




Territórios negros: uma experiência de Educação para as Relações Étnico-Raciais

Crédito da foto: Carlos Carvalho Cavalheiro

“A educação patrimonial é uma maneira de valorizar a História e a memória dos grupos que foram invisibilizados por um processo cruel de exclusão alicerçado no preconceito e na discriminação.”

A educação patrimonial é uma maneira de valorizar a História e a memória dos grupos que foram invisibilizados por um processo cruel de exclusão alicerçado no preconceito e na discriminação. Por esse motivo, o conhecimento do passado dos grupos subalternizados permite a ocorrência do processo de reeducação voltada para uma sociedade inclusiva, humana e justa.

Dentre os diversos grupos que tiveram negado o seu direito à História e à Memória está aquele formado pelos afrodescendentes que viveram e vivem no Brasil. Partindo do princípio de que toda cidade tem história, o projeto Territórios Negros – Itinerários de Resistência, promovido pelo setor de Turismo Social do SESC Sorocaba, pretende construir uma narrativa sobre as histórias de resistência através da cultura popular pelo interior de São Paulo. Destro dessa perspectiva, no último sábado, dia 17 de setembro, o SESC realizou esse projeto que incluiu visita monitorada à Capela de João de Camargo, o Clube 28 de Setembro e um passeio por lugares de memória negra na área central de Sorocaba.

Com a presença do historiador Carlos Carvalho Cavalheiro, do pesquisador Ademir Barros dos Santos e da turismóloga Solange Barbosa, um grupo de pessoas previamente inscritas participou dessa vivência que muito colabora para a Educação das Relações Étnico-Raciais.

O objetivo do projeto Territórios Negros – Itinerários de Resistencia foi o de construir uma narrativa sobre as histórias de resistência através da cultura popular pelo interior de São Paulo e, de forma bem simples, envolver o público com o espaço e provocar uma reflexão do contexto com os fatos históricos do Brasil, sempre trabalhando a importância dos princípios éticos e respeito ao próximo, com a reflexão e a perspectiva de vida de cada um, reforçando a importância da transmissão do saber e o respeito às tradições.

Durante a parte da manhã, os participantes puderam conhecer um pouco mais sobre a emblemática figura de João de Camargo. O pesquisador Ademir Barros dos Santos discorreu sobre traços biográficos do taumaturgo da Água Vermelha, enquanto o historiador Carlos Carvalho Cavalheiro evidenciou o sujeito histórico que permeia a memória do homem “santo e místico”. Cavalheiro informou sobre a construção de um território negro no entorno da Igreja construída por João de Camargo, além de sua atuação na construção de escola e constituição de banda musical, as quais deram dignidade e garantiram trabalho para a população negra e pobre de Sorocaba, excluída das benesses da “Manchester Paulista” (ideário da cidade burguês e industrial).

Solange Barbosa, por sua vez, relacionou as estratégias desenvolvidas por João de Camargo com traços culturais africanos, sobretudo de povos de língua banto.

Logo depois, o grupo se dirigiu até o Clube 28 de Setembro, oportunidade em que Ademir Barros dos Santos e Márcio Brown discorreram sobre a história daquela associação de negros sorocabanos surgida no ano de 1945. Após um almoço temático, o grupo percorreu alguns lugares de memória negra de Sorocaba, elaborado pelo historiador Carlos Cavalheiro.

O passeio Territórios Negros – Itinerários de Resistência carrega em si o potencial de se tornar uma referência na educação para as relações étnico-raciais, promovendo a valorização e o conhecimento sobre a memória, a História, a cultura e os saberes dos povos afro-brasileiros.

 

 

 

 

 

 




Curso de Educação Patrimonial está aberto para inscrições em Itapetininga

CURSO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL COMEÇA EM MAIO

O curso é uma iniciativa do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga, e será coordenado pelo professor Pedro Torres.

As inscrições já estão abertas e poderão ser feitas pessoalmente, no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (Casa Kennedy) ou pelo endereço eletrônico  consultoriasrodrigues@gmail.com, com pagamento previsto na primeira aula.

A curso conta com o apoio da Secretaria Municipal da Cultura, do INICS, da AIL – Academia Itapetiningana de letras e do ITP – Instituto Tigre Paulista e o CCBU-Casa Kennedy.

Com ‘1º CURSO DE AGENTE DIFUSOR DE EDUCAÇÁO PATRIMONIAL’, a Casa Kennedy pretende formar alunos especializados em conceitos inerentes á Educação Patrimonial, tema de especial relevância para a compreensão do meio ambiente cultural e será ministrado pelo professor Julio Barros (foto), técnico em Preservação Arquitetônica, Graduado em Restauração e Conservação de Bens Móveis e Imóveis, com especialização no Exterior em Identificação e Tratamento de Madeira, em Pedagogia, em Pós em Psicopedagogia Institucional, em Direito Ambiental e em Gestão de Projetos.

A duração total do curso é de 12 horas e as aulas serão dadas sempre às quintas feiras às 19 horas, uma por semana, dias 4, 11, 18 e 25 de maio na Casa Kennedy (Centro Cultural Brasil-Estados Unidos), à Rua Prudente de Moraes, 716 – Fone 15/3271-0955, onde devem ser feitas as inscrições.

O valor cobrado é quase simbólico: apenas R$ 80,00 (oitenta reais) pelo curso inteiro.

Ao final serão fornecidos Certificados de Participação aos que merecerem (mínimo de 70% de comparecimento).

Turmas com um máximo de 20 alunos.

Público alvo

professores, pesquisadores, historiadores, membros de ONGs de Preservação e Educação Ambiental, estudantes em geral, arquitetos Urbanistas, Técnicos Em Edificações, Turismólogos, Historiadores, Arqueólogos e outros.

Proposta

Este curso se propõe:
– Abordar o marco legal e conceitual da Educação Ambiental/Meio Ambiente Cultural – trazer o aluno ao entendimento do processo e importância da Educação Patrimonial ferramenta de preservação do meio ambiente cultural no Brasil
– Preparar os professores e outros profissionais para trabalharem como multiplicadores deste conhecimento
– Construir agentes culturais preparados para contribuir na preservação dos acervos materiais e imateriais
– Apresentar e discutir projetos que obtiveram sucesso no uso desta ferramenta, verificar a importância e necessidade destes instrumentos nos projetos de Gestão do Patrimônio Cultural, Restauração e Conservação de Bens Móveis e Imóveis, Arqueologia e além do artefato legal promover um ‘Agente Difusor’ de cidadania e da democratização do acesso à cultura, encerrando no aprendizado da construção de projetos experimentais de Educação Patrimonial.

Mais informações: com o Prof. Antonio Andrade, na Casa Kennedy: 15/3271-0955

Profissão

Segundo o professor Julio Barros, que tem 44 anos de vida profissional, o curso de Difusor da Educação Patrimonial pode trazer excelentes resultados para os alunos, inclusive permitindo a profissionalização na área.

Segundo o presidente do IHGGI, jornalista Helio Rubens de Arruda e Miranda, ‘Educação Patrimonial’ é uma matéria que precisa ser aplicada com técnica e esta se aprende com quem sabe: o professor Julio Ramos e que quem for certificado poderá se tornar um profissional da área”