Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Serenata’

A rua, antes escura,
foi iluminada pelas estrelas
Que vagavam pela madrugada
Junto à Lua em noite de serenata.
A Lua adentrava pela janela
espalhando cheirinho de canela.
Era um jeito de anunciar
que a viola já estava a suspirar.
As cantigas, selecionadas à moda antiga
prontas para a conquista
cheias de sabedoria e poesias
O violeiro apaixonado beijava uma flor
e oferecia à amada com todo seu amor.
A jovem, com o coração cheio de emoção,
permanecia até o fim da cantoria.
Com suavidade e naturalidade,
O seresteiro, deixava além da saudade
gestos ternos e eternos.

Eliana Hoenhe Pereira

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Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Meu coração viajante’

Deixei-me levar pelos caminhos dos ventos.

Percorri intensos sentimentos,

Voei com sutileza

pelas minhas profundezas

onde ninguém podia me encontrar.

É preciso voar

E pela vida se apaixonar.

Flutuei por entre cores e flores

sem olhar para trás.

Fui de mansinho 

em busca de outros ninhos.

O vento assobiava uma doce melodia

e me fez companhia.

Meu coração viajante,

ainda que por alguns instantes,

vi o seu olhar refletido no mar.

Eliana Hoenhe Pereira

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Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Magia da atração’

Foi um olhar de encantamento

onde os pensamentos alvoroçaram meus sentimentos 

tal como um beija-flor,

enfeitiçado pela sua flor.

Saí do ar e dançamos sob o luar.

Com toques delicados

beijei teus lábios,

provei do teu cheiro

ainda que ligeiro.

Impulsionada pela magia da atração

sem dar tempo ao coração consultar a razão

Uma sensação de um encontro já vivido

que por algum motivo havia se perdido

secreto e cheio de afeto.

Eliana Hoenhe Pereira

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Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Nada é para sempre’

Nada é para sempre,

A vida é como reticências,

Onde sonhos podem ser adormecidos,

Erros repetidos e promessas esquecidas.

À ausência de perspectivas para mudanças

Pode findar as esperanças.

Sentimentos enclausurados 

Com desejos de serem libertados.

À única certeza que se tem 

É que as flores florescem,

os versos renascem.

Há a frente um mar de oportunidades, 

escolhas com liberdade.

E sempre há tempo para rever os sentimentos,

Aprender e agradecer.

Eliana Hoenhe Pereira

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Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Importa-te’

Importa-te

Importa-te com quem te dá atenção.

que, nas horas difíceis , segura nas tuas mãos.

Com quem traz sorriso de confiança

como  a “flor da Esperança”

para cada amanhecer um florescer.

Mira em quem te admira,

em quem gosta de ver o mar,

abraçar e gargalhar.

A felicidade mora na simplicidade. 

Ignora quem te trata com indiferença,

que aponta a não importância da tua presença.

abrevia o olhar 

 e tampouco é capaz de te escutar.

Sem estreitamento do laço afetivo

a relação fica comprometida,

distante e insignificante.

Eliana Hoenhe Pereira

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Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Rompimento’

Rompimento

Por onde passa vai deixando rastos de sofrimento.

Laços são rompidos,

e tudo fica interrompido

até o sorriso.

Sentimento abafado e sufocado,

às vezes cria-se uma coluna profunda

Porém, tudo no seu tempo,

Ainda que o vento toque lento

A dor do silêncio sem cor

Se necessário for

Somente Ele para abreviar

o processo de superação

na busca pela compreensão

e acalentar o coração

Não existe uma fórmula mágica para curar

 É preciso ressignificar para recomeçar.

Eliana Hoenhe Pereira

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Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Simplicidade’

Entre, aconchega-te!

Tens toques de suavidade,

Lembras–me as flores do campo

Que me encantam pela sua beleza e abundância,

Florescem em lugares iluminados

Singelas e delicadas,

Desapegadas e descomplicadas.

Fáceis de serem cultivadas e de serem amadas

Como se fossem transparentes,

Parecem ler meus pensamentos.

Eliana Hoenhe Pereira

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