Erica Matias, poetisa e colunista do ROL tem poesia classificada em 1º lugar na lista dos finalistas do III Certamen poético en honor a Santa Ana – España

O concurso, organizado pela Congregación de Santa Ana de la Ciudad de Tudela na Espanha contou com a participação de poetas de vários países

 

O concurso, cuja temática fundamental foi sobre Santa Ana, Patrona de Tudela (cidade espanhola),  concurso contou com a participação de 104 obras literárias do território Espanhol outras mais de diversos países hispano-américos e, inclusive da China.

Os finalistas ganharão como premiação um diploma correspondente, além do livro com os poemas dos ganhadores e finalistas.

Lista com os finalistas   http://www.premiosliterarios.com/noticia.asp?idnoticia=28349

Erica participou com o poema ‘Clamor a la Santa Ana’:

 

Clamor a la Santa Ana

Como el agua del río

Los fieles por las calles caminan

Para mirar una estrella

Que con su luz pura

Todo el pueblo ilumina.

Por la fe y devoción

Es que la gente tudelana

Van a la catedral en tu celebración.

¡Oh gloriosa Santa Ana!

Bendiciones a este pueblo

Que bajo del sol de julio

Llena las calles de blanco y rojo,

Clamando tu protección.

Con el manto triangular

Oiga mis preces de todo el corazón.

Llenos de esperanza y olor de albahaca

Siguen cantando los niños

Que al mirar su imagen

Aprenden a adorarla

Para merecer tu gracia.

 

Erica Matias – ericauneal@outlook.com

 




Erica Matias, poetisa e colunista do ROL, tem poema selecionado para fazer parte da Antologia Poética, Prêmio Poetize 2018.

Erica Matias teve o poema “Estações’ selecionado no Concurso Nacional Novos Poetas para fazer parte da Antologia Poética, Prêmio Poetize 2018

 

         ESTAÇÕES

Sou como as flores brancas

Desabrochando no berço da primavera,

Perfumada com orvalho das manhãs acinzentadas.

Sou feito chuva,

Pingos d’água na janela,

Trovoadas das manhãs,

Sol caudaloso do meio dia

Que aos poucos emerge-se no oceano.

Escuto no silêncio o grito da alvorada…

Madrugada clareando.

Sou regada pelo sol.

Galhos secos, despetalados ao vento.

Sou de fases como a lua.

Barco navegante em alto-mar.

Sou como as estações

Em todas deixo um pouco de mim.

 

(Erica Matias)




Erica Matias, poetisa e colunista do ROL, é premiada no I Concurso de Poesia '(RE) Invenções de Alagoas

Com o poema ‘Alagoas – Mulher Inspiradora’, a jovem poetisa se classificou em 1.º Lugar no concurso literário no gênero poesia, por meio de um edital lançado para o I Seminário de Dinâmicas Territoriais e Culturais do Nordeste

 

O Concurso de poesia intitulado: ‘(Re) Invenções de Alagoas’, desenvolvido pelo I Seminário de Dinâmicas Territoriais e Culturais do Nordeste – teve como objetivo incentivar a arte por meio de uma das suas expressões, a poesia, oportunizando o reconhecimento de talentos e o fomento das diversas formas de expressão artística com foco na Sociedade Alagoana. O concurso pretendeu mostrar, por meio  da linguagem poética as dinâmicas culturais de Alagoas ao longo de sua história. O tema principal do concurso foi “Alagoas 200 anos”.

A premiação aconteceu na noite do dia 01 de dezembro de 2017 nas dependências da Universidade Estadual de Alagoas  – UNEAL, Campus I, em Arapiraca – AL.

Conforme as normas do edital, as avaliações dos poemas foram realizadas por uma Comissão composta por seis (07) membros, dentre eles, 02 (dois) professores da área de Letras, 02 (dois) membros da Comissão Organizadora do I Seminário de Dinâmicas Territoriais e Culturais do Nordeste e 01 (um) Professor do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e Cultura e 02 (dois) poetas, além de votação do público.

 

ALAGOAS – MULHER  INSPIRADORA

Eu vejo Alagoas como uma linda mulher.

Usa um vestido rodado,

Bordado à mão pelas rendeiras.

Carrega os seus filhos no colo

Que dormem ao som do canto das aves às margens da laguna mundaú.

Os cabelos são ondulados,

Dançam ao vento, perfumados pela maresia.

Pele mestiça,

Olhos verdes, cristalinos,

Reflexo dos coqueirais.

Tem um colar de pérolas

São nuvens abraçadas pelo sol.

O sol que sangra o horizonte, nos mostrando um arrebol.

Alagoas tem 200 anos,

Mas dona de um corpo juvenil.

Carrega no peito saudades

 

E histórias de um passado hostil.

Mãe de Calabar e dos índios selvagens.

Alagoas tem o coração de imã,

Atrai gente de todo lugar.

Mãe de artistas, joias de 102 tesouros.

Alagoas sabe das minhas lutas,

Da minha infância que o tempo levou.

Dona de uma beleza incomparável.

Seus lábios navegam em Maceió

A musa do atlântico, chamada de capital.

Possui maravilhosas praias

Que muitas cidades desejam ter,

Amo Alagoas,

Mulher inspiradora,

Terra que me viu crescer.

 

(Erica Matias dos Santos)




Erica Matias, a jovem alagoana colunista do ROL, teve o conto 'Reencontro' premiado no V Concurso de Contos Arriete Vilela

O conto ‘Reencontro’ foi premiado no V CONCURSO DE CONTOS ARRIETE VILELA, promovido na Universidade Federal de Alagoas – UFAL durante a X Semana de Letras Linguagem e(m) diálogos, que aconteceu no período de 08 a 22 de setembro de 2017

 

O primeiro conto e uma premiação

Algumas pessoas parecem predestinadas ao reconhecimento imediato de seu talento natural.

Foi o que aconteceu com Erica Matias, a jovem alagoana de 24 anos, que enriquece o Quadro de Colunistas do jornal ROL – Região On Line!

Em agosto deste ano, Erica classificou-se em 1.º lugar no 13.º Concurso Literário Nacional ‘Prof. Armando Oliveira Lima’. Em setembro, teve poema selecionado no projeto ‘Doce Poesia Doce’, de Salvador/BA e, agora, premiada no V Concurso de Contos Arriete Vilela!

‘Reencontro’ foi o primeiro conto escrito por ela. E, com ele, Erica foi premiada no concurso  promovido na Universidade Federal de alagoas – UFAL durante a X Semana de Letras Linguagem e(m) diálogos, que aconteceu no período de 8 a 22 de setembro de 2017.

A premiação teve um efeito impactante em Erica! Tanto que uma ‘onda’ de inspiração a cobriu e ela está escrevendo outros contos, a fim de publicar um livro!

A jovem poetisa se diz apreciadora das obras de Arriete e afirma que ela, como pessoa e escritora, lhe é  uma fonte de inspiração.

 

Arriete Vilela

Não é sem motivo que Erica se diz inspirada por Arriete Vilela, alagoana de Marechal Deodoro, autora de mais de 30 prêmios, dentre eles onze nacionais, concedidos pela União Brasileira de Escritores/UBE/Rio e recebidos na Academia Brasileira de Letras.

Poetisa,  contista e romancista, a partir de 1980, publicou livros de contos (Farpa; Maria Flor etc; Tardios Afetos; Grande Baú, a Infância), editados em Contos Reunidos (2011), e de poemas (A Rede do Anjo; Vadios Afetos; O Ócio dos Anjos Ignorados; Frêmitos; A Palavra sem Âncora; Ávidas Paixões, Áridos Amores), reunidos em um único volume: Obra Poética Reunida (2011).

Em 2012, publicou Luares para o Amor não Naufragar (poemas) e Alzirinha (infantojuvenil), e, em 2015, Teço-me (poemas) e Abraços (poemas).

‘Fantasia e avesso’, uma prosa poética pontuada pelo discurso erótico-amoroso e pela paixão ao fazer literário, atualmente na 5.ª edição, foi adotado no vestibular da UFAL por 3 anos e proporcionou à autora vários prêmios, inclusive nacionais.

‘Grande baú, a infância’ é considerado outro grande sucesso de Arriete Vilela e está na 5.ª edição (Edufal, 2015); em março de 2007, foi lançado, pela Edufal, em linguagem braille.

Em 2002, a biblioteca setorial do programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Ufal passou a chamar-se Biblioteca Escritora Arriete Vilela, por iniciativa da profa. dra. Belmira Magalhães.

Em 2005, foi editado o primeiro romance de Arriete Vilela, ‘Lãs ao vento’, que recebeu o Prêmio Lúcia Aizim, da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro e o Prêmio Internacional de Literatura, da Academia Feminina Mineira de Letras.

Em 2005, recebeu a Comenda Nise da Silveira, concedida pelo Governo do Estado, em reconhecimento à sua atuação na cultura alagoana.

Em 2007, a Construtora Colil lançou o Condomínio Praça dos Poetas, que conta com três prédios residenciais: Edifício Jorge de Lima, Edifício Arriete Vilela e Edifício Lêdo Ivo.

Em 2011, Arriete Vilela teve cinco poemas traduzidos para o espanhol e publicados na Antologia de poetas brasileños actuales (edição bilíngue), pela Paralelo Sur Ediciones, Barcelona, Espanha.

O livro ‘Maria Flor etc.’ foi adaptado pela PANAM Filmes, produtora alagoana, e exibido em 3 de outubro de 2012 com o título ‘Farpa’.

Em 2013, foi instituído o I Concurso de Contos Arriete Vilela, pela Faculdade de Letras e o Programa de Educação Tutorial do Curso de Letras da Universidade Federal de Alagoas (Pet/Letras).

Sobre sua obra, que é reconhecida e estudada nos meios acadêmicos, há inúmeros artigos de professores universitários, críticos literários e escritores, tanto de Alagoas como de outros Estados.

Aposentada da Ufal, Arriete Vilela divide-se entre os Cursos de Leitura e Escrita Criativa, que ministra sistematicamente, e as palestras em escolas e faculdades para as quais é convidada com bastante frequência.

 

  A jovem contista, ao lado de sua ‘Musa Literária Inspiradora’, Arriete Vilela’, no momento da premiação

 

O conto ‘Reencontro’

Com uma inspiração de tal magnitude literária, Erica  Matias iniciou sua prosa em contos com uma honrosa premiação.

E vale a pena conhecer sua primeiro produção nesse gênero!

 

                                                                  REENCONTRO

 

No inverno de 1985 em uma tarde chuvosa, às 16h50mim, encontrava-se Cecília, mal agasalhada, tremia de frio, tinha consigo apenas um livro que cuidadosamente entre os braços tentava protegê-lo dos pingos d’água. Contava incessantemente os segundos no relógio da estação do Centro na cidade do Recife, onde ela estava esperando ansiosamente o trem das 17h para retornar a sua casa.

Poucos minutos depois, com o pensamento distanciado, os olhos que estavam rodeados de olheiras avistaram o trem, que como sempre chegava pontualmente e aos poucos ele aproximava-se daquela menina, ela nem imaginava que dentro dele havia alguém pré destinado a mudar sua vida completamente.

Logo, o trem parou na estação. Desceram uma, duas, três, … oito pessoas. Ela fez questão de contar uma por uma de tão ansiosa que estava, pois mal via a hora de entrar, sentar-se e sentir-se um pouco aquecida. Naquele ano teve início a circulação dos primeiros trens, ainda eram poucas as pessoas que usavam esse meio de transporte.

Quando o trem parou Cecília entrou, procurou entre os vagões um assento preferencialmente ao lado de uma janela, lugar preferido dela, pois gostava de viajar olhando as paisagens, as quais o caminho de casa presenteava àqueles olhos que de tão azuis pareciam o mar.

O trem levava poucos passageiros e Cecília ao entrar, avistou o assento onde costumava sentar-se na maioria de suas viagens. Até então foi mais um dia de sorte, ele estava vazio. Aproximou-se, sentou-se e pôs o livro no banco do lado. O apito soou e sem demora, o trem continuou a viagem.

Fixou os olhos na imagem do lado de fora que aos poucos ia ficando para trás. Os pingos da chuva molhavam o vidro da janela, escorriam como lágrimas, mas eles não impediam que ela deixasse de contemplar aquele fim de tarde nebuloso. E a cada minuto que o vento frio embalava seus lisos e longos cabelos ruivos, ela parecia mais fascinada. Era como se estivesse esquecida do mundo ao seu redor, e de fato estava. Vivia no auge dos 18 anos, lia muitos romances e preocupação era uma palavra desconhecida em seu vocabulário aprimorado. Sempre distraída, nem se quer deu importância para os olhares constantes de Lourenço, os quais eram direcionados a ela. Ele estava sentado na cadeira em frente à Cecília.  Era um rapaz jovem, alto, bem apresentável, ficou imediatamente encantado com a beleza singular daquela moça, dona de um pensamento alheio. Olhava-a repetidamente e só avistou o livro de Cecília quase meia hora depois que ela sentou-se.

Meio afastado, estava curioso para saber sobre a jovem que lhe prendia o olhar. Naquele momento qualquer informação era valiosa. Recém-chegado no Recife, ele pensou em puxar assunto, perguntar sobre a cidade a qual estava adaptando-se, mas Cecília estava tão concentrada e ao mesmo tempo distraída, que resolveu permanecer calado. Lourenço ergueu um pouco a cabeça e leu: O doce mistério de um olhar. Era o título do livro que estava escrito na capa grossa.

­– Uau! Parece-me interessante. Pensou ele.

O balanço e o barulho causado pelos trilhos, eram o que faziam lembrar a bela menina que ela estava na terra, no seu mundo real.

Era quase noite, a forte chuva amenizava e o apito do trem anunciou a próxima parada, Estação Werneck, um pouco menos movimentada do que a Estação do Centro.

Cecília esperou o trem parar e ajeitou os cabelos que entrelaçavam seu rosto. Nesse instante, os seus olhos avistaram os de Lourenço, duas luas negras a comparar-se com a cor do chapéu que ele usava. O jovem tinha um olhar profundo. Tímida, Cecília dirigiu-se à porta de saída e desceu. Meio hipnotizada com aquele olhar, andou alguns passos, mas ainda na Estação lembrou-se que deixou o livro no assento do lado que ela estava. De imediato desesperou-se, correu, gritou, mas o trem já havia partido. Era um livro de romance que tinha ganhado há poucos dias no seu aniversário.

– Adorei as dez primeiras páginas da história. Agora é tarde para saber o final. Disse ela.

Ao longe, o trem ia rumo à Estação Coqueiral, onde findava o destino de Lourenço. Após a descida de Cecília, Lourenço percebeu que o livro havia sido esquecido. Pela janela, tentou procurá-la, mas não a viu. A comunicação com o maquinista estava impossibilitada, pois uma cabina os separavam.  Em seguida o moço leu novamente o título do livro, segurou-o firme com as duas mãos e abriu a capa. Estava escrito com caneta azul a seguinte dedicatória:

Para Cecília,

Que este livro te mostre um novo horizonte.

Essa frase o deixou curioso para saber sobre o enredo, então leu as primeiras páginas, no máximo três, quantidade suficiente para chegar na Estação Coqueiral. As poucas palavras que os olhos avistaram, revelaram sobre o romance proibido de um jovem casal.

Recém-formado em Jornalismo, Lourenço morava com os pais no interior e resolveu ir para a casa de um tio na capital pernambucana com o intuito de conseguir um emprego na cidade grande.

No dia seguinte, terça-feira Cecília foi logo cedo para a Estação Central. Estava esperançosa, pois só havia um maquinista que fazia o percurso naquela cidade e em seu pensamento possivelmente ele estivesse com o livro. Às 07h, o trem chegou, mas o condutor não soube informá-la sobre o objeto perdido. Triste e sem esperanças, entrou em um dos vagões e voltou para casa. Dessa vez, pouco importava o local para sentar-se.

Na tarde daquele dia Lourenço dirigiu-se ao Centro do Recife, onde há duas semanas ia procurar emprego, levou o livro na bolsa para entrega-lo à Cecília, caso a encontrasse. Contava com frequência as horas no relógio da estação, eram 16h31min … e procurava atenciosamente aqueles olhos azuis que os deixaram encantado. Mas não os viam.

A mesma cena repetiu-se até a quinta-feira. Na sexta, já próximo das 17h, estava ele mais um dia na Estação, como sempre ansioso, mas meio sem esperança. Prestes a desistir da procura, aproximava-se a hora do trem chegar. Naquele dia fazia sol. Era entardecer, o céu transformou-se em uma aquarela e o sol timidamente despedia-se da tarde clara. Eis que surge, ainda ao longe, a confundir-se com o arrebol aqueles cabelos ruivos que diante de Lourenço foram oscilados pelo vento frio.

Aproximando-se da estação, com a cabeça baixa e distraída como sempre, Cecília

dirigia-se à plataforma. Sentado em um banco, Lourenço avistou uns longos cabelos arruivados e gritou eufórico:

– CECÍLIA!

Sem demora, ela levantou a cabeça, direcionou os olhos aos dele e os reconheceu. Com o coração palpitando aceleradamente, disse:

– Sim! Sou eu, e você como se chama?

– Sou Lourenço, estava a sua procura para entregar-te este livro.

Naquele momento, o coração que palpitava depressa, parecia estar prestes a sair pela boca e alçar voo de alegria.

– Muito agradecida! Disse ela.

Deram um forte e demorado abraço.

Piui! Piuiii!… O trem aproximava-se.

E assim, iniciou-se uma linda história de amor com o doce mistério de um olhar.




A poetisa e colunista Erica Matias teve o poema 'Contemplação' selecionado no Projeto 'Doce Poesia Doce', de Salvador (BA)

A poetisa e colunista Erica Matias teve o poema ‘Contemplação’ selecionado no Projeto ‘Doce Poesia Doce’, de Salvador (BA)

 

Erica Matias, classificada em 1.º lugar no 13.º Concurso Literário Nacional ‘Prof. Armando Oliveira Lima’, na categoria Poesia teve o poema ‘Contemplação’ selecionado no Projeto ‘Doce Poesia Doce’, de Salvador (BA):

 

CONTEMPLAÇÃO

 

Sinto o forte vento da noite bater em meu rosto.

É brisa fria.

A lua cheia brilha no ventre do mar.

Contemplo o horizonte escuro.

Vejo aves brancas a voar

Sobre as ondas escaldantes refletidas pelo luar.

Sou estrela fugidia

Entre outras mil estrelas

Sentada à beira do mar.

 

Erica Matias – poetisa alagoana de São Miguel dos Campos – AL.