Jornal Cultural ROL 30 anos

Evani Rocha: ‘Jornal Cultural ROL 30 anos’

Card Comemorativo dos 30 anos do Jornal ROL
Evani Rocha

Numa ciranda de letras

E um tanto bom de amor

Faz-se das palavras sonhos

E dos sonhos, sonhadores.

Poetas, artistas e escritores,

de perto ou de longe,

do outro lado do oceano

Não há barreiras físicas

Que quebram a união da família!

É uma voz que ecoa ao vento ou num simples toque digital.

Está aqui, à distância de um olhar,

de um sorriso largo…

E os colaboradores vão se agregando

nessa corrente do bem.

O tempo foi o solo fértil, o conteúdo, as sementes.

hoje o público são as flores e os frutos

dessa colheita preciosa,

que tem nome e sobrenome:

Jornal Cultural ROL!

Evani Rocha

Contatos com a autora

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https://www.facebook.com/JCulturalRol/




Cláudia Lundgren: 'Bastidores de um escritor'

Cláudia Lundgren

Bastidores de um escritor

   Aí você vê o escritor lançando seu livro, recebendo um prêmio, ocupando uma cadeira numa Academia de Letras…Muitos imaginam a escrita como um hobby, quando na verdade, é um misto de prazer indescritível com uma árdua profissão.
Para um livro ser publicado, antes ele precisa ser escrito. Precisa ser revisado. Custeado. Muitos autores revisam seus próprios livros. Por amor a arte, dormimos tarde, lendo página por página. Revisamos uma, duas, três ou mais vezes, antes de dar o sinal verde para a editora. Muitos de nós temos outros ofícios, e o trabalho com a escrita com certeza é o nosso segundo ou terceiro turno.
O escritor sofre se não escreve. Ele tem necessidade de transbordar. Uma linha, um pensamento, um verso, alguma coisa, por favor! A escrita e o escritor possuem um caso de amor. Eles precisam de silêncio, de momentos a sós, de tempo.
O escritor tem sonhos. Sonha em ter seu trabalho reconhecido. Sabe que o leitor é parte essencial no seu trabalho. Não existimos sem ele. Sabe que está sendo observado. Vida de escritor é vida de sacrifícios, simplesmente porque ele respira arte. Economizamos de um lado, para realizar o sonho de publicar nossos livros, poder estar em eventos literários. Só quem vive tudo isso, compreende. Quando sua arte é apreciada por pelo menos uma pessoa, já está valendo a pena. É gratificante demais a sensação de que alguém apreciou algo que emanou de você. Inexplicável!
O público vê o escritor aparecendo, mas não faz a mínima ideia de que, quem é comprometido com a arte, trabalha muito mais nos bastidores. Quem vê uma academia virtual ou física, não imagina que por trás, existem aqueles que revisam textos, auxiliam, orientam outros autores, corrigem eventuais erros, confeccionam cards, diplomas, fazem serviço de secretariado. Alguns administram grupos poéticos, e têm o dever de serem cordiais e amáveis, respeitando os demais escritores e as diversas formas de escrita, dando suporte a uma melhor produção da arte.  O escritor é, nesses casos um agente de literatura, um pouco professor, um pouco amigo, alguém que divide com o outro aquilo que sabe. O escritor precisa, para isso, estar sempre estudando, se atualizando. Ele ensina, e ao mesmo tempo aprende. Ele é um eterno aprendiz. Ele erra, apaga, faz, desfaz e refaz.
O escritor, por amor, abdica-se de muitas coisas. Parte do seu  tempo é ocupado com ideias, histórias, flashes, versos e rimas. É muitas vezes,  incompreendido.  É preciso trabalho, muito trabalho, e dedicação, assim como em qualquer forma de arte.
Hoje, quando leio um livro, quando vejo colegas sendo reconhecidos, entendo o quanto ele trabalhou, se dedicou e se sacrificou,  para que tudo aquilo acontecesse. E principalmente, o quanto ele colocou de amor em tudo que realizou.

Claudia Lundgren

tiaclaudia5@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

 




O time de colunistas do ROL tem mais um membro de escol: o escritor e poeta Andrade Jorge

Andrade Jorge é um dos escritores e poetas mais expressivos da literatura brasileira da atualidade

É com grande orgulho que apresento aos leitores um novo craque no time de colunistas do ROL: o renomado escritor e poeta Andrade Jorge. Paulista de Jundiaí, Andrade Jorge é escritor e poeta.  Cursou Ciências Físicas e Biológicas na Faculdade de Ciências e Letras N.S. Patrocínio (atual Ceunsp) e atua profissionalmente na área de Recursos Humanos. Para conhecer mais sobre esse novo colaborador do ROL, abaixo seguem alguns dados extraídos pelo editor Sergio Diniz do formidável currículo do nosso novo colega. Tem como lema a frase de sua autoria: “Você pode me amar ou odiar porque não passarei indiferente nesta vida”. Ao final da matéria, a sua poesia de estreia. (Helio Rubens)

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Andrade Jorge é:

Membro das Academias:

Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro – cadeira 59

Academia Internacional de Letras, Artes e Ciências – ALPAS-21. – cadeira 56

Academia Boituvense de Letras e Artes

Academia Saltense de Letras – cadeira 34

Participa das Entidades

Membro Honorário da Associazone Culturale Falanthra – Taranto/Itália

APPERJ – Associação Profissional dos Poetas e Escritores do Rio de Janeiro

CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz

PPB – Portal do Poeta Brasileiro

UBE – União dos Escritores do Brasil

Títulos que já recebeu:

Diploma de Honra ao Mérito “Rubem Braga” da Academia Marataizense de Letras/ES

Comenda “Rubem Braga” da Academia Marataizense de Letras/ES

Embasciatore Di Pace – Entidade: Salotto Culturale “Pelazzo Recupero” – Martina Franca/Itália

Acadêmico Destaque do 2º Semestre/2014 – Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro

Indicação Melhor Poesia – Prêmio Wilson Caritta Lopes – 2013 – ANLPPB

1º Colocado Concurso de poesias da Associação dos Aposentados de Jundiaí;

2º Colocado em concurso de Poesia da Secretaria de Cultura de Jundiaí

Projetos voluntários que participou

Projeto “Encontro com autor” em escolas da rede pública da cidade de Diadema/SP.

Projeto Incentivo à leitura (Mutirão do Livro) – promovido pelo Portal do Poeta Brasileiro, mensalmente deixar um livro em local público.

Membro do Conselho Municipal de Cultura de Salto/SP – Titular  da Cadeira de Livros, Leitura e Literatura,  e 1º Secretario eleito em fev/16.

Atual Diretor de Relações Acadêmicas da Academia Saltense de Letras.

Livros que publicou

Encanto e Desencanto – Editora Insano/Campinas

Quem é esse ser? Editora A Casa do Novo Autor/SP

Contos, En…cantos&Peripécias – Editora Oficina Editores/RJ

Sua participação em Antologias

Antologias da Academia Nacional de Letras do Portal Poetas Brasileiro, volumes I, II, III, IV, V, VI

Joaquim Moncks e amigos – UBE

Versi Senza Tempo (Ítalo/Brasileira)

Crônicas da UBE

Natal do Bem – ANLPPB – 2015

Mães da Praça da Sé – ANLPPB  – 2015 e 2016

Coletânea Sensual – ANLPPB e

Manifesto pela Paz – ANLPPB

Antologia Poesia e Prosa

Antologia Poética – Academia Virtual Brasileira de Letras

Cronista, Contista e Poetas Contemporâneos – Delicatta

Introspecção – In House

Meu Pai Ferroviário

Palavras sem fronteira

Palavras da alma para o coração – Ed. Litteris

IV Antologia Poética – AVBL

Poesia em Movimento – Delicatta

Coletânea Horizontes – Alpas 21

Antologia CAPPAZ volumes I, II, III

Quinta Barnasiana – Bar do Escritor

Revista Poesia Legal

Planeta Bola – Oficina Editores

Congressos

– Participação nos Congressos dos Poetas Brasileiros promovido pela Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro em Salto/SP, em Londrina/PR, Maceió/AL, Campinas/SP, Rio de Janeiro/RJ, Jales/SP e Ribeirão Preto/SP.

Links

Blog: http://andradejorge.zip.net

Recanto das Letras: http://recantodasletras.uol.com.br/autores/ANDRADEJORGE

Facebook: https://www.facebook.com/andrade.jorge.948

Encantos da Poesia: https://www.facebook.com/groups/660627650636999/

Contos, En…cantos&Peripécias: https://www.facebook.com/groups/622765777835493/

Contatos
E-meio: andradejorge2@bol.com.br

 

Andrade estreia no ROL com o poema: ‘Quem é esse ser?’

 

Quem é esse ser?

Quem é esse ser

que vira, revira, remexe

mexe com o viver

de tanta gente?

Quem  é esse doce atrevido

que ousa entrar

em mentes e corações

desvenda, revela paixões,

invade a alma, investiga, procura,

o recôndito sentido humano

que toca, sufoca, reduz, produz,

um sonho, um plano;

Quem é esse cara,

que faz, desfaz fantasia,

carrasco sedutor que tortura,

com finesse e cortesia;

Quem é esse ser?

quem tem o poder

de trazer vida à morte,

sentencia, abrevia os males e as dores,

ironiza o azar, brinca com a sorte,

pincela a mazela e dá novas cores;

Quem é esse ser?

que faz a lágrima virar chuva fina,

a chuva virar sol, o sol virar lua,

e a lua menina na musa nua;

Quem é esse lorde?

que ávido abocanha, morde,

o complexo, o todo,

tira do nado o tudo,

faz de si um espelho

convexo, sem nexo

fala da amizade  e do sexo;

Quem é esse ser?

que certeiro na certeza,

ata, desata, mata, sem piedade e dó,

a tristeza e a incerteza;

Quem é esse ser mitológico?

que nas asas da imaginação,

nada, nada é racional, nem lógico,

e feito nuvem de pó

destoa do convencional,

e pela incompreensível razão, vive  de emoção,

quem é esse maluco excêntrico afinal?

fale criatura diferente:

“Possuo a essência da inspiração

que descreve a sensação humana,

e a beleza da natureza,

incorrigível sonhador,

que chora e se angustia,

sou a letra que escreve

a utopia do amor,

vivo freneticamente,

mas não desisto jamais,

enfim o  que sou?

um poeta, nada mais…

 

Direitos autorais registrados

Fundação Biblioteca Nacional

Rio de Janeiro/Brasil

 

 




Mais um livro de Sergio Diniz da Costa será lançado em Itapetininga dia 23

Editor do ROL lança dia 23 em Itapetininga livro reunindo as suas cronicas

 

‘Mariposas e borboletas’ é o nome do livro do escritor, poeta e advogado Sergio Diniz da Costa que traz as crônicas que publicou no jornal cultural eletrônico ROL – REGIÃO ON LINE. A cerimônia de lançamento será realizada no dia 23 de março (sexta-feira), às 20h, na Casa Kennedy – Centro Cultural Brasil-Estados Unidos.

‘Mariposas e borboletas’, o sétimo livro do autor, que já trilhou  vários gêneros literários, inclusive o primeiro, publicado em 2002, em  linguagem jurídica: ‘Elegantia juris: o argumento eloquente’.  Aina enquanto advogava, Sergio passando pelo gênero ‘poesia’ (‘Etéreas: meus devaneios poéticos’ e ‘Etéreas: um novo horizonte’), ‘pensamentos’ (‘Pensamentos soltos na brisa das tardes – vols. 1 e 2’), ‘contos’ (‘O menino que brincava nas nuvens’) e, agora, ‘crônicas’ (‘Mariposas e borboletas’).

Editado pela Crearte Editora, o livro contou com o apoio cultural da Lexmediare Ltda., Lexpublica e jornal ROL – REGIÃO ON LINE e foi prefaciado pelo vice-presidente da Academia Itapetiningana de Letras, o jornalista Helio Rubens de Arruda e Miranda,.

O lançamento será no dia 23 de março (sexta-feira), às 20h, na Casa Kennedy – Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, localizado na R. Prudente de Moraes, 716 – Centro – Itapetininga e o exemplar será oferecido ao preço de R$ 35,00.

Os interessados que não puderem estar presentes no dia do lançamento e desejem adquirir a obra, poderão fazê-lo pelo e-meio sergiodiniz.costa2014@gmail.com ou pelo telefone (15) 99706-4687, diretamente com o autor.

 




Sergio Diniz da Costa lançará seu sétimo livro dia 23 em Itapetininga

‘Mariposas e borboletas’, 7º livro do escritor, poeta e editor do ROL Sergio Diniz da Costa traz as crônicas que publicou no jornal ROL

 

O escritor e poeta Sergio Diniz da Costa lançará, no dia 23 de março (sexta-feira), às 20h, na Casa Kennedy – Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, em Itapetininga, seu 7º livro: ‘Mariposas e borboletas’

‘Mariposas e borboletas’,o novo livro do escritor, poeta e editor do ROL Sergio Diniz da Costa traz as crônicas que publicou no jornal ROL, na qualidade de colunista.

Sergio Diniz, como escritor, tem navegado por vários gêneros literários, a começar pelo primeiro livro publicado em 2002, de linguagem jurídica: ‘Elegantia juris: o argumento eloquente’, quando ainda advogava, passando pelo gênero poesia (‘Etéreas: meus devaneios poéticos’ e ‘Etéreas: um novo horizonte’), pensamentos (‘Pensamentos soltos na brisa das tardes – vols. 1 e 2’), conto (‘O menino que brincava nas nuvens’) e, agora, crônicas.

‘Mariposas e borboletas’ traz 33 crônicas, publicadas no jornal ROL – Região Online, quando, então, colaborava apenas como colunista.

O livro, editado pela Crearte Editora, contou com o apoio cultural da Lexmediare Ltda., Lexpublica e jornal ROL e foi prefaciado pelo editor do ROL e vice-presidente da Academia Itapetiningana de Letras, o jornalista Helio Rubens de Arruda e Miranda,.

O lançamento será no dia 23 de março (sexta-feira), às 20h, na Casa Kennedy – Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, localizado na R. Prudente de Moraes, 716 – Centro – Itapetininga e o exemplar será oferecido ao preço de R$ 35,00.

Os interessados que não puderem estar presentes no dia do lançamento e desejem adquirir a obra, poderão fazê-lo pelo e-meio sergiodiniz.costa2014@gmail.com ou pelo telefone (15) 99706-4687, diretamente com o autor.




Élcio Mário Pinto: 'Escola, cadê os escritores?'

“Mas, então, cadê os escritores nas escolas? Por que eles não estão lá? Cadê os profissionais da escrita circulando pelos corredores, salas de aulas e pátios, conversando com as crianças e os adolescentes, dizendo-lhes da escrita, dos livros e de tudo o que os envolve – da imaginação para escrever à produção com publicação e toda a rede de pessoal e ambientes envolvidos?

 

Em 2017 escrevi para o ROL – “Tão perto da escrita, tão longe dos escritores!” – em duas partes, reflexões sobre a distância dos estudantes, particularmente, da educação básica, ensinos fundamental e médio, em relação aos escritores.

Agora, quero refletir com os leitores, de modo especial, sobre a escola desses estudantes. Vamos lá!

Para alcançar o ambiente de instrução e de convivência, que definimos como escola, vale a citação de outros espaços e seus sujeitos: um hospital que não tivesse médicos, enfermeiros e outros profissionais da Saúde, circulando, causaria o maior estranhamento e até desconfiança em relação ao trabalho ali realizado.

Diga-se o mesmo se pensarmos nos fóruns sem advogados, escreventes, juízes e promotores, profissionais da área.

Também poderíamos dizer da padaria sem padeiros, açougue sem açougueiros, salão de cabeleireiros sem os profissionais da beleza e assim, citando as mais diversas áreas e seus agentes, seria inaceitável que qualquer ambiente não contasse com pessoal qualificado e envolvido em seus afazeres, digo, afazeres que acontecem naqueles ambientes.

Pois bem, agora podemos voltar para a escola: imagine, leitor, uma escola sem biblioteca. É bem verdade que para não contar com o profissional bibliotecário, diz-se de sala de leitura, assim, não é preciso ter um profissional da área atuando lá.

Mas, então, cadê os escritores nas escolas? Por que eles não estão lá? Cadê os profissionais da escrita circulando pelos corredores, salas de aulas e pátios, conversando com as crianças e os adolescentes, dizendo-lhes da escrita, dos livros e de tudo o que os envolve – da imaginação para escrever à produção com publicação e toda a rede de pessoal e ambientes envolvidos?

Não nos parece estranho que os escritores não frequentem as escolas para dialogar com os estudantes?

Por que os alunos não podem conhecer aqueles que escreveram os livros utilizados nas aulas, manuseados para pesquisas, lidos em casa, enfim?

Ou será que escola e livros não estão tão próximos, entre si, como pensamos?

Bem, a reflexão é uma provocação para nosso pensar e, quem sabe, conversar com os estudantes sobre os escritores que conheceram ultimamente. E se nada aconteceu, alunos e escola precisam responder: cadê os escritores?

 

ÉLCIO MÁRIO PINTO

elcioescritor@gmail.com

12/01/2018




Élcio Mário Pinto: 'Tão perto da escrita, tão longe dos escritores' – 1.ª Parte


Élcio Mário Pinto:

‘TÃO PERTO DA ESCRITA, TÃO LONGE DOS ESCRITORES’ – 1.ª Parte

 

Tenho realizado muitos eventos literários em escolas. Desde 2014 desenvolvo o projeto “O Escritor em todos os Cantos”, envolvendo escolas, empresas e igrejas. É uma forma de divulgar a Literatura, especialmente, para o público infanto-juvenil.

Mas, algo que deveria ser corriqueiro mostra-se desconhecido. Do que se trata?

Trata-se desta situação: a escola trabalha com a escrita em seu cotidiano. Ler e escrever fazem parte de sua existência como o sangue faz parte do corpo. Não é possível pensar em escola sem pensar em leitura e escrita. E se ela faz tal trabalho com tanto empenho, o que é que está faltando?

A resposta está no título deste escrito: crianças e jovens lidam com a escrita todos os dias. Têm contato com as letras e palavras escritas por outros, muitos outros. Mas, onde é que eles estão? Cadê aqueles que escreveram os textos apresentados pela escola e lidos pelos alunos? Onde estão seus escritores?

É verdade que parte de toda a escrita escolar cabe aos estudantes. Mas, aquela parte que já está em livros, apostilas, cadernos, dicionários, sejam ou não impressos, têm autores escritores. Novamente, a pergunta: onde estão seus escritores?

E se não for possível trazê-los para a escola? Muitos moram longe, cobram caro por uma visita, por uma conversa com os alunos, ainda que venham para apresentar suas obras. A isto, devo concordar: é verdade! Esta situação também existe. Mas, existe uma outra: escritores produzem – alguns publicam, outros não –, mas todos escrevem. Eles estão em todas as cidades, por muitos bairros e em tantos lugares que basta procurá-los e convidá-los: e aí, escritor, tudo bem? Você teria algum escrito para os alunos da escola? Você poderia nos visitar e conversar com os estudantes?

Se a escola não pode custear uma diária, esclareça: não podemos pagar. Mas, podemos oferecer um café. Você aceita? Vamos combinar?

Escritores e poetas deveriam andar pelas escolas como os advogados caminham pelo fórum e os médicos pelos hospitais. Como educadores, não podemos aceitar que os estudantes – crianças e jovens – não conheçam escritores e poetas (prosa e poesia).

E agora que sinto ter despertado a necessidade de trazer esse pessoal da escrita para a escola, penso que seja o momento de uma segunda conversa: como preparar a escola para acolher? Como envolver as crianças e os jovens? Como ler a produção de quem escreve e demonstrar que seu escrito foi trabalhado?

Vamos pensar juntos: da acolhida ao ambiente preparado, do espaço oferecido ao empenho para fazer da Literatura, da História, da Geografia, da Filosofia, enfim, das áreas do Saber Humano, partes de um PALCO DE APRENDIZAGEM… (Continua…)

ÉLCIO MÁRIO PINTO

26/08/2017