Academia Hispano-Brasileira de Ciências, Letras e Artes (AHBLA): Uma Ponte Cultural e Acadêmica entre Brasil e Espanha

Fundada com o objetivo de promover a colaboração e a troca de conhecimento entre esses dois países, a AHBLA desempenha um papel fundamental na promoção da cultura e da produção acadêmica

Logo da AHBLA
Logo da AHBLA

A Academia Hispano-Brasileira de Ciências, Letras e Artes (AHBLA) é uma instituição acadêmica única, que serve como uma ponte cultural e intelectual entre Brasil e Espanha. Fundada com o objetivo de promover a colaboração e a troca de conhecimento entre esses dois países, a AHBLA desempenha um papel fundamental na promoção da cultura e da produção acadêmica.

A Função de uma Academia de Letras para o Brasil e para a Espanha

As Academias de Letras têm uma longa tradição em promover a língua, a literatura e a cultura de seus respectivos países. No caso da AHBLA, sua função é especialmente relevante, uma vez que busca fortalecer os laços entre Brasil e Espanha por meio da promoção de estudos, pesquisas e produção literária e artística.

Para o Brasil, a AHBLA oferece uma série de eventos presenciais e online para acadêmicos brasileiros se destacarem internacionalmente e compartilharem suas contribuições com uma audiência global. Para a Espanha, a academia desempenha um papel crucial na divulgação da cultura e da língua espanhola no contexto brasileiro e, por extensão, na América Latina.

Benefícios de Participar da AHBLA

Os acadêmicos que fazem parte da AHBLA desfrutam de diversos benefícios:

Networking Internacional: A AHBLA oferece oportunidades de interação com acadêmicos, escritores e artistas de renome tanto do Brasil quanto da Espanha, criando uma rede de contatos potenciais.

Participação em Eventos e Publicações: Os membros têm a oportunidade de apresentar seu trabalho em eventos acadêmicos e culturais e contribuir para publicações conjuntas da academia.

Reconhecimento Acadêmico: Ser um membro da AHBLA é um reconhecimento de excelência acadêmica e contribuições significativas para a cultura e as letras.

Apoio à Pesquisa e Criação Artística: A academia apoia projetos de pesquisa e criação artística por meio de equipes de voluntários.

Ingresso na AHBLA

A AHBLA está atualmente com seu edital de ingresso aberto. Para se tornar um acadêmico, os interessados devem atender aos principais requisitos:

  • O(a) candidato(a) deverá possuir livro publicado, e ou participação em antologia publicada, obra plástica autoral, formação ou atividade musical ou teatral.
  • No caso de Literatura, o membro aprovado(a) deverá enviar uma unidade de sua obra para o acervo permanente da academia;

Os interessados podem solicitar mais informações e o edital completo entrando em contato por:

A AHBLA convida todos os interessados em fortalecer as relações culturais e acadêmicas entre Brasil e Espanha para se juntarem a esta prestigiosa academia e contribuir para a promoção da cultura e das letras em ambos os países.

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Théo Siqueira de Proença Singh, de 11 anos, se destaca no 9º Concurso Internacional de Piano Maria Herrero, em Granada, Espanha

Único brasileiro premiado, Théo Siqueira se destacou na categoria infantil B, de 11 a 13 anos, e recebeu o prêmio musicalidade

 

Foto: Arquivo pessoal/ Adriane Singh

Executando Suíte Brasileira, do compositor brasileiro Alexandre Levy,  Théo Siqueira, morador de Sorocaba (SP), encerrou o 9º Concurso Internacional de Piano Maria Herrero, em Granada, Espanha.

Théo concorreu com  participantes de diversos países, como a Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Rússia, China, Turquia  e o Brasil, sendo o único brasileiro premiado, destacando-se na categoria infantil B, de 11 a 13 anos, e levando o prêmio musicalidade.

O pequeno pianista, apesar da pouca idade, já demonstra que será um colecionador de grandes prêmios. Em 2018,  classificou-se em 1º Lugar no  XVII Concurso de Piano ‘Souza Lima’ 2018, interpretando composições de Schumann (OP.68 – The Happy Farmer); Villa-Lobos (1,2 Angolinhas), Chopin (Valse – OP. 69, Nº 2), Kabalevsky (Variações On a Slovakian Folk Song).

Foto: Arquivo pessoal/ Adriane Singh

O pequeno pianista diz que percebeu que amava piano quando conseguiu tocar uma música ‘de ouvido’ de Mozart. “Eu comecei a fazer aulas, mas eu consegui tirar essa música de ouvido. A professora me falou que era difícil para minha idade”.

Théo afirma que quando soube que ia representar o Brasil na categoria infantil B ficou nervoso, mas que treinou bastante para que tudo desse certo.

“A minha sensação quando eu estava representando o Brasil foi um pouco de nervosismo, porque sabia que os meus concorrentes eram bons. Quando chegou no dia do concurso, eu treinei bastante. Mas quando eu toco piano eu esqueço tudo e coloco emoção”, diz.

Para ele, a música representa emoção. “Quando você toca música você esquece tudo, você coloca sua emoção, seus sentimentos. Isso que a música representa para mim, ela mexe com os outros”, afirma.

Segundo Adriane Singy, mãe de Théo,  a música faz parte da vida do filho desde bebezinho, quando iniciou aulas de musicalização infantil. Com 7 anos, passou a se interessar pelo piano e, a partir de 2016, iniciou as aulas com a professora e multi musicista votorantinense Míriam Corrêa Jáki. Ainda segundo Adriane, Théo é uma criança muito sensível, empática e curiosa. É bastante sociável, embora um pouco reservado num primeiro momento. Além do piano, faz aulas de alemão, tênis, basquete e taekwondo, tendo alcançado, neste esporte, a faixa ponta preta. Gosta muito de ler, ouvir música e brincar com seu cachorro.

Por trás de um grande talento, uma grande Mestra!

Miriam Jáki com Théo, na premiação do XVII Concurso de Piano ‘Souza Lima’ 2018. Foto: Arquivo pessoal/ Adriane Singh

Emocionada com a conquista de Théo, a professora Míriam Jáki expressa seu sentimento: “A Fada da Música! Sim! É como eu me sinto hoje! A música faz parte da minha vida desde a eternidade, mesmo quando eu era ainda apenas uma pequena luzinha refletida no som de alguma melodia.

Hoje, quando Théo Siqueira de Proença Singh, um dos meus brilhantes alunos ganha um prêmio internacional, esta fada que mora dentro de mim está plena e convicta de que a sua estrela brilha e esta luz se reflete sem fronteiras e sem limites na harmonização que estruturam a sinfonia da minha vida!

Este prêmio não veio por acaso, foram muitas horas de dedicação.

A decisão de participar de um concurso internacional é uma responsabilidade muito grande e que envolve uma série de critérios que precisam ser analisados, assim como a escolha do repertório onde a sonoridade ímpar da música, de compositores brasileiros, como Ronaldo Miranda e Lorenzo Fernandes, não poderia faltar, e, com respeito aos donos da casa, foi escolhido do compositor espanhol Enrique Granados uma de suas danças, interpretada hipnoticamente pelo nosso pianista, sem deixar de mencionar a profundidade da interpretação da Valsa op 69 no 2,  de Frederic Chopin e da genialidade do russo  Dmitri Kabalevsky.

Cada detalhe, pensado com muita afinação, resultou na conquista deste prêmio, que representa uma grande vitória para o nosso querido Théo e seus pais, Adriane e Ronnie, e para todos nós brasileiros que almejamos um País que priorize a educação das crianças de uma forma abrangente e que a cultura realmente ocupe um lugar de destaque na vida do nosso povo para que meninos como o Théo possam brilhar nos quatro cantos do mundo!

Parabéns, Théo!”

Abaixo, a interpretação de Théo:

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2019/07/21/menino-de-11-anos-e-premiado-em-concurso-internacional-de-piano-na-europa.ghtml




A questão separatista da Espanha tem a ver com o mundo todo, inclusive o Brasil

Você entende o que está acontecendo na Espanha atualmente? Sabe porque a Catalunha está querendo ser independente?

Rapidamente, ouso dizer que a independência dessa região espanhola não terá reflexos apenas na Espanha e sim em toda a Europa e, provavelmente, em vários outros países, inclusive no Brasil.

O caso é complexo e envolve muitas variantes.

A explicação mais simples dá conta que a Catalunha, por ser o 3º estado maior arrecadador de impostos da Espanha, reclama que ‘a Espanha está roubando nosso dinheiro’ e que ‘manda muito e recebe pouco’. Ou seja, algo parecido com o que acontece com o Estado de São Paulo (o maior gerador de verbas para o Brasil) que recebe apenas 10% do que envia para a Federação, o que é um dos motivos que alimenta o movimento separatista por aqui.

Lá, a questão é mais complexa porque envolve outros interesses além do financeiro: os catalães tem seu próprio idioma, sua própria história e até sua religião, o que são fortes combustíveis  para estimular desejos separatistas. Mesmo assim, as estatísticas oficiais mostram que apesar das ultimas manifestações, a maior parte dos catalães não quer se separar da Espanha. E os motivos são justificáveis: a Catalunha independente teria que criar sua própria moeda, teria enormes gastos com a criação de forças armadas, parlamentos, governo central, etc. E, pior, deixaria de pertencer à Comunidade Europeia, perdendo assim os benefícios que lhe cabem coma utilização do euro.

Mas existem outros ‘complicandos’. Há informações que garantem que o megainvestidor George Soros está financiando o ‘independentismo’ da Catalunha, pois ganharia muito com isso. Consta também que o Partido Comunista está por trás do movimento separatista e que o objetivo seria criar um estado bolivariano tipo venezuelano em plena Europa e que a Russia (leia-se Putin) e a sua KGB também estaria interessado na separação da Catalunha por motivos geopolíticos, motivo que tem a ver com a politica exterior também do presidente norte-americano Donald Trump, que também estaria por trás dos acontecimentos.

Contra o separatismo estão, além da Espanha, os demais países europeus – inclusive a própria União Europeia – que se manifestaram em apoio à Espanha, certamente por temor que o separatismo espanhol ‘contamine’ e incentive outros movimentos separatistas, que já existem na França, na Italia, na Suécia e em vários outros países.

Como se vê, são muitos os interesses, daí o assunto ser um grande ‘imbloglio’ que merece maior estudo e reflexão.

Uma coisa é certa: não é apenas a questão econômica que estimula o principio separatista da Catalunha. Os interesses políticos e ideológicos são os maiores responsáveis.

Se V. quer estudar mais profundamente a questão, existem vários canais disponíveis, mas entre todos recomendo acessar este link: https://www.youtube.com/watch?v=S71zHmlV0mE&app=desktop.

Catalunha (cataluña) é uma região da Espanha que quer ser…
YOUTUBE.COM
(por Helio Rubens – heliorubens3@gmail.com)



Gonçalves Viana: 'Touradas em Madri'

Gonçalves Viana:

‘TOURADAS EM MADRI’

 

As maiores paixões do povo brasileiro são, sem a menor sombra de dúvida, o carnaval e o futebol. E quando elas se cruzam, só podem acontecer fatos memoráveis.

Em 1950, a Copa do Mundo de Futebol estava em sua 4.ª edição e seria realizada no Brasil. O Maracanã foi construído, a toque de caixa, para o evento. Nessa época, já se falava em desvio de verbas, mas não da maneira desenfreada, como aconteceu agora na sua 20.ª edição, também realizada no Brasil, em 2014.

Naquela Copa (1950), o Brasil estava sobrando, não tomava conhecimento de nenhuma seleção. Até que chegou ao quadrangular final, restavam nós, o Brasil, a Suécia, o Uruguai e a Espanha. O primeiro jogo foi contra a Suécia, o resultado foi um acachapante 7×1 para nós. Chegou, então, a vez do Brasil enfrentar a temida Espanha – a Fúria – recheada de craques e, com o assim considerado, na época, o melhor goleiro do mundo, Zamorra. Eles simplesmente proclamavam aos quatro cantos que iriam massacrar a Seleção Brasileira.

Chegou o momento do jogo. O Brasil não tomou conhecimento das bravatas, nem da fúria espanhola e, desandou a fazer um gol atrás do outro, e a cada lance, a cada jogada dos nossos malabaristas, a torcida ensandecida gritava Olé! Olé! De repente, em uníssono começaram a cantar uma marchinha carnavalesca de grande sucesso tempos atrás.

Numa breve interrupção daquele gigantesco coral, alguém reparou num homem quieto e pálido, afundado em sua cadeira cativa, e disse: ─ Ensina esse espanhol a cantar!

O Brasil acabara de marcar o quarto gol contra a Espanha. E o coro imenso recomeça, outro torcedor comenta: ─ Olha como esse cara está quieto, só pode ser espanhol…

E o coro contínua:

 

Eu fui às touradas em Madri

Pa-ra-ra-tchim – bum-bum-bum

Pa-ra-ra-tchim – bum-bum-bum

E quase não volto mais aqui…

 

Aí, aquele homem quieto, não consegue mais se conter e chora copiosamente.

E, quando a enorme torcida festeja a vitória final – 6×1 para o Brasil – aquele “espanhol” ninguém mais era, se não, Carlos Alberto Ferreira Braga (o João de Barro), nascido no Rio de janeiro aos 29 de março de 1907, e que ainda estava chorando. Aquela marchinha que os duzentos mil brasileiros, e que superlotaram o Estádio do Maracanã, cantando para gozar os espanhóis, fora composta por ele e por Alberto Ribeiro.

Ambos haviam composto essa marchinha em 1937 e a inscreveram no concurso da Prefeitura do Rio de Janeiro (então Distrito Federal), para o carnaval de 1938. Foi classificada em 1º lugar, mas, por pressão dos outros concorrentes, essa classificação foi anulada. Eles alegavam que se tratava de um “pasodoble” e não de uma marcha carnavalesca.

Em tempo: nessa Copa Mundial, em que o Brasil foi goleando nas finais, sem dó e nem piedade, a Suécia e depois a Espanha, qualificando-se para a final frente ao Uruguai, a famosa Celeste Olímpica, os caprichosos deuses do futebol não favoreceram o Brasil e puseram tudo a perder, ao ser derrotado por 2×1. Aquela alegria do jogo anterior transformou-se em um choro de duzentos mil torcedores pranteando essa nossa primeira catástrofe futebolística. Pois não é que passados 64 anos, na 20ª edição da Copa do Mundo, outra vez realizada no Brasil, em 2014, fomos novamente humilhados em nossa própria casa. Caímos nas semifinais, ao perdermos para a Alemanha com um placar de um fatídico 7×1 que costumávamos impingir aos nossos adversários, naquela época.

                                                                                                 Gonçalves Viana

 

 

TOURADAS EM MADRI

Eu fui às touradas em Madri

pa-ra-ra-tchim – bum-bum-bum

pa-ra-ra-tchim – bum-bum-bum

     e quase não volto mais aqui-i-i

pra ver Peri-i-i, beijar Ceci.

Eu conheci uma espanhola

natural da Catalunha.

Queria que eu tocasse castanhola

e pegasse o touro à unha.

Caramba

caracoles

sou do samba

não me amoles

pro Brasil eu vou fugir

isso é conversa mole

para boi dormir.

(Alberto Ribeiro – João de Barro)