A escravidão em Sorocaba virou tema para a criação de três espetáculos do Teatro Escola Mario Persico, que iniciam temporada neste final de semana

As apresentações acontecerão de sexta a domingo, no Teatro Escola Mario Persico, com entrada franca

Estreia neste final de semana o projeto: “Fatores que levaram Sorocaba ao protagonismo na luta pela abolição da escravatura” aprovado no edital 01 de 2019 do PROAC. O projeto que deveria estrear em 2020, ficou suspenso em função da pandemia do novo Corona Vírus, e só agora pode vir à cena. Trata-se da montagem de três espetáculos inéditos, tendo como tema central a escravidão em Sorocaba.

Os espetáculos são:

1º Espetáculo – “Mãe – Ou, Uma Lei Para Inglês Ver“. Este texto aborda a questão dos africanos livres, ou escravos do governo. Com a proibição do tráfico de escravos, essa atividade continuou acontecendo de forma ilegal e os negros capturados nessas expedições eram encaminhados para prestarem serviços em empresas do império, por um período de quatorze anos, findo os quais deveriam serem declarados libertos. O que nem sempre acontecia, daí o subtítulo: Uma Lei Para Inglês Ver.

Sorocaba entra nessa história através da Fábrica de Ferro de São João do Ipanema, para onde alguns desses africanos foram encaminhados.

O gênero dos textos também se baseia em estilos comuns ao período. Assim sendo este espetáculo tem como modelo de ação o melodrama “A Mãe” de José de Alencar.

2º Espetáculo – “Um Islã Negro No Brasil”. Este texto aborda a repercussão que a revolta dos Malês ocorrida em Salvador, teve em todo o país e, Sorocaba não fugiu à regra.

O gênero que serviu de modelo à escrita desta peça foi a tragédia romântica.

3º Espetáculo – “É Preciso Perseverança”. Este ultimo espetáculo aborda a influência da maçonaria sorocabana na abolição da escravatura em nossa cidade. A criação da Loja Perseverança assumiu esse protagonismo local e assim, quando aconteceu a abolição no Brasil, Sorocaba já não contava com nenhum africano escravizado. A Loja Perseverança se incumbiu de obter verba para compra das Cartas de Alforria, e também da criação de uma escola para qualificar os negros libertos.  O gênero que serviu de modelo para a criação deste texto foi a comédia de Costumes de Martins Penna, sobretudo os textos: “Os Irmãos das Almas” e “Os Ciúmes de Um Pedestre.”

As apresentações acontecerão de sexta a domingo, no Teatro Escola Mario Persico, com entrada franca, seguindo os protocolos de segurança, como uso de máscaras e comprovante de vacinação com pelo menos uma dose recebida, no caso de adolescentes até 12 anos.

Serão 18 apresentações, seis de cada espetáculo, todas com entrada franca, conforme abaixo:

DATAS                            ESPETÁCULO                        HORÁRIO

15/10/2021       Mãe – Uma Lei Para Inglês Ver               20h00

16/10/2021       É Preciso Perseverança                             20h00

17/10/2021       É Preciso Perseverança                             19h00

 

22/10/2021       Mãe – Uma Lei Para Inglês Ver               20h00

23/10/2021       Um Islã Negro No Brasil                           20h00

23/10/2021       Um Islã Negro No Brasil                           21h00

24/10/2021       É Preciso Perseverança                             19h00

É Preciso Perseverança                              20h00

 

29/10/2021      Mãe – Uma Lei Para Inglês Ver                20h00

29/10/2021      Mãe – Uma Lei Para Inglês Ver                21h00

30/10/2021      Um Islã Negro No Brasil                            20h00

30/10/2021      Um Islã Negro No Brasil                            21h00

31/10/2021      Sem apresentação

 

05/11/2021      Mãe – Uma Lei Para Inglês Ver               19h00

05/11/2021      Mãe – Uma Lei Para Inglês Ver               20h00

06/11/2021      Um Islã Negro No Brasil                           20h00

06/11/2021      Um Islã Negro No Brasil                           21h00

07/11/2021      É Preciso Perseverança                            19h00

07/11/2021      É Preciso Perseverança                            20h00

 

Participam da montagem, sob a direção de Mario Persico,  20 atores:

Ana Paula Machado

Danilo Panayotou

Emilly Azzous

Gabriel Brasil

Jean Felipe

Jefferson Pereira

Lara Constantine

Lenice Gomes

Linda Durães

Marcio Roberto da Silva

Mariana Aquino

Mario Persico

Math Caruso

Matheus Rocha

Matilde Santos

Nivaldo Ferreira

Rai Queiroz

Rafael Milbio

Paulo Hashigushi

Tiske Reis

 

 

 

 

 

 




Festival Internacional de Teatro de Sombras realiza edição especial em formato online de 02 a 07 de julho

A programação inteiramente gratuita do Festival conta com espetáculos, workshops e bate-papos após todas as apresentações

Festival Internacional de Teatro de Sombras realiza edição especial com programação online e gratuita dos dias 02 a 07 de julho. Contemplado pela lei emergencial Aldir Blanc, o Festival realiza uma nova edição com espetáculos de diversos gêneros que contemplam o Teatro de Sombras em todo seu potencial artístico e criativo. Sua programação conta ainda com oficinas, workshops e bate-papos após cada apresentação para compartilhar com o público sobre o processo criativo e os bastidores das produções participantes.

Presença cultural marcada na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, o Festival acontece anualmente desde 2014, trazendo constantemente montagens e companhias teatrais de todo o Brasil e diversas regiões do mundo. Em suas edições mais recentes, a adaptação do evento para plataformas digitais proporcionou novos alcances e novos públicos, que puderam, assim, entrar em contato com uma série de espetáculos e programações especiais do Festival.

Nesta edição integralmente on-line e gratuita, participam quatro estados brasileiros: São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Pernambuco, além de um espetáculo da Espanha. A programação completa possui sete espetáculos, seguidos de bate-papos, workshop aberto ao público e oficinas de Teatro de Sombras, oferecidas especialmente para grupos de escolas públicas. Todas as apresentações, assim como os bate-papos, poderão ser assistidas por meio de acesso ao site do Festival e também por suas redes sociais.

Realizado por fomentadores e produtores culturais de Taubaté e região, o FIS – Festival Internacional de Teatro de Sombras é o único festival de teatro neste gênero no Brasil e um dos maiores do mundo. O curador e organizador Ronaldo Robles reitera a importância desta edição ser on-line levando o Teatro de Sombras para dentro das casas das pessoas. “Queremos que o espectador fique em casa e possa ter um momento de poesia e alegria junto com a família”, acrescenta.

A programação completa, com suas apresentações e atividades pode ser acessada através dos links descritos abaixo.

SERVIÇO | FIS – Festival Internacional de Teatro de Sombras

Quando?

De 02 a 07 de julho de 2021

Onde?

Nas plataformas do Festival

Site: https://fisteatrodesombras.wixsite.com/fisteatrodesombras

Youtube: https://tinyurl.com/fisteatrodesombras

Facebook: https://www.facebook.com/FestivaldeTeatrodeSombrasFIS/

*Acesso online e gratuito para toda a programação*




Mimus Mostra Acessível proporciona inclusão social com tradução em Libras e Audiodescrição de apresentações performáticas

Três espetáculos do repertório da Mimus serão reapresentados na sua plataforma virtual com a gravaçãde duas faixas de narrativa adicionais, e de forma gratuita para o público, no canal do YouTube da Companhia de Teatrodias, 05, 06 e 07/03

Nos próximos dias 05, 06 e 07/03 os artistas Deborah Moreira e George Mascarenhas farão o desdobramento do projeto Mimus Mostra com a democratização do acesso sem barreiras à arte performativa, por meio da inclusão social de três espetáculos do repertório da companhia de teatro que dirigem.

é” (sábado) e MAR” (domingo), pela plataforma virtual da Mimus Companhia de Teatro, pelo YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCV54MfZoVQEol6gGL3MSWGQ). O link do canal será aberto e disponibilizado gratuitamente para o público em geral e portadores de deficiências auditiva e visual, que poderão acompanhar as gravações contemplando o conteúdo original das produções teatrais, inclusive com a parceria de diversas instituições sociais. A audiodescrição tem assinatura da ACESSU – Acessibilidade Universal, com roteiro, edição e mixagem de Juniro Almeida e consultoria, revisão e locução de Iracema Vilaronga (acessu_acessibildadeuniversal). Já Raquel Ferreira da Silveira (Facebook: Raquel Silveira) ficou responsável pela tradução em Libras como intérprete exclusiva.

A programaçãinclusiva reforça as ações de acessibilidade e difusão teatral em tempos de distanciamento físico, reafirmando a vitalidade da arte e do teatro para todos, bem como sua possibilidade de inclusãoO projeto investe na continuidade do diálogo com o público e no acesso a obras teatrais que têm por base a experimentação e a renovação da linguagem teatral a partir da investigação da corporeidade e de teatralidades contemporâneas, com trocas verbais e não verbais, inspiradas no sistema da mímica corporal dramática de Etienne Decroux. .

“Essa é uma movimentação importante para dar suporte à cultura, especialmente nesse momento de distanciamento fisico e caráter emergencial, tendo um importante papel na saúde mental e emocional das pessoas, ativando linguagens de experimentações estéticas inclusivas no teatro on line, com o apoio fundamental da Secretaria de Cultural do Estado e  Fundação Cultural através do programa Aldir Blanc Bahia e Prêmio das Artes Jorge Portugal”, afirma George Mascarenhas, também professor da UFBA e representante no Brasil da WMO – World Mime Organization (Organização Mundial de Mímica).

Para a Mimus Companhia de Teatro, apresentar seu repertório garantindo a este blico especial acesso à poética da Companhia – ancorada na investigação corporal, em princípios e procedimentos de teatralidades contemporâneas e na elaboração de uma dramaturgia autoral -, será um importante momento de conexãcom os artistas, a comunidade surda e as pessoas com deficiência visual,  ampliando o diálogo, a inclusão cultural e as discussões acerca das poéticas contemporâneas.

 

Mimus Mostra Acessível

abrir espaços para interfaces inclusivas com o meio digital, aprofundando e ampliando reflexões sobre criação artística e a relação do teatro com as novas adjetivações e formatos trazidos em meio à pandemia, como teatro web, explica Deborah MoreiraMestre em Artes Cênicas e Bacharel em Interpretação Teatral pela Universidade Federal da Bahia.

Segundo Iracema VilarongaMestre em Educação e Contemporaneidade e intérprete desde 2007, a audiodescriçãdos espetáculos da Mimus vai torná-loacessíveis a pessoas com deficiência visualcegas ou com baixa visãotraduzindo imagens em palavrasSerá uma traduçãintersemiótica, vamos traduzir de um signo para outro, do visual/imagético para o auditivo/palavras. Pessoas desprovidas do sentido sensorial da visão poderãusufruir desses produtos audiovisuais culturais em equidade de condições, o que contribui para efetivação de uma sociedade inclusiva, explica

O trabalho exige uma formação específica na área, além de sensibilidade artística, leituras, pesquisa e troca constante com profissionais da setor para uma imersão constante com produtos audiovisuais culturais e sociais com acessibilidade, que por muito tempo não fizeram parte do universo cultural e de lazer de pessoas com deficiência visual.

Somente com o advento da acessibilidade como condição essencial para efetivação da inclusão, a partir da década de 90, esse nicho passou a ser valorizado e novas ferramentas, recursos e serviços começaram a ser criados para atender às necessidades do mercado cultural de audiodescriçãcomo opção de lazer e cultura para um público sedento por  produtos audiovisuais culturais.

O fato de a pessoa com deficiência visual ter acesso a produtos culturais de forma autônoma já garante alguns dos direitos fundamentais. experiência representa um salto no desenvolvimento pessoal e global dessas pessoas, abrindo um leque de oportunidades de crescimento no âmbito pessoal e/ou profissional em equidade de condições, removendo uma série de barreiras comunicacionais, atitudinais e arquitetônicas no cotidiano de pessoas com deficiência visual que passam a ser incluídas no universo cultural de forma justa, pondera.

Ela ressalta que, como nenhum sentido sensorial substitui o outro, a audiodescrição não significa devolver” a visão de quem não enxerga. Consiste em oportunizar outras formas de interação, diálogo e experiência com produtos audiovisuais, que serão diferentes para cada pessoa, independentemente de enxergar ou não. Dependerá  da historia de vida de cada indivíduo.

No trabalho de interpretação do espetáculo MAR”, que tem uma apresentação  não-verbal, Iracema Vilaronga relata que traduzir expressão corporal em palavras foi um grande desafio. Traduzir expressões tãricas e subjetivas demandou um maior aprofundamento sobre a obra, diálogo com o diretor e elenco para ampliação do repertório vocabular que dialogasse com possibilidades de interpretações e experiência artística por parte do públicoalvo da audiodescriçãoencontrando um equilíbrio entre a objetividade, a subjetividade e a poética da linguagem corporal, conclui.

Raquel Silveira, intérprete de Libras da Universidade Federal de Sergipe, também enfrentou desafios na tradução em Libras dos espetáculos “O Tigre” e “Refazendo Salomé” porque eles trazem contextos bem metafóricos da literatura, da arte e da mímica para a língua de sinais, não utilizando somente as mãos, mas o próprio corpo e a expressão facial“É uma performance em que a gente coloca toda a bagagem desse contexto da cultura artística e da identidade surda pra que, ao receber as informações, as pessoas consigam ter uma compreensão geral do que está sendo contado não somente pela sinalização palavra por palavra, mas do contexto em cena, fazendo também a tradução semântica, comenta.

Ela acredita que o intérprete de Libras é um ator social que pode incorporar todos os papeis e não só interpretar a linguística, mas, também, a questão cultural e social. Daí importância da tradução de Libras para dar acesso aos contextos artísticos e ao universo literário para os surdos.

O conhecimento enciclopédico do mundo ou natural da vivência da vida é muito importante para os surdos, que só têm informações quando têm acesso à língua e às trocas com outras surdos, porque eles têm essa preocupação de passar informações de um para o outro. Mas tudo depende muito do nível linguístico de cada pessoa e da sua vivência na sociedade pra ter um entendimento claro do que está acontecendo, avalia.

Para a interpretação de “O Tigre Refazendo Salomé“, ela conta que o trabalho foi bem especifico, porque teve que traduzir e explicar as metáforas com muitos sinais que não existem e trabalhar o contexto. Foi bem difícil porque tem falas muito rápidas dos atores para colocar toda a bagagem dos classificadores de Libras e trabalhar bem mais o corpo e a expressão. Mas parabenizo a iniciativa dos artistas pela preocupaçãcom a tradução e a interpretação das apresentações.

Espetáculos

O Tigre, um solo com George Mascarenhas, o diálogo com a cena, recursos tecnológicos de projeção mapeada e a musicalidade são o tripé da elaboração cênica para falar de tigres metafóricos contemporâneos, na arte, na política, no cotidiano do Brasil. Refazendo Salomé, solo com Deborah Moreira, traz, por sua vez, a pesquisa com a musicalidade associada a uma dramaturgia fragmentada por meio do qual uma outra versão da história de Salomé, eixo narrativo da peça, é atravessada por depoimentos de Malala, Zuzu Angel, Maria da Penha, Billie Holiday e Mercedes Sosa, mulheres marcadas por perseguições e lutas para se fazerem escutar. Já o espetáculo MAR reúne os dois artistas dentro e fora de cena, investindo na fisicalidade e na construção de uma dramaturgia não-verbal para compor imagens cênicas que revelam vozes de temas contemporâneos a partir do encontro de dois personagens, à beira mar, com sapatos trazidos pela água, cujo número aumenta progressivamente.

“Entendemos que trazer elaborações poéticas contemporâneas e temáticas de interesse atual é refletir sobre relações que perpassam dimensões sociais, culturais e políticas de amplo alcance, afirma Deborah. Tais discussões permitem reconhecer caminhos para avançar, compreendendo que a arte pode cumprir um papel deflagrador de conscientização, e também de inclusão, para as necessárias mudanças de atitude e mentalidades culturais”, completa George Mascarenhas. Ambos sãformados em Mímica Corporal, George pela École de Mime Corporel Dramatique (Paris/Londres) e Deborah no Brasil, com o aval da École.

SERVIÇO

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal”.

O quêMIMUS MOSTRA ACESSÍVEL 

Onde: Apresentações gravadas e disponibilizadas na plataforma virtual da Mimus Companhia de Teatro, com tradução em Libras e audiodescrição.

ábado e domingo

Classificação etária: A partir de 15 anos

https://www.youtube.com/channel/UCV54MfZoVQEol6gGL3MSWGQ)

Crédito Fotos: Sora Maia

Produção Executiva: Marília Gil

Audiodescrição: ACESSU: Acessibilidade Universal. Juniro Almeida: Roteiro, edição e mixagem. Iracema Vilaronga: Consultoria, revisão e locução (@acessu_acessibildadeuniversal)

Tradução em Libras: Tradutora e intérprete de libras: Raquel Ferreira da Silveira. (Facebook: Raquel Silveira)

Artistas: Deborah Moreira (71) 99138-3233 e George Mascarenhas (71) 99971-0641

www.mimus.com

www.instagram.com/ciamimus

www.facebook.com/ciamimus

Hashtags Institucionais: #mimusmostraacessível #audiodescrição #traduçãoemlibras #inclusão #acessibilidadecultural  #pracegover #comunidadesurda #ciamimus #premiodasartesjorgeportugal #funceb #culturaquemovimenta #artesbahia #leialdirblancbahia #programaaldirblancbahia

 

 

 

 

 




Festival Aparecida Criativa surge para transformar a produção cultural de Sorocaba

O palco será a lendária Rua Aparecida, localizada na região norte da cidade

William Leonotti, produtor executivo do Aparecida Criativa

A partir do mês de abril, quem atravessar a Rua Aparecida, no Jardim Santa Rosália, não estará apenas cruzando o principal reduto da boêmia cultural da Região Metropolitana de Sorocaba, mas também caminhando pelo palco do Festival Aparecida Criativa. O evento, que tem como objetivo ocupar a região para estimular a economia criativa, reunirá importantes nomes da cena artística sorocabana e promete transformar a realidade do local.

“A proposta é ter a rua e suas imediações reconhecidas como um corredor de produção criativa. Minha ideia é criar um território reconhecido pelos governos Municipal e Estadual como um Arranjo Produtivo Local Cultural e Criativo”, explica William Leonotti, produtor executivo do Aparecida Criativa e membro do Comitê Gestor de Economia Criativa de Sorocaba. “O primeiro passo é gerar um movimento para conectar os negócios, as pessoas que moram no local e o público. Esse é o papel do festival”.

Se depender do argumento, a conexão com o público será imediata. O Festival Aparecida Criativa tem como proposta a produção de uma programação audiovisual com 17 horas de conteúdo elaborado por uma gama de artistas das mais diversas linguagens e vertentes. Entre as atrações, o público encontrará shows musicais, apresentações de dança, performances circenses, teatrais, videoaulas, workshops, palestras, vídeo performances e DJ sets.

Os espetáculos serão realizados e registrados ao longo dos mais de 2 km da Rua Aparecida, ou em empreendimentos da região. O resultado de todo o material produzido será uma semana inteira de programação online, entre os dias 5 e 11 de abril, que poderá ser assistida diretamente pelo YouTube.

 

Pandemia: limitação ou inspiração?

Se, hoje, a ideia de um festival virtual está consolidada, na concepção do projeto, a proposta era um evento presencial, com direito a um público vibrante.

“Desde 2016, com o surgimento do bloco carnavalesco ‘Apareceu Aparecida’, fiquei com vontade de ocupar essa rua de uma forma criativa. Pesquisando os editais, vi uma chamada para um festival virtual de economia criativa e, como eu já tinha um projeto, apenas adaptei para o online”, revela William. Aquilo que parecia um obstáculo, na verdade, virou uma tendência. “Acredito que estamos cada vez mais adaptados ao consumo digital e que as experiências estão se aproximando do mundo físico. Já vi festival de música eletrônica fazer uma ação virtual gigante. É uma tendência e os artistas precisam se preparar.”

Como as gravações já começaram e envolvem mais de 70 profissionais, entre artistas e produção, o cuidado com o distanciamento da equipe é uma preocupação constante. Mas além do arsenal de máscaras e a contínua presença do álcool em gel, a situação também proporcionou soluções criativas.

“Uma das ideias que a gente teve foi a utilização de imagens das câmeras de segurança de alguns locais na edição do material”, antecipa o idealizador. “A ideia é quebrar aquele conceito de que elas só servem para registrar assaltos ou violência.  Vamos transformar essas imagens em algo positivo, em algo artístico”.

 

Expectativa dos participantes

A criatividade pode estar presente em cada detalhe do festival, porém, é nas apresentações e atrações que ela se faz ainda mais palpável. Para definir quem seriam os participantes, a organização do evento utilizou alguns critérios como a reinvenção durante o período de pandemia, a forte ligação com a cidade de Sorocaba e a crença na diversidade como uma potência. O resultado foi uma constelação de talentos.

Paula Cavalciuk

“Quando eu recebi o convite, não tinha noção do tamanho e da seleção de artistas. Achei incrível a qualidade e a diversidade proposta pelos nomes”, relata a cantora e compositora Paula Cavalciuk, que promete trazer uma forte influência da percussão cubana na sua apresentação. “Eu acho importante pensar na resposta que eu vou dar.  Esse festival é importante porque ele vai servir de registro do que uma fatia poderosa da sociedade estava fazendo. É histórico, um arquivo de como estávamos reagindo em fevereiro de 2021.”

Mimi Naoi

Além do aspecto histórico, um festival online é uma oportunidade para se apresentar para um público mais amplo. “É algo muito diferente de você se apresentar para uma plateia de 20 ou 30 pessoas. A graça de um festival online é que não se limita ao público presente, ele irradia e eu posso ser vista por milhares de pessoas”, comemora a bailarina e diretora da Quimera Dança, Mimi Naoi, que apresentará um solo contemporâneo inédito para dar vazão às inquietações da atualidade. “Não é a gravação de uma performance ao vivo, é um vídeo já feito com essa finalidade. Quero ter um diálogo íntimo com a câmera e fazer as pessoas dançarem junto.”

Além das apresentações artísticas, o Festival Aparecida Criativa também conta com uma série de palestras e workshops, voltados justamente para a compreensão e fomento da economia criativa. A fala de abertura é responsabilidade de Felipo Abreu, professor do Senac na área de turismo e economia criativa.

“A gente precisa entender que existe uma outra possibilidade de desenvolvimento econômico que é a criatividade. A criatividade está em todo lugar, está na cozinha quando um chef assina o prato ou quando uma costureira entrega um serviço. É essa linha de pensamento que eu quero apresentar para trazer o público mais para perto”, explica o professor.

O “Festival Aparecida Criativa” foi contemplado pelo edital PROAC expresso lei Aldir Blanc Nº 40/2020, “Produção e Realização de Festival de Cultura e Economia Criativa com Apresentação Online” da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

Confira todos os participantes:

Fala de abertura: Felipo Abreu. Bate Papo: Felipo Abreu (mediador) Katia Campos, Davi Paunovic, Ivone Peres Ruiz, William Leonotti. Dança: Lucas Fernandes, Mimi Naoi. Vídeo Performances: Quitéria Maria, Victor Xavier, Julio Mello, Renata Ferraz, Mariana Rossi. Circo: Cia Éos. Palestras: Conexão Musas, Felipe Marinelli, Jairo Sanches, Tiago Oliveira. Workshops: Samanta Luz, Bianca Pupo, Ella Vieira, Eliete Della Violla, Felipe Fogaça, Thais Morello. Vídeo Arte: Cunhantã. Programa Cidade Amarela: Odara Soares, Luiz Terra. DJ Sets: Emerson Punk, Igor Mantuani, Marceli Marques. Shows: Ana Paia, Sujeira Urbana, Marcus Alves, Crime Caqui, casadasbruxa, Firma O Ponto, WRY, Paula Cavalciuk, Ya Rosa, com apresentação de Flavia Biggs e Odara Soares. Podcast: “Viva Aparecida”, com Tiago Oliveira.

 

Ficha Técnica

Produtor Executivo: William Leonotti e Rafael Ferraz
Direção Artística: Daniel Bruson e Ari Holtz Neto
Direção Administrativa e de Produção: Andressa Moreira
Social Media: Emiliana Maia e Tiani Gava Zilli
Designer Gráfico: Jorge Antunes Ribeiro Junior
Fotógrafa: Ana Érica Monte Morbiolo
Assessoria de imprensa: JF Gestão de Conteúdo

Produção Audiovisual: Coletivo Colméia Arte

Produção de Áudio: João Antunes

Assistente de Produção: Luciano Marcello

 

 

 

 

 

 




Nando Reis, Elza Soares, Paulo Miklos e Pato Fu de graça em Salto

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS -SP- 30.11 a 01.12.2019 – CULTURA : VIRADA SP MELIN DURANTE A VIRADA SP REALIZADA NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ,ENTRE OS DIA 30.11 a 01.12.2019.FOTO:JOCA DUARTE

Espetáculos fazem parte da Virada SP, que acontece nos dias 14 e 15 com 34 atrações

Nando Reis, Elza Soares e Paulo Miklos, além de Banda Pato Fu e Giramundo fazem shows gratuitos em Salto. Estes são alguns dos destaques da Virada SP, que acontece no município da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), nos dias 14 e 15 de março. Considerado um dos maiores festivais culturais do País, o evento promovido pela Secretaria Estadual de Cultura terá 24 horas de programação ininterrupta.

 De acordo com a programação divulgada pela Prefeitura de Salto, sete espaços receberão os espetáculos. A lista inclui o Pavilhão das Artes, a Sala Palma de Ouro, a Sala Giuseppe Verdi e o Auditório Maestro Gaó. Além destes, haverá shows também na Biblioteca Municipal, no Parque da Ilha da Usina e na Ponte Estaiada.
A Virada SP também contará, igualmente, com a participação dos grupos Exaltasamba e Rastapé, além da vencedora do The Voice, Ellen Oléria. Ainda segundo a agenda, o público poderá escolher entre shows com Djs consagrados, espetáculos de teatro e dança e oficinas culturais.

Para todos os gostos

A largada para a Virada SP e Salto será às 18h de sábado (14), na Sala Palma de Ouro, com a apresentação de Ellen Oléria. A partir desse horário, uma nova atração será iniciada a cada 30 minutos ou uma hora. Haverá eventos durante toda a noite e varando a madrugada, até às 18h de domingo (15), quando Elza Soares fará o último show  no pavilhão das artes.

Em vários momentos, a Virada SP terá atrações acontecendo simultaneamente em vários locais. Confira tudo o que vai rolar e não perca nada:

Sábado (14)

• 18h00

– Abrindo a programação da Virada SP, o show da vencedora do The Voice, Ellen Oléria (música) – Sala Palma de Ouro

• 19h00

– Bexiga 70 (música) – logo depois, no Pavilhão das Artes

• 20h30

– Walking Lions (música) – Sala Giuseppe Verdi

– Ao mesmo tempo, acontece apresentação do Flying Colors (dança aérea) – Ponte Estaiada

– Ziggy – Tributo a David Bowie – Cisne Negro Cia de Dança (dança) – simultaneamente, na Sala Palma de Ouro

– Oficina Ellen Oléria (oficina) – acontece ao mesmo tempo, no Auditório Gaó

• 21h30

– Paulo Miklos (música) – dá sequência à Virada SP no Pavilhão das Artes

• 23h00

– Marina Peralta (música) – Sala Giuseppe Verdi

– Orquestra Sinfônica CMMHC (música) – simultaneamente, na Sala Palma de Ouro

• 23h50

– Nando Reis (música) – em seguida, no Pavilhão das Artes

Domingo (15)

• 1h30

– Flying Colors (dança aérea) – Ponte Estaiada

– Festa Pilantragi (música) – simultaneamente, na Sala Giuseppe Verdi

• 2h00

– Dinho Convida Guto Andrade e Cassio Moys (comédia) – Sala Palma de Ouro

– Dj Dre Guazzelli (música) – simultaneamente, no Pavilhão das Artes

• 4h00

– Dj Gabriel Boni (música) – Pavilhão das Artes

• das 6h00 as 10h00

– Manhã Zen – Parque Natural Ilha da Usina

• das 8h00 as 18h00

– Leitura e Movimento (espaço de leitura) – Biblioteca Municipal

• 10h00

– Música de Brinquedo 2 – Pato Fu e Grupo Giramundo (música) – Pavilhão das Artes

• 11h00

– Gabriel Grossi (workshop – gaita) – Auditório Gaó

• 11h30

– O Primeiro Voo de Ícaro (teatro) – Sala Palma de Ouro

• 11h30

– Flying Colors (dança aérea) – em seguida, na Ponte Estaiada

• 12h00

– Deu Nó (contação de histórias) – primeiramente, abrindo o período da tarde na Biblioteca Municipal

– Amilton Godoy (workshow – piano) – simultaneamente, no Auditório Gaó

• 12h30

– Exaltasamba (música) – Pavilhão das Artes

• 14h00

– O Doente Imaginário (teatro) – logo depois, na Biblioteca Municipal

– Orquestra de Metais CMMHC (música) – se apresenta ao mesmo tempo, na Sala Giuseppe Verdi

• 15h00

– Larissa Luz (Música) – faz show em seguida, no Pavilhão das Artes

– Villa Lobos Popular – Amilton Godoy e Gabriel Grossi (Música) – ao mesmo tempo, na Sala Palma de Ouro

• 16h30

– História de Palhaço (teatro) – logo após, na Biblioteca Municipal

– Rastapé (música) – ao mesmo tempo, na Sala Giuseppe Verdi

– Flying Colors (dança aérea) – também simultaneamente, só que na Ponte Estaiada

• 17h00

– Hammond Grooves (música) – Auditório Gaó

– Viver é Melhor que Sonhar (dança) – ao mesmo tempo, na Sala Palma de Ouro

• 18h00

– Por fim, o público vai apreciar o show de Elza Soares (música) – Pavilhão das Artes

Serviço

Salto fica no extremo norte da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O município está localizado a oito quilômetros de Itu, a 40 quilômetros de Sorocaba e a 70 quilômetros de Iperó.

Confira a seguir, os endereços dos locais onde acontecem os eventos da Virada SP:

  • Auditório Maestro Gaó

    Rua Marechal Deodoro, 203 – Largo São João – Centro
    Tel: 11 4029-3014

  • Biblioteca Municipal

    Praça Paula Souza, 30, Centro
    Tel.: 11 4028-2575

  • Parque Natural Ilha da Usina

    Complexo Turístico da Cachoeira – Praça Archimedes Lammoglia – S/N – Centro

  • Pavilhão das Artes

    Praça Achimedes Lammoglia, S/N – Centro

  • Sala Giuseppe Verdi

    Rua José Galvão, 104 – Centro
    Tel: 11 4029-3473

  • Sala Palma de Ouro

    Rua Prudente de Moraes, 580, localizada igualmente no Centro
    Tel.: 11 4602-8693

Detalhes sobre a programação cultural podem ser obtidos no site da Prefeitura de Salto, bem como no portal da Secretaria Estadual de Cultura

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Salto.

Confira mais notícias da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) na Agenda Metropolitana, assim como na página Sorocaba de Todos

 

Fonte da matéria: Cruzeiro Online –  03/03/2020 12:08 – Agenda Metropolitana – 5 Min de Leitura

 

 

 

 

 

 

 

 




Festival Santista de Teatro anuncia espetáculos selecionados para sua 61ª edição

Treze montagens compõem mostras Regional, Estadual e Nacional

Estão definidos os espetáculos que integrarão o 61º FESTIVAL SANTISTA DE TEATRO[FESTA 61], que será realizado entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro de 2019, em Santos (SP). Dentre as 260 montagens inscritas, treze foram selecionadas.

Para definir os contemplados para as mostras Estadual Nacional, a curadoria do festival observou não só o alinhamento com o tema desta edição – “O Berro Do Povo”, inspirado na obra de Plínio Marcos -, como também a trajetória, a relevância e a excelência artística dos grupos. As propostas de pesquisa e encenação também estiveram sob análise.

Já a mostra Regional foi definida a partir de um processo de curadoria coletiva com os próprios representantes dos espetáculos, que incluiu atividades formativas prévias com o crítico Kil Abreu e o pesquisador de teatro Alexandre Mate.

Um dos autores mais perseguidos e censurados durante a ditadura militar, o dramaturgo santista Plínio Marcos (1935-1999) retratou a profunda desigualdade social brasileira e os conflitos de grupos minoritários e historicamente marginalizados.
Neste sentido, o FESTA61 pretende trazer à cena montagens que discutam as contradições políticas e históricas do Brasil e do mundo, a partir de violências cotidianas presentes em nossa realidade.

A seguir, a lista dos selecionados:

MOSTRA NACIONAL

 

ESPETÁCULO ARTISTA / CIA / GRUPO CIDADE EST.
RUÍNA DOS ANJOS A OUTRA COMPANHIA SALVADOR BA

 

MOSTRA ESTADUAL

 

ESPETÁCULO ARTISTA / CIA / GRUPO CIDADE EST.
1989 COLETIVO CÊ VOTORANTIM SP
Circo do Fubanguinho CIA. LONA PRETA SÃO PAULO SP
Emergêncya CIA. ANTROPOFÁGICA SÃO PAULO SP
O Incrível Homem Pelo Avesso CIA. CONTADORES DE MENTIRA SUZANO SP

 MOSTRA REGIONAL

 

ESPETÁCULO ARTISTA / CIA / GRUPO CIDADE EST.
ARRUMADINHO TRUPE OLHO DA RUA SANTOS SP
BENJAMIN, O FILHO DA FELICIDADE CIA TRILHA S. VICENTE SP
CARTAS PARA SATÃ PROJETO CARTAS PARA SATÃ SANTOS SP
É PROIBIDO SONHAR CARAMBA CARAMBOLA SANTOS SP
MEU QUINTAL É MAIOR
DO QUE O MUNDO
TEATRO WIDIA SANTOS SP
O GATO MALHADO E
A ANDORINHA SINHÁ
COLETIVO VERUM
DE TEATRO – ERA UMA VEZ…
SANTOS SP
O SUICÍDIO MAIS
BONITO DO MUNDO
COLETIVO VALSA PARA A LUA CUBATÃO SP
VOCÍFERA TEATRO DO KAOS CUBATÃO SP

FESTIVAL SANTISTA DE TEATRO

Criado em 1958, o FESTA é o mais antigo festival de artes cênicas em atividade no país, reconhecido pela Ordem do Mérito Cultural em âmbito federal. O evento, onde despontaram dramaturgos como Plínio Marcos e Carlos Alberto Soffredini, também se posiciona historicamente ao propor o debate e a reflexão sobre as artes e políticas culturais.

Fiel à premissa em promover a diversidade teatral, o evento abrange os mais variados gêneros e formatos, com programação adulta e infanto-juvenil, em espaços convencionais, alternativos e de rua.

61º FESTIVAL SANTISTA DE TEATRO

[FESTA61 – O BERRO DO POVO]

De 30 de agosto a 7 de setembro de 2019, em Santos (SP)

 O Festa 61 é uma parceria entre o Movimento Teatral da Baixada Santista, o Sesc Santos, Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura de Santos, Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Governo do Estado de São Paulo – ProAc Festivais de Artes II 2018/2019.

 

Mais informações à imprensa
LÚCIO NUNES
(13) 99143-0806
lucionsf@gmail.com