Claudia Lundgren: 'Amor em qualquer estilo'
Amor em qualquer estilo
Escreveremos, pois
Amor em qualquer estilo Em todas as épocas Escreveremos pois
Nas mais diversas formas Em diferentes poéticas
Como um barroco serei
Nessa incerteza da vida
No meu ser tão confuso
Nem mesmo eu me entendo
Amo por dentro, por fora odeio
Fervo por dentro; por fora, gelo.
Falo de amor como os árcades
Deitada na grama, na beira do rio
À sombra da árvore floresço poemas
Escrevo pra ti, oh, meu querido
“Tanta paz sinto ao teu lado”
Nos verdes campos te digo.
Valorizo a Pátria amada
Porque tu habitas aqui
És meu herói nacional
Estas praias, estes verdes
Este céu enluarado
É bem mais lindo ao teu lado.
Por ti vivo, e também morro
Noites de febre e suores
Te idealizo em meus sonhos
Essa paixão me consome
Tudo foi só ilusão
Abri meus olhos, a solidão.
Assim os românticos
Falavam de amor
Brasil varonil, terra gentil
Noites tão frias, a lua no céu
Morrendo e sonhando
Paixão impossível, lábios de mel
Quero ser bem realista
Do café já sinto o cheiro
A tua porta bato, um banco arrasto
Encho meu copo, seguro na mão
Brindo contigo o amor
Enquanto requento meu pão
Ouço o som da chuva
E do sino a soar
Acho que já são seis horas
Me sinto tão simbolista
Quero tocar tua vida
Suavemente te amar
E nessa grande cidade
Onde amar é raridade
O telefone a tocar
Desço correndo as escadas
Retocando o meu batom
Pro meu amado encontrar
Amor em qualquer época
Em qualquer estilo te amar
Ontem, hoje ou amanhã
Antiquado ou atual
Seja rimado ou não
Tu serás sempre a razão.
Claudia Lundgren
tiaclaudia05@hotmail.com